Crimes violentos aumentam 18,2% neste mês em comparação com o mesmo período do ano passado

As estatísticas criminais de maio de 2020 apontaram registro de 350 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) no mês em Pernambuco, um aumento de 18,2% em relação ao seu equivalente em 2019, quando houve 296 vítimas. Considerando o total dos cinco primeiros meses deste ano, a variação é de 10,7%, tendo subido de 1.503 para 1.664 mortes violentas no Estado. Nesse mesmo período do ano atual, as forças de segurança pública estaduais já conseguiram prender 866 acusados desse tipo de crime.

Para reforçar o combate aos CVLIs, os setores de inteligência e de investigação de homicídios das operativas da Secretaria de Defesa Social (SDS) estão empenhados no trabalho de desarticular grupos criminosos. [UTF-8?]“Nossos esforços são para frear o aumento dos CVLIs, que vem acontecendo em todos os estados brasileiros este ano, e retirar de circulação organizações criminosas que ameaçam a vida dos pernambucanos. Já conseguimos prender 866 acusados de homicídio este ano, 160 deles somente em maio passado. Esse é um trabalho incessante, que continua ao mesmo tempo em que desenvolvemos operações em outras frentes, como a de garantir o respeito às medidas sanitárias contra a Covid-19. Em todos os casos, nosso objetivo é um só: proteger a vida da população do nosso [UTF-8?]Estado”, afirma o secretário titular da SDS, Antonio de Pádua.

Em algumas Áreas Integradas de Segurança (AIS), foi possível alcançar os níveis mais reduzidos de criminalidade em meses. Um exemplo é a AIS-17, cuja sede fica em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, e engloba mais cinco municípios vizinhos. Essa região teve o mais baixo índice de mortes violentas dos últimos 142 meses, quase 12 anos. Com 4 vítimas de CVLI em maio, ficou acima somente dos 3 casos notificados em julho de 2008. Já na AIS-8, que inclui Paulista, Abreu e Lima, Igarassu e mais três cidades da Região Metropolitana Norte, o número foi o mais baixo em 46 meses. As 12 vítimas de CVLI de maio foram superiores apenas às 9 registradas em julho de 2016.

Vendas para o segmento PME crescem exponencialmente na Central Nacional Unimed

Apesar dos desafios impostos pela crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19, a Central Nacional Unimed supera metas de vendas para o segmento de pequenas e médias empresas (PME) e tem boas perspectivas de crescimento para os próximos meses. Os resultados fundamentam o cenário de otimismo para a operadora nacional dos planos de saúde empresariais da marca Unimed.

Em São Paulo, praça na qual a Central Nacional Unimed passou a atuar com exclusividade há pouco mais de um ano, a cooperativa registrou um crescimento exponencial na carteira de PME no ano de 2019. “Nosso crescimento de vendas em PME no ano passado, em relação a 2018, foi superior a 1.500%”, afirma a gerente comercial PME e Adesão de São Paulo, Patrícia Ponciano. “Mesmo neste período de quarentena, São Paulo tem um ritmo crescente, e nós estamos reinventando soluções para esse público e experimentando novas estratégias de vendas”, explica.

A Central Nacional Unimed fechou o ano de 2019 com um total de 25.532 vidas no segmento PME, em 2018 eram 1.620 vidas. A meta, superada, era de 23 mil vidas.

Gustavo Knupp, superintendente Comercial responsável pelos produtos PME e de adesão da operadora, explica que o grande resultado no estado que tem a maior economia do Brasil foi o fortalecimento da marca Unimed, hoje associada à qualidade e credibilidade. “Crescemos a carteira expressivamente em 264%. Isso só foi possível graças à um grande trabalho de reposicionamento de marca para a sociedade que fizemos ao longo de 2019, e a parceria sólida que construímos com os corretores. Ampliamos o diálogo e lançamos canais de venda online que visam facilitar as atividades das corretoras. Criamos com esse público uma relação próxima e que queremos que seja duradoura”, resume.

O diretor comercial e de marketing da Central Nacional Unimed, Dr. Sizenando Campos, ressalta que os planos de saúde da operadora oferecem a segurança necessária para as PMEs. “Neste momento, a saúde é um ponto sensível para o empresário, que precisa ter tranquilidade nesse aspecto e quer dar segurança para seus colaboradores. Um dos motivos que nos faz acreditar nas perspectivas de crescimento da carteira”, afirma.

“Eu sempre vejo o copo meio cheio, e a Central Nacional Unimed está pronta para participar da reconstrução e do reerguimento da economia brasileira, com soluções de saúde que atendem as demandas do mercado”, finaliza.

Sobre a Central Nacional Unimed – A Central Nacional Unimed é a operadora nacional dos planos de saúde empresariais da marca Unimed. Sua carteira de clientes é composta por cerca de 1,7 milhão de clientes de grandes corporações brasileiras. Também trabalha com PME e foco regional em Salvador, Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus, Itabuna, Ilhéus, São Luís, Brasília e São Paulo. Em 2018, a Central Nacional Unimed registrou receita de R$ 5,6 bilhões (+9,3% em relação a 2017). É considerada uma das melhores empresas para se trabalhar e uma das melhores para se iniciar a carreira. Faz parte do Sistema Unimed, composto por 345 cooperativas médicas presentes em todo o território nacional, que compartilham os valores do cooperativismo e o trabalho para valorização dos médicos e da medicina.

