Para Caruaru, expectativas gigantes pela frente!

Por Pedro Augusto

Dezembro aportou no calendário, último mês do ano pela frente e com a sua chegada, as intensificações das expectativas para próxima temporada. Em relação a Caruaru, as projeções, como não poderiam ser diferentes, são as maiores possíveis, ou seja, do tamanho de uma Capital do Agreste, tanto por parte dos caruaruenses como por parte de seus investidores e visitantes.

Escolhido de forma esmagadora nas urnas das eleições 2024 para continuar governando a maior cidade do interior de Pernambuco pelos próximos quatro anos, o prefeito Rodrigo Pinheiro terá a missão gigante de conduzir a locomotiva de Caruaru ainda mais para os trilhos do crescimento, solucionando problemas históricos e propiciando avanços inovadores para o município a sua população.

Se os caruaruenses tomarem como parâmetro o seu desempenho desde que assumiu a cadeira principal da Prefeitura, em meados de março de 2022, o município tem tudo para avançar ainda mais nos seus mais variados setores. Sem pretensões de ser “mágico” ou “salvador da pátria”, mas demonstrando muita vontade e disposição para gerir, Rodrigo vem conseguindo elevar a Capital do Agreste a patamares à altura de uma gigante do Nordeste, com entregas importantes na educação, economia e na infraestrutura.

Com agora não mais dois, mas quatro anos pela frente, o atual prefeito também endossa expectativas gigantes para o futuro de Caruaru, ao cultivar alianças sólidas com lideranças políticas da esfera municipal a federal, que serão imprescindíveis para destravar e executar os investimentos necessários para melhorias aos caruaruenses.

Responsável, juntamente com a sua principal aliada, a agora governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, por elevar o padrão e o nível de exigência em termos de serviços e ações para um munícipio do porte de Caruaru, com as entregas as quais realizou em pouco mais de dois anos, caberá a Rodrigo Pinheiro fazer dela uma Capital do Agreste ainda muito maior e melhor para se viver e se orgulhar!

Se depender de retrospecto, solidez e competência, o avanço vai, sim, continuar em Caruaru!

Dayse Silva representa Rodrigo Pinheiro em reunião com a governadora Raquel Lyra

A vice-prefeita eleita de Caruaru, Dayse Silva (PSDB), representou o prefeito reeleito Rodrigo Pinheiro na primeira reunião promovida pela governadora Raquel Lyra (PSDB) com os prefeitos eleitos e reeleitos de Pernambuco. O evento, realizado na manhã desta segunda (2), no Recife, teve como objetivo apresentar as ações realizadas pelo Governo do Estado, ouvir as demandas municipais e alinhar projetos para os próximos anos. Rodrigo Pinheiro (PSDB), que está em licença médica, foi destacado por Dayse como um gestor comprometido com o fortalecimento de parcerias entre os governos estadual e municipal.

Durante o encontro, Dayse reforçou a importância de manter um diálogo constante com o Governo de Pernambuco para promover melhorias significativas em Caruaru. “O prefeito Rodrigo me confiou a responsabilidade de representá-lo neste momento tão importante, e seguiremos firmes no propósito de consolidar projetos que tragam mais desenvolvimento e qualidade de vida para nossa população e, assim, transformar Caruaru na capital do Nordeste junto com Raquel”, declarou. Entre as prioridades mencionadas por ela estão investimentos em infraestrutura, educação e saúde. Também estavam presentes os gestores municipais Luana Marabuco e Gilvan Calado.

Pagamento de emendas parlamentares é liberado por Flávio Dino, ministro do STF

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou, nesta segunda-feira (2/12), a volta do pagamento das emendas parlamentares.

O pagamento de emendas estava paralisado desde agosto, quando o ministro decidiu que o Legislativo precisava atender aos requisitos constitucionais da transparência e rastreabilidade.

A liberação das emendas deve destravar votações no Congresso Nacional. Os parlamentares esperavam que Dino liberasse a modalidade até sexta-feira (29/11). Para eles, a retomada dos recursos é crucial para dar prosseguimento à análise de pautas importantes para o governo.

Bolsonaro pede anistia a Moraes e Lula em troca de pacificação do país

Indiciado pela Policia Federal por abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um apelo, nessa quinta-feira (28/11), ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes por anistia aos presos pelo 8 de janeiro. Em troca, disse Bolsonaro, haverá a “pacificação” do Brasil.

