Governo de PE arrecada 950 mil itens pela Central de Doações em dois meses

A Central de Doações Remota do Governo de Pernambuco já contabiliza, em dois meses de operação, 950 mil itens arrecadados, número expressivo alcançado graças ao engajamento de instituições e de empresas privadas de pequeno, médio e grande porte do estado. A ação é coordenada, remotamente, por colaboradores da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), estatal ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (SDEC). As doações estão ajudando no combate à pandemia da Covid-19 e chegam até o grande público por meio do trabalho de logística realizado pelas Secretarias de Saúde e de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude.

Do total arrecadado, 250 mil itens são de produtos hospitalares; 96 mil mercadorias de gêneros alimentícios; 426 mil itens de higiene e limpeza, além de outros 178 mil itens diversos. “Sem a ajuda dessas empresas, o cotidiano dos trabalhadores das categorias que prestam serviços fundamentais no Governo e dos profissionais que estão no combate direto a Covid-19, seria ainda mais difícil. Quero deixar registrado nosso agradecimento à todas as empresas que doaram parte do seu estoque para uma ação tão importante”, ressalta, Roberto Abreu e Lima, presidente da AD Diper.

A Unilever, uma das maiores empresas doadoras da central, já repassou mais de 387 mil itens entre produtos de higiene pessoal e limpeza e 62 mil itens alimentícios, que tiveram como destinos ações sob comando da Secretaria de Saúde, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, ONG Novo Jeito e o Hospital do Câncer de Pernambuco. Em 20 de maio, a Central recebeu 39 ventiladores mecânicos BIPAP, utilizados na ventilação não invasiva de pacientes. Os itens foram distribuídos para hospitais estaduais.

O Aché Laboratórios Farmacêuticos também contribuiu para a causa. A empresa entregou 112 mil unidades de medicamentos. Já a Solar Coca-Cola destinou 126 mil unidades de garrafas pet para envasar álcool 70% em gel e líquido e 24 mil garrafas com água mineral. A Alpargatas doou 80 mil máscaras (entre cirúrgicas e N95). A Ambev repassou 10 toneladas de mandioca.

Um total de 10,8 mil unidades de máscaras (entre cirúrgicas e N95) e 16,4 mil unidades de luvas de procedimento foram disponibilizadas pela Associação dos Procuradores do Estado de Pernambuco e pelo Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene). O Cetene também contribuiu com cinco mil toucas descartáveis e cinco mil sapatilhas Propé.

O Grupo Moura doou 20 mil máscaras de proteção facial (Face Shield). A Esposende Calçados repassou 48 mil pares de meia. Da Ondunorte, vieram 19,2 mil unidades de papel higiênico. Da Asa Indústria e Comércio chegaram 20 mil unidades de sabão em barra bactericida.

Além dos produtos de limpeza, a Central contabilizou o repasse de 63,2 mil litros de produtos sanitizantes. Entre as contribuições estão 21,4 mil litros de álcool 70% (gel e líquido) repassados por empresas como Ambev, Benzoquímica, Aquaflex, Guararapes, Infa Cosméticos, Total Clean, Hebron, Cervejaria Capunga, Cervejaria Ekaut, Conselho Regional de Química, Quimilab e Audace. Já o grupo Raymundo da Fonte doou 36 mil litros de água sanitária. Outros 5,8 mil litros de itens sanitizantes foram doados pela Unilever.

Para participar da corrente de doações, as empresas interessadas em enviar contribuições podem contatar a AD Diper pelo e-mail doacoescovid19@addiper.pe.gov.br ou pelos telefones 81 99488 2149 ou 81 99488 3777. As doações são diversas e os entre os produtos de mais necessidades estão os insumos e EPIs (máscaras, álcool 70% gel e líquido), além de produtos de limpeza.

Poços instalados pela Codevasf garantem água para famílias de 19 municípios

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) está investindo mais de R$ 30 milhões na perfuração e instalação de poços cristalinos e sedimentares em sua área de atuação no estado de Pernambuco. Os recursos são oriundos do Orçamento Geral da União destinados à empresa por meio de emendas parlamentares. A ação garantirá a dessedentação animal e, a depender da vazão do poço, a manutenção de pequenas hortas.