Hospital de Campanha de Caruaru inaugurou 20 leitos de enfermaria

Na sexta-feira (12), o Hospital de Campanha, instalado no pátio do Hospital Mestre Vitalino (HMV), no Agreste de Pernambuco, passa a disponibilizar 20 (vinte) leitos de enfermaria para atender pacientes com Covid-19. Na última segunda (08), 10 leitos de UTI foram entregues e estão em funcionamento nas dependências do HMV. Desta forma, até o momento a unidade dispõe de 30 leitos, sendo 10 de UTI e 20 de enfermaria.

O Hospital de Campanha já registrou cinco pacientes positivos para o novo coronavírus. Eles estão internados nos leitos de UTI e são das cidades de Sanharó (51 anos), Arcoverde (75 anos), Toritama (80 anos), Caruaru (72 anos) e Agrestina (59 anos). “A partir de hoje o Campanha de Caruaru passa a contar com 20 leitos de enfermaria, essa entrega de leitos é um passo muito importante para a nossa região que ainda apresenta um crescimento no número de casos da doença”, explica o diretor do HMV, Dr. Marcelo Cavalcanti.

Proporção da população com anticorpos do novo coronavírus aumenta 53%

Estudo coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) revelou um aumento de 53% em apenas duas semanas na proporção da população com anticorpos para o novo coronavírus nos principais centros urbanos brasileiros. O dado é resultado da segunda fase da pesquisa “Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19 no Brasil: Estudo de Base Populacional (Epicovid19-BR)”, financiada pelo Ministério da Saúde.

Os pesquisadores avaliam que esse aumento de 53% foi estatisticamente significativo e é inédito em estudos similares. Na Espanha, um estudo semelhante indicou aumento de apenas 4% entre as duas etapas da pesquisa. Para chegar a este resultado, a pesquisa considerou as 83 cidades em que puderam ser testadas e entrevistadas pelo menos 200 pessoas nas duas fases da pesquisa para estabelecer uma base de comparação.

“Esse aumento lança um alerta sobre a velocidade com que a doença continua se espalhando pelo Brasil. Somos, hoje, o país em que a Covid-19 se expande de forma mais acelerada em todo o mundo”, disse o coordenador geral do estudo e reitor da UFPel, Pedro Hallal.

A proporção da população com anticorpos nesses 83 municípios aumentou de 1,7%, na primeira fase, para 2,6%, na segunda fase. A pesquisa testou se as pessoas tinham anticorpos para a doença, o que significa que já foram ou estão infectadas pelo novo coronavírus, podendo se tratar de casos assintomáticos. As estatísticas oficiais incluem pessoas que foram testadas, em geral, a partir da apresentação de sintomas.

No total, a segunda fase da Epicovid19 realizou 31.165 testes e entrevistas de 4 a 7 de junho. Os dados foram coletados em 133 municípios do país. Em 120 dessas cidades, incluindo 26 das 27 capitais (com exceção de Curitiba), foi possível testar ao menos 200 pessoas, todas selecionadas por sorteio. A primeira fase foi realizada duas semanas antes, de 14 a 21 de maio, com 25.025 testes e entrevistas, sendo que em 90 cidades foi possível testar ao menos 200 participantes.

“Esse avanço metodológico talvez seja o grande destaque da segunda fase da pesquisa. Com um maior número de entrevistas realizadas e de cidades incluídas nas análises, aumenta a nossa
capacidade, enquanto epidemiologistas, de interpretar os dados sobre coronavírus no Brasil”, disse Hallal.

Subnotificação
A partir da proporção de infectados identificado pelo estudo, a estimativa é que haja seis vezes mais casos de covid-19 do que o dado oficial registrado nesses municípios, que representam grandes centros urbanos. O resultado anterior, na primeira fase, considerando 90 cidades testadas, a pesquisa estimou que havia sete vezes mais casos do novo coronavírus do que registraram as estatísticas oficiais. Segundo explicou Hallal, essa variação não significativa, mas pode ser explicada por uma melhora na notificação dos casos oficiais pelo aumento da testagem.

No conjunto de 120 cidades com mais de 200 pessoas submetidas aos testes, a proporção de pessoas identificadas com anticorpos para covid-19 foi estimada em 2,8%. As 120 cidades correspondem a 32,7% da população nacional, totalizando 68,6 milhões de pessoas. Com isso, chegou-se à estimativa de 1,9 milhão de pessoas infectadas.

Na véspera do início da pesquisa, em 3 de junho, essas 120 cidades somadas contabilizavam 296.305 casos confirmados e 19.124 mortes. Ou seja, para cada caso confirmado do novo coronavírus nessas cidades, existem 6 pessoas que já foram ou ainda estão infectadas na população. O estudo concluiu que há uma grande disparidade entre o número estimado pela pesquisa e a estatística oficial de infectados.

