Proporção da população com anticorpos do novo coronavírus aumenta 53%

Estudo coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) revelou um aumento de 53% em apenas duas semanas na proporção da população com anticorpos para o novo coronavírus nos principais centros urbanos brasileiros. O dado é resultado da segunda fase da pesquisa “Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19 no Brasil: Estudo de Base Populacional (Epicovid19-BR)”, financiada pelo Ministério da Saúde.

Os pesquisadores avaliam que esse aumento de 53% foi estatisticamente significativo e é inédito em estudos similares. Na Espanha, um estudo semelhante indicou aumento de apenas 4% entre as duas etapas da pesquisa. Para chegar a este resultado, a pesquisa considerou as 83 cidades em que puderam ser testadas e entrevistadas pelo menos 200 pessoas nas duas fases da pesquisa para estabelecer uma base de comparação.

“Esse aumento lança um alerta sobre a velocidade com que a doença continua se espalhando pelo Brasil. Somos, hoje, o país em que a Covid-19 se expande de forma mais acelerada em todo o mundo”, disse o coordenador geral do estudo e reitor da UFPel, Pedro Hallal.

A proporção da população com anticorpos nesses 83 municípios aumentou de 1,7%, na primeira fase, para 2,6%, na segunda fase. A pesquisa testou se as pessoas tinham anticorpos para a doença, o que significa que já foram ou estão infectadas pelo novo coronavírus, podendo se tratar de casos assintomáticos. As estatísticas oficiais incluem pessoas que foram testadas, em geral, a partir da apresentação de sintomas.

No total, a segunda fase da Epicovid19 realizou 31.165 testes e entrevistas de 4 a 7 de junho. Os dados foram coletados em 133 municípios do país. Em 120 dessas cidades, incluindo 26 das 27 capitais (com exceção de Curitiba), foi possível testar ao menos 200 pessoas, todas selecionadas por sorteio. A primeira fase foi realizada duas semanas antes, de 14 a 21 de maio, com 25.025 testes e entrevistas, sendo que em 90 cidades foi possível testar ao menos 200 participantes.

“Esse avanço metodológico talvez seja o grande destaque da segunda fase da pesquisa. Com um maior número de entrevistas realizadas e de cidades incluídas nas análises, aumenta a nossa
capacidade, enquanto epidemiologistas, de interpretar os dados sobre coronavírus no Brasil”, disse Hallal.

Subnotificação
A partir da proporção de infectados identificado pelo estudo, a estimativa é que haja seis vezes mais casos de covid-19 do que o dado oficial registrado nesses municípios, que representam grandes centros urbanos. O resultado anterior, na primeira fase, considerando 90 cidades testadas, a pesquisa estimou que havia sete vezes mais casos do novo coronavírus do que registraram as estatísticas oficiais. Segundo explicou Hallal, essa variação não significativa, mas pode ser explicada por uma melhora na notificação dos casos oficiais pelo aumento da testagem.

No conjunto de 120 cidades com mais de 200 pessoas submetidas aos testes, a proporção de pessoas identificadas com anticorpos para covid-19 foi estimada em 2,8%. As 120 cidades correspondem a 32,7% da população nacional, totalizando 68,6 milhões de pessoas. Com isso, chegou-se à estimativa de 1,9 milhão de pessoas infectadas.

Na véspera do início da pesquisa, em 3 de junho, essas 120 cidades somadas contabilizavam 296.305 casos confirmados e 19.124 mortes. Ou seja, para cada caso confirmado do novo coronavírus nessas cidades, existem 6 pessoas que já foram ou ainda estão infectadas na população. O estudo concluiu que há uma grande disparidade entre o número estimado pela pesquisa e a estatística oficial de infectados.

A Epicovid19 abrange um total de 133 cidades selecionadas, chamadas sentinelas. Elas são os maiores municípios das subdivisões demográficas intermediárias do país, de acordo com critérios do Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE).

Os pesquisadores alertam que esses resultados não devem ser extrapolados para todo o país, nem usados para estimar o número absoluto de casos no Brasil, já que essas são cidades populosas, com circulação intensa de pessoas e que concentram serviços de saúde. A dinâmica da pandemia pode ser distinta se observadas cidades pequenas ou áreas rurais. Apesar dessa ressalva, os pesquisadores voltaram a afirmam que a contagem de pessoas com anticorpos no Brasil certamente já está na casa dos milhões, e não mais dos milhares.

Regiões do país
Houve grande diferença na proporção de infectados por regiões do Brasil, assim como na primeira fase. As 15 cidades com maiores prevalências incluem 12 da Região Norte e três do Nordeste (Imperatriz, Fortaleza e Maceió).

Na Região Sul, nenhuma cidade apresentou prevalência superior a 0,5%, e, na Região Centro-Oeste, apenas três cidades superaram esta marca (Brasília, Cuiabá e Luziânia). Segundo os pesquisadores, esse resultado confirma que a Região Norte tem o cenário epidemiológico mais preocupante do Brasil, o que também já tinha sido revelado na primeira fase do estudo.

As diferenças entre as capitais do Brasil foram marcantes, ainda segundo os pesquisadores. Em Boa Vista (RR), a proporção da população que tem ou já teve coronavírus foi estimada em 25%, ou seja, um de cada quatro habitantes da cidade está ou já esteve infectado.

