Grupo de Fiscalização Integrada Covid-19 conduz mais duas pessoas à delegacia

As fiscalizações conjuntas entre a Secretaria de Ordem Pública, Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes (DESTRA), Guarda Municipal, Secretarias da Fazenda e de Serviços Públicos, PROCON, Ouvidoria, Vigilância Sanitária e Autarquia de Urbanização e Meio Ambiente de Caruaru, além de entidades parceiras como Polícia Militar, Bombeiro Militar, Bombeiro Civil e Disque-Denúncia, já registraram quase 4 mil denúncias, com uma média diária de 105 demandas. Durante o percurso, a equipe de fiscalização realiza outras abordagens, e o direcionamento aos bairros é realizado pela análise do mapeamento do nível de isolamento social.

Diariamente, a equipe formada por 60 profissionais fiscaliza parques e praças, que, inclusive, estão recebendo grades de isolamento, evitando, assim, a circulação e aglomeração de pessoas. Ações com carro de som e baixa na iluminação e sinalização também fazem parte do planejamento de combate ao Coronavírus.

Nos casos de estabelecimentos que insistam em manter o funcionamento, o Grupo de Fiscalização Integrada Covid-19 vem aplicando as sanções previstas na lei, variando de notificação preventiva, cassação do alvará, fechamento do estabelecimento, podendo chegar até a prisão, de modo estabelecido no Código Penal Brasileiro.

No bairro Caiucá, durante as fiscalizações a equipe foi alvo de desacato pela filha de uma proprietária de banca de jogo do bicho, que atuava irregularmente. Na discussão, um dos fiscais foi lesionado e a viatura, atingida. “Tivemos o apoio da Guarda Municipal, e solicitamos a presença da Polícia Militar na ocorrência. A jovem foi conduzida à delegacia de plantão, onde foi autuada em flagrante pelos crimes de desacato e lesão corporal”, afirmou o secretário executivo de Ordem Pública, Dyego Veras, que acompanhou toda a ação.

“Algo semelhante aconteceu em uma fiscalização onde encontramos aglomeração de pessoas. Um homem, que estava consumindo álcool e se recusou a sair do local, desacatou os servidores que estavam orientando os moradores. Ele foi conduzido à delegacia e autuado pelo crime de Desobediência. Nas duas situações, após a assinatura do termo circunstanciado de ocorrência, as pessoas foram liberadas e irão responder a processo criminal”, complementou Dyego.

A população pode contribuir denunciando casas de shows e bares por meio do disque-denúncia, nos telefones: 3719–4545 (das 7h às 19h, de segunda a sábado), ou pelo WhatsApp 98256 – 4545/ 98170-2525. Outro contato disponível é o da ouvidoria municipal, no número 156 (das 7h às 13h, de segunda a sexta), ou no WhatsApp 98384-5936. A denúncia pode ser feita também pelo 190 da Polícia Militar.

ARTIGO — A evolução da automação industrial e seu papel no combate ao coronavírus

Por: Bráulio Molinari, coordenador de vendas da Mitsubishi Electric

Pensar no dia a dia industrial é trazer à mente um conjunto de itens e processos: esteiras, materiais sendo transformados em produtos completos, envase de líquidos e embalagem. Pessoas uniformizadas andando de maneira sistemática e barulho de toda a engrenagem funcionando. Dos anos 1950 para cá, muito mudou nesse dia a dia, é verdade, mas um componente fundamental esteve presente em todas as etapas de evolução da indústria em âmbito global: a automação.

No passado, essa área consistia apenas em mecanizar um processo ou máquina, informar alguns status e alarmes, sem muita inteligência adicional. Controlar máquinas e disponibilizar informações sobre status, produtividade e falhas também eram atributos que construíam a essência do que era a automação há apenas vinte anos.

Hoje, esse cenário mudou radicalmente. Se antes as funções eram limitadas e apenas setores como o automotivo, petroquímico e a indústria de manufatura tinham acesso a esses benefícios, hoje diferentes setores podem contar com a automação industrial a preços competitivos e com vantagens muito mais tangíveis.

Transparência de processos, flexibilidade na produção e integração entre todas as camadas da empresa são a essência do que a área representa atualmente. Por meio dela, decisões como aumentar ou diminuir a fabricação de produtos e diversificar a gama de itens vendidos podem ser feitas rapidamente com o auxílio de plataformas de software, trazendo resultados rápidos e a chance de mudanças sem afetar o caixa de empresas de forma significativa.