A Epicovid19 abrange um total de 133 cidades selecionadas, chamadas sentinelas. Elas são os maiores municípios das subdivisões demográficas intermediárias do país, de acordo com critérios do Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE).

Os pesquisadores alertam que esses resultados não devem ser extrapolados para todo o país, nem usados para estimar o número absoluto de casos no Brasil, já que essas são cidades populosas, com circulação intensa de pessoas e que concentram serviços de saúde. A dinâmica da pandemia pode ser distinta se observadas cidades pequenas ou áreas rurais. Apesar dessa ressalva, os pesquisadores voltaram a afirmam que a contagem de pessoas com anticorpos no Brasil certamente já está na casa dos milhões, e não mais dos milhares.

Regiões do país
Houve grande diferença na proporção de infectados por regiões do Brasil, assim como na primeira fase. As 15 cidades com maiores prevalências incluem 12 da Região Norte e três do Nordeste (Imperatriz, Fortaleza e Maceió).

Na Região Sul, nenhuma cidade apresentou prevalência superior a 0,5%, e, na Região Centro-Oeste, apenas três cidades superaram esta marca (Brasília, Cuiabá e Luziânia). Segundo os pesquisadores, esse resultado confirma que a Região Norte tem o cenário epidemiológico mais preocupante do Brasil, o que também já tinha sido revelado na primeira fase do estudo.

As diferenças entre as capitais do Brasil foram marcantes, ainda segundo os pesquisadores. Em Boa Vista (RR), a proporção da população que tem ou já teve coronavírus foi estimada em 25%, ou seja, um de cada quatro habitantes da cidade está ou já esteve infectado.

Foi possível testar ao menos 200 pessoas em 26 das 27 capitais. Entre essas, seis apresentaram resultado superior a 10%: Boa Vista (RR), Belém (PA), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Manaus (AM) e Maceió (AL). Das 10 capitais com percentuais mais altos da população com anticorpos, de 5,4% até 25,4%, quatro são da Região Norte (Boa Vista, Belém, Macapá e Manaus), cinco são da Região Nordeste (Fortaleza, Maceió, São Luís, João Pessoa, Salvador) e uma da Região Sudeste (Rio de Janeiro).

Em algumas cidades, as diferenças entre os resultados da primeira e da segunda fase foram acentuadas e o Rio de janeiro, a segunda cidade mais populosa do Brasil com 6,7 milhões de habitantes, foi uma delas. Lá, a proporção estimada de pessoas com anticorpos para o novo coronavírus aumentou de 2,2% para 7,5%, ou seja, 503 mil pessoas têm ou já tiveram o coronavírus. Em Maceió, o aumento foi de 1,3% para 12,2%. Em Fortaleza, o aumento foi de 8,7% para 15,6%.

A Agência Brasil solicitou posicionamento do Ministério da Saúde sobre os resultados do estudo, mas não obteve resposta até a conclusão da reportagem.

Agência Brasil

Caixa vai abrir 41 agências em Pernambuco neste sábado

Caixa Econômica Federal inicia hoje (13) a liberação do saque de até R$ 500 em contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

A CAIXA vai abrir, neste sábado (13), 41 agências no estado de Pernambuco para atendimento aos beneficiários do Auxílio Emergencial, das 8h às 12h. A segunda parcela do benefício, que já havia sido antecipada para uso digital por meio do aplicativo CAIXA Tem, vem sendo disponibilizada para saque em espécie e transferências, de acordo com calendário, para aqueles que receberam a primeira parcela até 30 de abril. Ao todo, 680 agências estarão abertas novamente em todo o país.

Os beneficiários nascidos entre os meses de janeiro a novembro já contam com a possibilidade de realizar saques ou transferências bancárias. A partir deste sábado, será a vez dos nascidos em dezembro, que poderão sacar a segunda parcela nas máquinas de autoatendimento ou nas unidades lotéricas, além de transferir valores para contas da CAIXA ou de outros bancos.

Confira a relação de agências que abrirão: www.caixa.gov.br/agenciasabado

Para sacar, é necessário gerar um código autorizador (token) no aplicativo CAIXA Tem. Caso os beneficiários tenham dificuldade para gerar o código, esse serviço poderá ser realizado nas agências da CAIXA.

Atendimento nas agências:

A CAIXA reforça que não é preciso madrugar nas filas. Todas as pessoas que chegarem em uma das 680 agências neste sábado, das 8h às 12h, serão atendidas. Elas vão receber senhas e, mesmo com as unidades fechando às 12h, o atendimento continua até o último cliente.

O banco fechou parceria com cerca de 1.280 prefeituras em todo o país para reforçar a organização das filas e manter o distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas. A triagem nas filas foi reforçada, de forma que aqueles que não estão na data respectiva de pagamento em espécie não permaneçam no local.

