Barreiras itinerantes iniciam serviços de orientações nos bairros

Dentro das medidas de combate ao Covid-19, a Prefeitura de Caruaru iniciou ações com equipes Motorizadas Integradas Itinerantes, compostas pelo efetivo oriundo das Barreiras Sanitárias (Secretaria de Saúde, Secretaria de Ordem Pública, Guarda Municipal, Agentes de Trânsito e Bombeiro Civil), com o objetivo de ampliar os serviços de orientações, instruções e medição de temperatura em 10 bairros deste município, em caráter educativo.

O Mapa de Calor da Secretaria de Saúde apresenta diariamente uma preocupação com relação ao grande número de pessoas que não estão em quarentena. Dessa forma, as equipes são direcionadas aos bairros.

“Com as barreiras itinerantes conseguimos potencializar as ações, estamos cobrindo mais bairros, o mapa de calor nos mostra os locais com maior movimentação das pessoas. Esse novo modo operante permite maior alcance no território, por meio dos dados da tecnologia de monitoramento dos smartphone podemos atuar nos locais de maior vulnerabilidade do ponto de vista do isolamento necessário do enfrentamento da Covid-19 ”, destacou a secretária de Ordem Pública, Karla Vieira.

Em três semanas de operação das barreiras sanitárias em Caruaru, com 10 pontos itinerantes de atuação, quase 150 mil pessoas foram alcançadas. No total, mais de 30 mil veículos foram abordados, como caminhões e caminhonetes; transportes intermunicipais, como ônibus, vans e toyotas, assim como veículos de passeio e motos com placas de outras cidades.

Desses, cerca de 1000 veículos voltaram para os seus lugares de origem, sem acessar o município. Os carros parados estavam com passageiros enquadrados nos grupos de risco. Mais de 8 mil pessoas foram identificadas em situação de vulnerabilidade, os idosos correspondem a 59,68% , crianças 37,16% e gestantes a 3,16%.

Aferição da temperatura – No último dia 07 de abril, a Secretaria de Saúde de Caruaru passou a utilizar os termômetros com infravermelho nas abordagens feitas pelas barreiras sanitárias do município.

O equipamento serve para aferir a temperatura da população que for abordada e auxiliar na identificação de casos suspeitos de Covid-19 na cidade. Mais de mil pessoas, tiveram a temperatura aferida, 12 pessoas foram encaminhadas para unidades de saúde.

As barreiras sanitárias são coordenadas pela Secretaria de Ordem Pública, em um trabalho conjunto com a guarda municipal, agentes de trânsito, agentes de saúde, fiscais de ordem pública e bombeiros civis (voluntários).

CEE/Caixa reafirma necessidade do atendimento por telefone para evitar filas

A Comissão Executiva de Empregados da Caixa (CEE/Caixa) debateu a necessidade de uma ação imediata da Caixa para informar a população e evitar as filas nas portas das agências. Em reunião na quinta-feira (09), por videoconferência, para debater a situação dos empregados da Caixa, a Comissão identificou as aglomerações em todos os estados e a movimentação seguiu na segunda-feira (13). A situação coloca em risco a saúde dos trabalhadores, terceirizados e da população. Na avaliação da Comissão, o atendimento por telefone é a melhor estratégia para evitar as filas.

O motivo do aumento das filas foram as dúvidas sobre o auxílio emergencial. Além dos questionamentos sobre o cadastro, muitos correram para as agências na tentativa de regularizar o CPF. A proposta da Comissão é implantação do atendimento por telefone, medida reivindicada também pelo Comando Nacional dos Bancários. A medida pode pôr fim as filas, que põem em risco a vida e a saúde da população, e dos trabalhadores que irão atendê-los em seguida, porque podem ser foco de contágio da Covid-19.

“O agendamento por telefone é o principal item para evitar aglomeração de pessoas e salvar vidas”, afirmou o coordenador do CEE/Caixa, Dionísio Reis.

A Comissão também está cobrando o cumprimento do rodízio semanal nas agências. A manutenção do trabalho remoto é essencial para preservar a vida e a saúde dos terceirizados, empregados e da população. A medida é fundamental para que a Caixa continue a fazer o atendimento à população sem entrar em colapso.

