Câmara aprova texto-base de projeto que muda Código de Trânsito

A Câmara aprovou, nesta terça-feira (23), o Projeto de Lei (PL) 3267/19, que muda pontos do Código de Trânsito Brasileiro. Entre eles, aumenta a validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para dez anos e vincula a suspensão do direito de dirigir por pontos à gravidade da infração.

Os deputados aprovaram o substitutivo do deputado Juscelino Filho (DEM-MA) ao texto do Executivo por 353 votos a 125. Agora, precisam votar os destaques, que são sugestões de mudanças feitas após a aprovação do texto-base.

O texto prevê validade de dez anos da CNH para condutores com até 50 anos de idade. O prazo atual de cinco anos continua valendo para quem tem 50 anos ou mais. A renovação a cada três anos, hoje exigida para condutores a partir de 65 anos, passa a ser exigida só para motoristas com 70 anos ou mais.

Os que exercem atividade remunerada em veículo, como motoristas de ônibus, caminhão, taxistas ou condutores por aplicativo, devem renovar a habilitação a cada cinco anos.

Correio Braziliense

Mario Frias toma posse como quinto secretário da Cultura do governo Bolsonaro

O novo secretário especial de Cultura, Mário Frias, assinou o termo de posse no final da tarde desta terça-feira (23). “Foi apenas o ato de assinatura da posse, no gabinete do ministro, no final da tarde”, informou a assessoria de imprensa do Ministério do Turismo, da qual a Secretaria Especial de Cultura faz parte.

Essa é a quinta escolha para a Cultura feita pelo presidente Jair Bolsonaro. O anúncio de que o ator iria comandar a pasta foi feito na sexta-feira passada (19).

A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União. O secretário-adjunto de Frias é Pedro José Vilar Godoy Horta.

Desde que Bolsonaro chegou ao governo, em janeiro de 2019, a área cultural passa por uma sequência de turbulências e já teve demissões com acusação de censura, paródias ao nazismo e, mais recentemente, um “chilique ao vivo” da atriz Regina Duarte durante entrevista a uma emissora de TV.

O ator chega ao cargo depois de o próprio presidente ter anunciado a saída de Regina, que quase passou mais tempo em “namoro e noivado” com Bolsonaro do que o intervalo que esteve no governo.

Frias já havia sido cotado para comandar a pasta em janeiro, logo após a saída de Roberto Alvim.

Na ocasião, marcada pela demissão do secretário após uma paródia de um ministro da Alemanha nazista, Bolsonaro acabou apostando em Regina, demitida em menos de três meses.

De acordo com auxiliares do presidente, a chegada de Frias reflete uma nova tentativa do Palácio do Planalto de manter a ala ideológica no comando da área de Cultura, tentativa frustrada na gestão de Regina.

Bolsonaro vinha se queixando que a ex-atriz global não estava atendendo às suas expectativas de manter a militância aguerrida na “guerra cultural”.

Frias, escolhido com apoio dos filhos do presidente, deu sinais de que vai topar a missão de discurso ideológico.

Ele, porém, não deve ter muita liberdade para comandar a pasta, como sua antecessora.
A novidade agora, dizem pessoas ligadas à pasta, é que Frias terá uma gestão tutelada pela deputada Carla Zambelli, do PSL de São Paulo. Foi ela a responsável por levar o nome do ex-galã de “Malhação” para o Planalto.

Zambelli atuou na Cultura e ajudou a construir uma “saída honrosa” para Regina, anunciada para um cargo na Cinemateca Brasileira após ser demitida.

A deputada bolsonarista é fã do escritor Olavo de Carvalho, principal ideólogo do governo e defensor de uma guerra cultural que tem como principal adversário “o comunismo”, num amplo conceito usado para identificar tudo que se opõe a Bolsonaro e seus apoiadores incontestes.

Bolsonaro e Frias tiveram conversas ao longo da semana sobre as expectativas do presidente para a nova gestão. Segundo assessores presidenciais, ele espera que o ator aumente o rigor na concessão de benefícios ao setor do audiovisual e implemente mudanças na Lei Rouanet.