Tribunal se mantém entre os mais produtivos em maio

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) fechou o mês de maio com 207.664 atos praticados, no 1º e 2º graus, entre sentenças, decisões, despachos, julgamentos monocráticos e acórdãos. Com a produtividade, o Judiciário estadual pernambucano permanece em 4º entre os tribunais de médio porte e em 9º entre todos os tribunais do país. Os dados foram reunidos pela Coordenadoria de Planejamento e Gestão Estratégica (Coplan) do TJPE.

O números mostram o pleno funcionamento do Judiciário, que permanece entre os primeiros em produtividade, desde que o trabalho remoto foi adotado a partir do dia 18 de março como forma de preservar a saúde de magistrados, servidores e da população que utiliza os serviços da Justiça. O objetivo foi ajudar na prevenção da Covid-19, reduzindo a possibilidade de transmissão da doença com o fechamento dos prédios públicos.

“Mais do que produtividade, esses dados demonstram o esforço dos nossos magistrados e servidores para atender a população. Superando condições não tão favoráveis para trabalhar de casa, eles enfrentaram situações complexas, a ansiedade causada por tudo que a sociedade está vivendo e, mesmo assim, estão entregando uma prestação jurisdicional adequada. Tivemos que nos ajustar com todas as mudanças causadas pelo alto índice de transmissão do novo coronavírus e a letalidade da doença para salvar o bem mais precioso que temos, a vida. Nesse contexto, os servidores e magistrados se superaram”, avaliou o presidente do TJPE, desembargador Fernando Cerqueira.

O funcionamento remoto foi adotado pelo TJPE tendo em conta as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos órgãos nacionais e estaduais voltadas à prevenção do coronavírus (covid-19), como forma de preservar a saúde de magistrados, servidores e da população que utiliza os serviços da Justiça.

Atualmente, o Tribunal está estudando as medidas necessárias para a retomada das atividades presenciais. O grupo de trabalho formado pela Portaria Conjunta 8/2020 está acompanhando a evolução da Covid-19 no Estado e avaliando as recomendações das autoridades sanitárias. Os estudos observam a Resolução nº 322, de 1º de junho, do Conselho Nacional de Justiça, que estabeleceu, no âmbito do Poder Judiciário, medidas para o retorno dos serviços presenciais, observadas as ações necessárias para prevenção de contágio pelo novo Coronavírus (Covid – 19).

Confira a produtividade de maio

1º Grau

No 1º Grau da Justiça estadual, destacam-se os seguintes números: no período de 1 a 31 de maio foram efetuadas 27.363 sentenças; 27.499 decisões, e 110.383 despachos, totalizando 165.245 atos praticados.

2º Grau

No 2º Grau do TJPE, o mês de maio apresentou 4.933 acórdãos; 1.554 julgamentos monocráticos; 2.969 decisões monocráticas; 4.807 despachos; totalizando 14.263 atos praticados.

Juizados Especiais

Em todo o mês de maio, os Juizados Especiais de Pernambuco produziram 6.147 sentenças; 3.447 decisões; e 15.128 despachos, totalizando 24.722 atos praticados.

Turmas Recursais

As Turmas Recursais apresentaram no mês de maio 2.421 acórdãos; 120 julgamentos monocráticos; 254 decisões monocráticas; e 639 despachos, somando 3.434 atos praticados.

Hotéis do Sesc em Garanhuns e Triunfo retomam operação

Os hotéis do Sesc em Garanhuns e Triunfo voltam a operar nesta segunda-feira (15/06), após quase três meses de atividades interrompidas devido ao novo coronavírus e em cumprimento ao decreto do Governo de Pernambuco que suspendeu as atividades de serviços não essenciais. Para esta retomada, o Sesc estabeleceu e adotou um plano de segurança sanitária, ancorado nas orientações da Organização Mundial de Saúde.

Para voltar a receber os hóspedes com segurança, os hotéis voltam de forma gradual, com 30 a 50% da capacidade máxima de ocupação. Serão obrigatórios o uso de máscaras, a higienização frequente das mãos, o distanciamento social, o check-in express e a sanitização de bagagens na chegada das pessoas. “Os protocolos foram amadurecidos e toda a equipe recebeu orientações para esse novo momento, para assegurar que a estadia, a trabalho, negócios, confinamento ou lazer, seja uma experiência ímpar e segura”, afirma Filipe Queiroga, coordenador de Turismo do Sesc Pernambuco.

As dependências dos hotéis vão receber painéis informativos, os ambientes sociais e quartos serão submetidos a rigorosos processos de higienização sanitária assiduamente e todos os funcionários usarão os equipamentos de proteção individual. No restaurante, as refeições serão servidas à la carte (o buffet está suspenso) e os serviços de lazer estarão temporariamente fechados.

Reservas – Os clientes com reservas adiadas anteriormente vão receber um comunicado, por e-mail, informando que terão até o final de 2021 para utilizar as diárias que foram temporariamente canceladas. Em relação aos novos agendamentos, o procedimento continua o mesmo de antes da pandemia, acessando o site www.reservas.sescpe.com.br ou diretamente com os hotéis, caso a reserva seja para o mesmo dia ou semana.