Isso é possível porque a automação avançou no tempo de forma similar à eletrônica, trazendo aumento de capacidade de processamento e performance até mesmo para os dispositivos mais simples, acompanhada de custos cada vez mais acessíveis. Praticamente todos os produtos, tais como PLCs, Inversores de frequencia, Servo acionamentos, Sensores, entre outros, apresentam preços cada vez mais competitivos, o que impacta significativamente no custo final dos projetos de automação – conduzidos por engenheiros capazes de traçar a melhor rota de funcionamento para os sistemas desejados.

No cenário atual, isso é mais do que necessário. Em uma época na qual produtos com alta demanda de produção industrial – máscaras e álcool em gel – se esgotam, trazer mais produtividade torna-se máxima prioridade. Hoje, a flexibilidade de uma cadeia equipada com automação pode fazer rápidos ajustes de produtos fabricados (como no setor químico, passando envasar álcool em gel no lugar de outros itens anteriormente fabricados, por exemplo). A automação modificaria a “receita” na produção e os ajustes de velocidade, viscosidade e tipo de embalagem do novo produto a ser envasado.

Outro benefício, é a maior facilidade de ampliação das plantas. Com a automação, fica muito mais fácil e rápido integrar outros processos, com qualidade, produtividade, disponibilidade e segurança.

Já para as empresas que não estão diretamente relacionadas à venda desses produtos (e que, portanto, têm grandes chances de serem afetadas negativamente pela chegada do Coronavírus e com uma provável queda nas vendas), a automação permite a tomada rápida de decisões, tais como balanceamento, divisão ou realocação da produção. E no momento de retomada das atividades após este período desafiador, a automação será fundamental para que isso ocorra no menor tempo possível.

São resultados atrativos, especialmente ao analisar pequenas indústrias, cujo caixa raramente é robusto o suficiente para aguentar longos períodos sem produção ou vendas. Recentemente, um estudo da CNI mostrou que incorporar automação nas PMEs pode aumentar a produtividade dessas companhias em 22%, em média.

É claro que existem entraves para alcançar patamares mais elevados. Para citar os principais deles: a cultura de imediatismo do Brasil, além de qualificação e disponibilidade de mão de obra.

Em primeiro lugar, é necessário lembrar que a necessidade de resultados “a jato” por vezes limita a visão das empresas em analisar apenas o custo da automação e não o retorno que ela pode propiciar, por vezes em médio e longo prazo. A boa notícia é que esta cultura de curto prazo vem se modificando, ainda que lenta e gradualmente.

O outro desafio mencionado, a mão-de-obra, diz respeito à capacitação de profissionais que trabalham na operação e manutenção para lidarem com sistemas cada vez mais automatizados. Na outra ponta, é necessário também que as empresas tenham em seu quadro de funcionários profissionais capacitados, com conhecimento em elétrica e mecânica, é claro, mas também eletrônica, mecatrônica e programação. Ou seja, um novo perfil de profissional, cada vez mais plural.

Para resolver esses pontos, existe a importância de recursos de financiamento adequados. Os juros baixos já praticados em um período pré-pandemia certamente contribuem para acelerar esse processo e é necessário observar como vão se comportar após o fim do isolamento social. Além disso, o período também deve fortalecer a necessidade de tecnologia em todos os setores, contribuindo significativamente para mudar hábitos e prioridades de líderes – outro ponto que pode favorecer o avanço da automação industrial.

Por fim, é necessário ter os olhos fixos no horizonte. Ser capaz de projetar o futuro vai fazer com que companhias passem à frente umas das outras e, nessa disputa, vence quem tem mais capacidade, flexibilidade e disposição de modificar processos, cultura organizacional e métricas antiquadas de resultados. É necessário olhar para frente para aproveitar benefícios e vencer em uma sociedade cada vez mais eficiente.

Sobre a Mitsubishi Electric do Brasil

No país desde 1975, a Mitsubishi Electric do Brasil reflete os valores globais da companhia, atuando nas áreas de: Automação Industrial e CNC, Sistemas de Ar Condicionado, Automação de Processos, Equipamentos Automotivos, Sistemas de Visualização e Sistemas de Transporte.

