Pedidos de falência sobem 30% em maio, diz Boa Vista

Os pedidos de falência avançaram 30% em maio, na comparação com abril, segundo dados com abrangência nacional da Boa Vista. Mantida a base de comparação, os pedidos de recuperação judicial e as recuperações judiciais deferidas aumentaram 68,6% e 61,5%, respectivamente. Por outro lado, as falências decretadas registraram queda de 3,3% na variação mensal.

Na análise acumulada em 12 meses, os pedidos de recuperação judicial apresentaram alta de 3,7%, assim como as recuperações judiciais deferidas (2,4%). No sentido contrário, os pedidos de falência caíram 25% e as falências decretadas 21,6%, mantida a base de comparação.

De acordo com os resultados acumulados em 12 meses, ainda se observa a continuidade da tendência de queda nos pedidos de falência e falências decretadas. No entanto, esse movimento estava atrelado à melhora nas condições econômicas apresentada entre 2017 e o início deste ano. Agora, com os impactos econômicos causados pela chegada do novo coronavírus, e como já observado na análise mensal, a tendência é de que as empresas encontrem maiores dificuldades em dar continuidade a esse movimento nos próximos meses.

Metodologia
O indicador de falências e recuperações judiciais é construído com base na apuração dos dados mensais registrados na base do SCPC, oriundos dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados.

A série histórica deste indicador se inicia em 2006 e está disponível em:
http://www.boavistaservicos.com.br/economia/falencias-e-recuperacoes-judiciais/

Seis pontos imperdíveis de ecoturismo no Uruguai

Respirar o ar puro das “Sierras de Las Ánimas”, fazer trilha na “Quebrada de los Cuervos”, seguindo até os riachos ou passear a cavalo pelos cerros, tocar a água com as mãos ao avistar as mais de 400 aves imperdíveis que oferece Uruguai são uma deliciosa recompensa após cumprir a quarentena.

Um destino, várias experiências para desfrutar a uma curta distância. O Uruguai propõe 6 destinos imperdíveis para visitar virtualmente, e mais para frente estar após tudo isso passar.

Ser recebido por um anfitrião local com chá ou café e uma atenção caseira recém assada é o início de uma experiencia única, que cumpre as expectativas de segurança e confiança para toda a família. Enquanto isso, podemos curtir no conforto de casa a beleza e atração desse segmento no Uruguai, pelo canal de youtube Uruguay Natural TV ou selecionar alguma das 50 escapadas pelo Guía Vacaciones en Familia Uruguay para as próximas férias.

A busca por espaços ao ar livre, por práticas de atividades típicas de cada lugar, conhecer as tradições e simplesmente observar a fauna e flora de um destino facilitam um descanso perfeito e parece ter mais sentido depois da pandemia.

Quebrada de los Cuervos

Se o que o visitante procura é paz e sentir a Natureza, a “Quebrada de los Cuervos” se tornará o destino ideal para presenciar a majestosa paisagem. Esse paraíso escondido é um acidente geográfico que combina uma fenda aberta pelo arroio “Yerbal Chico e Sierras Agrestes”.
Um destino de aventura, para experimentar a natureza de perto e apreciar 180 espécies de aves, mamíferos, anfíbios e peixes. Entre os serviços disponíveis se encontram: trilha, observação de aves, atividades de educação ambiental, centro de visitantes, serviço de guarda florestal, camping e cabanas. Também existem algumas restrições: como a entrada com animais de estimação, caça, pesca, fogueiras e recolocação de plantas.

Como chegar?

A 45 quilômetros da cidade de “Treinta y Tres”, acesso pela Rota 8 quilômetro 306, desviando pelo quilometro 24 a Oeste por uma estradinha.

Visitas guiadas: turismo33.gub.uy/

Laguna de Rocha

Um lugar, a somente 8 quilômetros de “La Paloma”, onde convivem uma grande variedades de aves autóctones e migratórias, por esse motivo é considerada a Biosfera para Educação, Ciência e Cultura pela Organização das Nações Unidas. A vegetação é abundante e se encontra cerca de 200 tipos de aves para avistamento em um trajeto curto. Além de pescar e contar com passeios em barco guiado pelos pescadores. Não se pode ir embora do local sem antes provar “La cocina de la Barra”, onde se preparam pratos artesanais com produtos do mar, elaborados por um empreendimento de mulheres da comunidade.