Bolsonaro sugeriu a Lula e a Moraes para “zerar o jogo daqui para frente”. Ele reafirmou que apenas o perdão aos golpistas de 8 de janeiro pode trazer paz ao país, comparando o momento com a Lei da Anistia de 1979, no fim da ditadura militar. E pôs a maior responsabilidade pela pacificação nas mãos do ministro do Supremo.

“Para nós pacificarmos o Brasil, alguém tem que ceder. Quem tem que ceder? O senhor Alexandre de Moraes. Em 1979 foi anistiada gente que matou, que soltou bomba, que sequestrou, que roubou, que sequestrou avião. Vamos pacificar, zera o jogo daqui para frente’. Agora, se tivesse uma palavra do Lula ou do Alexandre de Moraes no tocante à anistia, estava tudo resolvido. Não querem pacificar? Pacifica”, ressaltou o ex-presidente.

Metrópoles

De licença médica, governador de Sergipe é flagrado na final da Libertadores

O governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), gravou um vídeo justificando sua viagem para assistir a final da Copa Libertadores, em Buenos Aires, na Argentina. Ele se afastou do cargo para terminar de tratar uma pneumonia, mas foi flagrado na arquibancada, durante uma transmissão ao vivo do jogo (imagem em destaque).

“Hoje é um dia feliz, Botafogo campeão, mas estou passando aqui porque houve uma polêmica nas redes sociais por conta da minha viagem. (…). Viajei com autorização médica, porque tinha afastado sete dias por recomendação médica”, explicou o governador na gravação.

Ele disse ainda que não estava “de atestado” e que viajou em meio a uma licença não-remunerada e com recursos próprios.

Repatriação de 600 brasileiros do Reino Unido foi voluntária

A suposta deportação de 600 brasileiros do Reino Unido em voos “secretos” foi uma ação voluntária de brasileiros que concordaram em regressar ao Brasil, segundo informou o Ministério das Relações Exteriores (MRE). A medida causou preocupação de entidade que trabalha com imigrantes latino-americanos no Reino Unido.

Em nota enviada à Agência Brasil, o Itamaraty informou que não se tratou de deportação, que é quando o estrangeiro é obrigado a deixar o país. “Importante esclarecer que não se trata de deportação, e sim de decisão voluntária dos participantes de aderir à iniciativa britânica”, disse o MRE.

Os brasileiros participaram do Programa de Retorno Voluntário (Voluntary Returns Service – VRS, em sua sigla em inglês) que oferece ajuda financeira e passagem aérea em voos comerciais para os estrangeiros sem autorização legal para permanecer no país.

“O processo de retorno voluntário proposto pelo Reino Unido coaduna-se com os princípios da assistência consular brasileira que, em casos específicos, também financia a viagem de brasileiros em situações de desvalimento no exterior, além de contar com parceira de natureza semelhante com a Organização Internacional para Migrações (OIM). O consentimento brasileiro ao programa baseia-se no requisito de que a participação dos nacionais é voluntária e poderá ser revisto, a qualquer tempo, caso esses termos sejam alterados”, acrescentou o Itamaraty.

Segundo o jornal britânico The Guardian, que apurou o número de 600 brasileiros supostamente deportados, nunca houve um número tão grande de pessoas de uma mesma nacionalidade retirados do Reino Unido.

A organização de direitos humanos Coalizão de Latino-Americanos no Reino Unido (CLAUK) viu a ação com preocupação devido aos “níveis sem precedentes de retornos voluntários entre os brasileiros. Entre elas, muitas crianças que foram instaladas nas escolas estão agora arrancadas”.

A coalisão alerta que faltam dados oficiais sobre os latino-americanos que participam do programa para saber se os imigrantes tiveram seus direitos respeitados.

“O governo deve responder aos pedidos do nosso setor por caminhos justos, acessíveis e seguros para a cidadania e o estabelecimento de muitas comunidades que chamam o Reino Unido de lar”, concluiu a organização.

Mercado financeiro eleva previsão da inflação de 4,63% para 4,71%

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,63% para 4,71% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (2), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 4,34% para 4,4%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,81% e 3,5%, respectivamente.

A estimativa para 2024 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua e, assim, o CMN não precisará mais definir uma meta de inflação a cada ano. O colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em outubro, puxada principalmente pelos gastos com habitação e com alimentos, a inflação no país foi de 0,56%, após o IPCA ter registrado 0,44% em setembro. De acordo com o IBGE, em 12 meses o IPCA acumula 4,76%. A inflação de novembro será divulgada pelo instituto no próximo dia 10.

Juros básicos
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o colegiado aumentar o ritmo de alta dos juros na última reunião, no início deste mês.