Segundo o superintendente regional da Codevasf em Pernambuco, Aurivalter Cordeiro, a perspectiva é que, até o final do primeiro semestre de 2021, ocorra a perfuração de 850 poços cristalinos e 25 sedimentares, além de montagem e instalação de mais de 1 mil unidades. “Todos esses poços que estamos instalando serão movidos a energia solar. Já fizemos a experiência em 2019 e comprovamos que ele tem um custo semelhante ao do cata-vento, mas, além de ser uma energia limpa, tem menor custo de manutenção”, explica.

A Companhia iniciou as obras no início de fevereiro deste ano. Até o momento, já foram perfurados cerca de 50 poços ao longo de 19 municípios pernambucanos. Quase 200 poços já possuem os estudos para que a obra se inicie. “Antes de perfurarmos os poços, nós fazemos levantamentos para saber a viabilidade. O estudo dos 200 primeiros nos mostrou que eles beneficiarão cerca de 25 mil pessoas. Se levarmos em conta que a ideia é perfurar no mínimo quatro vezes mais poços que isso, podemos alcançar a impressionante marca de quase 100 mil pessoas beneficiadas até meados de 2021”, projeta Aurivalter.

Francisco Arduino, morador do sítio Garrote, no município de Ouricuri, é um dos beneficiários dessa ação executada pela Codevasf. Ele conta que a dificuldade era muito grande por conta da seca. “A gente sofria aqui. Faltava água até pra aguar uma planta. Hoje, a gente vê esse poço jorrando água e sabe que vai poder cuidar das nossas plantas e também de todo o povo da vizinhança. Agradecemos demais”, afirma.

Os moradores do sítio Felipe, também beneficiados com a perfuração de poço realizada pela Codevasf, relatam que algumas vezes se viam completamente sem água, e a alternativa era gastar o pouco dinheiro que tinham pagando um carro-pipa. “Isso aqui é uma bênção, ver essa água assim. Vai melhorar muito pra todo mundo”, comemora o morador José Francisco dos Santos.

Poços movidos a energia solar

Em 2019, a Codevasf instalou dois poços que usam painéis fotovoltaicos para converter o calor armazenado em energia para o bombeamento da água. A primeira unidade foi na localidade Cacimba Velha, zona rural do município de Petrolina.

De acordo com Aurivalter Cordeiro, a resposta foi muito positiva. “Foi um trabalho pensado em conjunto com o presidente da Companhia, Marcelo Moreira. Observamos que cata-ventos têm problemas mecânicos com certa frequência, e a energia elétrica gera despesas periodicamente. Com essa nova maneira, em um dia de sol intenso, o equipamento registra capacidade de bombear até 1,7 mil litros de água por hora, o suficiente para encher um reservatório que vai dar um mínimo de segurança hídrica para a região”, conclui o superintendente.

Bem-te-vi lança sabão em barra perfume de coco e lava-roupas de dois litros

A família Bem-te-vi aumentou e está com novas opções de produtos. Agora, os consumidores podem contar também com o novo Lava-roupas Bem-te-vi na embalagem de dois litros, nas versões Coco, Lavanda e Perfume das Flores. Já o tradicional sabão em barra agora oferece também a versão Bem-te-vi Perfume de Coco, cuidado estendido. Marca preferida dos consumidores, a Bem-te-vi, da ASA Indústria, é sinônimo de qualidade há 90 anos.

Na embalagem de dois litros, o novo Lava-roupas Bem-te-vi é muito econômico e rende mais que dois quilos de sabão em pó. Com alto poder de limpeza, penetra com facilidade nas fibras dos tecidos, removendo toda sujeira. Possui um anti-repositante que impede que a sujeira volte para a roupa, garantindo uma limpeza eficaz. Também remove gorduras, manchas, suor do corpo, maquiagem, e outras substâncias, deixando uma camada de proteção que cuida da cor dos tecidos.

