Médicos têm novo canal para denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes

Os médicos do país passaram a contar com novo canal para denúncias de violência infantil. A ideia é que os profissionais de saúde denunciem violações de direitos humanos, além de notificar casos suspeitos ou confirmados de tentativas de suicídio. 

Os profissionais poderão fazer as denúncias dentro do Disque 100 (Disque Direitos Humanos) e do Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher). A iniciativa do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, conta com o apoio  do Conselho Federal de Medicina (CFM). O acordo também tem o intuito de promover campanhas de sensibilização junto aos médicos no dia a dia do seu trabalho.

A central desses canais rececebeu mais de 35 mil ligações de violência sexual contra crianças e adolescentes nos últimos dois anos. Segundo o Ministério, em 2018 o serviço registrou 18 mil relatos desse tipo de crime. 

Já em 2019, o número foi menor, mas ainda bastante expressivo, com mais de 17 mil denúncias referentes à violência sexual desse público. Vale lembrar que os canais são gratuitos, funciona 24 horas por dia e todos os dias da semana e o profissional de sáude poderá fazer as denúncias de forma anônima.

Fonte: Brasil 61

Raffiê participa de lançamento da Candidatura Juntos na Vila Kennedy

O candidato a prefeito de Caruaru, Raffiê Dellon, participou do lançamento da Candidatura Juntos, na Vila Kennedy, uma inovação do PSD local, que tem uma posposta diferenciada de mandato coletivo. Ramon, Nilson, Larissa, Daniela e Igor foram 5 jovens que se uniram nessa ideia.

“Nosso conjunto político sempre inovando, não seria diferente nessa proposta de mandato coletivo no Poder Legislativo de Caruaru. Os 5 estão preparados para a missão que já nasce inovadora.” Comentou Raffiê. Apesar do mandato ser coletivo, o registro da candidatura foi realizada no nome de Ramon Velmont.

Raquel Lyra debate Urbanismo e Serviços Públicos

A noite desta quinta-feira (1°), a candidata à reeleição em Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), cumpriu mais uma agenda de campanha ouvindo sugestões para uma Caruaru mais sustentável.

Durante a conversa, Raquel destacou os trabalhos que desenvolveu ao longo dos últimos três anos e nove meses à frente da prefeitura, como obras pelos quatro cantos da cidade nos mais variados segmentos. Também foram elencadas as ações que buscaram transformar Caruaru em um município mais sustentável. “O trabalho foi e é diário. Ainda temos muito o que fazer em nossa cidade e tenho certeza que conseguiremos avançar muito nos próximos quatro anos”, finalizou.

Foto: Janaína Pepeu

Caruaru registra mais uma morte por Covid-19

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que até esta quinta (01) 94,67% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus.

O número de testes realizados subiu para 24.712 dos quais 8.808 foram através do teste molecular e 15.904 do teste rápido, com 8.665 confirmações para à Covid-19, incluindo um óbito no mês de setembro, no dia 27, sendo ele: Homem, 83 anos, com comorbidades.

O número de casos descartados subiu para 15.437.

Também já foram registrados 33.625 casos de síndrome gripal, dos quais 1.364 foram orientados a ficar em isolamento domiciliar.

Covid-19: mais três mortes em Caruaru

A Secretaria de Saúde de Caruaru informa que até esta quarta (30) 94,52% dos pacientes já se recuperaram do novo coronavírus.

O número de testes realizados subiu para 24.447 dos quais 8.741 foram através do teste molecular e 15.706 do teste rápido, com 8.607 confirmações para à Covid-19, incluindo três óbitos no mês de setembro, nos dias 24 e 26, sendo eles: Mulher, 66 anos, com comorbidades; homem, 75 anos, com comorbidades e uma mulher, 77 anos, com comorbidades.

O número de casos descartados subiu para 15.235.

Também já foram registrados 33.436 casos de síndrome gripal, dos quais 1.341 foram orientados a ficar em isolamento domiciliar.

Faculdade Senac inscreve para cursos de extensão em Recife e Caruaru

Com foco na atualização de profissionais para as demandas atuais e para as tendências de mercado, a Faculdade Senac Pernambuco (FacSenacPE) inscreve para cursos de extensão em Recife e Caruaru. As formações são nas áreas de Economia, Gastronomia, Gestão, Moda e Design e serão realizadas nas modalidades remota ou presencial, a depender do curso escolhido. As inscrições podem ser realizadas pelo site da FacSenacPE (www.faculdadesenacpe.edu.br).

