Casos de hepatite A diminuem 72% entre 2015 e 2018

Finalizando o julho amarelo, mês de conscientização sobre as hepatites virais, o Programa Estadual de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/Aids/HV) lança novo boletim epidemiológico com informações sobre as enfermidades. O documento é produzido anualmente e traz uma análise detalhada sobre o comportamento das hepatites em Pernambuco.

O boletim epidemiológico traz dados sobre os três tipos de hepatites virais em circulação em Pernambuco. Chama a atenção a redução de 72% nas ocorrências da hepatite A, entre 2015 e 2018, principalmente pela vacinação de crianças, implantada no Brasil desde 2014. A transmissão da doença é feco-oral, por alimentos ou água contaminada, ou sexual.

“Tivemos uma redução importante nos casos de hepatite A, mostrando a eficácia da vacinação no público infantil. Contudo, os profissionais de saúde precisam continuar atentos para notificar as suspeitas”, ressalta o diretor geral de Controle de Doenças Transmissíveis da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), George Dimech. A vacinação contra a hepatite A deve ser aplicada em meninos e meninas de 15 meses, podendo ser feita até os 4 anos. Nos últimos dois anos, mais de 80% das crianças com 1 ano foram vacinadas contra a enfermidade.

Já a hepatite B apresentou um aumento de 27% entre 2015 e 2018. A principal forma de contágio é pela relação sexual sem preservativos, pelo sangue – compartilhamento de objetos perfurocortantes – ou passada da mão para o filho durante a gravidez (congênita). “Vem sendo notado, em todo o Brasil, um aumento de casos das infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, gonorreia e a própria hepatite B. Isso ratifica a importância do uso do preservativo em todas as relações sexuais”, afirma Dimech.

O tipo B também tem vacina disponível no calendário vacinal para toda a população. Todo recém-nascido deve receber a primeira dose logo após o nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida. Em seguida, mais três doses, aos 2, 4 e 6 meses de vida. Se a gestante tiver hepatite B, o recém-nascido deverá receber, além da vacina, a imunoglobulina contra a hepatite B, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmissão de mãe para filho.

Para a população em geral, que não completou o esquema na infância ou não sabe, devem ser feitas três doses da vacina contra a hepatite B: a segunda dose deve ser aplicada 30 dias após a primeira e, a terceira, seis meses após a primeira.

Em relação à hepatite C, os casos de 2015 e 2018 foram iguais: 198. Esse é o único tipo que não possui vacina. A doença é prioritariamente transmitida pelo contato com sangue contaminado, vias sexuais e transmissão vertical (da mãe para o bebê).

DOCUMENTO – O boletim epidemiológico produzido pelo Programa Estadual de IST/Aids/HV traz informações detalhadas sobre as hepatites A, B e C desde o ano 2000. O material apresenta a distribuição das ocorrências por sexo e faixa etária, além dos municípios com maior incidência (número de casos em relação à população). O material está disponível para visualização no http://bit.ly/2YtmueQ.

ATIVIDADES – Durante o mês de julho, diversos municípios pernambucanos receberam uma Jornada de Hepatites Virais, com intuito de capacitar os profissionais da Atenção Primária da cidade e da região sobre o manejo clínico do paciente com hepatite, além de oficina sobre aconselhamento. Além disso, em diversas localidades também foram ofertados testes rápidos das hepatites B e C, além de HIV e sífilis. Para finalizar o mês, as testagens serão disponibilizadas na Praça do Derby (em frente a Subway), no Recife. A ação ocorre das 9h às 15h, dentro do ônibus do Projeto Prevenção para Tod@s e com capacidade para atender 100 pessoas.

O atendimento dura, em média, 30 minutos, tempo pra fazer a testagem e para o aconselhamento sobre práticas sexuais saudáveis. Os pacientes positivos para HIV já saem da ação com encaminhamento para a rede de tratamento. Já para os positivos para sífilis e hepatites B e C, a equipe fará a solicitação de um teste laboratorial para conclusão do caso.