Com uma fragrância delicada, o novo sabão em barra Bem-te-vi Perfume de Coco tem alto poder de remoção de sujeiras pesadas, removendo o encardido e trazendo o branco de volta. Nas roupas coloridas, realça e dá vida às cores. Dermatologicamente testado, possui tecnologia que cuida das mãos no momento do uso, deixando-as hidratadas. Para louças, é potente na ação desengordurante e tem excelente espumação. O sabão em barra Bem-te-vi também está disponível nas versões Comum, Floral, Neutro, Limão, Lavanda e Eucalipto.

“Fabricamos o melhor produto de limpeza, além de ser o mais fácil de encontrar nos milhares de pontos de venda. Nesses novos tempos, nos mantermos próximos da dona de casa é o nosso maior compromisso”, diz Wagner Mendes, diretor de marketing da ASA.

Presente em quase todas as regiões do Brasil, a ASA conta com mais de 1.500 funcionários e possui um portfólio com oito marcas e mais de 250 itens. Além da Bem-te-vi, é proprietária das marcas Palmeiron, Vitamilho, Bomilho, Invicto, Baby & Baby, Casa de Vinhas, Certo e Flamengo. Veja mais informações e receitas deliciosas no site: www.asanet.com.br

Construção civil e comércio atacadista voltam a funcionar na próxima segunda em Pernambuco

A partir da próxima segunda-feira (8), setores da economia como construção civil e o comércio atacadista estão liberados para operar em Pernambuco. O pronunciamento permitindo a volta das atividades foi feito pelo governador do Estado, Paulo Câmara, nesta segunda-feira (1º).

Com o final do período de intensificação da quarentena, o Governo de Pernambuco começa a pôr em prática o “Plano de Monitoramento e Convivência com a Covid-19”, que determina a retomada gradual e planejada das atividades econômicas em todo o Estado. O cronograma prevê de que forma 32 setores econômicos terão as medidas restritivas flexibilizadas, e como será a carga operacional desse retorno, que seguirá protocolos gerais e específicos para evitar a transmissão da doença.

O ciclo de reabertura gradativa chegará à flexibilização total ao final de um período de 11 semanas. O calendário é dividido por fases, mas as datas previstas estão sujeitas a alteração, a depender do comportamento da curva de contaminação. Os detalhes do plano foram apresentados nesta segunda-feira (1º), pelos secretários de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, e de Planejamento, Alexandre Rebêlo, em entrevista à imprensa realizada remotamente no Palácio do Campo das Princesas. Na mesma coletiva, o secretário estadual de Saúde, André Longo, detalhou os últimos números da pandemia do novo coronavírus.

Na ocasião, foi explicado que a flexibilização escalonada ocorrerá gradativamente até o Estado chegar ao que se entende por “normalidade controlada”. De acordo com o plano anunciado, serão considerados, prioritariamente, a relevância socioeconômica dos setores e os riscos que o retorno de cada atividade pode representar para a área de saúde. Os próximos 15 dias, inclusive, serão determinantes para testar a segurança da flexibilização e os impactos na saúde da população.

A primeira etapa, iniciada nesta segunda, permite a operação de lojas físicas de material de construção, seguindo novos protocolos de atendimento. Também podem funcionar, mas exclusivamente por delivery, as unidades de varejo de bairro e do Centro, assim como shoppings centers e o comércio atacadista. A partir da próxima segunda, dia 8 de junho, a construção civil iniciará o retorno gradual, tanto na Região Metropolitana do Recife quanto no interior: Na RMR, as obras serão liberadas com 50% dos funcionários e no horário das 9h às 18h. Já no interior, a liberação também é de 50%, sem determinação de horário. O comércio atacadista também poderá atuar a partir da próxima semana, mas na RMR só será permitido no horário das 9h às 18h. Novos protocolos do setor deverão ser respeitados.

No dia 15 de junho, os serviços de atendimento ao público entrarão no circuito de flexibilização. Salões de beleza, barbearias e serviços de estética estarão liberados, mas precisarão atender uma pessoa por vez, por agendamento, sem fila de espera e com higienização entre um cliente e outro. Varejos de bairro também poderão funcionar, mas só em lojas de até 200 metros quadrados.