A alta consolida um ciclo de contração na política monetária. Após passar um ano em 13,75% ao ano, entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, começando a aumentar a Selic na reunião de setembro, quando a taxa subiu 0,25 ponto.

A próxima reunião do Copom está marcada para 10 e 11 de dezembro, quando os analistas esperam novo aumento da taxa básica. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 11,75% ao ano.

Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica suba para 12,63% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida para 10,5% ao ano e 9,5% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano está subiu de 3,17% para 3,22%. No segundo trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) surpreendeu e subiu 1,4% em comparação com o primeiro trimestre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta foi de 3,3%.

Para 2025, a expectativa para o PIB é de crescimento de 1,95%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2% para os dois anos.

Em 2023, também superando as projeções, a economia brasileira cresceu 2,9%, com valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido de 3%.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,70 para o fim deste ano. No fim de 2025, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,60.

Edital Funcultura Geral 2023-2024 aprova 243 propostas com mais de R$ 15 milhões de investimento

O Governo do Estado de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), anunciou o resultado final do Edital Funcultura Geral 2023/2024. Ao todo foram selecionadas 243 propostas somando R$ 15.657.540,73 em incentivo.

Acesse todos os documentos relacionados ao Edital Funcultura Geral 2023/2024 no link:
https://www.cultura.pe.gov.br/editais/funcultura-geral-20232024/

Foram aprovadas propostas nas seguintes linguagens artísticas: Cultura Popular e Tradicional (45), Teatro (32), Patrimônio Cultural (28), Artes Visuais (25), Dança (22), Circo (19), Fotografia (18), Literatura (16), Artesanato (12), Design e Moda (12), Artes Integradas (7), Gastronomia (6) e Ópera (1). Do total de propostas aprovadas na análise de mérito do edital, 208 foram apresentadas por pessoas físicas, 18 por pessoas jurídicas e 17 por microempreendedores(as) individuais (MEIs).

Nessa edição o edital registrou inicialmente a inscrição no site Mapa Cultural de Pernambuco de 957 propostas, sendo 56 (5,85%) duplicadas, resultando em 901 (94,15%) de inscrições válidas.

Quanto à linguagem foram aprovadas 45 propostas de Cultura Popular; 32 de Teatro; 28 de Patrimônio; 25 de Artes Visuais; 22 de Dança; 19 de Circo; 18 de Fotografia; 16 de Literatura; 12 de Artesanato; 12 de Design & Moda; 7 de Artes Integradas; 6 de Gastronomia; e 1 de Ópera.

REGIONALIZAÇÃO – Na análise geográfica por macrorregião do Estado, a Região Metropolitana do Recife (RMR) conta com 114 propostas aprovadas. Outras 54 representam o Sertão, 31 a Zona da Mata e 44 o Agreste. Já quanto à Região de Desenvolvimento (RD) as propostas estão assim distribuídas: 114 na RMR; 26 na Zona da Mata Norte; 26 no Agreste Central; 23 no Sertão do Moxotó; 21 no Sertão do Pajeú; 11 no Agreste Meridional; 7 no Sertão do São Francisco; 7 no Agreste Setentrional; 5 na Zona da Mata Sul; 1 no Sertão Central; 1 no Sertão do Araripe e 1 no Sertão de Itaparica.

A inclusão social dos recursos disponibilizados pelo edital também foi verificada por meio da acessibilidade prevista para o produto final: há 189 propostas habilitadas com recursos de libras; audiodescrição está presente em 92 propostas; 82 preveem legendagem; outras 16 contam com sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão, mais conhecido como braile; e 136 (43,04%) propõem outros recursos.

De acordo com a identidade de gênero dos(as) proponentes, 105 se declararam mulheres, 66 homens, 11 não bináries ou outra variabilidade e 3 mulheres trans que se identificam com outra expressão de gênero. Já 58 preferiram não informar.

Ainda entre os(as) proponentes, 130 (53,50%) contemplados(as) se autodeclararam pretos ou pardos; 25 (10,29%) integrantes de povos e comunidades tradicionais ou originárias; 4,53% pessoas com deficiência (PcDs).

Prefeito Sivaldo Albino assina Ordens de Serviço (OS) para mais pavimentações na Cohab 3 (Bela Vista) e novas praças em São Pedro e Manoel Chéu

O prefeito Sivaldo Albino, assinou na manhã desta quinta (28), durante solenidade no Palácio Celso Galvão, mais três importantes Ordens de Serviço (OS) para pavimentação de cinco ruas na Cohab 3 (Bela Vista) e a para construções de dois novos espaços de lazer, sendo um no bairro de Manoel Chéu e outro no distrito de São Pedro. Somadas, as autorizações para início das obras somam R$ 1.003,685,69, que serão aplicados através de recursos próprios.