Membros do MPPE devem cobrar uso de máscaras em todo o Estado

O Gabinete de Acompanhamento da Pandemia do Novo Coronavírus orientou, por meio da Recomendação PGJ nº024/2020, que os promotores e procuradores de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) atuem para assegurar o cumprimento do Decreto Estadual nº48.969/2020, que estabelece a utilização de máscaras como método de contenção do Covid-19.

Com base na recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que prega o uso comunitário das máscaras, o procurador-geral de Justiça orienta os membros do MPPE a tomar as providências necessárias para fiscalizar o fornecimento e de máscaras aos servidores públicos, empregados e colaboradores de estabelecimentos privados autorizados a funcionar durante o período de isolamento social, como supermercados, bancos, farmácias e unidades de saúde. Conforme o Decreto nº48.969/2020, as máscaras devem ser disponibilizadas pelos entes públicos e privados aos seus colaboradores, que estão obrigados a utilizar os equipamentos.

Além dos trabalhadores dos serviços essenciais, a norma legal também recomendou o uso da máscara pela população sempre que for preciso efetuar deslocamentos no transporte público ou mesmo a pé. Dessa maneira, o procurador-geral de Justiça orienta os membros do MPPE a estimular a adoção das máscaras pelo público em geral, inclusive aquelas produzidas de maneira artesanal.

No caso das cidades que possuem atividade econômica de confecção, os promotores de Justiça também devem estimular as empresas a dedicarem suas atividades produtivas à fabricação das máscaras caseiras e demais insumos que podem ser utilizados no enfrentamento ao Covid-19.

Calendário de vacinação contra a gripe segue nos municípios

Enquanto as atenções de meios de comunicação e população em geral estão voltadas para a pandemia do Covid-19, é importante registrar que a Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe 2020 segue seu calendário, e as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários devem os postos de vacinação. O alerta é feito pela V Gerência Regional de Saúde (V GERES), em Garanhuns. A Campanha iniciou em 23 de março, sendo antecipada em 30 dias, e segue até 22 de maio.

Segundo Catarina Tenório, gerente regional de saúde, está em curso a segunda fase da vacinação da campanha que é anual. “O objetivo da campanha é reduzir complicações e internações decorrentes das infecções pelo vírus da influenza, e este ano também evitar que as pessoas busquem postos de saúde e hospitais, com sintomas de gripe, já que a maioria das unidades hospitalares estarão com pacientes de Covid-19, em plena pandemia”. – Revela a gestora.

A vacina contra a gripe não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico da gripe, já que os sintomas são parecidos, para chegar mais rapidamente a conclusão do diagnóstico de coronavírus.

Na primeira fase de vacinação, o Ministério da Saúde estabeleceu a meta de 90% de vacinados dos públicos alvo. A V GERES atingiu 95,9% dos trabalhadores da saúde e 90,8% dos idosos.

QUEM DEVE PROCURAR OS POSTOS PARA VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE?

Remanescentes da primeira fase, que são as pessoas com 60 anos ou mais e trabalhadores da saúde. Nesta segunda fase estão sendo vacinados os professores, profissionais de segurança e salvamento, além de doentes crônicos e outros com condições clínicas especiais.

Na terceira fase, que inicia em 09 de maio, devem procurar os postos de vacinação, crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 6 anos de idade, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), povos indígenas, pessoas entre 55 e 60 anos, jovens sob medida sócioeducativa de 12 a 21 anos, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional.

Para saber mais:
V GERES – Gerência Regional de Saúde
Dra. Catarina Fábia Tenório
Endereço: Rua Joaquim Távora, 240 – Garanhuns/PE
Telefone: (87) 3761.8341 / 3761.8342
E-mail: gerencia.saude.pevgeres@hotmail.com

Placas de veículos perdidas durante as chuvas podem ser resgatadas na sede da DESTRA

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes (DESTRA) de Caruaru, informa que recolheu placas de veículos espalhadas em locais que ficaram alagados na cidade, em decorrência das chuvas do último domingo (26).

As placas estão à disposição dos respectivos proprietários na sede da DESTRA, na Avenida Gregório de Matos, 401, Bairro Petrópolis (próximo à rotatória da Fafica). O atendimento para recolher as placas será das 8h às 13h. O proprietário deve levar um documento de identificação com foto e o documento do veículo.

Dirigir sem placa – Transitar pelas ruas da cidade sem placa é considerado infração gravíssima, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), gerando uma multa de R$ 293,47 e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação do motorista.