“Ao passar uma semana em casa e não manifestando nenhum sintoma, essa medida faz com que preserve os trabalhadores das unidades do contato com o coronavírus”, afirmou Dionísio Reis.

Agências sem material de proteção

Ainda há agências sem os Equipamentos de Proteção Individual (EPI). A CEE/Caixa orienta que as agências não funcionem se não tiverem o álcool em gel. A Comissão continua cobrando o banco público para que envie a todas as agências e para que repasse o cronograma de entrega dos materiais.

Campanha de solidariedade

O momento de pandemia por causa do coronavírus também é de solidariedade. Sindicatos de todo o país têm reunido forças junto aos bancários para colaborar com entidades que estão auxiliando famílias e a área da saúde que passam por dificuldades neste momento.

No Piauí, o Sindicato dos Bancários está comprando 10 mil máscaras e 2 mil cestas básicas que serão distribuídas em abrigos, casa de caridades e comunidades pobres. Além disso, a entidade colocou à disposição do governo do Estado as 46 casas da Colônia de Férias.

O Sindicato dos Bancários de Jequié e Região doou 685 máscaras artesanais de tecido e 15 protetores faciais de acetato aos profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Jequié. A ação visa contribuir com a proteção dos diversos profissionais de saúde do município que atuam na linha de frente do combate à pandemia da Covid-19.

Em São Paulo, os sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito de São Paulo (FETEC-SP) estão realizando campanhas de arrecadação de alimentos e gêneros de limpeza, que são distribuídos às entidades e famílias menos protegidas nesta crise. Sendo de fundo próprio das entidades, ou arrecadando entre os próprios trabalhadores bancários, a quantidade de entidades e famílias alcançadas tem feito a diferença para uma grande quantidade de pessoas.

O Sindicato dos bancários do ABC de São Paulo também está arrecadando produtos de higiene, álcool em gel e roupas. As doações podem ser entregues na sede social do Sindicato ou basta enviar uma mensagem para o WhatsApp (11) 997984732, informando o endereço, tipo e volume da doação e o horário para retirada que o sindicato vai até você.

Em Curitiba (PR), o Sindicado dos bancários está arrecadando alimentos não perecíveis, itens de higiene ou dinheiro para ajudar as famílias em situação de precariedade. Ao todo, cerca de 20 mil toneladas já foram doadas para o Instituto de Democracia Popular, Casa da Resistência, Declatra, Propulsão Local e Instituto Edésio Passos. As doações físicas podem ser feitas na Rua Piquiri, 380, de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h. As doações em dinheiro podem ser feitas na conta do Sindicato (Caixa Econômica – Agência 0368 – operação 013 poupança – conta 139.797-8 – CNPJ 76.587.955/0001-59).

Busque o sindicato da sua cidade para saber mais sobre as campanhas de solidariedade.

Brasil e EUA estudam parceria na área de saúde para enfrentar o coronavírus

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na companhia de outros ministros, se reuniu no início de abril, com o embaixador norte-americano, Todd Chapman, para unir esforços nas áreas de tecnologia, assistência e produção de insumos e equipamentos.

Um dos pontos tratados no encontro foi a capacidade brasileira de produzir máscaras N95, utilizada por profissionais da linha de frente de combate a Covid-19.

Segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o Brasil tem capacidade de fabricar o produto, mas depende da matéria-prima de outros países para a produção.

“A gente trabalha alguma coisa conjunta para ver se consegue a ampliação da produção pelas nossas fábricas, trazendo matéria prima. Como é o caso das máscaras N95, que eles têm muita carência lá e nós temos muita carência aqui. Então, a gente deve trabalhar essas coisas.”

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também sinalizou que pode haver parceria na área de vacinas.

“Temos algumas vacinas, algumas teses de vacina que são, também, do interesse deles e outras deles que são de interesse nosso. Vou conversar com o presidente Rodrigo Maia (Câmara dos Deputados) e o presidente Davi Alcolumbre (Senado) para que a gente possa também fazer aqui no nosso país os testes de vacina, dentro, logicamente, da ética, do que é correto.”