Como chegar?

Acesso na intersecção das rotas 10 e 15, no quilometro 8, indo para o leste por um caminho de terra. Dali outro caminho permite aproximar-se da barra, onde e possível observar a fina faixa de areia que separa do oceano.

+ info y reservas: Beatriz Ballesteros (+598)095 669 936) – Cecilia Laporta (+598)099

065 254)

O Monte de Ombúes

Percorrer o maior agrupamento de “Ombúes” – árvore nativa da Região, na zona do Prata é uma aventura que transporta e conecta diretamente com a natureza. É habitual encontrar raposas, gambás, doninhas, gatos selvagens e lagartos, entre outros animais. Os Ombúes que não crescem juntos, nesta região é uma exceção.

São 20 quilômetros beirando a “Laguna de Castillos”, localizado em Rocha. É possível acessar por bote ou lancha pelo “Arroyo Valizas” ou de alguns estabelecimentos particulares da zona.

Como chegar?

O ponto de partida do trajeto é a ponte sobre o “Arroyo Valizas”, que conecta a “Laguna Castillos” com o Oceano Atlântico e se localiza no quilometro 267 da Rota 10. Dali, vários botes saem rumo ao “Monte de Ombúes” em horários diurnos, sempre com um mínimo de seis passageiros.

+ info: http://turismorocha.gub.uy/de-interes/vacaciones-de-invierno-en-familia-en-rocha-6-planes-imperdibles-67

Valle del Lunarejo

Maravilhar-se com os riachos moldados pela água, as colinas com topos achatados e a vegetação exuberante do Parque Natural Regional do “Valle del Lunarejo”. Um destino imperdível para os amantes da conservação, com mais de 200 espécies de vertebrados identificadas, entre elas animais que não se encontram em nenhum outro lugar do Uruguai.

Como chegar ao “Valle del Lunarejo”?

No departamento de Rivera, próximo ao limite com Artígas e Salto. Acesso pela Rota 30 próxima a “Masoller” e “Tranqueras”.

Grutas del Palacio

Destino aconselhado para aqueles amantes da geologia, paleontologia e arqueologoa. Os turistas poderão visitar antigas covas formadas há 66 milhões de anos com pinturas rupestres, desfrutar de paisagens e observar os grandes lagos existentes no Geoparque, que conta com um reconhecimento da UNESCO.

Para admirar a falha geológica de mais de um quilometro de extensão deve-se chegar a Flores e tomar a Rota 3 até o quilometro 236, a 46 km destino ao norte da cidade de Trinidad.

A somente 3 km de Trinidad, está a Reserva Rodolfo Tálice, que tem uma superfície de 75 hectares, alberga ao redor de 1500 animais de mais de 150 espécies diferentes, predominando a fauna local.

Parque Nacional Esteros de Farrapos e Ilhas do Rio Uruguay

Conta com várias ilhas e constitui o último refúgio do Puma no Uruguai, é a única área protegida onde existe registros de aguará-guazú. “O Parque Nacional de Los Esteros de Farrapos e Islas del Río Uruguay” está composto por 17.496 hectares de flora e fauna nativa, típico da costa do meio, próximo ao rio Uruguai.

É considerado a porta de entrada para observar as aves no Uruguai na região litorânea do país (chamada “Corredor de los Pájaros Pintados”), dado que ali confluem 5 ecossistemas.

O Parque Nacional se desenvolve entre dois povoados, “Nuevo Berlín” ao Sul e San Javier ao Norte, este último originado da antiga colônia de imigrantes russos que chegou ao país em 1913 e que, ainda hoje, conserva algumas de suas tradições.

A localidade conta com a estação fluvial de “Nuevo Berlín” para desenvolvimento da atividade náutico-recreativa no Rio Uruguai, com um centro de informação ao turista.