PAVIMENTAÇÃO

As ruas Estrada de São Pedro (trecho), Fernando Moreira de Oliveira, José Amaury Pereira, Leopoldino Cardoso Filho e Projetada (trecho), irão receber melhorias na infraestrutura através da implantação de paralelepípedos e drenagem de águas pluviais. Com a pavimentação aplicada, os moradores passarão a ter uma qualidade de vida melhor, evitando problemas em períodos chuvosos.

PRAÇAS

No bairro de Manoel Chéu, o espaço de lazer será instalado entre a Rua das Orquídeas e Oscar Francisco. Contando com novo piso, iluminação em LED, bancos, vegetação e a preservação das árvores existentes. O projeto busca aproveitar a área, antes ociosa, tornado a mesma uma oportunidade para descanso, passeio e encontro da comunidade, além de servir como pátio do templo religioso, onde os fiéis poderão esperar o início das celebrações das missas e se reunir ao final delas.

Já no Distrito de São Pedro, a nova praça que ficará localizada na Avenida Deputado Aluísio Pinto, contará com uma área de 758,59m². A proposta de integração do espaço, contará com bancos e mesas, a fim de garantir a interação dos moradores da localidade, playground infantil, implantação de árvores e jardins, iluminação LED e mobiliário.

Os projetos foram desenvolvidos pelos arquitetos Ayrton Bruno e Mariah Amaral, da secretaria de Planejamento e Orçamento, e contam com o prazo de 90 e 180 dias para conclusão das obras, respectivamente. As empresas já estão autorizadas a iniciarem os serviços assinados nesta quinta na sede do Governo Municipal.

Endividamento familiar cresce 13% nas capitais brasileiras em dois anos, aponta FecomercioSP

Ainda que o índice de endividamento das capitais brasileiras tenha se mantido intacto nos últimos dois anos, com 78% de lares endividados, o número absoluto de famílias convivendo com contas atrasadas nessas cidades subiu 12,8% no mesmo período — passando de 11,28 milhões de lares nessa situação, em 2022, para 12,73 milhões, agora [tabela 1]. Os dados fazem parte de um estudo produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base em relatórios do IBGE, da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e da própria Entidade.

Isso significa que 1,45 milhão das famílias nas capitais brasileiras passaram a ter dívidas ativas nesse intervalo, como fatura do cartão de crédito, boletos do varejo ou financiamentos de carros e imóveis.

De acordo com a FecomercioSP, a principal explicação para esse fenômeno é geográfica, já que houve aumento populacional desses centros urbanos nos últimos anos, crescendo, também, a quantidade de lares. Assim, embora a proporção de casas endividadas tenha se mantido estável, a elevação do número de famílias impactou a quantidade de gente endividada nesses locais.

No entanto, os efeitos econômicos desse fato não são tão positivos, na visão da Entidade. Quanto maior o número de famílias convivendo com dívidas, mais caro fica o crédito no mercado, elevando, como consequência, o risco de inadimplência, principalmente em um cenário de juros altos ou inflação pressionando o consumo.

Há, ainda, variações importantes entre as cidades que exigem interpretações localizadas dessa conjuntura. Em São Paulo, onde há o maior número absoluto de famílias endividadas (2,88 milhões, segundo os dados), a explicação está no crescimento populacional. É o mesmo caso no Rio de Janeiro, com 2,02 milhões de famílias nessa situação, ou no Distrito Federal, onde essa quantidade é de 765,8 mil lares.

O sinal de alerta acende quando o aumento do endividamento atinge áreas fora dos grandes centros, como Vitória e Boa Vista, onde o número subiu 13,3%. Nesses locais, é essencial que as autoridades promovam educação financeira e que as famílias controlem melhor o uso de crédito no orçamento.

DE PORTO ALEGRE A BELÉM

Se a capital mais austral do Brasil é também a mais proporcionalmente endividada do País, com 91% de famílias nessa situação, Belém — no ponto mais ao Norte — é a que apresenta a menor taxa (69%). No primeiro caso, o dado até aponta uma queda em relação aos anos anteriores — quando chegou a 96% das famílias, no ano passado, por exemplo. A metrópole paraense, por sua vez, viu seu indicador subir 8 pontos porcentuais (p.p.) ao longo de um ano, indicando uma alta significativa do endividamento local.