Frias, entusiasta do governo, atualmente é apresentador do game show “A Melhor Viagem”, exibido pela RedeTV!. Mas seu rosto é bem mais conhecido pela época como protagonista da sexta temporada do seriado “Malhação”, a partir de 1999, quando fazia par romântico com Priscila Fantin.

No início do mês, em entrevista à CNN, o ex-ator da Globo já havia dito que seria uma honra ocupar o posto.

Folhapress

Pandemia apaga tradição do São João e esvazia cidades do Nordeste

O artesão Sebastião Luiz da Silva, 78, morador de Caruaru, no interior de Pernambuco, diz que não reconhece sua cidade. Nunca viveu um mês de junho assim. “Este não é o meu planeta”, resume a ausência, pela primeira vez na história, da maior celebração do interior nordestino: o São João. A pandemia apagou o que foi preparado durante o ano inteiro e ignorou o calendário junino, mais tradicional em cidades como Caruaru (PE), Campina Grande (PB), Mossoró (RN), Cruz das Almas, Amargosa e Senhor do Bonfim (BA).

Morador do Alto do Moura, um pedaço pequeno de Caruaru que recebe uma multidão no São João durante 30 dias, Sebastião personifica o sentimento de milhares de nordestinos. Sente falta de tudo. Do milho assado, da fogueira na frente de casa, do forró esticado até o dia amanhecer, das quadrilhas, dos tiros ensurdecedores dos bacamarteiros e do movimento intenso de visitantes que vai de maio até o início de julho. Reclama até de não sentir a ansiedade da espera.

“Quando chega maio, tudo já vai se transformando por aqui. É uma fartura, muita gente na rua. A chuva começa e o milho vem. Esperar chegar o dia do São João é muito bom”, diz.

Perto da casa dele, uma máscara de pano cobre o rosto da estátua do mestre Vitalino (1909-1963), o mais famoso artesão de bonecos de barro de Caruaru. É o sinal de que está tudo pelo avesso. Não há qualquer decoração alusiva ao São João. Bares e restaurantes permanecem fechados.

No vazio do principal pátio de eventos de Caruaru, um Luiz Gonzaga gigante em pedra se impõe na paisagem com uma proteção no rosto. No local, onde uma multidão se espremia durante esta época do ano para acompanhar shows, resto de frutas, pessoas passeando com cachorros e crianças andando de bicicleta.

“Eu já chorei muito. Choro quando lembro que não teremos essa festa. A gente respira o São João”, diz Lucineia Ferreira, responsável pela Molecadrilha, a mais antiga quadrilha de São João de Caruaru. “Já estava quase tudo preparado. Começamos a ensaiar em agosto”, conta.

Só em Caruaru, onde ocorrem mais de 800 apresentações artísticas durante um mês inteiro do ciclo junino, 3 milhões de pessoas eram aguardas neste ano. A cidade deixou de movimentar R$ 200 milhões na economia. “O calendário de Caruaru é dividido em dois períodos: antes do São João e depois do São João. É o momento em que a gente se enxerga protagonista durantes dois meses”, lamenta a prefeita da cidade, Raquel Lyra (PSDB).

A prefeita decidiu não bancar lives de artistas, mas usar as apresentações virtuais para fazer o chamado São João Solidário. As lives vão servir para arrecadar alimentos para quem ficou sem trabalhar na festa, caso de artistas populares. A cidade já tinha captado com a iniciativa privada R$ 7 milhões. O dinheiro será utilizado na festa do próximo ano. “Vivemos um sentimento de profunda tristeza. A gente se pega ouvindo uma música e chorando. Não é simples”, lamenta a prefeita.

Os hotéis e pousadas da cidade estão vazios ou com taxa de ocupação mínima. Dono de um dos principais hotéis de Caruaru, o empresário Fábio Couto teve que demitir 17 funcionários. Após um período fechado, retomou as atividades há dez dias, mas a ocupação não passa de 10%.