Como chegar?

Para entrar no parque, pe necessário fazer-lo desde “Nuevo Berlín”, a 45 km da cidade de Fray Bentos (no departamento de Río Negro), pela Rota Nacional Nº 20.

Ciência investiga a genética do novo coronavírus e origem de transmissão da covid-19

Desde que foram relatados os primeiros casos de humanos com covid-19, na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China, em dezembro de 2019, pesquisadores e órgãos internacionais de saúde investigam a origem da transmissão da doença. Logo que surgiram os primeiros casos, a suspeita divulgada foi de que a contaminação estaria associada à venda de animais silvestres para o consumo humano no mercado chinês de frutos do mar da cidade chinesa.

No entanto, segundo o médico-veterinário Ricardo Dias, professor do Laboratório de Epidemiologia e Bioestatística, da Faculdade de Medicina de Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP), os primeiros casos de covid-19 não foram de pessoas com histórico de contato no mercado de Wuhan. “Uma teoria alternativa, proposta pela comunidade científica, é a de que tenha havido a transmissão zoonótica em outro local. Quando alguns infectados foram ao mercado, aí, sim, teriam transmitido para mais pessoas, espalhando a doença pela cidade”, explica.

Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, sigla em inglês), até o momento, a fonte ou a rota original de transmissão ao ser humano não é conhecida com exatidão. As pesquisas, entretanto, sugerem que, de acordo com os dados da sequência genética do novo coronavírus (SARS-CoV-2), ele poderia ter emergido de uma fonte animal e seria um parente próximo de outros coronavírus encontrados em populações do morcego-ferradura (Rhinolophus affinis).

Numa série de sete vídeos disponíveis no YouTube, Dias, que é doutor em Epidemiologia Experimental Aplicada às Zoonoses, fala sobre o genoma dos diferentes coronavírus existentes e como está sendo para a ciência o enfretamento desse novo tipo. Assista.

Origem

De acordo com nota produzida pelos integrantes da Comissão Nacional de Animais Selvagens, do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNAS/CFMV), os estudos genéticos revelaram que os morcegos hospedam um tipo de vírus muito semelhante ao SARS CoV-2, que possivelmente infectou uma outra espécie animal, dando origem a uma recombinação genética que resultou no vírus responsável pela pandemia. No entanto, a comissão destaca que a identidade de qualquer hospedeiro intermediário que possa ter facilitado a transmissão para humanos ainda não foi comprovada, assim como a sua forma de transmissão.

Para a CNAS, a transmissão animal-humano da covid-19 ainda precisa ser mais bem estudada. “Mas o pangolim (Manis sp.) vem sendo apontado como um possível hospedeiro intermediário do vírus, porém, ainda sem consenso entre os pesquisadores”, pondera a nota da comissão.

A médica-veterinária Hilari Hidasi, presidente da Associação Brasileira de Veterinários de Animais Selvagens (Abravas), reforça que ainda está sob investigação o surgimento desse novo coronavírus. Ela esclarece que as “pesquisas mostraram que o coronavírus encontrado em morcego tem 96% de similaridade com o SARS-CoV-2, porém, a proteína S, que constitui o receptor pelo qual o SARS-CoV-2 se liga nas células do homem, é diferente nesse vírus encontrado no morcego”. Ela acrescenta: “É importante dizer que essa espécie de morcego (R. affinis), na qual se detectou o vírus, é endêmica da China e estava em período de hibernação na época de aparecimento”.

Sobre a origem da transmissão, Hidasi concorda com a CNAS e diz que a suspeita é de que o coronavírus do morcego teria sido transmitido primeiro ao pangolim (Manis javanica), pois o R. affinis não estaria presente no mercado chinês durante a investigação. Já o pangolim teria sido encontrado no local, fruto de importação ilegal, e nessa espécie teriam identificado um coronavírus com a proteína S similar ao do SARS-CoV-2.