Hotel Sesc de Garanhuns – localizado no Centro da cidade, fica vizinho a um dos principais pontos turísticos da Cidade das Flores: o Parque Ruber Van Der Linden, conhecido como Pau Pombo. Registra-se que o Sesc Pernambuco é pioneiro em serviços de hospedagem por ter começado a atender os comerciários em 1948, em um prédio arrendado (o antigo Hotel Petrópolis de Garanhuns), através do Programa Temporada de Férias. Hoje, possui 108 unidades habitacionais e 340 leitos, salão de jogos, parque aquático, espaço para eventos e restaurante. A equipe é composta por 117 funcionários e seis menores aprendizes. Em 2018, foi eleito o melhor equipamento hoteleiro na categoria econômico em Pernambuco, título concedido após o resultado da pesquisa do site de viagens TripAdvisor.

Hotel Sesc de Triunfo – inaugurado em 2006, junto com o primeiro teleférico do Norte/Nordeste, é um importante equipamento Turístico para o Sertão do Pajeú e o Estado de Pernambuco. Possui 146 leitos (apartamentos e chalés) e conta com 58 apartamentos, todos com ar-condicionado, restaurante cyber café, biblioteca, salão de jogos, sala para crianças, horta orgânica, quadra poliesportiva, parque aquático com piscina infantil e semiolímpica, academia de musculação, loja de artesanato, centro de convenções com auditório para 200 pessoas e sala de reunião para eventos, além de Business Center, estacionamento interno, jardim de esculturas e o Mirante Creperia. A academia, a biblioteca, o jardim de esculturas, o teleférico e a creperia são abertos também ao público geral.

Sesc – O Serviço Social do Comércio, seguindo as orientações de isolamento social determinadas pelo Governo de Pernambuco, em razão da pandemia do novo coronavírus, está realizando seus trabalhos em regime home office. Ações das cinco áreas fins da instituição (Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde) estão sendo realizadas com o auxílio de plataformas digitais, que contribuem para que a interação não seja interrompida. Aulas gratuitas de Pré-Enem e cultura, além do conteúdo da Educação Infantil e Ensino Fundamental estão sendo transmitidos à distância, assim como dicas de leitura, atividades físicas, brincadeiras e jogos. Profissionais da saúde estão repassando informações educativas de prevenção e combate ao Covid-19 para o público infantil, jovem, adulto e idoso. Ao mesmo tempo, o Banco de Alimentos da instituição está em campanha, em todo o estado, para arrecadar cestas básicas, alimentos não-perecíveis e produtos de limpeza e itens de higiene. Para conhecer mais sobre o Sesc e saber de novas decisões e determinações neste período de quarentena, acesse www.sescpe.org.br.

Governo deve anunciar até segunda novas medidas sobre plano de reabertura

No dia 1º de junho, Pernambuco anunciou um plano para a reabertura gradual das atividades em meio à pandemia do coronavírus, após realizar ‘Lockdown’ em cinco cidades da RMR (Recife, São Lourenço da Mata, Camaragibe, Olinda e Jaboatão dos Guararapes) e haver uma estabilização do contágio. Este reinício foi elaborado para ser feito em onze semanas, com o governo do estado trazendo, ali, datas das três primeiras etapas, com a última delas ocorrendo nesta segunda-feira (15).

A partir de então, a gestão estadual havia afirmado que a fase seguinte da retomada dependeria da curva da Covid-19 no momento, deixando em aberto esta realização. Algo que, no entanto, já tem prazo para ser divulgado. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, o secretário de saúde do estado, André Longo, afirmou que o Comitê de Enfrentamento da Covid-19 vai se reunir neste final de semana e até segunda trazer novidades acerca deste planejamento.

“Temos que fazer alguns anúncios do ponto de vista do comportamento social, o que deve ser feito ao longo da próxima semana a partir da análise que tiver dos números do fechamento desta semana. Vamos nos reunir e serão anunciadas medidas na próxima segunda, quando vence o decreto do governador. Então deve haver alguns anúncios de programação das próximas semanas. Isso deverá ser alvo de anúncios até a próxima segunda-feira”, afirmou André Longo, dando alguns detalhes.

“Temos feitos avaliações diárias epidemiológicas, números alimentados todos dias a partir das avaliações que passamos. Obviamente não são analisados apenas por dia, mas a partir de uma série de cálculos, médias, semanas, curvas de crescimento, avaliações que são feitas por diversos institutos, pesquisadores”.

Este planejamento começou no início do mês com a liberação de reabertura das lojas de material de construção e do delivery para varejo de bairro e de centro, comércio atacadista, além de shoppings, centros comerciais e praça de alimentação. No dia 8, a construção civil retomou com 50% dos funcionarios e o comércio atacadista reabriu. Os shoppings passaram a usar sistema de drive thru.