O Ministério da Saúde anunciou, como parte das medidas de transparência do Governo durante a crise do coronavírus, a criação de um portal onde é possível acompanhar todas as ações e esforços da pasta. Estão disponíveis informações como a quantidade de leitos e insumos distribuídos para cada estado.

Para mais informações, acesse: saude.gov.br/coronavirus.

Wyden cria seguro educacional para alunos prejudicados pela pandemia

Uma das grandes preocupações decorrentes da pandemia é a paralisação da economia em nível global. Ciente desses fatos, a Wyden Educacional, instituição de ensino superior com qualidade internacional que atua fortemente nas regiões norte, nordeste e na cidade de Campinas-SP, lançou o Seguro Educacional Wyden, cujo objetivo é ajudar os alunos prejudicados financeiramente pela pandemia a continuarem seus estudos.

A requisição do Seguro estará disponível a partir do dia 1º de maio, no portal Integrees, e será válido para os alunos dos cursos de Graduação, das modalidades Presencial e EAD, com cobertura de até 6 (seis) mensalidades líquidas. Alguns pré-requisitos para solicitar o benefício são: o responsável financeiro (podendo ser o próprio aluno) ter seu contrato de trabalho CLT rescindido sem justa causa, a partir do dia 1º de abril de 2020, e estar há pelo menos um mês desempregado – não será aceito no caso de ter pedido demissão – e estar com a matrícula ativa. O Seguro será integralmente custeado pela Wyden.

“O oferecimento deste benefício reforça nosso compromisso com os alunos para que eles possam seguir nos estudos, independente do momento desafiador pelo qual todos nós estamos passando”, destaca Geraldo Magela, Vice-Presidente de Operações da marca Wyden.

Pitágoras Caruaru promove segunda fase de evento online

De segunda a quarta-feira, 13 a 15 de abril, a Pitágoras Caruaru realiza a segunda fase do Pitágoras nas Redes, evento online com debates de diversos temas destinado a acadêmicos e demais interessados. A ação remota, que vem gerando grande engajamento nas redes, foi a alternativa encontrada pela instituição durante a quarentena, período de isolamento social adotado para conter os avanços do covid-19.

Confira abaixo a agenda completa:

14/04, terça-feira: a coordenadora acadêmica da Pitágoras Caruaru, Eva Gomes, que também é advogada e mestra em Direito Constitucional, e a advogada e especialista em processo Civil, Ester Veras, vão explanar, a partir das 19h, sobre o tema “Aspectos legais e o impacto econômico do Auxílio Coronavírus”. No mesmo dia, a partir das 20h, a professora e Assistente Social, Elizabete Ribeiro, e a professora e mestra em Engenharia da Computação, Yanne Soares, vão falar sobre o “Uso das tecnologias de informação no Serviço Social”.

15/04, quarta-feira: a partir das 15h, os alunos da Pitágoras Caruaru e demais interessados poderão conferir um debate sobre “Educação Física em campo: atuação profissional em Educação Física”, com os professores Heber Tôrres e Charles Belo, que também são especialistas em Educação Física Escolar. Já às 17h, a professora e mestra em Educação Contemporânea, Adma Soares, e a professora e doutora em Educação, Bianca Ferreira, vão debater sobre “Educação emocional e isolamento social: desafios contemporâneos”.

Todas as palestras serão transmitidas através do Instagram da Pitágoras Caruaru (@pitagoras_caruaru).

Sobre a Pitágoras

Fundada em 2000, a Pitágoras já transformou a vida de mais de um milhão de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com o mercado de trabalho em seus cursos de graduação, pós-graduação, extensão e ensino técnico, presenciais ou a distância. A Pitágoras nasceu herdando a tradição e o ensino de qualidade oferecido pelo Colégio Pitágoras, fundado em 1966, que também deu origem ao grupo Kroton.