“Porém, o SARS-CoV-2 ainda tem um sítio de clivagem polibásico, não presente nos coronavírus encontrados no morcego e pangolim. Ou seja, a teoria mais aceita pelos cientistas é de que ocorreu nesses animais uma seleção natural para adquirir esse sítio antes da transmissão ao homem. Isso seria possível, pois há muitos tipos de coronavírus existentes em populações de animais de vida livre”, explica Hidasi.

Na visão do professor Dias, evidências apontam para o pangolim, entretanto há outros animais que poderiam ter sido hospedeiros intermediários, incluindo animais domésticos e silvestres. “Vários deles sabidamente se infectam e poderiam ter transmitido o SARS-CoV-2 a humanos”, afirma.

O fato é que, em 2012, quando ocorreu o surto de Síndrome Respiratória no Oriente Médio, causado pelo coronavírus MERS-CoV (Middle East respiratory syndrome-related coronavirus), a transmissão se deu de morcegos a camelídeos e, depois, para humanos. Dez anos antes, a Síndrome Respiratória Aguda Grave na China, causada pelo SARS-CoV-1, também tinha o morcego como reservatório, que a transmitiu a civetas (animais consumidos como fonte de proteínas) e das delas para os humanos.

“Dentre os 38 coronavírus conhecidos, 22 foram descobertos na China. Os coronavírus que têm capacidade de se ligar ao receptor ACE2 no homem [proteína presente no corpo humano, especialmente no pulmão, que atua como receptor do coronavírus] são os mais estudados, por causa do seu potencial zoonótico, e eles foram todos isolados em morcegos do gênero Rhinolophus sp., que têm distribuição cosmopolita [pode ser encontrado praticamente em qualquer lugar do mundo]”, afirma Hidasi.

A médica-veterinária explica que o sistema imune dessa espécie de morcego é diferenciado, por conta da sua adaptação para o voo, o que a torna ainda mais suscetível a diferentes vírus, quando comparada a outros mamíferos. Ao mesmo tempo, essa mesma capacidade de voo e migração favorece a disseminação do vírus.

Dias acrescenta que os morcegos são tão suscetíveis aos vírus quanto outros mamíferos. “Porém seu sistema imune é mais complacente, lidando de forma diferente com infecções virais e a resposta inflamatória”, diz o professor da USP.

“O histórico das epidemias por coronavírus, a ocorrência dos morcegos e a proximidade e relação entre possíveis hospedeiros, como animais sendo consumidos como alimento, e grande densidade populacional, facilitam a mutação viral e sua dispersão, seja por contato direto ou por fômites contaminados [qualquer objeto inanimado ou substância capaz de absorver, reter e transportar organismos contagiantes ou infecciosos de um indivíduo a outro]”, conclui a presidente da Abravas.

Efeitos da covid-19 deixam indústrias metalmecânicas sem quase nenhum faturamento

O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Pernambuco – Simmepe divulgou na quarta-feira (3) os resultados de uma pesquisa realizada para avaliar os impactos da pandemia do novo coronavírus. O setor reúne mais de 2 mil indústrias incluindo desde gigantes como siderúrgicas e estaleiros, até pequenas empresas como serralharias e prestadores de serviços de usinagem.

Segundo o presidente do Simmepe, Alexandre Valença, o levantamento identificou que os efeitos da pandemia deixaram 32% das empresas ouvidas praticamente sem nenhum faturamento devido a queda drástica na demanda do mercado. Para outros 28%, a queda nas receitas ficou entre 21% e 50%. Apenas 8% registraram faturamento normal ou muito próximo ao normal.

A pesquisa identificou também que, junto com a retração no faturamento, o nível de utilização da capacidade produtiva registrou uma queda significativa. “Nada menos do que 56% das empresas estão trabalhando com menos de 30% de sua capacidade instalada”, destaca Valença. Além disso, 13% utilizam atualmente menos 50% de suas máquinas.

“Os dados são preocupantes principalmente por que a tendência é de que haja uma queda cada vez maior no faturamento tendo em vista que o cenário atual revela que o mercado ainda está longe da normalidade”, avalia Valença.