No dia 10 foi a vez da retomada dos consultórios, ambulatórios, serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, além das óticas. A próxima etapa ocorre nesta segunda, com a reabertura do varejo de rua, de bairro e do centro, de até 200 metros quadrados, os salões de beleza e serviços estéticos, treinos de futebol profissional e com 50% da capacidade de funcionários de vendas para comércio de veículos, serviço de aluguel e vistoria de veículos. Vale lembrar que o Agreste, Zona da Mata Norte e Mata Sul não serão contemplados.

A próxima etapa de reabertura diz respeito aos serviços médicos, odontológicos
e veterinários, com apenas um cliente por vez e seguindo normas de prevenção; varejo de bairro em horário reduzido (9h às 18h); construção civil com 100% dos funcionários e horário reduzido (9h às 18h); além de Concessionárias/ Locadoras, com protocolos a definir, na RMR. No interior, apenas os serviços têm protocolos definidos, restando aos demais uma posição da gestão.

Apesar do planejamento de convivência e retomada de serviços, André Longo pregou muita cautela. “Não estamos prontos para um retorno ao normal, e não o ‘normal’ do passado. É um novo normal, uma nova forma de viver que vai nos levar a uma normalidade do futuro. O comportamento dessa semana será decisivo para os próximos 15 dias”.

“E por isso que estamos com esse plano de convivência tão cauteloso, não abandone o ‘fique em casa’, que é uma mensagem forte, que precisa estar na cabeça de todos os pernambucanos. E se sair, esteja preparado para evitar o vírus e não levá-lo para casa, cada vez que saímos corremos riscos e é preciso minimizar adotando as medidas de cautela. Assim, poderemos dar passos seguros no sentido da normalidade possível”, concluiu.

Diario de Pernambuco

Bolsonaro:’Escolhi Faria pela vida que ele tem junto a Silvio Santos’

Na quinta-feira (11), após recriar o Ministério das Comunicações, o presidente Jair Bolsonaro declarou, no Palácio da Alvorada, que entregou a pasta ao deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) devido à relação de Faria com Silvio Santos, dono do SBT. O novo ministro é casado com a filha do empresário, a apresentadora Patrícia Abravanel.

“Vamos ter alguém que, ele não é profissional do setor, mas tem conhecimento até pela vida que ele tem junto à família do Silvio Santos. A intenção é essa, é utilizar e botar o ministério pra funcionar nessa área que estamos devendo há muito tempo uma melhor informação”, disse o presidente.

Foi publicada na quarta-feira (10), a medida provisória que dividiu o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, administrada pelo ministro-astronauta Marcos Pontes.

O Ministério será comandado por Faria e terá a distribuição de controle a verba de propaganda do governo. Fábio também irá assumir a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estatal que reúne emissoras de televisão, rádios e agência de notícias. O objetivo é privatizar a empresa.

“Ele (Fábio Faria) entra a todo vapor na segunda-feira (15), trabalhando já com a equipe própria. Vai aproveitar a maioria do pessoal comissionado que estava ali nesses outros órgãos. E o objetivo é, logicamente, colocar a EBC, que nós temos, pra funcionar. Também devemos privatizar a EBC num primeiro momento, assim que for possível também”, disse Bolsonaro.

As informações são da Agência Estado.

Ciro Gomes comenta o atual cenário político no país em entrevista

Principal nome do PDT, o ex-ministro Ciro Gomes, 62, diz que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prepara uma milícia armada para se manter no poder e que o ex-presidente Lula (PT) só se movimenta se ele próprio for a estrela central.

Em entrevista à reportagem, o ex-presidenciável defende o impeachment de Bolsonaro e afirma que “a parte jurídica está dada, mas a política ainda não”. Ele faz coro com seu partido ao desestimular protestos de rua agora, durante a pandemia. “Mas a hora chegará.”

Ciro está lançando o livro “Projeto Nacional: O Dever da Esperança” (ed. LeYa Brasil, 274 págs., R$ 49,90), no qual expõe e analisa algumas das propostas que levou ao eleitorado em 2018. Ele ficou em terceiro lugar, com 12,4% dos votos válidos.

De casa, em Fortaleza (CE), ele tem feito lives (transmissões ao vivo na internet), dado entrevistas a jornalistas e influenciadores digitais e postado em redes sociais durante a quarentena. Falou com a reportagem por telefone, na quarta-feira (10).

*

Pergunta – O PDT, seu partido, não apoia os protestos de rua contra Bolsonaro, por causa da pandemia. O sr. concorda?

Ciro Gomes – Tenho respeito e gratidão por aqueles que se propõem a correr o risco de se contaminar e de ser ferido por uma parte da polícia arbitrária que está a serviço do bolsonarismo. Mas, como homem público, tenho responsabilidade. Não está na hora de ir para a rua, mas a hora chegará.

Tudo o que o Bolsonaro quer é distrair a opinião pública da pandemia e do desastre econômico sem precedentes. Ele pretende criar um campo de batalha, para coesionar a turma radical que o segue. Criar um caos para que amanhã a classe média, que hoje é crítica a ele, comece a se assustar e peça ordem.