Foi possível testar ao menos 200 pessoas em 26 das 27 capitais. Entre essas, seis apresentaram resultado superior a 10%: Boa Vista (RR), Belém (PA), Fortaleza (CE), Macapá (AP), Manaus (AM) e Maceió (AL). Das 10 capitais com percentuais mais altos da população com anticorpos, de 5,4% até 25,4%, quatro são da Região Norte (Boa Vista, Belém, Macapá e Manaus), cinco são da Região Nordeste (Fortaleza, Maceió, São Luís, João Pessoa, Salvador) e uma da Região Sudeste (Rio de Janeiro).

Em algumas cidades, as diferenças entre os resultados da primeira e da segunda fase foram acentuadas e o Rio de janeiro, a segunda cidade mais populosa do Brasil com 6,7 milhões de habitantes, foi uma delas. Lá, a proporção estimada de pessoas com anticorpos para o novo coronavírus aumentou de 2,2% para 7,5%, ou seja, 503 mil pessoas têm ou já tiveram o coronavírus. Em Maceió, o aumento foi de 1,3% para 12,2%. Em Fortaleza, o aumento foi de 8,7% para 15,6%.

A Agência Brasil solicitou posicionamento do Ministério da Saúde sobre os resultados do estudo, mas não obteve resposta até a conclusão da reportagem.

Agência Brasil

Caixa vai abrir 41 agências em Pernambuco neste sábado

Caixa Econômica Federal inicia hoje (13) a liberação do saque de até R$ 500 em contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

A CAIXA vai abrir, neste sábado (13), 41 agências no estado de Pernambuco para atendimento aos beneficiários do Auxílio Emergencial, das 8h às 12h. A segunda parcela do benefício, que já havia sido antecipada para uso digital por meio do aplicativo CAIXA Tem, vem sendo disponibilizada para saque em espécie e transferências, de acordo com calendário, para aqueles que receberam a primeira parcela até 30 de abril. Ao todo, 680 agências estarão abertas novamente em todo o país.

Os beneficiários nascidos entre os meses de janeiro a novembro já contam com a possibilidade de realizar saques ou transferências bancárias. A partir deste sábado, será a vez dos nascidos em dezembro, que poderão sacar a segunda parcela nas máquinas de autoatendimento ou nas unidades lotéricas, além de transferir valores para contas da CAIXA ou de outros bancos.

Confira a relação de agências que abrirão: www.caixa.gov.br/agenciasabado

Para sacar, é necessário gerar um código autorizador (token) no aplicativo CAIXA Tem. Caso os beneficiários tenham dificuldade para gerar o código, esse serviço poderá ser realizado nas agências da CAIXA.

Atendimento nas agências:

A CAIXA reforça que não é preciso madrugar nas filas. Todas as pessoas que chegarem em uma das 680 agências neste sábado, das 8h às 12h, serão atendidas. Elas vão receber senhas e, mesmo com as unidades fechando às 12h, o atendimento continua até o último cliente.

O banco fechou parceria com cerca de 1.280 prefeituras em todo o país para reforçar a organização das filas e manter o distanciamento mínimo de dois metros entre as pessoas. A triagem nas filas foi reforçada, de forma que aqueles que não estão na data respectiva de pagamento em espécie não permaneçam no local.

Tribunal se mantém entre os mais produtivos em maio

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) fechou o mês de maio com 207.664 atos praticados, no 1º e 2º graus, entre sentenças, decisões, despachos, julgamentos monocráticos e acórdãos. Com a produtividade, o Judiciário estadual pernambucano permanece em 4º entre os tribunais de médio porte e em 9º entre todos os tribunais do país. Os dados foram reunidos pela Coordenadoria de Planejamento e Gestão Estratégica (Coplan) do TJPE.

O números mostram o pleno funcionamento do Judiciário, que permanece entre os primeiros em produtividade, desde que o trabalho remoto foi adotado a partir do dia 18 de março como forma de preservar a saúde de magistrados, servidores e da população que utiliza os serviços da Justiça. O objetivo foi ajudar na prevenção da Covid-19, reduzindo a possibilidade de transmissão da doença com o fechamento dos prédios públicos.

“Mais do que produtividade, esses dados demonstram o esforço dos nossos magistrados e servidores para atender a população. Superando condições não tão favoráveis para trabalhar de casa, eles enfrentaram situações complexas, a ansiedade causada por tudo que a sociedade está vivendo e, mesmo assim, estão entregando uma prestação jurisdicional adequada. Tivemos que nos ajustar com todas as mudanças causadas pelo alto índice de transmissão do novo coronavírus e a letalidade da doença para salvar o bem mais precioso que temos, a vida. Nesse contexto, os servidores e magistrados se superaram”, avaliou o presidente do TJPE, desembargador Fernando Cerqueira.

O funcionamento remoto foi adotado pelo TJPE tendo em conta as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e dos órgãos nacionais e estaduais voltadas à prevenção do coronavírus (covid-19), como forma de preservar a saúde de magistrados, servidores e da população que utiliza os serviços da Justiça.

Atualmente, o Tribunal está estudando as medidas necessárias para a retomada das atividades presenciais. O grupo de trabalho formado pela Portaria Conjunta 8/2020 está acompanhando a evolução da Covid-19 no Estado e avaliando as recomendações das autoridades sanitárias. Os estudos observam a Resolução nº 322, de 1º de junho, do Conselho Nacional de Justiça, que estabeleceu, no âmbito do Poder Judiciário, medidas para o retorno dos serviços presenciais, observadas as ações necessárias para prevenção de contágio pelo novo Coronavírus (Covid – 19).