Entre os principais destaques, está o curso de extensão Comércio Internacional: Oportunidades nos Mercados Externos, que será realizado em parceria com o grupo português OPorto Forte. Mediada por executivos com notoriedade em diversos mercados, o curso acontecerá de forma remota e tem o objetivo de mostrar as possibilidades de internacionalização para pequenos, médios e grandes empresas e empreendedores. As aulas serão realizadas entre os dias 19 a 29 de outubro e 3 a 7 de novembro.

Também há outras opções de cursos remotos, oferecidos a partir do Recife, mas com participação possível para pessoas de qualquer lugar. Para os profissionais e interessados na área de Design, a pedida é curso de Introdução ao Design de Interiores: Fundamentos do Processo Criativo. As aulas acontecerão no turno da tarde, das 14h às 17h, nos dias 27 e 29 de outubro e 3, 5 e 10 de novembro.

A programação prossegue com o segmento de Gastronomia. Para os serviços de alimentação, como restaurantes e lanchonetes, a pedida é o curso Segurança dos Alimentos em Serviços de Delivery e Take-out, que focará os protocolos e cuidados necessários. Os encontros serão realizados entre os 8 a 12 de novembro. Ainda na área de gastronomia, outra pedida é Alimentação Saudável em Tempos de Pandemia, que tem aulas nos dias 7, 14, 21 e 28 de novembro. Os interessados que adquirem os dois cursos terão 30% de desconto na segunda aquisição.

Caruaru – Na Capital do Agreste, todos os cursos acontecerão na modalidade presencial. Na área de moda, são duas pedidas. A primeira delas é “Colorimetria para Styling de Moda”, que acontece em outubro, nos dias 3, 10 e 17, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Nesses mesmos dias e horários, outra opção disponível é “Modelagem e Montagem de Peças de Alfaiataria”, também presencial.

A área de gastronomia também foi contemplada na oferta de extensões para o Agreste, também com dois cursos na modalidade presencial. Em outubro, a opção é Elaboração de Fichas Técnicas para Empreendimentos Gastronômicos, com encontros nos dias 15 e 22. Para novembro, os interessados na culinária italiana foram contemplados com o curso Massas Frescas Italianas, nos dias 19 e 20. Completando a programação em Caruaru, a área de gestão tem como opção Gestão de Inovação com Métodos Ágeis, que acontece nos dias 24 e 31 de outubro.

Mais informações sobre os cursos de extensão da FacSenacPE podem ser obtidas pelos telefones 0800.081.1688 ou pelos whatsapps (81) 99696.7900 (Recife) e (81) 99840.3871 (Caruaru).

Serviço:

Cursos de Extensão – Faculdade Senac
Inscrições: www.faculdadesenacpe.edu.br;
Informações: 0800.081.1688/(81) 99696.7900 (Recife) e (81) 99840.3871 (Caruaru)

Lista de cursos disponíveis:

REMOTOS

Economia Mundial: Oportunidades nos Mercados Externos
Datas: 19 a 22 de outubro, 26 a 29 de outubro e 3 a 7 de novembro
Horários: 18h30 às 21h30/9h às 13h (sábado)
Investimento: R$ 500

Introdução ao Design de Interiores: Fundamentos do Processo Criativo
Datas: 27 a 29 de outubro e 3, 5 e 10 de novembro
Horário: 14h às 17h
Investimento: R$ 150

Alimentação Saudável em Tempos de Pandemia
Datas: 7, 14, 21, 28 de novembro
Horários: 18h30 às 22h
Investimento: R$ 150

Segurança dos Alimentos em Serviços de Delivery e Take-out
Datas: 9 a 12 de novembro
Horário: 18h30 às 22h
Investimento: R$ 150

PRESENCIAIS – UNIDADE DE CARUARU

Colorimetria para Styling de Moda
Datas: 3, 10 e 17 de outubro
Horários: 8h às 12h e 13h às 17h
Investimento: R$ 180

Modelagem e Montagem de Peças de Alfaitaria
Datas: 3, 10 e 17 de outubro
Horários: 8h às 12h e 13h às 17h
Investimento: R$ 250