Bahia
Na Bahia, o governador Rui Costa (PT) emitiu um decreto cancelando os festejos juninos em todos os municípios baianos devido à pandemia e antecipou o feriado estadual do dia 24 de junho para o mês de abril. O estado tradicionalmente tem festas de santo Antônio, são João e são Pedro espalhadas por todo o território. As maiores acontecem nas cidades de Cruz das Almas, Amargosa e Senhor do Bonfim.

Em Cruz das Almas, cidade de 63 mil habitantes do recôncavo baiano, a prefeitura optou por cancelar o São João e não ter nenhuma programação festiva durante o de junho neste ano. Não haverá shows, apresentações de quadrilha, bumba-meu-boi, nem tradições como pau de fita e o casamento na roça. “Estamos todos muito tristes, mas tristeza maior é esta pandemia. Entendemos que não havia clima para celebrar nada quando estão morrendo 1.200 pessoas por dia no país”, afirma o prefeito Orlando Peixoto (PT).

A cidade chega a ter até 100 mil pessoas por dia nas ruas durante cinco dias de festa do São João, incluindo entre 30 a 40 mil turistas que circulam pela cidade e movimentam a economia. Muitos deles vêm em grupos e hospedam-se em pousadas e alugam casas na cidade.

A prefeitura estima que a festa movimente cerca de R$ 30 milhões na economia da cidade, incluindo hotéis, bares, restaurantes, quituteiras, fabricantes de licor e de fogos de artifício. Sem a festa, a prefeitura orientou a população a evitar acender fogueiras, soltar fogos de artifício e receber parentes de fora da cidade. Também vai intensificar a fiscalização nas entradas da cidade, com um reforço nas barreiras sanitárias que já estão em atuação.

Além do setor de turismo, o comércio deve sofrer um baque com o cancelamento dos festejos juninos. Na Bahia, o São João é considerada a segunda principal data de vendas, superando até o Dia das Mães. De acordo com cálculos da Fecomércio Bahia, o cancelamento dos festejos deve provocar uma queda nas vendas de 23%, afetando principalmente os setores de supermercados e vestuário.

Paraíba

Em Campina Grande, cidade da Paraíba que vive uma disputa saudável com Caruaru para saber quem faz o maior e melhor São João do mundo, o sentimento é o mesmo. Como a estrutura para receber a festa é muito grande, boa parte já estava com a montagem iniciada. “Imagine você cancelar uma festa que está no DNA da população e da cidade. O sentimento é de profundo vazio”, diz o prefeito Romero Rodrigues (PSD).

A expectativa era que 2 milhões de pessoas passassem pela cidade durante o ciclo de celebração. Além do impacto cultural, a não realização da festa tem uma repercussão negativa grande em toda a cadeia produtiva da festa. A receita de ICMS neste ciclo junino supera o mês de dezembro. A festa emprega diretamente mais de 5.000 pessoas. O impacto financeiro calculado é de R$ 200 milhões. Um série de lives com artistas famosos, entre eles a paraibana Elba Ramalho, foi programada.

O prefeito ainda espera realizar o São João entre os dias 9 de outubro e 8 de novembro. Mas não é garantido: “Não sabemos ainda se, daqui para lá, vai ocorrer uma trégua”.
Em Caruaru, as pessoas já se conformaram. “Não funciona em outra data. Em 2021, vamos fazer a maior festa da história. Vai ser um São João dobrado”, diz Lucineia, que pretende retomar os ensaios de sua quadrilha junina assim que a pandemia for controlada.

Diario de Pernambuco

Lessa debate Lei Emergencial da Cultura com artistas de Caruaru

Envolvido no debate sobre a forma que os mais diversos segmentos sociais estão enfrentando a pandemia, o deputado estadual Delegado Lessa se reuniu virtualmente com artistas e profissionais da cultura na tarde da segunda-feira (22). Durante o encontro, foram debatidos tópicos relacionados à Lei de Emergência Cultural, que está prestes a ser sancionada em âmbito federal.

Denominada Lei Aldir Blanc, a norma prevê o repasse a estados e municípios de R$ 3 bilhões para serem aplicados no setor cultural. Um levantamento realizado pela Confederação Nacional dos Municípios, divulgado no início do mês de junho, estima que Caruaru, mediante a aprovação da lei, Caruaru receberá R$ 2.330.533,33.