Shoppings centers, centros comerciais e praça de alimentação poderão adicionar o atendimento via coleta na operação. Vale ressaltar que, na RMR, o horário permitido de coleta será apenas entre 12h e 18h. Treinos de futebol profissional também estarão liberados a partir dessa data. Todos os setores estarão sujeitos a novos protocolos de segurança, baseados em distanciamento social, regras de higiene, monitoramento e comunicação.

Folhape

ARTIGO — Infodemia: a pandemia de desinformação

Todos os dias em nossos smartphones, computadores e TVs, temos uma verdadeira chuva de informações, e nem sempre é possível conferir a veracidade delas. Se acharmos que ela faz sentido para nós e pode ajudar o próximo, tratamos de encaminhar imediatamente para nossas redes de contato e, assim, a informação se dissemina (em uma velocidade absurda), seja ela verdadeira ou não. Realmente, não pensamos nas consequências disso, afinal, é só uma mensagem sobre um assunto polêmico ou que vai alimentar ainda mais uma discussão interessante, não é mesmo? Não é bem assim.

O termo “infodemia” significa epidemia de informações falsas. As pesquisadoras Emma Spiro e Kate Starbird, da Universidade de Washington (Seattle/EUA), estão investigando como a desinformação está se espalhando durante a pandemia da Covid-19 e como os conhecimentos científicos influenciam as percepções públicas.

O coronavírus, por exemplo, já foi tratado como arma biológica produzida em laboratório, já foi uma conspiração dos mais ricos do planeta para alterar os valores de compra e venda de ações, já veio do morcego, do pangolim, já foi culpa dos chineses, dos italianos, já foi letal e agora não é mais — até atribuíram ao Papa Francisco a culpa pela disseminação desse vírus quando ele deu um tapa na mão de uma asiática. Brincadeiras à parte, tudo isso aconteceu em apenas dois meses, e isso nos revela um vírus não apenas como o causador de uma doença, mas como uma verdadeira arma de guerra de informações.

Essas incertezas nos trazem ainda mais angústia e ansiedade. No caso do coronavírus, as situações apresentadas no início da pandemia, por exemplo, levaram a desencontros de atitudes e ações entre os diferentes líderes mundiais. Até agora, não sabemos exatamente qual o grau de perigo em abandonar a quarentena para reacender a economia. Estamos entre a cruz e a espada.

Então, como podemos minimizar essa situação?

Primeiramente, refletir criticamente sobre a informação e, sempre que possível, checar a sua veracidade. Você também pode avaliar qual o grau de contribuição que aquela informação terá na vida das pessoas que você pretende compartilhar, ou seja, será que elas já sabem aquilo? É algo novo e que realmente trará algum benefício? Por fim, ter bom senso! Afinal, o que mais precisamos nesse momento são união e solidariedade.

Rodrigo Silva é biólogo, doutor em Ciências e coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental do Centro Universitário Internacional Uninter

IPC-S fecha maio com queda de preços de 0,54%

Moeda Nacional, Real, Dinheiro, notas de real

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), fechou maio com deflação (queda de preços) de 0,54%. A taxa é menor do que a observada em abril (-0,18%).

Os números foram divulgados hoje (1º), no Rio de Janeiro, pela FGV.

A pesquisa foi realizada no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Recife. O acumulado em 12 meses é de 1,83% de inflação.

Quatro das oito classes de despesas tiveram inflação em maio, com destaque para os alimentos, que passaram a custar 0,37% mais caros no período.

Gastos com saúde e cuidados pessoais também tiveram alta de preços (0,21%). Outros grupos com registro de inflação foram despesas diversas (0,10%) e comunicação (0,01%).

Quatro classes de despesas tiveram deflação, com destaque para transporte (-2,06%) e educação, leitura e recreação (-2,12%). Os outros grupos com queda de preços foram habitação (-0,19%) e vestuário (-0,23%).