Em Santa Cruz, elevadas movimentações em plena época de Covid-19

Video do Blog do Bruno Muniz

Na primeira segunda-feira (27) após a publicação de decreto elaborado pelo Governo do Estado autorizando a abertura de lojas de tecidos e aviamentos em tempos de pandemia de novo coronavírus, o que se observou em Santa Cruz do Capibaribe, na região Agreste do Estado, foi uma intensa movimentação de veículos e populares circulando pela área territorial da cidade.

Vídeos e fotografias chegaram até ao Blog Caruaru em Pauta a fim de se ilustrar os extensos fluxos principalmente nos entornos e nas imediações dos estabelecimentos voltados para o setor. O que não representa na prática qualquer tipo de crime, haja vista que este tipo de comércio encontra-se autorizado para operar com a venda de insumos para fabricação de máscaras e outros Equipamentos de Proteção Individual, que estão sendo importantes na prevenção contra a Covid-19.

Entretanto, na contramão de tal produção essencial, centenas de populares que estiveram circulando, na manhã de hoje, na Terra da Sulanca, acabaram dando péssimos exemplos no tocante à prevenção da doença. Como se não bastasse o não cumprimento ao isolamento social – o mais recomendado neste período -, eles não se fizeram de rogados em preencher aglomerações, bem como sequer portaram máscaras de proteção.

Um morador de Santa Cruz, que preferiu não ter o nome revelado, criticou o excesso de movimentação. “Precisei sair de casa para ir até ao supermercado e acabei presenciando uma quantidade enorme de veículos e pessoas circulando pela cidade. Inclusive, vários ônibus encontravam-se estacionados na frente de algumas empresas com pessoas em aglomeração. Ou seja, não adianta de nada fazer isolamento se as outras pessoas não vêm respeitando as medidas apontadas pelos órgãos de saúde. Infelizmente, mesmo fazendo a minha parte, acabo ficando sujeito à doença devido à má conduta desses irresponsáveis”.

Se em Santa Cruz, a movimentação registrada se assemelhou com as de períodos considerados normais, em demais municípios integrantes do Polo de Confecção do Agreste, a exemplos de Caruaru e de Toritama, pelo menos até agora, o fluxo tem se caracterizado como praticamente inexistente em se tratando de dois dos principais centros de moda do país.

Com mortes por Covid-19 em queda, Europa se prepara para relaxar isolamento

Continente com o maior número de mortes em decorrência do novo coronavírus, a Europa começa a registrar dados que indicam um possível controle da pandemia e trazem esperança de dias menos dolorosos. No último fim de semana, vários países contabilizaram quedas significativas nas taxas de letalidade, e autoridades começaram a anunciar medidas gradativas de suspensão do isolamento. Um deles foi a Espanha, onde as crianças puderam ir às ruas ontem, após seis semanas confinadas. As autoridades, porém, advertem que os cidadãos não devem baixar a guarda.

“Não é conveniente subestimar o inimigo que tem essa capacidade de contágio”, alertou o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, ao anunciar o “primeiro relaxamento”. As crianças puderam sair de casa, mas seguindo uma série de restrições, como estarem acompanhadas de um adulto e não se afastarem a mais de um quilômetro de casa. Os parques seguem fechados. “(Podem) sair por uma hora por dia, entre 9h e 21h (…) É importante darmos esse passo seguindo rigorosamente todas as (…) medidas de proteção e higiene”, enfatizou o premiê.

Terceiro país com mais mortes pela Covid-19, atrás dos Estados Unidos e da Itália, a Espanha mantém seus 47 milhões de habitantes em confinamento desde 14 de março, uma medida que durará pelo menos até 9 de maio. O relaxamento foi decidido graças ao fato de o país, com mais de 223 mil casos notificados e 23.190 mortes, ter sinais de que está conseguido controlar a epidemia, deixando para trás o pico de infecções do início de abril, quando até 950 mortes foram registradas em 24 horas — ontem, foram relatadas 288.

Seguindo a mesma tendência, a França registrou 242 novos óbitos (dos 22.800 registrados), a Itália teve 260 (dos 26.600), e o Reino Unido, 413 (dos 20.700). Apesar do movimento de queda, as ordens de relaxamento são um quebra-cabeça para as autoridades de saúde. Sánchez apresentará, amanhã, um plano para abrandar as medidas a partir de maio na Espanha. Segundo ele, se os contágios continuarem caindo, a partir do dia 2, será permitido aos adultos passearem ou fazerem exercícios.