Na ocasião, os artistas ressaltaram a importância do debate e o parlamentar declarou estar disponível para contribuir. “Os artistas e as entidades representativas devem estar apoderados das informações sobre a lei, para que os desdobramentos contemplem os diversos segmentos da nossa rica cultura”, observou.

Aniversário

Nesta terça-feira (23), o Delegado Lessa parabenizou o músico Sebastião Biano pelo aniversário de 101 anos. Pelas redes sociais, o parlamentar destacou a relevância do artista, único integrante vivo da formação original da Banda de Pífanos de Caruaru. “Sua trajetória representa a importância de preservar nossa arte e nossas tradições”, ressaltou.

Grande Hotel encerrará atividades na Capital do Agreste

Do Blog da Jaciara Fernandes

Um dos principais cartões-postais de Caruaru, o Grande Hotel São Vicente de Paulo (Grande Hotel), vai encerrar as atividades hoteleiras no próximo dia 30 de junho, após 47 anos de funcionamento. O empreendimento foi fundado em abril de 1977 pelo visionário José Barbosa Maciel, mais conhecido por “Zeca Maciel”, que, após sua morte, ficou a cargo dos filhos.

De acordo com dois dos sócios da Maciel Carício Ltda, os irmãos Romero e Fábio Maciel, as dificuldades no trade turístico vem se arrastando nos últimos dois anos e se agravou com a chegada do novo coronavírus no País. Mas, a empresa mantém as contas em dia. “Relutamos o máximo que pudemos para adiar essa decisão, mas estamos sanados com tributos e obrigações”, comentou o empresário Romero Maciel.

Ainda, segundo ele, no máximo, em 90 dias será decidido qual destino será dado ao imponente prédio localizado no centro da cidade. “Vamos analisar se o melhor caminho será vender, arrendar ou reformar. Tudo será feito no tempo certo”, finalizou o empresário.

Economia brasileira deve ter forte queda no primeiro semestre, diz BC

A economia brasileira deve apresentar queda forte no primeiro semestre deste ano, seguida de recuperação gradual a partir do terceiro trimestre. A previsão é do Banco Central (BC), que divulgou nesta terça-feira (23), em Brasília, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada, quando o Copom reduziu a taxa básica de juros, a Selic, em 0,75 ponto percentual para 2,25% ao ano.

Segundo a ata, os membros do Copom (formado pela diretoria do BC) avaliaram que “os dados relativos ao segundo trimestre corroboram a perspectiva de forte contração do PIB (Produto Interno Bruto – a soma de todas as riquezas produzidas pelo país) no período e sugerem que a atividade atingiu o seu menor patamar em abril, havendo recuperação apenas parcial em maio e junho”.

“O Copom considera uma queda forte do PIB na primeira metade deste ano, seguida de uma recuperação gradual a partir do terceiro trimestre”, acrescentou.

Próximos passos
Na ata, o Copom reforça que um eventual futuro corte na Selic será “residual”. Para o Copom, a Selic chegou a um nível muito baixo e manutenção da taxa depende do controle das contas públicas.

“Neste momento, a conjuntura econômica prescreve estímulo monetário [taxa de juros baixa] extraordinariamente elevado, mas reconhece que o espaço remanescente para a utilização de política monetária é incerto e deve ser pequeno.

O comitê avaliou que a trajetória fiscal ao longo do próximo ano e a percepção sobre sua sustentabilidade serão decisivas para determinar o prolongamento do estímulo”, destaca.

Na ata, o BC disse que o comitê retomou a discussão sobre um potencial limite mínimo para a taxa básica de juros brasileira.

“Para a maioria dos membros do Copom, esse limite seria significativamente maior em economias emergentes do que em países desenvolvidos devido à presença de um prêmio de risco [retorno adicional cobrado por investidores para aceitar correr maior grau de risco]”, explicou a ata do Copom.

Para o Copom, esse prêmio de risco é maior no Brasil, “dadas a sua relativa fragilidade fiscal e as incertezas quanto à sua trajetória fiscal prospectiva”.