Agência Brasil

Mega-Sena acumula e próximo sorteio deve pagar R$ 45 milhões

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2266 da Mega-Sena, realizado ontem (30), no Espaço Loterias Caixa, em São Paulo, situado no terminal rodoviário do Tietê. As dezenas sorteadas foram: 10 – 23 – 31 – 37 – 58 – 59.

A quina teve 50 acertadores e cada um vai receber R$ 64.685,64. Os 4.167 ganhadores da quadra receberão o prêmio individual de R$ 1.108,8. O próximo concurso será quarta-feira (3) e deverá pagar o prêmio de R$ 45 milhões a quem acertar as seis dezenas.

As apostas na Mega-Sena podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio em lotéricas ou pela internet. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 4,50.

Agência Brasil

EUA enviam 2 milhões de doses de hidroxicloroquina ao Brasil para tratar a Covid-19

O fornecimento do medicamento foi anunciado pelos dois governos no domingo (31) e ocorre poucos dias depois de a OMS (Organização Mundial de Saúde) suspender os testes da substância para pacientes com coronavírus por causa dos riscos e da falta de segurança sobre a eficácia do remédio.

A hidroxicloroquina é tradicionalmente usada no tratamento de pessoas com malária e doenças autoimunes.

O uso da hidroxicloroquina para tratar pacientes com Covid-19 é defendido tanto pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quanto por Donald Trump.

O mandatário norte-americano já declarou que faz uso do medicamento como medida preventiva para não se contaminar com o coronavírus. Bolsonaro também disse ter uma “caixinha” do remédio guardada caso sua mãe de 93 anos precise.

No Brasil, o uso da hidroxicloroquina foi ampliado no dia 20 de maio para pacientes com sintomas leves do novo coronavírus. Até então, a orientação era de uso apenas por pessoas com sintomas graves e críticos e com monitoramento em hospitais.

Segundo a Casa Branca, a hidroxicloroquina enviada ao Brasil será utilizada por enfermeiros, médicos e profissionais de saúde, além de pacientes infectados.

Folhapress

52% dos brasileiros são contra presença de militares no governo, aponta Datafolha

Preparativos finais para o desfile de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios.

Em tempos de rumores sobre o papel dos militares na política, a forte presença de fardados no governo do capitão reformado do Exército Jair Bolsonaro divide opiniões no Brasil, com ligeiro predomínio daqueles que condenam a prática.

Segundo pesquisa do Datafolha, 52% dos brasileiros são contra a presença fardada no poder político, enquanto 43% a aprovam e 5%, não sabem responder.

O levantamento foi feito na segunda (25) e na terça (26), ouvindo 2.069 adultos possuidores de telefone celular -ele não foi presencial para evitar riscos de contágio pelo novo coronavírus. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Hoje, 8 dos 22 ministros do governo são egressos das Forças, e dois deles (o general Luiz Eduardo Ramos, secretário de Governo, e o almirante Bento Albuquerque, das Minas e Energia) ainda são parte do serviço ativo.

Um nono oficial, o general da ativa Eduardo Pazuello, ocupa interinamente o Ministério da Saúde, centro da coordenação de combate à Covid-19. Lá, após as traumáticas saídas de Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, promoveu uma militarização de cargos vitais, nomeando 17 fardados.

Por fim, o vice-presidente é um general de quatro estrelas da reserva, Hamilton Mourão. Espraiam-se pela Esplanada cerca de 2.500 outros militares, ocupando cargos diversos, pelo menos 1.200 deles emprestados da ativa.

A militarização, fenômeno inédito no escopo mas que tem sua origem já no governo de Michel Temer (MDB, 2016-18), agrada mais os mais ricos e instruídos: 62% dos que ganham mais de 10 salários mínimos aprovam o movimento, assim como 50% dos que têm curso superior -neste caso, empatando com os 47% contrários à ocupação.

A presença desagrada mais as mulheres (57% de rejeição) do que homens (51% de aprovação). Como seria de se esperar, e amplamente aprovada (76%) pelos que consideram o governo ótimo ou bom, e igualmente rejeitada (78%) por quem o acha ruim ou péssimo.