DADOS

HEPATITE A
2015: 69
2016: 26
2017: 22
2018: 19

HEPATITE B
2015: 170
2016: 201
2017: 190
2018: 217

HEPATITE C
2015: 198
2016: 205
2017: 235
2018: 198

Preso no MS mandante da morte do promotor Thiago Faria

Condenado a 50 anos de prisão e foragido há cinco meses, foi preso na manhã desta segunda-feira (29), em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, o fazendeiro José Maria Rosendo. Ele é apontado pela Justiça como o mandante da morte do promotor do Ministério Público de Pernambuco Thiago Faria Soares, em outubro de 2013.

Zé Maria, como é conhecido, havia escapado da Penitenciária Professor Barreto Campelo, em 14 de fevereiro deste ano. Thiago atuava na cidade de Itaíba, no Agreste pernambucano. O foragido foi condenado pela morte do promotor, e pelas tentativas de homicídio contra a então noiva do promotor, Mysheva Martins, e o tio dela, Adautivo Martins.

Folhape

Sesc Arcoverde realiza III Feira Jovens Empreendedores Primeiros Passos

Apresentar o empreendedorismo trabalhado em sala de aula com alunos. Essa é a proposta da terceira Feira Jovens Empreendedores Primeiros Passos, que o Sesc Arcoverde vai promover nesta quarta-feira (31/07), a partir das 9h, no Centro Educacional Maria Vitória Lima dos Santos. No dia, alunos do Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos – EJA vão apresentar e comercializar seus produtos e serviços com entrada aberta ao público.

A Feira terá a participação de aproximadamente 250 alunos do Sesc, que vão colocar em prática tudo o que aprenderam sobre o gerenciamento de negócios. O JEPP deste ano tem como tema “Empreendedorismo na escola é um convite para a mudança cultural”. Terá venda de ervas aromáticas, de temperos naturais e lanches, além de locação de cama elástica, sinuca e pebolim e oficina de brinquedos ecológicos.

Os estandes serão montados no Centro Educacional. “É um momento marcante de aprendizagem e conhecimento que realizamos, motivando os comportamentos empreendedores de forma a estimular o protagonismo infantojuvenil”, afirma a professora de Educação Infantil da unidade, Maria Adrianna Freitas e Silva.

Projeto – O JEPP, idealizado em parceria com o Sebrae, tem como objetivo promover o estímulo à criatividade e ao pensamento criativo, incentivando cada um dos alunos a alcançar a realização de seus sonhos. Durante as aulas, os professores trabalharam questões ligadas aos comportamentos empreendedores, para estimular o protagonismo juvenil, a fim de que possam vislumbrar possibilidades de inserção no mercado de trabalho. Há também aulas em que os jovens empreendedores desenvolvem um plano de negócios.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 20 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Obra do pontilhão do bairro João Mota chega a sua etapa final

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Obras, informa que as obras do pontilhão do Canal dos Mocos, mais precisamente, nas ruas João Francisco Lisboa e São Nicolau de Mira, localizadas no bairro João Mota, seguem em ritmo acelerado, com previsão de liberação para passagem de pedestres ainda no começo desta semana.

O pontilhão é o quarto da obra, sendo um total de seis. Os serviços tiveram início no mês de junho, com previsão de conclusão de até 90 dias. A obra tende a evitar a incidência das inundações e cheias ao longo dos bairros por onde passa o canal, sendo eles: Caiucá, João Mota, Kennedy, Boa Vista e Panorama, proporcionando melhores condições de vida à população ribeirinha e áreas afetadas.

Após a liberação para o trânsito de pedestres, o local ainda passará pelo período de cura dos serviços, o equivalente a 30 dias para, assim, ter a liberação de veículos, concluindo mais um pontilhão na cidade.

Principal via do Residencial Baraúnas passa por manutenção

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Obras, informa que, nesta quarta-feira (30), a Avenida João Soares de Lira, principal via que dá acesso ao Residencial Baraúnas, será interditada para o início dos serviços de reposição de calçamento, limpeza e manutenção dos dispositivos de drenagem, além de ações voltadas para o conserto de bueiros na localidade.

A interdição terá início logo no começo da manhã e terá duração de, aproximadamente, 28 dias, com previsão de conclusão até o dia 23 deste mês. As execuções fazem parte do cronograma de serviços emergenciais e acontecerão com obras durante todo o decorrer do dia, de acordo com as condições climáticas.