Para ele, as decisões dos governos em relação flexibilização de convívio das atividades econômicas com a Covid-19 deveriam levar em consideração o que se tem observado com as pessoas que trabalham nas diversas atividades econômicas que não ficaram paralisadas nestes últimos 80 dias.

“Indústrias, supermercados, pequenos comércios de alimentos, farmácias e postos de gasolina continuaram funcionando seguindo as recomendações de afastamento e, pelo que se observa, não foram registrados índices de contaminação fora do normal nos funcionários. Acho que esses segmentos podem funcionar como um grande laboratório do qual podem ser colhidas informações importantes para nortear a retomada das atividades econômicas”, afirma o empresário.

Outros dados da pesquisa revelam que, para fazer frente a queda no faturamento, as empresas foram obrigadas a tomar várias medidas com o objetivo de redução de custos. De acordo com o levantamento, 64% das empresas ouvidas realizaram demissões e 12% ainda não demitiram, mas com certeza irão dispensar funcionários. Por outro lado, 24% afirmaram que não pretendem demitir. Entre as empresas que demitiram, 21,1% informaram que a redução no quadro de pessoal é de aproximadamente de 50%.

Com relação aos benefícios criados pelo Governo Federal para dar suporte às empresas prejudicas pelos efeitos da pandemia na economia do País, 41,7% adotaram a redução de jornada e salário,

41,7% aderiram à prorrogação do pagamento de impostos, 62,5 % suspenderam contratos de trabalho, 20,8% deram férias coletivas, 50% deram férias para parte dos colaboradores e 58,3% adotarão jornada de trabalho domiciliar (home office).

Entre as indústrias pesquisadas, apenas 12% conseguiu ter acesso a alguma linha de crédito emergencial lançada pelo governo e 40% estão tentando, mas ainda não conseguiram. Os 48% restantes não tentaram obter o benefício. Das 12% que conseguiram acesso ao crédito, 66% eram pequenas empresas e, o restante, grande.

De acordo com o levantamento feito pelo Simmepe, as empresas ouvidas adotaram as medidas estabelecidas pelas autoridades sanitárias para combater a covid 19, tais como afastamento do grupo de risco, reforço da higienização, uso de máscara, uso de álcool gel.

Presidente veta repasse de R$ 8,6 bi para estados e municípios combaterem coronavírus

O presidente Jair Bolsonaro sancionou uma lei que extingue um fundo administrado pelo BC com veto ao repasse dos recursos disponíveis (R$ 8,6 bilhões) a estados e municípios.

Criada pelo Congresso, a transferência tinha como objetivo a compra de materiais para prevenir a propagação do coronavírus.

O governo afirma no Diário Oficial da União desta quarta-feira (3) que a proposta dos parlamentares diverge do ato original da MP (medida provisória) sobre o tema, o que violaria os princípios da reserva legal e do poder geral de emenda.

Afirma também que o ato criaria uma despesa obrigatória sem previsões de impacto nos próximos anos, o que também seria irregular. O veto foi defendido pelo Ministério da Economia e pela Advocacia-Geral da União.

Com isso, Bolsonaro faz a destinação dos recursos retornar à proposta original. A MP, editada em dezembro, destina os valores do fundo para o pagamento da dívida pública federal.

Para o governo, a medida tem caráter de urgência por permitir o uso dos R$ 8,6 bilhões disponíveis para abater a dívida. Isso ajudaria, inclusive, o cumprimento da regra de ouro (que tem como objetivo proibir endividamento para pagamento de despesas correntes, como salários e aposentadorias).

O relator da MP foi o deputado Luís Miranda (DEM-DF), que alterou a medida para que os recursos existentes fossem transferidos integralmente a estados, Distrito Federal e municípios. O valor deveria ser usado para a aquisição de materiais de prevenção à propagação do coronavírus, para proporcionar condições de abertura de estabelecimentos comerciais.

O fundo extinto pela MP é administrado pelo BC e recebia recursos do IOF para ser usado na intervenção nos mercados de câmbio e títulos, além da assistência a bancos (conforme previsto em uma lei de 1966).