Sobre a Kroton

A Kroton, que faz parte da holding Cogna Educação, uma companhia brasileira e uma das principais organizações educacionais do mundo, atende ao mercado B2C do Ensino Superior, levando educação de qualidade em larga escala. Presente em mais de 900 municípios em todo Brasil, a companhia conta com 176 unidades próprias, 1.410 polos de ensino a distância e 846 mil estudantes, sob as marcas Anhanguera, Fama, Pitágoras, Unic, Uniderp, Unime e Unopar. Transformar a vida das pessoas por meio da educação, formando cidadãos e preparando profissionais para o mercado, é a missão da instituição, que trabalha para continuar concretizando sonhos em todos os cantos do país.

HMV divulga boletim sobre casos de Covid-19 em Caruaru

O Hospital Mestre Vitalino atendeu até o momento 13 (treze) pacientes com casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus (Covid-19).

• 03 (três) foram transferidos para uma unidade de saúde privada em Recife;

• 04 (quatro) receberam alta para isolamento domiciliar;

• 04 (quatro) deles estão internados na Clínica de Isolamento do HMV, sendo das cidades de Arcoverde, Caruaru, Frei Miguelinho e Olinda;

• 02 (dois) deles estão internados na Unidade de Terapia Intensiva do HMV, sendo das cidades de João Alfredo e São Lourenço da Mata.

ARTIGO — Geração de valor: essa é a oferta que a sociedade espera das empresas

Por Pedro Salanek Filho

Quando comecei a estudar a temática sustentabilidade, na segunda metade dos anos 2000, uma frase me chamou muito atenção naquela época: “A missão de uma empresa é criar valor para a sociedade, só com essa visão ela tem chance de se perpetuar e remunerar melhor o seu acionista”. Essa frase tinha sido mencionada por Guilherme Leal, da Natura, e fazia parte de um artigo muito crítico intitulado “O Estigma do Lucro”.

Em um primeiro momento aquilo gerou-me forte introspecção e até um certo conflito, visto que eu carregava o modelo mental tradicional para os negócios, que estava alinhado a unilateralidade da geração de lucro e, também, de retorno. Entretanto, estava claro ali a formação de um novo olhar focado na imagem positiva que poderia ser criada para a sociedade (mais sistêmica e estratégica), para garantir a perenidade do negócio.

Com o tempo, fui percebendo que alguns negócios incorporavam essa ideia de valor ampliado, bem como estavam agregando muito mais do que lucratividade e rentabilidade. De fato, estavam sendo “percebidas” como usina de geração de valor para um universo de stakeholders. Um novo modelo estava surgindo, aquele em que os negócios precisam efetivamente pensar muito além da sua gestão econômica.

Do ponto de vista do indivíduo, ficava claro que o investidor não era mais importante que o colaborador, ou o mercado consumidor mais importante do que a comunidade do entorno. Um novo paradigma de visão estratégia estava sendo fortalecido, a empresa humanista em sobreposição ao modelo da empresa economista. Não é mais apenas a “felicidade” do investidor, por meio dos resultados econômicos, que precisava ser garantida, mas a “felicidade” das pessoas como um todo. Este era o foco de sucesso (e sustentabilidade) do negócio que começou a ser disseminado.

Nos dias críticos atuais, em que o avanço da pandemia do coronavírus gera enormes incertezas nas pessoas, como que os negócios podem demonstrar esse modelo mais humanista? Como que eles podem atualmente gerar valor para a sociedade? Qual a atitude que o gestor pode ter para a reduzir a insegurança deste momento? Será uma prova de fogo para muitos gestores… um momento de dar resposta firme e colocar o discurso da empresa sustentável na prática! Claramente não serão por mais propagandas dos produtos ou apelo em estimular a demanda que farão a diferença para os negócios. Empresas que focarem em consumo, em um momento para “ficar em casa” correm grande risco de gerar uma imagem negativa, ou sofrer uma enxurrada de críticas nas redes sociais.

Entretanto, as empresas que abraçarem a causa conjuntamente, forem solidárias, compartilharem soluções, auxiliarem as pessoas pelas plataformas digitais, ou seja, aquelas que colocarem efetivamente seus negócios à disposição da sociedade serão vistas de forma muito mais positiva, além de serem mais lembradas futuramente. Algumas grandes empresas, que possuem seus comitês de crise, estão muito cuidadosas em afinar os seus posicionamentos junto a sociedade, pois precisam identificar claramente o que as pessoas precisam agora. As empresas de tecnologia estão liberando seus serviços gratuitamente para facilitar os trabalhos remotos, como a Cisco, a Google e a Zoom.