Confira a produtividade de maio

1º Grau

No 1º Grau da Justiça estadual, destacam-se os seguintes números: no período de 1 a 31 de maio foram efetuadas 27.363 sentenças; 27.499 decisões, e 110.383 despachos, totalizando 165.245 atos praticados.

2º Grau

No 2º Grau do TJPE, o mês de maio apresentou 4.933 acórdãos; 1.554 julgamentos monocráticos; 2.969 decisões monocráticas; 4.807 despachos; totalizando 14.263 atos praticados.

Juizados Especiais

Em todo o mês de maio, os Juizados Especiais de Pernambuco produziram 6.147 sentenças; 3.447 decisões; e 15.128 despachos, totalizando 24.722 atos praticados.

Turmas Recursais

As Turmas Recursais apresentaram no mês de maio 2.421 acórdãos; 120 julgamentos monocráticos; 254 decisões monocráticas; e 639 despachos, somando 3.434 atos praticados.

Hotéis do Sesc em Garanhuns e Triunfo retomam operação

Os hotéis do Sesc em Garanhuns e Triunfo voltam a operar nesta segunda-feira (15/06), após quase três meses de atividades interrompidas devido ao novo coronavírus e em cumprimento ao decreto do Governo de Pernambuco que suspendeu as atividades de serviços não essenciais. Para esta retomada, o Sesc estabeleceu e adotou um plano de segurança sanitária, ancorado nas orientações da Organização Mundial de Saúde.

Para voltar a receber os hóspedes com segurança, os hotéis voltam de forma gradual, com 30 a 50% da capacidade máxima de ocupação. Serão obrigatórios o uso de máscaras, a higienização frequente das mãos, o distanciamento social, o check-in express e a sanitização de bagagens na chegada das pessoas. “Os protocolos foram amadurecidos e toda a equipe recebeu orientações para esse novo momento, para assegurar que a estadia, a trabalho, negócios, confinamento ou lazer, seja uma experiência ímpar e segura”, afirma Filipe Queiroga, coordenador de Turismo do Sesc Pernambuco.

As dependências dos hotéis vão receber painéis informativos, os ambientes sociais e quartos serão submetidos a rigorosos processos de higienização sanitária assiduamente e todos os funcionários usarão os equipamentos de proteção individual. No restaurante, as refeições serão servidas à la carte (o buffet está suspenso) e os serviços de lazer estarão temporariamente fechados.

Reservas – Os clientes com reservas adiadas anteriormente vão receber um comunicado, por e-mail, informando que terão até o final de 2021 para utilizar as diárias que foram temporariamente canceladas. Em relação aos novos agendamentos, o procedimento continua o mesmo de antes da pandemia, acessando o site www.reservas.sescpe.com.br ou diretamente com os hotéis, caso a reserva seja para o mesmo dia ou semana.

Hotel Sesc de Garanhuns – localizado no Centro da cidade, fica vizinho a um dos principais pontos turísticos da Cidade das Flores: o Parque Ruber Van Der Linden, conhecido como Pau Pombo. Registra-se que o Sesc Pernambuco é pioneiro em serviços de hospedagem por ter começado a atender os comerciários em 1948, em um prédio arrendado (o antigo Hotel Petrópolis de Garanhuns), através do Programa Temporada de Férias. Hoje, possui 108 unidades habitacionais e 340 leitos, salão de jogos, parque aquático, espaço para eventos e restaurante. A equipe é composta por 117 funcionários e seis menores aprendizes. Em 2018, foi eleito o melhor equipamento hoteleiro na categoria econômico em Pernambuco, título concedido após o resultado da pesquisa do site de viagens TripAdvisor.

Hotel Sesc de Triunfo – inaugurado em 2006, junto com o primeiro teleférico do Norte/Nordeste, é um importante equipamento Turístico para o Sertão do Pajeú e o Estado de Pernambuco. Possui 146 leitos (apartamentos e chalés) e conta com 58 apartamentos, todos com ar-condicionado, restaurante cyber café, biblioteca, salão de jogos, sala para crianças, horta orgânica, quadra poliesportiva, parque aquático com piscina infantil e semiolímpica, academia de musculação, loja de artesanato, centro de convenções com auditório para 200 pessoas e sala de reunião para eventos, além de Business Center, estacionamento interno, jardim de esculturas e o Mirante Creperia. A academia, a biblioteca, o jardim de esculturas, o teleférico e a creperia são abertos também ao público geral.

Sesc – O Serviço Social do Comércio, seguindo as orientações de isolamento social determinadas pelo Governo de Pernambuco, em razão da pandemia do novo coronavírus, está realizando seus trabalhos em regime home office. Ações das cinco áreas fins da instituição (Educação, Cultura, Lazer, Assistência e Saúde) estão sendo realizadas com o auxílio de plataformas digitais, que contribuem para que a interação não seja interrompida. Aulas gratuitas de Pré-Enem e cultura, além do conteúdo da Educação Infantil e Ensino Fundamental estão sendo transmitidos à distância, assim como dicas de leitura, atividades físicas, brincadeiras e jogos. Profissionais da saúde estão repassando informações educativas de prevenção e combate ao Covid-19 para o público infantil, jovem, adulto e idoso. Ao mesmo tempo, o Banco de Alimentos da instituição está em campanha, em todo o estado, para arrecadar cestas básicas, alimentos não-perecíveis e produtos de limpeza e itens de higiene. Para conhecer mais sobre o Sesc e saber de novas decisões e determinações neste período de quarentena, acesse www.sescpe.org.br.