O fundo era visto como irregular pelo TCU (Tribunal de Contas da União) porque estava sem objetivo e sem prestar serviço à sociedade após ter seu uso restrito com mudanças legais ao longo dos anos. O próprio órgão determinou ao governo uma solução definitiva para o problema.

Na década de 1980, por exemplo, o fundo deixou de receber recursos. Em 2000, com a Lei de Responsabilidade Fiscal, ficou vedado o socorro público a instituições financeiras e os recursos dele deixaram de ser usados para esse objetivo.

“Não há porque a administração pública dar continuidade ao exercício das atividades relacionadas à administração do fundo, incorrendo em custos sem qualquer benefício que compense tais custos”, afirmou o governo na exposição de motivos da MP, em dezembro.

Em maio, Bolsonaro decidiu pelo veto em outra lei, em trecho que interessava a estados. O projeto previa que a União não suspenderia repasses do FPE (Fundo de Participação dos Estados) caso pagasse dívidas com bancos internacionais.

A equipe econômica defendeu a manutenção da regra, mesmo na pandemia: se um estado deixar de pagar um banco multilateral, como o Banco Mundial, o Tesouro cobre as parcelas, mas, como contrapartida, retém uma parte dos repasses via FPE.

Durante as discussões, Bolsonaro se reuniu com chefes dos Executivos estaduais e o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), pediu que o trecho não fosse vetado. Para os governadores, isso inviabilizaria a suspensão do pagamento das dívidas com organismos multilaterais, que traria um alívio de R$ 10,7 bilhões.

Ao vetar, o presidente escreveu que “o dispositivo, ao impedir a União de executar as garantias e contragarantias das dívidas a que se refere, viola o interesse público ao abrir a possibilidade de a República Federativa do Brasil ser considerada inadimplente perante o mercado doméstico e internacional”.

Folhapress

Bolsonaro: ‘Pelo que tenho conhecimento, ninguém faleceu por falta de UTI’

Em meio à pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro disse não ter conhecimento de pessoas que tenham morrido em decorrência da Covid-19, doença causada pelo vírus, por falta de leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ou respiradores.

“Pode ver que ninguém faleceu, pelo que eu tenho conhecimento, pode ser que esteja equivocado, por falta de UTI ou respirador. Então, o vírus é uma coisa que vai pegar todo mundo. Não precisava ter, grande parte da imprensa, criado esse estado de pânico”, afirmou na noite de terça-feira (2).

Desde maio, fala-se sobre a situação de colapso no sistema de saúde em diversos estados, com falta de leitos de UTI e equipamentos, dentre eles, respiradores. O estado a anunciar colapso foi o Amazonas, que recebeu inclusive visita do ex-ministro da Saúde, Nelson Teich. No estado, houve relatos de falta de respiradores e leitos, situação amplamente falada desde abril.

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), em abril, confirmou por suas redes sociais o aumento do número de pessoas que estavam morrendo sem conseguir internação.“Está se caracterizando um certo colapso das possibilidades de atender”, afirmou nas redes sociais.

Outro estado que também anunciou colapso no sistema de saúde em abril foi o Ceará, com fila de pacientes em busca de leitos de UTI.

“Peguei 20 vezes”

Ainda na noite da última terça-feira (2), o presidente criticou a suspensão de aulas. “A garotada quando pega, nem sente. Desceram o cacete em mim porque eu falei o meu caso, o meu, particular, é gripezinha. Agora, apesar de estar no grupo de risco, eu sou o comandante da nação. Eu tenho que estar no meio do povo. Eu já peguei 20 vezes esse vírus, talvez, ou o vírus não quer papo comigo”, afirmou.

Bolsonaro voltou a dizer que talvez tenha sido contaminado, mas não teve sintomas. Em meados do mês passado, o presidente entregou três exames que testavam negativo para a doença ao Supremo Tribunal Federal (STF) após o jornal Estado de São Paulo entrar na Justiça para ter acesso aos resultados.

O presidente criticou, ainda, as medidas restritivas dos governos estaduais no sentido de tentar frear o aumento do contágio. “Destruíram a economia, grande parte. Segundo o Paulo Guedes, dá tempo, se os governadores começarem a abrir, dá tempo de a gente não entrar na UTI”, disse, citando como “efeito colateral da pessoa desempregada” a forma, desnutrição e depressão.