Outros exemplos, são aquelas empresas que estão disponibilizando serviços de logística, ou fornecendo materiais para prevenção/cuidados com a saúde ou ainda liberando canais de entretenimento/atividades para ambientes domésticos. Todas elas são exemplos de negócios que estão posicionadas em contribuir para amenizar os impactos deste momento! Serão dias muito difíceis para manter o faturamento, controlar os custos e gerar liquidez de caixa, mas também será um momento de fortalecer a imagem.

Essas são as atuais ofertas que os gestores devem fazer a sociedade! Isso que precisa também ser “vendido”, pois agregará muito valor para a sociedade e garantirá também a sobrevivência dos negócios, pois vão muito além da divulgação dos tradicionais números do Balanço e DRE.

Parlamentares e dirigentes partidários estimam adiar 1º turno das eleições para 15 de novembro

como utilizar a urna eletrônica

Parlamentares com trânsito no Palácio do Planalto e dirigentes partidários estimam adiar para o dia 15 de novembro (feriado da Proclamação da República) a realização do primeiro turno das eleições municipais, caso a pandemia do coronavírus não arrefeça até junho, data final para decisão.

Pela proposta em debate, o primeiro turno seria adiado em 42 dias. Já o segundo turno aconteceria em 6 de dezembro ou, no máximo, no domingo seguinte (13). Nesse caso, as convenções partidárias, programadas para julho, ocorreriam em agosto.

O adiamento tem sido tema de uma série de reuniões virtuais entre os presidentes de nove partidos de centro-direita.

Presidentes de MDB, PSDB, DEM, PSD, Republicamos, PL, PP, Solidariedade e Avante, que participaram dos encontros, admitem o adiamento das eleições para novembro. E, à exceção do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), descartam a possibilidade de prorrogação de mandatos até 2022 para que coincidam com a disputa nacional.

Nesta semana, os líderes dessas siglas concordaram em retomar essa discussão em junho, apenas se a crise perdurar pelos próximos dois meses. Até lá, está mantido o calendário oficial com primeiro e segundo turnos nos dias 4 e 25 de outubro, respectivamente, o primeiro e o último domingos do mês, como prevê a Constituição.

Embora a definição de nova data dependa de aprovação do Congresso, a ideia de só voltar ao debate em junho está em consonância com o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, que, em maio, assumirá a presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Segundo o deputado Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, partido ao qual estão filiados dois filhos do presidente Jair Bolsonaro, “a priori, a maioria quer manter a data”. “É claro que dependendo da situação da crise”, acrescenta.

Segundo o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo (PE), o tema começa a surgir no horizonte, sobretudo entre dirigentes partidários. Ele afirma que, sem ambiente para realização da campanha em agosto, a eleição poderá ser adiada. “O que vai definir isso não é a percepção, nem a vontade de a mais. São os fatos que vão se impor”, diz.

Líder do PSD, Gilberto Kassab (SP) também admite a possibilidade de adiamento para novembro e ressalta a necessidade de financiamento público de campanha. “Sem financiamento público, seria a volta do financiamento empresarial. Ou alguém acha que o espírito santo vai destinar recursos para as campanhas?”

O adiamento não é pauta exclusiva do centrão. Está na agenda da esquerda. Presidente nacional do PDT, Calos Lupi conta que a ideia já foi objeto de debate interno. “E pensamos que, conforme o desenrolar desta pandemia, é provável que tenhamos que adiar as eleições. Provavelmente até dezembro”, afirma.

Segundo ele, o PDT é completamente contrário à prorrogação. “É um precedente perigoso que fere a democracia e gera consequências graves.”

O presidente do PSB, Carlinhos Siqueira, diz que ainda é cedo para adotar essa medida. “Mas podemos ser levados pelas circunstâncias a admitir esta hipótese de adiar o pleito de outubro. Admitimos discutir o adiamento, e não a prorrogação. Entretanto, essa decisão deve ser adotada, se for o caso, em julho ou início de agosto”, diz.