Governo deve anunciar até segunda novas medidas sobre plano de reabertura

No dia 1º de junho, Pernambuco anunciou um plano para a reabertura gradual das atividades em meio à pandemia do coronavírus, após realizar ‘Lockdown’ em cinco cidades da RMR (Recife, São Lourenço da Mata, Camaragibe, Olinda e Jaboatão dos Guararapes) e haver uma estabilização do contágio. Este reinício foi elaborado para ser feito em onze semanas, com o governo do estado trazendo, ali, datas das três primeiras etapas, com a última delas ocorrendo nesta segunda-feira (15).

A partir de então, a gestão estadual havia afirmado que a fase seguinte da retomada dependeria da curva da Covid-19 no momento, deixando em aberto esta realização. Algo que, no entanto, já tem prazo para ser divulgado. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, o secretário de saúde do estado, André Longo, afirmou que o Comitê de Enfrentamento da Covid-19 vai se reunir neste final de semana e até segunda trazer novidades acerca deste planejamento.

“Temos que fazer alguns anúncios do ponto de vista do comportamento social, o que deve ser feito ao longo da próxima semana a partir da análise que tiver dos números do fechamento desta semana. Vamos nos reunir e serão anunciadas medidas na próxima segunda, quando vence o decreto do governador. Então deve haver alguns anúncios de programação das próximas semanas. Isso deverá ser alvo de anúncios até a próxima segunda-feira”, afirmou André Longo, dando alguns detalhes.

“Temos feitos avaliações diárias epidemiológicas, números alimentados todos dias a partir das avaliações que passamos. Obviamente não são analisados apenas por dia, mas a partir de uma série de cálculos, médias, semanas, curvas de crescimento, avaliações que são feitas por diversos institutos, pesquisadores”.

Este planejamento começou no início do mês com a liberação de reabertura das lojas de material de construção e do delivery para varejo de bairro e de centro, comércio atacadista, além de shoppings, centros comerciais e praça de alimentação. No dia 8, a construção civil retomou com 50% dos funcionarios e o comércio atacadista reabriu. Os shoppings passaram a usar sistema de drive thru.

No dia 10 foi a vez da retomada dos consultórios, ambulatórios, serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, além das óticas. A próxima etapa ocorre nesta segunda, com a reabertura do varejo de rua, de bairro e do centro, de até 200 metros quadrados, os salões de beleza e serviços estéticos, treinos de futebol profissional e com 50% da capacidade de funcionários de vendas para comércio de veículos, serviço de aluguel e vistoria de veículos. Vale lembrar que o Agreste, Zona da Mata Norte e Mata Sul não serão contemplados.

A próxima etapa de reabertura diz respeito aos serviços médicos, odontológicos
e veterinários, com apenas um cliente por vez e seguindo normas de prevenção; varejo de bairro em horário reduzido (9h às 18h); construção civil com 100% dos funcionários e horário reduzido (9h às 18h); além de Concessionárias/ Locadoras, com protocolos a definir, na RMR. No interior, apenas os serviços têm protocolos definidos, restando aos demais uma posição da gestão.

Apesar do planejamento de convivência e retomada de serviços, André Longo pregou muita cautela. “Não estamos prontos para um retorno ao normal, e não o ‘normal’ do passado. É um novo normal, uma nova forma de viver que vai nos levar a uma normalidade do futuro. O comportamento dessa semana será decisivo para os próximos 15 dias”.

“E por isso que estamos com esse plano de convivência tão cauteloso, não abandone o ‘fique em casa’, que é uma mensagem forte, que precisa estar na cabeça de todos os pernambucanos. E se sair, esteja preparado para evitar o vírus e não levá-lo para casa, cada vez que saímos corremos riscos e é preciso minimizar adotando as medidas de cautela. Assim, poderemos dar passos seguros no sentido da normalidade possível”, concluiu.

Diario de Pernambuco

Bolsonaro:’Escolhi Faria pela vida que ele tem junto a Silvio Santos’

Na quinta-feira (11), após recriar o Ministério das Comunicações, o presidente Jair Bolsonaro declarou, no Palácio da Alvorada, que entregou a pasta ao deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) devido à relação de Faria com Silvio Santos, dono do SBT. O novo ministro é casado com a filha do empresário, a apresentadora Patrícia Abravanel.

“Vamos ter alguém que, ele não é profissional do setor, mas tem conhecimento até pela vida que ele tem junto à família do Silvio Santos. A intenção é essa, é utilizar e botar o ministério pra funcionar nessa área que estamos devendo há muito tempo uma melhor informação”, disse o presidente.

Foi publicada na quarta-feira (10), a medida provisória que dividiu o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, administrada pelo ministro-astronauta Marcos Pontes.

O Ministério será comandado por Faria e terá a distribuição de controle a verba de propaganda do governo. Fábio também irá assumir a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), estatal que reúne emissoras de televisão, rádios e agência de notícias. O objetivo é privatizar a empresa.