Elaboração de Fichas Técnicas para Empreendimentos Gastronômicos
Datas: 15 e 22 de outubro
Horário: 9h às 17h30
Investimento: R$ 220

Massas Frescas Italianas
Datas: 19 e 20 de novembro
Horário: das 9h às 17h30
Investimento: R$ 300

Gestão da Inovação com Métodos Ágeis
Datas: 24 e 31 de outubro
Horários: 8h às 16h e 8h às 15h
Investimento: R$ 180

Nutricionista lista uma série de alimentos que podem ajudar na redução das crises de enxaqueca

Elencada no rol da OMS como uma das doenças mais debilitantes do mundo, a Migrânea ou Enxaqueca, como é popularmente conhecida, apresenta grande impacto econômico, social, físico e mental, impossibilitando, muitas vezes, o paciente em crise desenvolver suas atividades habituais. De acordo com Mistério da Saúde, a enxaqueca acomete uma média de 31 milhões de brasileiros (15% da população), a maioria na faixa dos 25 aos 45 anos e com prevalência no sexo feminino.

A alimentação pode ajudar a combater essa doença? Têm alimentos que podem aumentar a chance de se tê-la? A nutricionista e professora do curso de Nutrição da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Lilian de Lucena, explica que a enxaqueca é uma doença neurológica, genética e crônica. Uma característica forte são os episódios de dor de cabeça intensa e persistente causada pela constrição e dilatação das artérias e vasos que irrigam o cérebro.

“Ela é decorrente de diversos gatilhos – como distúrbios emocionais, alterações hormonais, hábitos alimentares e do sono inadequados, entre outros. E o tratamento desta patologia inclui medidas farmacológicas e não farmacológicas”, explica a docente.

Dentre as medidas não farmacológicas de maior efetividade, a nutricionista destaca a alimentação saudável, demonstrando efeitos envolvidos na redução das crises de enxaqueca. “Em contrapartida, a adoção de hábitos alimentares tendo como base alimentos antioxidante e anti-inflamatórios auxiliam na redução das crises de enxaqueca. São eles: alho, cebola, romã, frutas vermelhas, azeite de oliva, oleaginosas e sementes, abacate, gengibre e açafrão da terra”, ressalta a nutricionista e docente.

Confira alguns alimentos que merecem atenção:

• Jejum prolongado e restrição calórica excessiva;
• Consumo de água insuficiente e consequentemente desidratação;
• Bebidas alcoólicas, principalmente o vinho tinto: agem como potentes vasodilatadores, favorecendo os episódios de crises de enxaqueca;
• Café, chá e refrigerantes a base de cola: devido ao alto teor de cafeína que provoca constrição dos vasos;
• Queijos maturados (gorgonzola, provolone, parmesão, por exemplo): contêm TIRAMINA, composto que provoca a contração dos vasos sanguíneos, ocasionando, em seguida, dilatação das veias e artérias. Esse fenômeno se encontra relacionado à crise de enxaqueca;
• Embutidos (salsichas, mortadela, linguiça, salame, presunto, entre outros), pois esses alimentos contêm nitritos e nitratos (conservantes), que ativam o Sistema Nervoso Central causando a dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais;
• Glutamato monossódico (aditivo colocado em alimentos para realçar sabor, encontrado nos caldos concentrados, por exemplo).
• Aspartame (adoçante dietético artificial): após ser absorvido pelo organismo, os vasos sanguíneos do cérebro se dilatam. Além disso, existem evidências de que o aspartame atue diretamente nos centros cerebrais associados à dor;
• Chocolate (principalmente o preto): rico em betafeniletilamina, uma substância vasoconstritora. Em resposta à vasoconstrição, organismo promove a dilatação dos vasos sanguíneos, levando à crise;
• Frutas cítricas (principalmente laranja, limão e abacaxi) devido a uma substância encontrada em grandes quantidades nessas frutas, a octopamina, que promove a contração dos vasos cerebrais, levando – os a dilatar-se e, consequentemente, resultando em dor.