Embora no passado as eleições já tenham ocorrido no dia 15 de novembro, um feriado nacional, não é essa a razão para que a data esteja hoje em pauta. Mas, sim, sua aplicabilidade. Dirigentes partidários afirmam que esse novo calendário permitiria que o segundo turno e a montagem dos futuros governos ocorressem sem o risco de paralisia em meio aos preparativos do Natal e fim de ano.

PRINCIPAIS DATAS ELEITORAIS
Eleições municipais de 2020 só ocorrerão em outubro, mas até o dia de votação há uma série de datas importantes no calendário eleitoral

6 de maio
É o último dia para que regularizem a sua situação junto à Justiça Eleitoral para poderem votar em outubro

15 de maio
É permitido iniciar a arrecadação facultativa de doações por pré-candidatos aos cargos de prefeito e vereador, por meio de plataformas de financiamento coletivo credenciadas na Justiça Eleitoral

30 de junho
Pré-candidatos que apresentem programas de rádio ou televisão ficam proibidos de continuar a fazê-lo

20 de julho a 5 de agosto
Início das convenções partidárias para a escolha dos candidatos. Também a partir de 20 de julho, os candidatos passam a ter direito de resposta à divulgação de conteúdo difamatório, calunioso ou injurioso por qualquer veículo de comunicação

15 de agosto
Última dia para os partidos registrarem as candidaturas

20 de agosto
Caso o partido não tenha feita o registro, o candidato pode unilateralmente fazer o seu pleito até esta data

16 de agosto
Passa a ser permitida a propaganda eleitoral, inclusive na internet. Os comícios poderão acontecer até o dia 1º de outubro

28 de agosto
O horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão passa a ser veiculado de 28 de agosto a 1º de outubro

19 de setembro
A partir desta data, os candidatos não poderão ser presos, salvo no caso de flagrante delito. Eleitores, por sua vez, não poderão, em regra, ser presos a partir do dia 29 do mesmo mês

4 de outubro
O primeiro turno de votação para vereadores e prefeitos

25 de outubro
Segundo turno para municípios com mais de 200 mil eleitores

18 de dezembro
Diplomação dos eleitos

Diario de Pernambuco

PTB lamenta falecimento do Presidente da Câmara de São Lourenço da Mata

O Diretório Regional do PTB divulgou uma nota em onde “registra uma consternada manifestação de pesar pelo falecimento do Presidente da Câmara Municipal de São Lourenço da Mata, Cícero Pinheiro. Importante quadro político, foi também professor e policial militar, admirado por todo povo de sua terra. Externamos nossos sentimentos a toda família”.

A nota é assinada pelo ex-Senador da República, Armando Monteiro Neto, e o presidente Estadual do PTB, José Humberto De Moura Cavalcanti.

O vereador Cícero Pinheiro (PTB) morreu na sexta-feira (10) depois de passar três dias internado no Hospital da Polícia Militar. Em um boletim divulgado neste domingo (12), a Secretaria Estadual de Saúde confirmou que a morte foi causada pela Covid-19. O presidente da Câmara Municipal de São Lourenço da Mata tinha 42 anos, era diabético e hipertenso.

No sábado (11), o prefeito de São Lourenço da Mata, Bruno Pereira (PTB), decretou luto de sete dias no município.

Diario de Pernambuco

‘Não temos certeza sobre quando haverá normalidade’, diz secretário de Fazenda

O Ministério da Economia avalia que medidas e reformas planejadas originalmente pelo titular da pasta, Paulo Guedes, estão em compasso de espera neste momento e vão retornar após a fase mais aguda da crise do coronavírus. Apesar disso, não se sabe ao certo quando.

“Nenhum de nós tem certeza sobre quando é o mês em que teremos normalidade em processos no Congresso e no sistema econômico”, afirma à Folha Waldery Rodrigues, secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia.