“Ele (Fábio Faria) entra a todo vapor na segunda-feira (15), trabalhando já com a equipe própria. Vai aproveitar a maioria do pessoal comissionado que estava ali nesses outros órgãos. E o objetivo é, logicamente, colocar a EBC, que nós temos, pra funcionar. Também devemos privatizar a EBC num primeiro momento, assim que for possível também”, disse Bolsonaro.

As informações são da Agência Estado.

Ciro Gomes comenta o atual cenário político no país em entrevista

Principal nome do PDT, o ex-ministro Ciro Gomes, 62, diz que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) prepara uma milícia armada para se manter no poder e que o ex-presidente Lula (PT) só se movimenta se ele próprio for a estrela central.

Em entrevista à reportagem, o ex-presidenciável defende o impeachment de Bolsonaro e afirma que “a parte jurídica está dada, mas a política ainda não”. Ele faz coro com seu partido ao desestimular protestos de rua agora, durante a pandemia. “Mas a hora chegará.”

Ciro está lançando o livro “Projeto Nacional: O Dever da Esperança” (ed. LeYa Brasil, 274 págs., R$ 49,90), no qual expõe e analisa algumas das propostas que levou ao eleitorado em 2018. Ele ficou em terceiro lugar, com 12,4% dos votos válidos.

De casa, em Fortaleza (CE), ele tem feito lives (transmissões ao vivo na internet), dado entrevistas a jornalistas e influenciadores digitais e postado em redes sociais durante a quarentena. Falou com a reportagem por telefone, na quarta-feira (10).

*

Pergunta – O PDT, seu partido, não apoia os protestos de rua contra Bolsonaro, por causa da pandemia. O sr. concorda?

Ciro Gomes – Tenho respeito e gratidão por aqueles que se propõem a correr o risco de se contaminar e de ser ferido por uma parte da polícia arbitrária que está a serviço do bolsonarismo. Mas, como homem público, tenho responsabilidade. Não está na hora de ir para a rua, mas a hora chegará.

Tudo o que o Bolsonaro quer é distrair a opinião pública da pandemia e do desastre econômico sem precedentes. Ele pretende criar um campo de batalha, para coesionar a turma radical que o segue. Criar um caos para que amanhã a classe média, que hoje é crítica a ele, comece a se assustar e peça ordem.

P – Qual será, a seu ver, a hora de ir às ruas?

CG – Ali por agosto ou setembro, vamos precisar todo mundo ir para a rua. Agora, o povo, desorientado por esse debate absolutamente irresponsável feito pelo Bolsonaro, precisa fazer isolamento social. As fotografias do contágio são assustadoras. Estou apavorado.

P – Cidades e estados estão reabrindo comércio, retomando atividades.

CG – É uma irresponsabilidade genocida, do senhor [João] Doria, do senhor [Wilson] Witzel. Fizeram inclusive a retórica do isolamento social, politizando também o debate com Bolsonaro, e se equalizaram com ele.

P – O sr. defende ir para as ruas em nome de quê? Impeachment?

CG – Na minha opinião, essa é a saída que a democracia brasileira infelizmente terá que tentar mais uma vez. Impeachment não é remédio para governo ruim, é punição para presidente criminoso. As condições jurídicas estão evidenciadas nas representações do PDT e de outros partidos. Há crime de responsabilidade quando ele atenta contra o regular funcionamento das instituições, confronta a autonomia da federação, aparelha órgãos públicos.

P – Seria possível avançar sem pressão das ruas?

CG – A parte jurídica está dada, mas a política ainda não. Bolsonaro ainda conta com apoio de parte da população, o que não nos permite ter ilusão de que o Congresso dará os votos. Por isso, ir para a rua será fundamental. Por enquanto, temos que fazer militância virtual.

P – O sr. não assinou os recém-criados manifestos em defesa da democracia, como o Estamos Juntos e o Basta!. Por quê?

CG – É fundamental que a sociedade civil brasileira se liberte, faça esse exercício sem estar sendo cobrada de estar alinhada a este ou àquele grupo. No período recente em que a esquerda esteve no poder, tudo o que era expressão organizada da sociedade foi cooptado. Mas eu elogiei e estimulei [os manifestos], a campanha Somos 70%.

P – Na sua visão, políticos que assinaram os documentos, como Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Fernando Haddad (PT), se apropriam de uma pauta que deveria ser da sociedade?

CG – O Fernando Henrique, não. Ele é um ex-presidente da República que empresta peso e prestígio.

Já o Haddad está numa situação delicada, porque assinou e no dia seguinte o Lula disse que não será “maria vai com as outras”. O Lula cuida de destruir qualquer possibilidade de o Haddad adquirir uma personalidade política necessária para liderar uma nação. É um desastre.

P – Lula disse que os manifestos exprimem uma visão da elite e desconsideram o trabalhador.

CG – Isso é uma bobagem. O que explica o Lula é que, se ele não for a estrela central, nada presta. Nós já perdoamos essas baboseiras do Lula a vida inteira. Isso encheu. Nunca mais.

Ele falou também que não vai assinar um papel já assinado por gente que pecou pelo golpe [impeachment de Dilma Rousseff]. Ora, o Lula se esqueceu que naquela caravana ele estava com [os senadores] Renan Calheiros e Eunício Oliveira? Não foi o Senado que fez o impeachment?