Volta às aulas

Na França, o primeiro-ministro Edouard Philippe deve anunciar, também amanhã, a “estratégia nacional do plano de ‘desconfinamento’”, com início previsto para 11 de maio. Entre as propostas está prevista a polêmica retomada das atividades em escolas. O chefe do governo italiano, Giuseppe Conte, prometeu ontem que a volta às aulas ocorrerá apenas em setembro. “A escola está no centro dos nossos pensamentos e reabrirá em setembro. Todos os cenários de um comitê de especialistas previam altos riscos de contágio no caso de elas abrirem antes dessa data”, declarou ao jornal La Repubblica.

Conte anunciou outras medidas para aliviar o confinamento que rege a vida dos italianos desde 9 de março. Os parques vão reabrir em 4 de maio, mas a distância social deverá ser mantida. Também será possível visitar a família e se reunir, dentro de alguns limites e respeitando as medidas de segurança. “As festas privadas continuarão proibidas”, reforçou o líder italiano. A reabertura completa de bares e restaurantes está prevista para 1º de junho, quando também serão reabertos os salões de beleza. A princípio, em 18 de maio, museus, estabelecimentos culturais e bibliotecas poderão voltar a funcionar.

A Itália registrou ontem o menor número diário de mortes em decorrência da Covid-19 em seis semanas. A pandemia provocou 26.644 óbitos nos país. Desde 14 de março, os italianos não concluíam um dia com menos de 300 falecimentos. “Tivemos um resultado muito importante. Agora, temos que tentar manter o risco o mais baixo possível e evitar um novo aumento das infecções, estabilizando o número de pacientes em terapia intensiva”, enfatizou Franco Locatelli, presidente do Conselho Superior de Saúde, um órgão consultivo do governo. “Mesmo com os avanços, não saímos do tormento. Temos que continuar com as medidas de distanciamento social e outras que deram resultados concretos no combate ao vírus”, complementou.

Em Londres, o primeiro-ministro Boris Johnson, que esteve hospitalizado por causa da Covid-19, retornou ontem à sua residência oficial, em Downing Street, e deve retomar suas atividades hoje. De acordo com Dominic Raab, ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Johnson está “em boa forma” e “ansioso para assumir as rédeas do governo”. As restrições de quarentena do Reino Unido, adotadas em 23 de março, permanecem em vigor até pelo menos 7 de maio. Os britânicos aguardam o início do planos de Boris Johnson para relançar a economia e sair do confinamento.

Correio Braziliense

Bolsonaro tem uma ”missão” ao oficializar novo ministro no lugar de Moro

Prestes a ser confirmado como ministro da Justiça, o atual chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, ministro Jorge Oliveira, postou em sua conta no Twitter uma foto do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira, logo após a demissão do ex-ministro Sergio Moro, acompanhada de uma mensagem de apoio ao presidente. “Juntos com o PR @jairbolsonaro por um Brasil melhor. Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!”, escreveu Oliveira.

Bolsonaro deve oficializar Oliveira como ministro hoje. Próximo da família do presidente, Oliveira não queria aceitar o cargo, mas Bolsonaro disse a ele que se tratava de uma “missão”, segundo fontes do Palácio do Planalto. Com a confirmação de Oliveira na Justiça, o atual secretário de Assuntos Estratégicos (SAE), almirante Flávio Rocha, é o mais cotado para assumir como ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. O delegado Alexandre Ramagem, atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), deve ser confirmado no comando da Polícia Federal.

Bolsonaro passou o fim de semana em meio a várias reuniões para definir a sucessão no Ministério da Justiça e na Polícia Federal. No sábado e ontem, ele recebeu vários aliados e auxiliares para discutir nomes. Um nome que ganhou força também para o lugar de Moro é o do desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, ex-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Ele é uma indicação de integrantes da ala militar do governo. O nome do Advogado-Geral da União, André Luiz Mendonça, também passou a ser considerado.

A exemplo do que ocorreu em outras substituições de ministros, o grupo mais próximo ao presidente tenta encontrar nomes que possam ter respaldo na opinião pública e livrar o governo de críticas. Bolsonaro, por sua vez, insiste que precisa ter uma pessoa de confiança no cargo.