A discussão sobre a militarização bolsonarista divide as Forças Armadas desde o começo do governo. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo logo após a eleição de Bolsonaro, o então comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, tentou dissociar os militares do então futuro governo.

Caso perdido, como a recente aliança dos fardados com o antes demonizado centrão em prol da governabilidade e contra um impeachment mostra.

Além de sua origem fardada, aliás uma distorção dado que ele saiu do Exército após passar por um processo disciplinar por suposta trama de atentados em 1988, Bolsonaro cercou-se de generais da reserva na campanha.

A estrela era Augusto Heleno, colega seu e de Mourão no curso de paraquedismo da Força. Hoje com menos poder do que já teve, o militar segue como chefe do Gabinete de Segurança Institucional.

Com o governo em curso, formou-se a ala militar, para a crítica constante de Heleno, hoje na chefia do Gabinete de Segurança Institucional. Na realidade, são várias as alas, e a configuração atual passa pelo eixo Fernando Azevedo (Defesa)-Walter Braga Netto (Casa Civil)-Ramos (Secretaria de Governo).

Os três generais já serviram juntos no Comando Militar do Leste, no Rio, com Azevedo à frente e hoje servindo de pivô do grupo e contato com o serviço ativo devido a seu cargo.

Ramos, contudo, se destaca pela relação pessoal com Bolsonaro, com quem dividiu quarto como cadete, e foi especulado pelo presidente como um nome para comandar o Exército, já que a relação com o atual chefe, Edson Pujol, não é das mais azeitadas.

Azevedo, por sua vez, se equilibra numa corda após ver o enfraquecido chefe buscar mais apoio entre seu esteio militar.

Foi obrigado a divulgar notas reforçando o comprometimento das Forças com a Constituição após Bolsonaro participar de atos golpistas, mas também apoiou Heleno em sua nota em que apontava riscos à estabilidade em decisões do Supremo Tribunal Federal.

O serviço ativo, contudo, é outra história. Nem todos os membros do Alto-Comando do Exército se sentem confortáveis com a associação a um governo tão polêmico quanto o de Bolsonaro, e o temor expresso por Villas Bôas em 2018 de que uma militarização da política se transfigurasse numa politização dos quartéis permanece.

Até aqui, indícios disso são vistos muito em redes sociais, com a popularidade das mensagens bolsonaristas entre médios e baixos escalões das Forças. A atração que o discurso exerce sobre PMs pelo país, contudo, é mais notória, como se viu na greve da corporação no Ceará neste ano.

Azevedo tem logrado diversas vitórias corporativas no cargo, enquanto Bolsonaro busca associar-se cada vez mais aos fardados durante a crise política embutida na emergência da Covid-19.

O plano de reestruturação de carreira e reforma previdenciária dos militares foi aprovado no ano passado, após duas décadas de protelação, além de várias benesses acessórias.

A Marinha, Força mais afastada do núcleo do poder, ganhou R$ 7,6 bilhões para construção de novos navios, numa operação criticada dentro da área econômica.

Já a Força Aérea, ainda mais distante do bolsonarismo, manteve seu cronograma de programas estratégicos, como o caça Gripen ou o cargueiro C-390 Millenium.

Folhapress

Trump vai incluir movimento de extrema esquerda em lista de organizações terroristas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo que seu governo irá incluir o movimento de extrema esquerda Antifa (contra o fascismo) em sua lista de organizações terroristas.

“Os Estados Unidos irão incluir o Antifa na categoria de organizações terroristas”, tuitou Trump, que atribuiu nos últimos dias a este movimento e a outros “extremistas radicais” os resultados violentos de manifestações de protesto pela morte de um homem negro de 46 anos por um policial branco.

Em uma série de tuítes, o presidente americano também cumprimentou as forças de ordem por terem conseguido controlar a situação em Minneapolis na noite do sábado (30). “Os anarquistas liderados pelos Antifa, entre outros, foram rapidamente controlados pela polícia. Deveria ter sido feito pelo prefeito já na primeira noite e não teria havido problema nenhum”, afirmou o presidente.

Folhapress