P – O sr. afirmou na GloboNews que é preciso “defender a democracia, e quem não vier é traidor”. Referia-se a Lula?

CG – Na construção da democracia brasileira, pessoas com diferenças políticas irreconciliáveis foram capazes de deixar as discordâncias para a hora própria e construir consenso, o que fez a roda da história andar. O que o Lula está fazendo agora é atrapalhar a roda da história.

Para o lulopetismo, é preciso que o Brasil sangre e pague o preço de não ter descido em Curitiba, destruído a Polícia Federal e tirado o Lula de lá e levado ele incensado para o poder. O Lula se corrompeu e está destruindo o PT.

P – Os manifestos terão efeito prático para o impeachment, que é a sua bandeira?

CG – Produzirão um efeito prático, mas não são uma bala de prata. A política é sofisticada. O que vai acontecer é um processo muito lento de desconstrução da base social de Bolsonaro.

P – O sr. tem falado sobre a politização dos quartéis, com agentes de segurança nos estados alinhados a Bolsonaro. O motim no Ceará, em fevereiro, foi um prenúncio?

CG – Enfrentamos no Ceará o passo seguinte do que vai acontecer no Brasil, que é a milícia armada. Jovens violentos, mascarados, armados, botaram os seus comandos para correr de dentro dos quartéis. Saíram nas viaturas atirando para cima, mandando fechar comércio e escola. E deram dois tiros no peito de um senador da República [Cid Gomes, irmão de Ciro, que avançou com uma retroescavadeira contra o portão de um quartel].

P – Há risco de instrumentalização dessas forças por Bolsonaro?

CG – O risco é real e iminente. Estou vendo um cenário de distopia ali por setembro, com uma mistura do saldo de cadáveres e da implosão da economia. Nós estaremos ocupando as ruas pelo impeachment. E o Bolsonaro está preparando essa milícia.

Ele revogou as portarias de rastreamento de armas e munições pelo Exército. O filho dele está fazendo lobby desgovernado para atrair uma fábrica de armas [parceria com uma marca americana].
Bolsonaro confessou que tem um serviço de informações particular. Ele está facilitando a importação, sem tributos, de fuzil. Isso não é para armar o povo, é para armar a milícia dele. Isso está sendo sistematizado.

P – E como combater?
CG – Quando eles deflagraram aquilo no Ceará, havia 12 estados engatilhados para fazer o mesmo. Nós sabíamos que nossa tarefa era por nós e pelo Brasil. Unimos todos os poderes e tomamos uma série de providências. O combate tem que ser federal. Precisamos transformar, na Constituição, o crime de motim em crime federal e estabelecer os procedimentos de investigação e julgamento.

P – Nesse cenário distópico, como as Forças Armadas ficariam?

CG – Divididas. Acho que a estrutura de comando está vendo essa aberração.

P – Como o sr. vê a narrativa de que a desunião da esquerda facilitará a reeleição de Bolsonaro?

CG – Isso é um mecanismo que o PT utilizou ao longo dos últimos 30 anos para matar o trabalhismo do Brizola, abafar o socialismo do Arraes, destruir o PC do B e, agora, atingir o PSOL.

Eles não tiram nenhuma lição do fato de que uma população que votou em massa no PT nos últimos anos tenha eleito Bolsonaro, um picareta, politiqueiro, ligado à milícia, que nunca produziu nada de útil?

Virou todo mundo fascista, manipulado, gado, como eles chamam? O PT sustenta essa narrativa que não guarda conexão com a vida real. O Brasil viu a crise econômica da Dilma, mas o PT não faz a autocrítica por nada. Então vai ter que ouvir a crítica. Se quiser ouvir respeitosamente, vai ouvir. Se não quiser, vai na canela.

P – Se não é pela unidade da esquerda, a superação do bolsonarismo passaria por qual arranjo?

CG – Passa pela percepção das urgências. E hoje há três urgências, no psicológico popular, que pedem unidade máxima: a de enfrentar o genocídio, a de proteger empregos que estão sendo destruídos aos milhões e a de assegurar as liberdades da democracia.

P – Alguns setores defendem que a polarização entre Bolsonaro e Lula depende de um nome de centro para ser rompida. O sr. se coloca nesse lugar?

CG – Tenho uma formação de esquerda moderada, esquerda democrática. O projeto que eu advogo reúne o centro político com a esquerda democrática.

P – Sergio Moro é apontado como uma opção eleitoral de centro, por se contrapor ao petismo e agora ao bolsonarismo. O sr. se vê disputando a eleição com ele?

CG – Esse é um dos cenários. Agora, eu acho que até lá o Sergio Moro estará carbonizado. A centralidade da ‘monoagenda’ do Moro está sumindo.

A corrupção não terá mais centralidade na vida do povo. Será emprego, educação, saúde pública. Moro está sendo testado por todo o mainstream brasileiro, assim como o Doria e o [Luciano] Huck. Vamos ver qual deles vai dar no couro. Mas eles não rivalizam conosco. Rivalizam entre si.

P – O sr. até hoje é cobrado por ter se ausentado do segundo turno de 2018. Uma das críticas é que isso abriu caminho para Bolsonaro vencer. Faz alguma autocrítica?