“E DAÍ?”
A possível indicação do delegado Alexandre Ramagem para o lugar de Maurício Valeixo no comando da Polícia Federal é polêmica. Bolsonaro respondeu com “E daí?” a uma internauta que ressaltou o fato de Ramagem ser amigo dos filhos do presidente. “Alexandre Ramagem é amigo dos filhos do presidente. Inclusive foi indicado por eles”, escreveu a internauta Ana Clara Santos no Facebook. Pouco depois, o perfil do presidente escreveu: “E daí? Antes de conhecer meus filhos eu conheci o Ramagem. Por isso, deve ser vetado? Devo escolher alguém amigo de quem?

Com a resposta, Bolsonaro indica que tem uma longa relação com Ramagem, conhecendo-o desde antes do nascimento dos filhos. Flávio Bolsonaro, tem 38 anos. Ramagem tem 47, e é amigo dos filhos de Bolsonaro. Carlos já postou foto nas redes sociais ao lado dele. O filho 03 do presidente é investigado pela Polícia Federal em inquérito autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre divulgação de fake News contra a Corte e o Congresso Nacional.

Delegados cobram autonomia
Brasília – A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) divulgou carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro apontando “crise de confiança” na indicação do novo diretor-geral da corporação. Eles cobram do presidente compromisso com a autonomia para o cargo de chefe da instituição. A entidade pede ainda providências para resguardar a PF de novas crises, como a que se estabeleceu a partir das acusações feitas por Sergio Moro em seu pedido de demissão.

“Da maneira como ocorreu, há uma crise de confiança instalada, tanto por parte de parcela considerável da sociedade, quanto por parte dos delegados de Polícia Federal, que prezam pela imagem da instituição. Nenhum delegado quer ver a PF questionada pela opinião pública a cada ação ou inação. Também não quer trabalhar sob clima de desconfianças internas”, diz a carta.

A entidade afirma também: “O contexto criado pela exoneração do comando da PF e pelo pedido de demissão do ministro Sergio Moro imporá ao próximo diretor um desafio enorme: demonstrar que não foi nomeado para cumprir missão política dentro do órgão. Assim, existe o risco de enfrentar uma instabilidade constante em sua gestão”, diz a carta.

A ADPF cita ainda o caso protagonizado por Fernando Segovia, escolhido pelo então presidente Michel Temer para comandar a PF em meio ao inquérito dos portos. “O último comandante da PF teve gestão curta. Eventual ordem de intervenção cumprida pelo novo DG, que acreditamos que nenhum delegado o fará, o levará ao mesmo destino ou até a uma situação pior”, afirmam.

Estado de Minas

Mortes por Covid-19 crescem mais entre pessoas com menos de 60 anos

Se por um lado idosos e pessoas com doenças crônicas são as maiores vítimas do novo coronavírus, as mortes de adultos mais jovens ou entre pessoas sem registro de fatores de risco avançam no Brasil.

Embora representem uma parcela menor, a quantidade de óbitos pela doença entre homens e mulheres com menos de 60 anos cresceu cerca de 64 vezes em um intervalo de menos de um mês.

No mesmo período, as mortes entre aqueles com mais de 60 anos aumentaram aproximadamente em 18 vezes.

A análise foi feita pela reportagem em dados do Ministério da Saúde.

No fim de março, quando a pasta começou a divulgar um detalhamento das mortes, 89% delas eram de idosos. Em menos de um mês, o percentual caiu para 72%.

O balanço de março mostrava ainda que 85% das pessoas que tiveram as mortes por Covid-19 analisadas tinham registro de ao menos uma doença prévia ou outra condição de risco conhecida.

Na última segunda (20), esse número chegava a 70%.

Desde então, com a troca no comando da pasta, o ministério suspendeu a divulgação de balanços completos com esses dados.

Especialistas ouvidos pela reportagem apontam diferentes fatores para essa mudança no perfil das mortes.

Um deles é o fato de que a população brasileira é majoritariamente mais jovem em comparação a países europeus, por exemplo.

“O Brasil tem um núcleo majoritário de pessoas que estão entre a segunda e a quarta década de vida. Era natural e esperado que a doença, ao alcançar um patamar de transmissão acelerada, alcançasse esse grupo da população”, afirma a pneumologista Margareth Dalcolmo, pesquisadora da Fiocruz e uma das principais especialistas na linha de frente do combate à Covid-19.