Asces-Unita oferece vagas para turmas a iniciar no segundo semestre

Oportunidade para quem quer estudar na Asces-Unita ainda este ano. A Instituição está com vagas disponíveis para formação de turmas do 1º período nos cursos de Direito, Educação Física (Bacharelado), Enfermagem, Farmácia e Odontologia.

Podem se inscrever os interessados que sejam portadores de diploma, que estejam estudando em outra instituição ou aqueles que tenham nota do ENEM. As inscrições devem ser feitas até o dia 31 de julho, diretamente na Secretaria Acadêmica da IES, que funciona na Avenida Portugal, 584, Bairro Universitário.

As aulas iniciam no dia 05 de agosto de 2019. Mais informações podem ser conferidas no site www.asces-unita.edu.br.

Bolsas disponíveis

Também estão disponíveis bolsas por meio dos programas Educa+ Brasil e no Quero Bolsa. Quem quiser concorrer, basta acessar os sites www.educamaisbrasil.com.br e www.querobolsa.com.br para conferir os descontos oferecidos e demais condições.

CNJ terá de gastar R$ 2,4 milhões ao ano com sede antiga

Mesmo tendo optado por alugar, a um custo de R$ 23,3 milhões ao ano, um novo prédio para abrigar sua sede, conforme revelou no domingo (28), o jornal O Estado de S. Paulo, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vai precisar continuar utilizando parte das atuais instalações para abrigar a sua área de processamento de dados. O gasto estimado para manter o local é de R$ 2,4 milhões ao ano.

O imóvel, localizado na região central de Brasília, é o maior de três blocos, com cinco andares, e foi cedido pela União. A necessidade de continuar utilizando o prédio público, mesmo tendo decidido alugar um imóvel de duas torres, mais amplo, ao lado da Praça dos Três Poderes, se deve ao fato de a nova instalação não conter um local adequado para receber a sala-cofre do CNJ.

Em 2011, o conselho construiu, no atual endereço, uma sala de 57 metros quadrados que abriga todos os processos sigilosos. Tudo fica guardado em potentes computadores.

Ao calcular as vantagens e desvantagens de mudar para um novo prédio, a área de planejamento do CNJ pondera, em ofício interno: “É oportuno salientar que, caso o CNJ alugue o referido edifício, ainda assim terá que manter parte da estrutura do Bloco B, como é o caso da Sala Cofre”.

A maior parte dos gastos mensais com a sala será com segurança armada, já que, com a mudança da sede, uma equipe de vigilantes precisará ser deslocada especialmente para vigiar o sistema sigiloso. Essa equipe, para vigiar especificamente a sala-cofre, vai custar por mês R$ 142.346. O CNJ também vai ter que desembolsar R$ 14.156 de energia e R$ 16 mil com custos de limpeza.

Desde a construção, em 2011, pelo valor de R$ 8,6 milhões, a sala-cofre já passou por diversos reparos. O último foi um suporte técnico, feito em maio de 2018, que custou R$ 541 mil.

No local estão concentrados os sistemas computacionais do CNJ. A sala possui vedação específica contra riscos de inundação e incêndio e proteção contra fogo, calor excessivo, explosivos, fumaça, água e arrombamento.

Ministério diz que não está prevista ida de Moro à terra indígena

O Ministério da Justiça disse que não há previsão de o ministro Sergio Moro ir até Pedra Branca do Amapari (AP) acompanhar os desdobramentos da invasão de garimpeiros em terras indígenas. De acordo com a assessoria da pasta, o ministro não falou com a prefeita da cidade, Beth Pelaes (MDB).

Mais cedo, a prefeita havia dito que Moro confirmara que iria ao local. No início da semana, um cacique da etnia Wajãpi foi encontrado morto com sinais de facada em meio ao conflito.

Já a ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) disse que se colocou à disposição para ir até a área. Damares afirmou que conhece a prefeita e que está em contato com ela e com a Funai.

O governo enviou uma medida provisória no início do ano que ligava a Funai à pasta de Damares, mas o Congresso Nacional devolveu o órgão e a demarcação de terras indígenas ao Ministério da Justiça. Em maio, Damares disse que iria “brigar” para manter a Funai na sua pasta e Moro chegou a dizer que não tinha interesse em ter a fundação ligada a seu ministério.

A assessoria do Palácio do Planalto ainda não se manifestou sobre o tema.