Correio Braziliense

Pernambuco ultrapassa três mil mortos por Covid-19

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) confirmou, nesta quarta-feira (3), 955 novos casos da Covid-19 em Pernambuco. Além disso, foram confirmadas 79 mortes. Entre novos infectados, 252 se enquadram como Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e 703 como leves.

Agora, Pernambuco totaliza 36.463 casos já confirmados, sendo 15.049 graves e 21.414 leves. O Estado também registra 3.012 óbitos pela Covid- 19. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.

Folhape

Ítalo Henrique solicita que valor beneficie camelôs

O vereador Ítalo Henrique (PSDB) apresentou um requerimento solicitando que os R$ 150 mil devolvidos pela Casa Jornalista José Carlos Florêncio à Prefeitura de Caruaru, para ser usado pela no enfrentamento ao novo coronavírus, possam ajudar os camelôs da cidade.

A ideia é que o valor seja transformado em auxílio financeiro. “Automaticamente, quase 500 camelôs do município poderiam ter acesso a uma ajuda para comprar alimentos, por exemplo”, observa o parlamentar.

O requerimento vai ser votado na próxima quinta-feira (4). Caso aprovado pelos parlamentares, o documento seguirá para análise do Executivo.

“Certamente, muitas pessoas foram beneficiadas com o auxílio de R$ 600 fornecido pelo Governo Federal. Mas muitas outras não. Essa ajuda seria importantíssima para elas, principalmente em um momento tão difícil”, complementa.

‘Escória maldita’, diz presidente da Fundação Palmares sobre movimento negro

Em meio às manifestações antirracistas que tomaram as ruas dos Estados Unidos e se espalharam por diversos países, incluindo o Brasil, o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, voltou a fazer declarações contra o movimento negro.

Camargo classificou o movimento como “escória maldita”, que abriga “vagabundos”. As declarações foram dadas em reunião a portas fechadas no último dia 30. O presidente ainda classificou Zumbi, figura histórica brasileira, símbolo da luta contra a escravidão e que dá nome à Fundação Palmares, como “filho da puta que escravizava pretos”.

As falas de Camargo foram gravadas em áudio a que o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso na terça-feira (2). Na gravação, o presidente da entidade também manifestou desprezo pela agenda da “Consciência Negra”, se referiu a uma mãe de santo como “macumbeira” e prometeu botar na rua diretores da autarquia que não tiverem como “meta” a demissão de um “esquerdista”.

O áudio dessa reunião foi encaminhado para a Procuradoria da República no Distrito Federal, juntamente com um pedido para que Camargo responda na Justiça por improbidade administrativa.

A reunião teria sido convocada para para tratar do desaparecimento do celular corporativo de Camargo. Ao ser questionado sobre o assunto, o presidente da fundação fica nervoso e afirma que o aparelho sumiu por decisão judicial. No diálogo, ele chega a dizer que havia deixado o celular numa gaveta da fundação e insinua que o furto poderia ter sido proposital, com o intuito de prejudicá-lo.

Ao falar sobre “liberdade de expressão” Camargo faz críticas a Zumbi. “Não tenho que admirar Zumbi dos Palmares, que, para mim, era um filho da puta que escravizava pretos. Não tenho que apoiar agenda consciência negra. Aqui não vai ter, vai ter zero da consciência negra. Quando cheguei aqui, tinha eventos até no Amapá, tinha show de pagode no Dia da Consciência Negra”, diz.

O presidente da instituição ainda afirmou ter sido afastado do comando, o que ocorreu por três meses, por uma liminar que “censurou suas opiniões em redes sociais”. Na época, a Justiça considerou suas declarações, minimizando o crime de racismo, incompatíveis com o cargo.