Para ela, a epidemia rejuvenesceu no Brasil na medida em que começou a migrar de áreas mais ricas, onde foram registrados os primeiros casos, também para áreas mais pobres, onde há mais jovens e problemas de assistência são mais visíveis.

“A doença tem um vetor de crescimento para comunidades menos favorecidas. Nessas áreas de concentração urbana, de muita densidade demográfica, tem muitos jovens”, diz.

“A doença é democrática, no sentido de que atinge qualquer um. Ninguém precisa ter diferença de idade para isso”, afirma.

Ela lembra, porém, que o risco de gravidade e complicações ainda é mais alto em idosos e pessoas com doenças crônicas prévias.

Entre idosos, as principais são cardiopatia e diabetes. Já entre os mais jovens, aparecem asma e obesidade.

Mas o que explica o fato de haver mortes por coronavírus em pessoas sem registro desses fatores?

“Podemos ter, por exemplo, a ocorrência de uma suscetibilidade individual que nunca foi observada”, diz a médica Fátima Marinho, do Instituto de Estudos Avançados da USP.

É o caso de doenças autoimunes, ou outras em que há frequentemente atraso no diagnóstico ou ficam de forma latente, com manifestação tardia.

“E não se sabe como receberiam um vírus como esse”, afirma Marinho, que lembra que o novo coronavírus chama a atenção por causar pneumonias graves e ser mais agressivo em comparação a outros vírus respiratórios mais comuns.

Para Luciano Goldani, professor de infectologia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), o aumento de mortes entre mais jovens impressiona.

“Uma hipótese são comorbidades escondidas, porque temos uma radiografia maior dos problemas em população mais idosa. Jovens fazem menos exames, então é difícil analisar se são isentos de comorbidades. Há também questões genéticas que precisam ser estudadas”, afirma.

O médico infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia Leonardo Weissmann coloca como hipóteses uma suscetibilidade genética ou mesmo uma maior exposição ao vírus.

Weissmann também menciona o fenômeno conhecido como tempestade de citocina, ainda pouco explicado, que pode se dar quando o corpo combate agentes infecciosos.

Uma possível reação a esse quadro leva a uma ativação excessiva do sistema imunológico, com fortes consequências para o paciente. “Pode atacar vários órgãos e levar à morte”, afirma.
Um outro fator apontado é a obesidade.

Atualmente, 56% dos brasileiros estão com excesso de peso e 18% são obesos, grupo que tem se mostrado mais vulnerável à Covid-19, de acordo com Mário Carra, da Abeso (associação brasileira para estudo da obesidade).

Para os especialistas ouvidos pela reportagem, é preciso considerar ainda a subnotificação nos registros gerada pela baixa oferta de testes, o que afeta a análise da mortalidade, e diferenças no modelo de registros.

Um deles é a possibilidade de falhas no preenchimento dos dados completos sobre comorbidades em alguns municípios.

Ao mesmo tempo, de acordo com Marinho, da USP, pode haver casos em que o registro da morte ocorreu como infarto, mas análises posteriores confirmaram também uma infecção pelo vírus Sars-CoV-2 –sem que isso estivesse incluído na notificação.

Questionado sobre os fatores que levam ao aumento no índice de mortes em alguns grupos, o Ministério da Saúde não respondeu.

Recentemente, o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, apontou a possibilidade de que a ocorrência de mortes em pessoas sem fator de risco conhecido esteja ligada a uma possível coinfecção por outros vírus respiratórios. A hipótese, porém, ainda precisaria ser confirmada.

No Recife, um caso que chamou a atenção foi a morte de um bebê de sete meses, faixa etária que inicialmente estaria fora de complicações.

A criança, no entanto, tinha uma cardiopatia grave, o que pode ter agravado o quadro.

“O vírus parece poupar em maioria as crianças sem comorbidades, e é muito raro ter mortes nessa faixa etária. No adulto jovem o risco individual é menor, mas ele existe. A verdade é que, quanto maior o número de casos, mais vamos vendo escapes à regra”, afirma o secretário municipal de Saúde do Recife, Jailson Correia.

Dados divulgados pelos estados também indicam especificidades locais.

Em São Paulo, 75,8% das mortes ocorreram entre idosos, segundo dados do governo estadual. Já no Rio Grande do Sul, esse índice é de 83% –acima da média do país.