Ele não descarta a possibilidade de avanço de temas como a PEC (proposta de emenda à Constituição) do Pacto Federativo, embora ressalte a dificuldade em prever o cenário. “Tudo depende da severidade dessa crise, de quanto tempo leva para termos as mínimas condições de dinamismo econômico”, afirma.

O impacto da Covid-19 para as contas públicas cresce a cada atualização. O secretário já prevê um déficit acima de 6% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, o pior da história e o equivalente a mais da metade da economia obtida com a reforma da Previdência.
Ele defende em entrevista (feita pela internet) as medidas anunciadas e estuda novas, como um repasse de R$ 16 bilhões para fundos regionais de saúde, e a complementação de outras já lançadas.

REFORMAS
“O ano vai ficar pressionado não só na área econômica como também na legislativa. É natural que muitas ações agora colocadas pelo coronavírus pressionem a agenda com maior número de projetos a serem analisados. Mas não descartamos aprovação de medidas estruturais, por exemplo, as PECs que estão no Senado e [especificamente] a que trata do Pacto Federativo [que controla gastos obrigatórios e transfere mais recursos a estados e municípios].”

INCERTEZAS
O secretário diz que passada a fase mais aguda da crise e, a depender do interesse de governadores e parlamentares, pode haver uma agenda ainda neste ano. “Tudo depende da severidade dessa crise, de quanto tempo leva para termos as mínimas condições de dinamismo econômico. Seguiremos logo que possível na agenda de reformas.

A imprevisibilidade é grande para o mundo como um todo. Não existe parâmetro de tempo e duração que nos dê conforto de especificar se em um mês teremos o início de um processo mais normal. Nenhum de nós tem certeza de quando é o mês em que teremos normalidade em processos no Congresso e no sistema econômico.”

LIBERALISMO
Waldery afirma que a participação do estado não coloca a visão liberal do governo em xeque. “São agendas coerentes com o momento. A participação maior do Estado é devida, legítima e justificável. Após essa conjuntura, voltaremos exatamente ao que havia sido diagnosticado e anunciado anteriormente”, diz. “Mantemos o mesmo diagnóstico, separando o conjuntural do estrutural. A solução estrutural é aquela traçada anteriormente, aquele mesmo cardápio colocado pelo ministro Guedes no início, de abrir espaço para investimento privado, reduzindo deficiências e controlando gastos. E entendemos como importantíssimo o teto de gastos.”

IMPACTO FISCAL E DÉFICT
Ao comentar que as medidas já alcançam R$ 224,6 bilhões em impacto fiscal, o secretário afirma que não há um limite. “Temos, a cada real alocado, um maior cuidado. Porque sabemos que quanto mais elevamos o déficit primário, mais tempo levaremos para voltar à trajetória de equilíbrio fiscal. Este ano vai ser muito provavelmente próximo ou mesmo acima de 6% do PIB. Contudo, justificado. Nosso caso é único porque estamos no sétimo ano de déficit primário, nenhum outro país do mundo tem isso. E em 2021 caminharemos para o oitavo ano de déficit.”

PAPEL NO MINISTÉRIO NA CRISE
“A tônica agora é implementação e entrega do que foi anunciado, o primeiro ponto. Segundo, complementar aqueles programas mais efetivos, aqueles em que cada real tem diferença no momento em que vivemos.

Quatro medidas têm alta efetividade. A transferência fundo a fundo [recursos do Fundo Nacional da Saúde para fundos de saúde estaduais e municipais], o auxílio emergencial [de R$ 600 a informais], a MP trabalhista [de benefício para quem teve corte de salários ou suspensão de contratos] e outras medidas associadas a municípios que estamos desenhando.”

Segundo ele, complementações em alguns segmentos estão sendo estudadas. “O crédito à folha de salários, que contemplou empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. Tem um segmento de até R$ 360 mil que agora será contemplado. Dentro do possível estamos colocando um percentual do Tesouro, mas também um percentual vindo do setor privado”, diz.

“Para a transferência fundo a fundo, há possibilidade de ampliação. Dobraria, de R$ 8 bilhões para R$ 16 bilhões. Estamos também estudando transferência direta para os municípios. Porque essa é uma orientação do ministro.”

Folhapress