CG – Quem fala isso é o lulopetismo bandido. No primeiro turno, todas as pesquisas já indicavam que a força dominante no país era o antipetismo. Aí vai o Lula e mente dizendo que é candidato, quando o que se tinha que fazer era produzir uma alternativa.

Números não mentem jamais. Se todos os meus votos fossem para o Haddad, ainda assim seriam insuficientes para ele vencer. Eles [petistas] queriam que eu fizesse campanha para afundar junto com eles. O que eu fiz, com o meu partido, foi declarar apoio crítico e não participar da campanha.

P – O sr. escreve no livro, referindo-se ao Brasil, que “o país que mais cresceu entre 1930 e 1980 ignorou a ignorância”. Que paralelo faz com o país de hoje?

CG – O que vivemos hoje é o fundo do poço. O Bolsonaro é a última consequência do esgarçamento estratégico da nação, com a explosão de miséria, de desigualdade, de informalidade inédita e de absoluta falta de perspectiva para todos, especialmente para os jovens.

P – O sr. também fala na obra sobre a necessidade de um projeto nacional de desenvolvimento. Existe algum hoje?

CG – Não, nada. Qual é o projeto de educação? De defesa? De infraestrutura? De distribuição de renda?

RAIO-X
Ciro Ferreira Gomes, 62
Formado em direito pela Universidade Federal do Ceará
Foi prefeito de Fortaleza, governador do Ceará e ministro dos governos Itamar Franco e Lula
Já foi filiado ao MDB, PSDB, PPS, PSB e PROS. Atualmente está no PDT
Candidatou-se à Presidência em 1998, 2002 e 2018. Na última eleição, ficou em terceiro lugar, com 12,4% dos votos válidos

Diario de Pernambuco

Covid-19: Brasil se aproxima do Reino Unido no total de mortes

A member of the medical staff tides up blood samples before analysing them on June 9, 2020 at a clinical laboratory, in Hazbrouck, northern France, as part of serological test operation launched to detect the COVID-19, novel coronavirus as the country eases eases lockdown measures taken to curb the spread of the pandemic. – Jerome Darques, Mayor of Morbecque, near Hazebrouck, offers to the 2,558 inhabitants of his city to receive a serological test to detect traces of the COVID-19 in their blood. Morbecque is the first French town to propose this service. (Photo by DENIS CHARLET / AFP)

Sem capacidade de testagem em massa, taxas de ocupação de leitos de UTI perto do limite e explosão de casos e mortes, o Brasil supera, há dias, as atualizações diárias de todos os países. Nesta quinta-feira (11), somou mais 1.239 óbitos e 30.412 casos no balanço, acumulando 40.919 vítimas fatais e 802.828 pacientes diagnosticados. Mesmo assim, o país vive um momento de flexibilização do isolamento social, com a abertura de comércios, algo que, consequentemente, faz com que o vírus se espalhe mais facilmente.

O alto aumento diário coloca o Brasil cada vez mais perto de se tornar o segundo do mundo com mais mortos pelo novo coronavírus. Com faixa de 1,2 mil óbitos diários, a previsão é que ainda hoje os números brasileiros superem os do Reino Unido, que acumula 41.364 fatalidades. Na frente do ranking da Universidade Johns Hopkins continua os Estados Unidos, com 113.561 mortes.

Somente em São Paulo foram contabilizados, até ontem, um total de 10.145 óbitos –– ou seja, mais do que o dobro de fatalidades da China, país onde se originou a doença e que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), soma 4.634 vítimas fatais desde o começo da pandemia. Nas últimas 24 horas, o estado somou mais 283 óbitos e 6.204 novos casos, chegando a 162.520 infectados.

Em seguida, e também próximo de alcançar o dobro de mortes na China, aparece o Rio de Janeiro, com 7.363 pessoas mortas. O Ceará, que ontem ultrapassou o total de chineses mortos, reportou mais 183 perdas, somando 4.663. Outros cinco estados superaram a marca das mil mortes: Bahia confirmou 1.013 perdas pela doença; Pará (4.030), Pernambuco (3.633), Amazonas (2.400), Maranhão (1.360) já haviam quebrado a barreira anteriormente.

Os números, que são altos e chamam atenção, podem ser ainda maiores por causa da sub-notificação. Pesquisadores responsáveis pelas análises do portal Covid-19 Brasil estimam que o total de infectados chega a ser 10 vezes maior do que o revelado pelos dados oficiais. Desta forma, o Brasil teria, na verdade, uma média de mais de 6,39 milhões de pessoas infectadas. Esse cálculo colocaria o país no topo da lista dos mais contaminados, com números três vezes maiores do que o dos EUA, que têm 2,01 milhões de confirmados com a doença.

Na visão dos especialistas, o afrouxamento das medidas de distanciamento social, sem as informações necessárias para saber quem está infectado e qual a velocidade em que a doença se espalha, levará o sistema de saúde ao colapso.

Intransigência

No manhã do dia em que se registraram 40.919 vítimas fatais no país, uma instalação montada na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, que homenageava as vítimas do novo coronavírus e protestava contra a condução da crise sanitária pelo governo federal, foi vandalizada. O tributo às vítimas da covid-19, organizado pela ONG Rio de Paz, era composto por 100 covas rasas cavadas na praia e cruzes pintadas de preto fincadas na areia.

Três homens e uma mulher, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, agrediram verbalmente os manifestantes e repetiram que a ação estava apenas criando pânico social. Um deles xingou os organizadores de “seus merdas” e invadiu o cenário, derrubando, ao menos, 20 cruzes.