“Nesse contexto, já estaríamos próximos do nível a partir do qual reduções adicionais na taxa de juros poderiam ser acompanhadas de instabilidade nos preços de ativos e potencialmente comprometer o desempenho de alguns mercados e setores econômicos”, disse o BC.

A ata ainda afirmou que o comitê também refletiu sobre a importância relativa dos componentes principais do custo de crédito, e ressaltou que o prêmio por liquidez parece prevalecer no momento. “Esse conjunto de fatores e questões prudenciais justificam cautela na condução da política monetária [definição da Selic]”, disse a ata.

Pandemia
Para os membros do Copom, o impacto da pandemia da covid-19 na economia brasileira será desinflacionário, associado ao aumento do nível de ociosidade da economia.

“A elevação abrupta da incerteza sobre a economia deve resultar em aumento da poupança precaucional e consequente redução significativa da demanda agregada”, acrescentou.

Entretanto, o comitê ponderou que programas de estímulo creditício e de recomposição de renda têm potencial de recompor parte significativa da demanda por bens e serviços, perdida devido aos efeitos da pandemia. “Com isso, a recuperação da economia pode ser mais rápida que a sugerida no cenário base”.

Estimativa de inflação
Na ata, o Copom destacou que as projeções para a inflação estão abaixo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e que devem ser perseguidas pelo Banco Central.

Para 2020, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu meta de inflação de 4%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), portanto, não poderá superar 5,5% neste ano, nem ficar abaixo de 2,5%. A meta para 2021 foi fixada em 3,75%, também com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

A projeção do Copom é que inflação pelo IPCA termine este ano em 2% e chegue a 3,2% em 2021. Esse cenário considera que a Selic encerrará 2020 em 2,25% ao ano e se elevará até 3% ao ano em 2021. A taxa de câmbio será de R$ 4,95.

No curto prazo, a inflação “tende a mostrar elevação refletindo, principalmente, os impactos da reversão do comportamento dos preços internacionais de petróleo e de reajustes de preços de itens administrados que foram postergados”.

Agência Brasil

Polícia faz buscas em casa de parentes de Queiroz para localizar sua mulher

Membros do MP-MG (Ministério Público de Minas Gerais), com apoio da Polícia Militar, realizam buscas em uma casa de parentes Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), na manhã desta terça (23), no bairro São Bernardo, região norte de Belo Horizonte.

A operação é realizada em parceria com o MP do Rio de Janeiro e tem o objetivo de localizar Márcia Oliveira de Aguiar, mulher de Queiroz, que está foragida desde a semana passada, quando seu marido foi preso em Atibaia (interior de São Paulo).

Ao todo são cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. Não foi informado se outros endereços são alvo da operação.
De acordo com informações da rádio Itatiaia, na residência vivem dois irmãos, uma tia e alguns primos de Queiroz. A casa seria de uma madrinha de Queiroz que morreu recentemente, segundo a Globonews.

Queiroz estava em um imóvel do advogado Frederick Wassef, responsável pelas defesas de Flávio e do presidente Bolsonaro. Wassef é figura constante no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, e em eventos no Palácio do Planalto.

A Operação Anjo, batizada com esse nome por causa do apelido de Wassef entre os investigados, foi coordenada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, que indicou o paradeiro de Queiroz aos policiais de São Paulo. O ex-assessor de Flávio foi transferido para o Rio de Janeiro ainda na manhã de quinta-feira (18).

Folhapress

Mega-Sena sorteia R$ 45 milhões nesta quarta

A Mega-Sena acumulou e o concurso 2.273 pode pagar um prêmio estimado em R$ 45 milhões nesta quarta-feira (24). O sorteio da modalidade será realizado a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias CAIXA, localizado no Terminal Rodoviário do Tietê, em São Paulo.

As apostas podem ser feitas até as 19h nas lotéricas de todo o país, pelo portal Loterias CAIXA (www.loteriasonline.caixa.gov.br) e pelo app Loterias CAIXA, disponível para usuários da plataforma iOS. Clientes com acesso ao Internet Banking CAIXA também podem registrar jogos na Mega-Sena usando seu computador pessoal, tablet ou smartphone. O serviço funciona das 8h às 22h (horário de Brasília), exceto em dias de sorteios, encerrando às 19h e retornando às 21h, já para o concurso seguinte. O valor de uma aposta simples da modalidade é de R$ 4,50.