Durante a gravação, o presidente da Fundação Palmares assegurou que o processo para tirá-lo do comando da autarquia “não vai dar em nada” porque teria havido “usurpação” do poder do presidente Jair Bolsonaro. “Esses filhos da puta da esquerda não admitem negros de direita. Vou colocar meta aqui para todos os diretores, cada um entregar um esquerdista. Quem não entregar esquerdista vai sair. É o mínimo que vocês têm que fazer”, afirmou.

Durante as falas, Camargo ainda se referiu a uma mãe de santo como “macumbeira”. Ele diz firmemente que não daria verba para terreiros, locais usados para cerimônias de matriz africana. “Tem gente vazando informação aqui para a mídia, vazando para uma mãe de santo, uma filha da puta de uma macumbeira, uma tal de Mãe Baiana, que ficava aqui infernizando a vida de todo mundo”, diz.

Entenda
O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou representação à Procuradoria da República no Distrito Federal, com um pedido para que Sérgio Camargo responda na Justiça por improbidade administrativa.

O documento foi escrito após Camargo ter determinado, no dia 13 de maio, data em que a abolição da escravatura completou 132 anos, a publicação de uma série de artigos depreciativos sobre Zumbi dos Palmares.

A Fundação Palmares é uma entidade viculada à Secretaria Especial da Cultura, criada em 1989 como resultado da luta do movimento negro. O obetivo da fundação é promover a preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira.

Diario de Pernambuco

Quem ficar desempregado até 3 de julho pode pedir o auxílio emergencial

Os profissionais que ficarem desempregados até o dia 3 de julho têm direito de receber o auxílio emergencial de R$ 600, segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. Para isso, o profissional terá que fazer o pedido do benefício pelo aplicativo Caixa | Auxílio Emergencial ou pelo site auxilio.caixa.gov.br até a data-limite. Se pedir em 4 de julho, por exemplo, não conseguirá ter a a ajuda federal.

Além, disso, será preciso atender às regras do programa, como ser maior de 18 anos, ter renda familiar de até três salários mínimos ou de meio salário mínimo por pessoa da família e não ter recebido, em 2018, rendimentos tributáveis de mais de R$ 28.559,70.

“Lembrando que, até o dia 3 de julho, a população pode realizar o cadastramento. Algumas pessoas estavam empregadas e não teriam o direito e podem, ao longo do tempo, passar a ter o direito”, afirmou Guimarães, em entrevista coletiva nesta terça-feira (2).

Outra condição que o beneficiário deverá cumprir é de não estar recebendo o seguro-desemprego. Neste caso, o trabalhador deve ter sido dispensado sem justa causa e, por já ter feito jus ao benefício em outros momentos e não se encaixar nas regras, não terá direito de recebê-lo agora. Com isso, poderá solicitar o auxílio emergencial.

O auxílio é um benefício criado pelo Congresso para garantir renda a informais e famílias de baixa renda na pandemia do novo coronavírus. Ao todo, são pagas três parcelas de R$ 600 a quem atinge todas as regras para ter a grana. Mães chefes de família recebem cota dupla, de R$ 1.200.

CERCA DE 11 MILHÕES AINDA ESPERAM RESPOSTA
O valor é liberado após o profissional se inscrever pelo aplicativo ou pelo site da Caixa e ter seus dados analisados pela Dataprev (empresa de tecnologia do governo federal). Hoje, segundo o presidente da Caixa, a Dataprev tem 11 milhões de cidadãos com o cadastro em análise, aguardando uma resposta.

“Nós temos ao redor de 11 milhões de contas que estão em análise. Ao redor de 5,7 milhões em primeira análise e ao redor de 5,3 milhões em segunda, ou seja, 5,7 milhões pediram pela primeira vez e ainda não tiveram uma resposta”, disse Guimarães.

O pagamento dos valores é feito após a Caixa receber o aval da Dataprev e do Ministério da Cidadania, e ter os dados do beneficiário. O valor é pago conforme um calendário de liberação do banco estatal. Antes da data exata, não é possível sacar o dinheiro.

Ao receber a resposta, se ela for negativa, o trabalhador tem dois caminhos: fazer nova solicitação ou contestar a justificativa para o governo negar o dinheiro.

Folhapress