Capacete de ventilação 100% brasileiro traz resultados positivos no tratamento da Covid-19

Equipamento, o único produzido inteiramente no Brasil e aprovado pela Anvisa, está sendo utilizado em mais de 350 pacientes no país e os resultados são sólidos. Em São Paulo, um paciente internado por 39 dias apresentou melhora do quadro após usar o aparelho e com o tratamento finalizado, ficou por mais cinco dias no hospital e recebeu alta médica. Mais de 44 hospitais no Brasil já dispõem do uso da tecnologia. O aparelho ajuda a reduzir a inflamação pulmonar, melhora a oxigenação, previne a intubação e evita a ventilação mecânica invasiva.

Um dispositivo com ares de ficção científica se tornou um grande auxiliar na recuperação de centenas de pacientes internados com sintomas graves da Covid-19 em todo o Brasil. Batizado de Bolha de Respiração Individual Controlada (BRIC), o instrumento é uma bolha impermeável e transparente, individual, descartável, com conexões respiratórias, e que serve de interface entre o paciente e o ventilador mecânico. Atualmente o único capacete nacional com aprovação ANVISA e já foram comercializadas mais de 500 unidades para hospitais brasileiros, que estão sendo utilizado em mais de 350 pacientes internados e apresentando bons resultados. O equipamento já vinha sendo utilizado na Europa e nos Estados Unidos, e agora passou a ser desenvolvido e produzido em solo nacional pela empresa de tecnologia Roboris e lançado sob a marca LifeTech Engenharia.

O uso da BRIC pode reduzir a inflamação pulmonar, melhorando a oxigenação e o esforço do paciente, prevenindo a intubação e evitando a ventilação mecânica invasiva com alto risco. Além disso, por ser um dispositivo estanque (vedado), diminui drasticamente as chances de contaminação dos profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à doença. “Há muito tempo estávamos buscando implementar esta tecnologia em nosso país. A aceleração da manufatura deste dispositivo em resposta à pandemia poderá trazer um grande benefício de longo prazo para as UTIs brasileiras. Ponto para o Brasil e para a indústria nacional”, afirma o médico pneumologista Marcelo Amato, professor livre-docente da Universidade de São Paulo (USP).

O pneumologista, que também é supervisor científico da UTI Respiratória do Instituto do Coração de São Paulo (Incor), testou o uso do capacete em três pacientes que, por conta da covid-19, apresentavam fibrose pulmonar em estado avançado. Ou seja, quando o tecido pulmonar é danificado pela infecção no pulmão, causando desconforto na respiração. Ele garante que foi possível reverter o quadro clínico desses pacientes com a utilização da BRIC. “O uso do capacete nesta condição pode contribuir para remodelar a fibrose pulmonar que ainda não é definitiva, diminuindo o estresse mecânico sobre o pulmão, reduzindo a inflamação, e permitindo uma maior reabsorção de colágeno. Reduzimos assim a fibrose e nenhum paciente precisou ser intubado, eles voltaram a ficar independentes, sem uso de oxigênio suplementar”, salienta.

A utilização da BRIC foi estendida a pacientes internados com quadros graves de Covid-19 em hospitais de diversas localidades brasileiras. Mais de 350 pacientes já receberam o tratamento, aplicado em 44 hospitais diferentes nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e Piauí.

Distribuição garantida a hospitais

De acordo com o CEO da Roboris, o engenheiro Guilherme Thiago de Souza, a fase de testes compulsórios (quando os pacientes assinam um documento dando ciência de que o teste do equipamento é feito por vontade e responsabilidade deles) se encerrou com sucesso. “O capacete recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que o torna oficialmente um equipamento médico para uso em tratamentos, disponível para a aplicação em medicina de caráter irrestrito, podendo ser comercializado de forma legal”.

“Com a liberação da Anvisa, a LifeTech agora atua com um parceiro que já é fabricante de equipamentos hospitalares, para que a fabricação da BRIC, assim como todo o processo de distribuição, ocorra em acordo com a regulamentação do órgão”, explica o CEO da Roboris. “Com isso, reforçamos o posicionamento profissional da LifeTech, de forma a trazer ao mercado de produtos hospitalares um equipamento profissional efetivo no combate à pandemia desenvolvido, fabricado e homologado em tempo recorde no país”.

A taxa de mortalidade para pacientes intubados com Covid-19 é de 70% a 86%. Estudos da Universidade de Chicago sobre a tecnologia de ventilação baseada em capacetes demonstram que, com a utilização da BRIC, de 20% a 35% de pacientes com Covid-19 não necessitaram de intubação. Os estudos também revelam que o uso do capacete evita a intubação em 54% de pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS).