Caso apenas um ganhador leve o prêmio da Mega-Sena e aplique todo o valor na Poupança da CAIXA, receberá aproximadamente R$ 77 mil em rendimentos mensais. Se o ganhador optar por investir em artigos de luxo, o prêmio é suficiente para comprar, 130 veículos de alto padrão no valor de R$ 344 mil cada.

Sorteio:

Em observância às orientações para prevenção ao coronavírus, o acesso do público ao Espaço Loterias CAIXA foi reduzido. Os sorteios são transmitidos ao vivo diariamente pela televisão e pelas redes sociais das Loterias CAIXA (perfil @LoteriasCAIXAOficial no Facebook e canal CAIXA no Youtube). É possível acompanhar a transmissão integral dos procedimentos iniciais de abertura de maletas e carregamento dos globos e, após os sorteios, o fechamento e encerramento. Na página das Loterias CAIXA (www.caixa.gov.br/loterias), aba transmissão de sorteios, o público também pode rever as últimas transmissões realizadas.

Quina de São João:

As Loterias CAIXA sorteiam no próximo sábado (27) a Quina de São João, concurso especial que chega à sua 10ª edição este ano. A estimativa inicial do prêmio é de R$ 140 milhões. As apostas podem ser realizadas até as 19h de sábado (27). O sorteio será no Espaço Loterias CAIXA, às 20h, com transmissão ao vivo pela Rede TV.

Indústria da Construção teve nova queda em maio diz CNI

A Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que o pessimismo começa a se dissipar no setor. No entanto, a intenção de investir ainda é baixa e os empresários projetam queda da atividade, em novos empreendimentos e serviços, em compras de matérias-primas e no número de empregados nos próximos seis meses.

Atividade e emprego continuam em queda, como indica os indicadores de evolução abaixo de 50 pontos. O indicador de evolução do nível de atividade chegou a 37,1 pontos em maio, com aumento de 7,7 pontos em relação ao mês anterior. E o índice de evolução do número de empregados registrou 37,5 pontos no mês, tendo crescido 2,8 pontos na comparação com abril. Apesar da melhora, os dois índices continuam abaixo da linha divisória de 50 pontos, ainda como reflexo dos efeitos da pandemia do coronavírus. O índice varia de 0 a 100 e os todos os dados abaixo de 50 significam queda na atividade.

“Ainda que a crise continue presente, seu pior momento foi em abril. Já há sinais de melhora em maio, como o aumento da utilização da capacidade operacional do setor”, diz o gerente-executivo de Economia da CNI, Renato da Fonseca.

Ainda em meio à crise, setor da construção apresenta sinais de melhora

A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) atingiu 53% no mês de maio e registra um ligeiro aumento em relação ao mês anterior, mais ainda é nove pontos percentuais inferior à média histórica. O mesmo movimento ocorreu com o Índice de Confiança do Empresário Industrial da Construção (ICEI-Construção). Ele ficou em 42,6 pontos em junho, um aumento de cinco pontos em relação a maio.

Em abril, o índice já havia crescido 2,8 pontos. Mesmo assim, o índice permanece distante da linha divisória e mostra falta de confiança dos empresários do setor. O ICEI – Construção está 14,4 pontos abaixo do patamar registrado no mesmo período de 2019.

ARTIGO: Por que o dinheiro vai acabar?

por Lucas Medola, CFO do PayPal para a América Latina

Podemos dizer que o dinheiro é uma das maiores invenções da humanidade. E, apesar da proliferação de outras modalidades, principalmente no decorrer do último século, pagamentos “in cash” têm particularidades que os métodos alternativos parecem não poder igualar – dentre os quais, a garantia do anonimato, compensação imediata e aceitação universal (principalmente se estivermos falando de dólar ou euro).