P – Qual será, a seu ver, a hora de ir às ruas?

CG – Ali por agosto ou setembro, vamos precisar todo mundo ir para a rua. Agora, o povo, desorientado por esse debate absolutamente irresponsável feito pelo Bolsonaro, precisa fazer isolamento social. As fotografias do contágio são assustadoras. Estou apavorado.

P – Cidades e estados estão reabrindo comércio, retomando atividades.

CG – É uma irresponsabilidade genocida, do senhor [João] Doria, do senhor [Wilson] Witzel. Fizeram inclusive a retórica do isolamento social, politizando também o debate com Bolsonaro, e se equalizaram com ele.

P – O sr. defende ir para as ruas em nome de quê? Impeachment?

CG – Na minha opinião, essa é a saída que a democracia brasileira infelizmente terá que tentar mais uma vez. Impeachment não é remédio para governo ruim, é punição para presidente criminoso. As condições jurídicas estão evidenciadas nas representações do PDT e de outros partidos. Há crime de responsabilidade quando ele atenta contra o regular funcionamento das instituições, confronta a autonomia da federação, aparelha órgãos públicos.

P – Seria possível avançar sem pressão das ruas?

CG – A parte jurídica está dada, mas a política ainda não. Bolsonaro ainda conta com apoio de parte da população, o que não nos permite ter ilusão de que o Congresso dará os votos. Por isso, ir para a rua será fundamental. Por enquanto, temos que fazer militância virtual.

P – O sr. não assinou os recém-criados manifestos em defesa da democracia, como o Estamos Juntos e o Basta!. Por quê?

CG – É fundamental que a sociedade civil brasileira se liberte, faça esse exercício sem estar sendo cobrada de estar alinhada a este ou àquele grupo. No período recente em que a esquerda esteve no poder, tudo o que era expressão organizada da sociedade foi cooptado. Mas eu elogiei e estimulei [os manifestos], a campanha Somos 70%.

P – Na sua visão, políticos que assinaram os documentos, como Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Fernando Haddad (PT), se apropriam de uma pauta que deveria ser da sociedade?

CG – O Fernando Henrique, não. Ele é um ex-presidente da República que empresta peso e prestígio.

Já o Haddad está numa situação delicada, porque assinou e no dia seguinte o Lula disse que não será “maria vai com as outras”. O Lula cuida de destruir qualquer possibilidade de o Haddad adquirir uma personalidade política necessária para liderar uma nação. É um desastre.

P – Lula disse que os manifestos exprimem uma visão da elite e desconsideram o trabalhador.

CG – Isso é uma bobagem. O que explica o Lula é que, se ele não for a estrela central, nada presta. Nós já perdoamos essas baboseiras do Lula a vida inteira. Isso encheu. Nunca mais.

Ele falou também que não vai assinar um papel já assinado por gente que pecou pelo golpe [impeachment de Dilma Rousseff]. Ora, o Lula se esqueceu que naquela caravana ele estava com [os senadores] Renan Calheiros e Eunício Oliveira? Não foi o Senado que fez o impeachment?

P – O sr. afirmou na GloboNews que é preciso “defender a democracia, e quem não vier é traidor”. Referia-se a Lula?

CG – Na construção da democracia brasileira, pessoas com diferenças políticas irreconciliáveis foram capazes de deixar as discordâncias para a hora própria e construir consenso, o que fez a roda da história andar. O que o Lula está fazendo agora é atrapalhar a roda da história.

Para o lulopetismo, é preciso que o Brasil sangre e pague o preço de não ter descido em Curitiba, destruído a Polícia Federal e tirado o Lula de lá e levado ele incensado para o poder. O Lula se corrompeu e está destruindo o PT.

P – Os manifestos terão efeito prático para o impeachment, que é a sua bandeira?

CG – Produzirão um efeito prático, mas não são uma bala de prata. A política é sofisticada. O que vai acontecer é um processo muito lento de desconstrução da base social de Bolsonaro.

P – O sr. tem falado sobre a politização dos quartéis, com agentes de segurança nos estados alinhados a Bolsonaro. O motim no Ceará, em fevereiro, foi um prenúncio?

CG – Enfrentamos no Ceará o passo seguinte do que vai acontecer no Brasil, que é a milícia armada. Jovens violentos, mascarados, armados, botaram os seus comandos para correr de dentro dos quartéis. Saíram nas viaturas atirando para cima, mandando fechar comércio e escola. E deram dois tiros no peito de um senador da República [Cid Gomes, irmão de Ciro, que avançou com uma retroescavadeira contra o portão de um quartel].

P – Há risco de instrumentalização dessas forças por Bolsonaro?

CG – O risco é real e iminente. Estou vendo um cenário de distopia ali por setembro, com uma mistura do saldo de cadáveres e da implosão da economia. Nós estaremos ocupando as ruas pelo impeachment. E o Bolsonaro está preparando essa milícia.