“Nós estávamos ouvindo muitas expressões de ódio, provocação. Mas um senhor decidiu derrubar as cruzes, mesmo sem que nós tivéssemos reagido”, contou Antônio Carlos Costa, presidente da Rio de Paz.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais da ONG, é possível ver o homem gesticulando e empurrando as cruzes na areia. Na sequência, o taxista Marco Antônio do Nascimento Silva, de 55 anos, que perdeu um filho para a doença, pediu respeito e, irritado, recolocou os objetos arrancados.

“Meu filho morreu com 25 anos. Ele era saudável. Vocês têm que respeitar a dor das pessoas. O mesmo direito que ele tem de tirar eu tenho de botar”, esbravejou. O homem que violou a instalação não foi identificado.

Houve um princípio de bate-boca, mas o grupo bolsonarista se afastou, apesar de continuar gritando para atrapalhar a entrevista que os responsáveis pela ação concediam.

A ONG Rio de Paz esclareceu que é um movimento suprapartidário e que não recebe verbas públicas de qualquer espécie. Os organizadores do protesto pediram mudanças na postura do presidente da República e acusam a “sucessão de erros” cometida pelo governo federal no combate ao novo coronavírus.

Correio Braziliense

Bolsonaro fala sobre o risco de endividamento público em live

Na próxima semana, deve ser divulgado o calendário de pagamento da terceira e última parcela prevista de R$ 600 para o auxílio emergencial. A possibilidade do anúncio foi feita pelo presidente Jair Bolsonaro em sua live semanal pelas redes sociais.

Bolsonaro também disse que está em discussão a hipótese de pagamento de novas parcelas do auxílio emergencial. Ele descartou a manutenção do atual valor. “A gente não pode gastar mais R$ 100 bilhões. Se nós nos endividarmos muito, a gente extrapola nossa capacidade de endividamento. Estamos com a taxa Selic [taxa básica de juros da economia] a 3%, o juro a longo prazo baixou bastante, se nós não tivermos cuidado a Selic pode subir. Cada vez mais o que produzirmos de riqueza vai para pagar dívidas.”

O presidente estima que com gastos com o auxílio emergencial, mais as despesas de saúde e o socorro a estados e municípios, entre outras iniciativas, o Tesouro Nacional já tenha gasto R$ 1 trilhão.

Durante a transmissão, o presidente explicou a recriação do Ministérios das Comunicações fundindo com as atribuições da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República. “Vamos tentar melhorar as comunicações do governo, mas o grande trabalho é as comunicações como um todo no Brasil”, salientou.

“Temos uma questão pela frente que é [a rede de banda larga móvel] 5G. Nós faremos o melhor negócio levando em conta vários aspectos não apenas o econômico. Vamos atender os requisitos da soberania nacional, da segurança das informações, segurança de dados, e também [de] política externa.”

Como já havia informado no Twitter, o presidente disse que sancionou com oito vetos o Projeto de Lei 1.179/2020 que, segundo ele disse na rede social, dá “poderes aos síndicos de restringir a utilização de áreas comuns e proibir a realização de reuniões e festividades inclusive nas áreas de propriedade exclusiva dos condôminos.”

“Se algo parecido tiver que ser implementado no condomínio, na convenção o pessoal [conjunto de moradores] vota e decide o que bem entender”, explicou na live.

Governo de Pernambuco barra antecipar reabertura de shoppings

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Bruno Schwambach, informou, na noite desta quinta-feira (11), que a reabertura dos shoppings centers para o público em Pernambuco não vai ser antecipada, como havia solicitado a Associação de Lojistas de Shopping de Pernambuco (Alshop). O pedido era para que essa reabertura ocorresse já na próxima segunda-feira (15), o que foi vetado. “Vamos manter a previsão dos itens que estavam previstos, então é o varejo de rua (lojas de até 200 metros quadrados nos bairros e no centro), salões de beleza e serviços de estética, lojas de veículos e o retorno dos treinos dos times de futebol profissional. Para essa semana que começa no dia 15, são essas as medidas”, disse Schwambach.

Os shoppings e demais lojas de comércio não essencial de Pernambuco estão fechados desde o dia 21 de março, por determinação do governador Paulo Câmara, em uma medida de prevenção à disseminação do novo coronavírus. Na última segunda (8), foi autorizada a reabertura das lojas dos shoppings para a venda de produtos com retirada em sistema de drive-thru, nos estacionamentos dos centros de compras. Esse passo, inicialmente, seria dado somente no dia 15, mas foi antecipado já a pedido do setor, um dos que mais promove a aglomeração de pessoas.

A reabertura dos centros de compras para o público, por sua vez, está programada para a fase 3 do Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19, que ainda não tem data estabelecida para ser posta em prática. A retomada das atividades está sendo programada para acontecer de forma gradual, ao longo de 11 semanas. As fases podem ser antecipadas, adiadas ou até mesmo haver um retrocesso de acordo com os dados epidemiológicos da Covid-19 nas regiões do Estado. Um exemplo é o caso das matas Norte e Sul e do Agreste, que não avançarão para a fase 4.3 do plano, a partir do 15, por conta do aumento do número de casos da doença e na sobrecarga no sistema de saúde dessas regiões.

Folhape