“A BRIC se torna uma aliada no combate à COVID-19, e também pode ser utilizada no tratamento de outras doenças respiratórias como influenza (H1N1), gripe aviária, gripe suína, SARS, etc.”, afirma Guilherme Thiago de Souza da Roboris, ressaltando que a solução veio para ficar.

Alívio e esperança na recuperação

O médico Artur Raoul, 55 anos, cirurgião cardiovascular no Hospital Vila Nova Star da Rede D`Or São Luiz, ficou hospitalizado por 39 dias após ter contraído a covid-19. Ao longo desse período, seu quadro de saúde se agravava a cada dia, com baixos índices de oxigênio e aumento dos danos pulmonares. Foi quando o pneumologista Marcelo Amato decidiu realizar uma avaliação respiratória em Artur e conversou com o infectologista responsável e equipe sobre a conduta médica a adotar nesse caso. Ele então optou por testar a BRIC em Artur. Seu quadro apresentou melhora muito rapidamente e após cinco dias de uso do dispositivo e com o tratamento finalizado, ele ficou por mais cinco dias no hospital e recebeu alta médica.

Após a alta hospitalar e se recuperando em casa, o cirurgião cardiovascular Artur Raoul se lembra do momento em que o pneumologista tomou a decisão que salvaria a sua vida. “Ele (Amato) me falou sobre a possibilidade do uso da BRIC”, comenta o cirurgião, que assinou um termo de consentimento para utilizar o equipamento. “Como médico, eu já sabia algo sobre o uso do helmet (“capacete” em inglês) na Itália. No hospital, sabiam da existência do dispositivo, mas não usavam. E foi a cereja do bolo: após cinco dias de tratamento com a BRIC, tive uma melhora significativa”, enfatiza.

O sucesso do tratamento do paciente se deu pelo uso de uma nova técnica, desenvolvida pelo pneumologista Marcelo Amato. Ela consiste na utilização de um cateter de alto fluxo acoplado à BRIC, que permite manter uma Pressão Positiva Expiratória Final (PEEP). Ou seja, a técnica permite que o capacete exerça uma pressão positiva controlada dentro dos alvéolos pulmonares ao final da expiração, com o objetivo de reduzir o esforço respiratório do paciente.

“A técnica faz uso de dois mecanismos para aumentar o grau de proteção pulmonar. O primeiro é o cateter nasal de alto fluxo, que injeta um fluxo constante de ar umidificado a 100% e aquecido a 37°, em vias aéreas superiores (através das narinas), que resulta na lavagem do espaço morto do pulmão e remove as moléculas de gás carbônico a cada expiração”, explica o pneumologista. “Assim, o paciente consegue oxigenar e eliminar o gás carbônico do sangue com um volume corrente menor, gerando alívio da sensação de dispneia e diminuição do trabalho dos músculos inspiratórios. O segundo mecanismo se processa quando conectamos o capacete a um ventilador mecânico, no modo CPAP (“Continuous Positive Airway Pressure” ou, em português, Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas). Isso é capaz de prover a PEEP sem muito incômodo, resultando numa pressão constante em vias aéreas superiores, chegando até os alvéolos e, assim, o paciente consegue respirar melhor, com menos força, e sente menos falta de ar. Isso (o dispositivo) era tudo o que precisávamos para estabilizar o paciente”, afirma o médico.

Em casa, aliviado e esperançoso, Raoul já não precisa mais do auxílio de cilindros de oxigênio. Ele faz caminhadas no condomínio em que reside, realiza medições periódicas da saturação de oxigênio, além de seguir o tratamento com uso de medicamentos. “Ainda sinto um pouco de falta de ar, mas perto do que era, estou bem melhor. De acordo com as expectativas médicas, vai demorar seis meses para me recuperar totalmente”.

O engenheiro Guilherme Thiago de Souza comemora os efeitos da combinação de elementos para o êxito do método utilizado. “Em conjunto com outros protocolos de tratamento da Covid-19 para uma melhora inédita do quadro clínico do paciente, a técnica trouxe resultados bem expressivos. A recompensa é a gratidão de constatar que o projeto realmente salva vidas e justifica todo o esforço, investimento e energia aplicados”, conclui o CEO da Roboris.