Ele revogou as portarias de rastreamento de armas e munições pelo Exército. O filho dele está fazendo lobby desgovernado para atrair uma fábrica de armas [parceria com uma marca americana].
Bolsonaro confessou que tem um serviço de informações particular. Ele está facilitando a importação, sem tributos, de fuzil. Isso não é para armar o povo, é para armar a milícia dele. Isso está sendo sistematizado.

P – E como combater?
CG – Quando eles deflagraram aquilo no Ceará, havia 12 estados engatilhados para fazer o mesmo. Nós sabíamos que nossa tarefa era por nós e pelo Brasil. Unimos todos os poderes e tomamos uma série de providências. O combate tem que ser federal. Precisamos transformar, na Constituição, o crime de motim em crime federal e estabelecer os procedimentos de investigação e julgamento.

P – Nesse cenário distópico, como as Forças Armadas ficariam?

CG – Divididas. Acho que a estrutura de comando está vendo essa aberração.

P – Como o sr. vê a narrativa de que a desunião da esquerda facilitará a reeleição de Bolsonaro?

CG – Isso é um mecanismo que o PT utilizou ao longo dos últimos 30 anos para matar o trabalhismo do Brizola, abafar o socialismo do Arraes, destruir o PC do B e, agora, atingir o PSOL.

Eles não tiram nenhuma lição do fato de que uma população que votou em massa no PT nos últimos anos tenha eleito Bolsonaro, um picareta, politiqueiro, ligado à milícia, que nunca produziu nada de útil?

Virou todo mundo fascista, manipulado, gado, como eles chamam? O PT sustenta essa narrativa que não guarda conexão com a vida real. O Brasil viu a crise econômica da Dilma, mas o PT não faz a autocrítica por nada. Então vai ter que ouvir a crítica. Se quiser ouvir respeitosamente, vai ouvir. Se não quiser, vai na canela.

P – Se não é pela unidade da esquerda, a superação do bolsonarismo passaria por qual arranjo?

CG – Passa pela percepção das urgências. E hoje há três urgências, no psicológico popular, que pedem unidade máxima: a de enfrentar o genocídio, a de proteger empregos que estão sendo destruídos aos milhões e a de assegurar as liberdades da democracia.

P – Alguns setores defendem que a polarização entre Bolsonaro e Lula depende de um nome de centro para ser rompida. O sr. se coloca nesse lugar?

CG – Tenho uma formação de esquerda moderada, esquerda democrática. O projeto que eu advogo reúne o centro político com a esquerda democrática.

P – Sergio Moro é apontado como uma opção eleitoral de centro, por se contrapor ao petismo e agora ao bolsonarismo. O sr. se vê disputando a eleição com ele?

CG – Esse é um dos cenários. Agora, eu acho que até lá o Sergio Moro estará carbonizado. A centralidade da ‘monoagenda’ do Moro está sumindo.

A corrupção não terá mais centralidade na vida do povo. Será emprego, educação, saúde pública. Moro está sendo testado por todo o mainstream brasileiro, assim como o Doria e o [Luciano] Huck. Vamos ver qual deles vai dar no couro. Mas eles não rivalizam conosco. Rivalizam entre si.

P – O sr. até hoje é cobrado por ter se ausentado do segundo turno de 2018. Uma das críticas é que isso abriu caminho para Bolsonaro vencer. Faz alguma autocrítica?

CG – Quem fala isso é o lulopetismo bandido. No primeiro turno, todas as pesquisas já indicavam que a força dominante no país era o antipetismo. Aí vai o Lula e mente dizendo que é candidato, quando o que se tinha que fazer era produzir uma alternativa.

Números não mentem jamais. Se todos os meus votos fossem para o Haddad, ainda assim seriam insuficientes para ele vencer. Eles [petistas] queriam que eu fizesse campanha para afundar junto com eles. O que eu fiz, com o meu partido, foi declarar apoio crítico e não participar da campanha.

P – O sr. escreve no livro, referindo-se ao Brasil, que “o país que mais cresceu entre 1930 e 1980 ignorou a ignorância”. Que paralelo faz com o país de hoje?

CG – O que vivemos hoje é o fundo do poço. O Bolsonaro é a última consequência do esgarçamento estratégico da nação, com a explosão de miséria, de desigualdade, de informalidade inédita e de absoluta falta de perspectiva para todos, especialmente para os jovens.

P – O sr. também fala na obra sobre a necessidade de um projeto nacional de desenvolvimento. Existe algum hoje?

CG – Não, nada. Qual é o projeto de educação? De defesa? De infraestrutura? De distribuição de renda?

RAIO-X
Ciro Ferreira Gomes, 62
Formado em direito pela Universidade Federal do Ceará
Foi prefeito de Fortaleza, governador do Ceará e ministro dos governos Itamar Franco e Lula
Já foi filiado ao MDB, PSDB, PPS, PSB e PROS. Atualmente está no PDT
Candidatou-se à Presidência em 1998, 2002 e 2018. Na última eleição, ficou em terceiro lugar, com 12,4% dos votos válidos

Diario de Pernambuco