Além disso, ele pode ser usado mesmo se o mundo acordar sem energia elétrica, por exemplo. No entanto, apesar de todas essas “maravilhosas” características, um número cada vez maior de economistas vem defendendo que cédulas e moedas sejam definitivamente aposentadas – até por questões de higiene.

Você deve estar se perguntando: “Tanto espírito crítico por quê?”. A melhor resposta talvez esteja em um livro chamado A Maldição do Dinheiro, de Kenneth Rogoff. O autor, professor de Políticas Públicas na Universidade de Harvard e ex-economista-chefe do FMI, ressalta o lado obscuro do dinheiro – que, no atual cenário tecnológico, torna absolutamente sem efeito suas pseudoqualidades.

Rogoff tece comentários sobre o tal “anonimato” de seu uso. “Só poderia ser considerado algo bom se não houvesse criminosos na face da Terra.” Mas eles existem – aliás, aos montes! E o chamado “dinheiro vivo” é a melhor forma de financiamento para atividades que envolvem tráfico, sonegação e terrorismo.

Pelas contas do economista, há, neste exato momento, mais de US$ 1,5 trilhão em notas circulando fora do sistema bancário. Para quem trabalha no setor financeiro e assiste, todos os dias, ao surgimento de mais e melhores ferramentas eletrônicas antifraude, esse número é simplesmente espantoso. Porque nada pode ser pior para o cidadão cumpridor de seus deveres do que deixar seu dinheiro à própria sorte. Porém, como sabemos, parte considerável desse montante não está nas mãos de gente honesta.

Rogoff defende também que um mundo sem dinheiro (no qual as pessoas comprariam produtos e serviços, pagariam suas contas e fariam todo tipo de transferência monetária única e exclusivamente via cartões de débito ou crédito e sistemas de pagamentos digitais) tornaria a política monetária dos países mais eficaz. Além disso, a segurança das operações é uma realidade palpável, que torna baixíssimo o custo de cada operação (e nem estou comparando ao custo de produzir dinheiro).

Muitos detratores do fim do dinheiro citam a população que não faz parte do sistema bancário como um problema, já que ela ficaria ainda mais marginalizada – no Brasil, são cerca de 60 milhões de pessoas. Mas esses detratores estão presos a um cenário antigo – e mais ainda no pós-pandemia. Com a tecnologia atual, qualquer pessoa que tenha um smartphone (e eles estão cada vez mais baratos) pode ter uma conta virtual, para receber ou fazer pagamentos, sem necessidade de manter vínculo com bancos ou financeiras. Pode, também, ter uma empresa operando online na palma da mão e acesso a todo tipo de produto/serviço financeiro.

Há também os que batem na tecla de que ONGs e igrejas sobrevivem, sobretudo, de doações – e estas se dão, muitas vezes, de forma anônima na maioria das vezes, até porque, segundo a pesquisa Giving Report 2019 Brasil, realizada pela IDIS, cerca de 68% das pessoas preferem que suas doações não sejam identificadas. Ou seja: creem que devem “fazer o bem sem olhar a quem”, mas também “sem dizê-lo a ninguém”.

Pode ser… Mas já está provado que é mais fácil e seguro doar o quanto quiser eletronicamente. Além disso, via aplicativo, a doação se torna absolutamente transparente tanto para quem a faz quanto para quem a recebe – o que, a princípio, ajuda a convencer mais gente a doar. Basta ver os mais de US$ 10 bilhões doados por clientes do PayPal em 2019 por meio de nossa plataforma para milhares de instituições mundo afora.

E há os que simplesmente gostam de saber que levam dinheiro no bolso – para comprar um chiclete ou pagar o almoço. Esta, convenhamos, me parece a alegação mais estranha de todas para que se mantenham cédulas e moedas em circulação – já que todas as tecnologias levam ao modelo contactless.

E mais ainda depois da Covid-19.

Quer outra razão pandêmica para apostar na moeda 100% eletrônica? Pois faça uma pesquisa no Google com as palavras “dinheiro”, “bactérias” e “vírus”. Aliás, clique aqui, porque eu já fiz isso para você. Mas cuidado: os resultados podem ser bastante indigestos.