A pirâmide etária do estado fornece algumas explicações. “A população idosa do Rio Grande do Sul é proporcionalmente a maior do país, um perfil parecido com o da Itália”, diz Goldani, da UFRGS.

Por causa dessa semelhança, afirma, houve um receio de que a situação do país se repetisse, o que fez o estado ser um dos primeiros a implementar uma política de distanciamento mais rígida.

O mesmo foi feito em outras regiões –que, no entanto, avaliam agora uma flexibilização, em meio a pressão do governo federal.

Para Margareth Dalcolmo, o aumento de mortes entre pessoas mais jovens mostra riscos em alterar a política de isolamento social.

“Se flexibilizarmos agora, em um momento em que a epidemia está em franca ascensão, vamos pagar um preço humanitário de mortes evitáveis.”

Diario de Pernambuco

Empresas com atuação online preveem crescimento para além da pandemia

A queda das vendas no comércio em decorrência da crise do coronavírus preocupa boa parte dos micro e pequenos empresários, mas também favorece outros.

Entre os beneficiados pelo isolamento social, segundo Juliana Berbert, consultora de negócios do Sebrae-SP, estão aqueles que já tinham atuação no universo online e, por isso, dispunham de infraestrutura bem montada para fazer entregas em domicílio.

“Implantar um setor de delivery é algo complexo e quem foi obrigado a criar o serviço de última hora certamente encontrou dificuldades”, diz.

Uma das empresas que têm se saído bem é a startup Bebida na Porta, criada em 2019, que atua em alguns bairros de São Paulo, além de Alphaville e Tamboré (Grande São Paulo).

Segundo a fundadora Jessica Gordon, 36, a empresa viu o número de pedidos aumentar 65% em março, em relação ao mês anterior. O número de novos clientes subiu 40%. “No dia 20 de março, tivemos que reforçar o estoque”, diz.

Bebidas alcoólicas, sucos, água e energéticos compõem o cardápio da empresa, além de cigarros e salgadinhos. O ticket médio continua o mesmo, em torno dos R$ 70. O que mudou, diz Jessica, foi o comportamento da clientela.

“Antes, as pessoas começavam a pensar em bebidas no fim da tarde. Agora, os pedidos começam a chegar às 14”, afirma ela.

Cerca de 80% dos pedidos são feitos pelo aplicativo iFood, que se encarrega das entregas. O restante, que chega à Bebida na Porta por meio do WhatsApp e de marketplaces, é despachado por motoboys que Jessica contrata. Seja qual for o método, a startup promete entregas entre 15 e 25 minutos depois do pedido.

De acordo com Juliana Berbert, a explosão na demanda experimentada pelos supermercados online, que estão levando dias ou semanas para entregar os pedidos, tem ajudado comerciantes locais e pequenos empreendedores.

Outro setor que vem experimentando bons resultados durante a pandemia é o de educação a distância.

Fundada em 2017, a plataforma Curseria tem 12 cursos online no portfólio, sobre os mais variados assuntos, de gastronomia a finanças.

Assim que o número de alunos começou a subir, os sócios Danilo Ricchetti Basso, 36, Celso Ribeiro, 34, e Cassiano Barletta, 39, reduziram o valor dos cursos em 40%. O ticket médio, que era de R$ 400, caiu para R$ 240.

O resultado, conta Danilo, foi muito além do esperado: as vendas aumentaram 300%.

Em segmentos específicos, como o de fitness, o crescimento chegou a 500% –um dos mais procurados é o curso do professor de educação física Chico Salgado, que ensina treinos de celebridades.

Em breve, outros 12 cursos serão lançados. Em um deles, a lutadora Kyra Gracie vai ensinar técnicas de defesa pessoal para mulheres.

O trio de sócios não poderia estar mais animado. “Faturamos R$ 8 milhões em 2019 e já estamos refazendo as contas para 2020. Podemos crescer mais de 100%”, diz Danilo.

Jessica Gordon, da Bebida na Porta, também está recalculando a projeção de crescimento para o ano. A empresária aposta que os novos clientes vão incorporar o hábito de comprar online em caráter definitivo.

Na opinião da consultora do Sebrae-SP, o otimismo se justifica. Segundo a especialista, parte da transformação nos padrões de consumo permanecerá após o fim da quarentena. “Trata-se de uma nova tendência, não de modismo”, afirma.

Folhapress