Inquérito
Neste domingo (28), a Polícia Federal abriu inquérito para investigar a invasão de garimpeiros em uma aldeia indígena da etnia Wajãpi. A PF chegou ao local hoje com equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar e da Fundação Nacional do Índio (Funai). A área fica no município de Pedra Branca do Amapari, 189 km da capital Macapá.

A invasão dos garimpeiros teve início há cerca de cinco dias, mas o acompanhamento in loco das autoridades só começou após lideranças indígenas e moradores pedirem ajuda através de mensagens de celular, que repercutiram entre políticos e artistas nas redes sociais. No início da semana, o cacique Emyra Wajãpi foi encontrado morto com sinais de facadas.

De acordo com a equipe da Funai na região, a invasão começou na última terça-feira, quando foi confirmada a morte do cacique. O grupo de cerca de 15 invasores está armado e ocupou as imediações da aldeia Yvytotõ. Os moradores da região tiveram que se abrigar em outra aldeia vizinha, chamada Mariry. Também há relatos de ameaças com arma de fogo contra outros moradores nos últimos dias.

“Com base nas informações coletadas pela equipe em campo, podemos concluir que a presença de invasores é real e que o clima de tensão e exaltação na região é alto. Nesse caso, solicitamos articulação da Presidência da Fundação Nacional do Índio e da Diretoria de proteção Territorial (DPT) junto ao Departamento de Polícia Federal (DPF) e/ou Exército Brasileiro, para planejamento e execução de ação emergencial para apurar denúncias tratadas neste processo”, diz o memorando.

Apesar da mensagem da coordenadoria regional ter sido publicado ontem, a assessoria de imprensa da Funai na esfera federal divulgou uma nota no mesmo dia falando em “suposta invasão”. Questionada, a assessoria informou que, naquele momento, ainda não havia confirmação da PF se realmente havia ocorrido uma invasão.

“A Coordenação Regional da Fundação Nacional do Índio no Amapá encaminhou para a presidência do órgão nesse sábado (27) memorando informando sobre um possível ataque à Terra Indígena Waiãpi. Por se tratar de um local de difícil acesso, a Funai alertou os órgãos de segurança da área para se certificar da veracidade das informações”, diz nota da Funai.

“Neste domingo, após a chegada de servidores da Fundação, da Polícia Federal e do BOPE, foi aberto inquérito pela PF para apuração da morte de um cacique que foi a óbito na semana passada. Servidores da Funai encontram-se no local e acompanham o trabalho da polícia. Assim que tivermos informações oficiais sobre o caso, atualizaremos”, afirma outro trecho do texto divulgado pela Funai hoje.

Agência Estado

Risco de morte por febre amarela pode ser identificado mais cedo

Rio de Janeiro – Rio Imagem abre posto de vacinação contra a febre amarela, no centro do Rio, com funcionamento das 7 às 22h. (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Pesquisa desenvolvida pela Universidade de São Paulo (USP) e Instituto Emílio Ribas identificou quatro fatores que indicam risco de morte em pacientes com febre amarela.

Idade avançada, contagem de neutrófilos elevados (células sanguíneas que fazem parte do sistema imune inato), aumento da enzima hepática AST e maior carga viral são os marcadores que apontam o risco de uma evolução grave da doença. O estudo destaca que, de cada 100 pessoas que são picadas por mosquitos infectados com o vírus da febre amarela, 10% desenvolverão sintomas da doença, e 30% podem morrer.

“O que mais nos deixava perplexos é que a maioria dos pacientes chegava bem, apenas se queixando de mal-estar, dor pelo corpo e febre, e, dias depois, alguns deles morriam. É uma doença de evolução muito rápida. Era um desafio determinar, na entrada do paciente, qual seria aquele que evoluiria muito mal da doença e qual seria aquele que teria uma evolução mais favorável. Foi isso que a gente abordou nesse trabalho”, explicou Esper Georges Kallás, professor do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP.

Outros 19 pesquisadores, apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), assinam o estudo, publicado na revista científica Lancet.

Kallás aponta que amostras para análises foram coletadas em pacientes durante o surto de febre amarela em São Paulo no ano passado.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, em 2019, até 3 de junho, foram registrados 66 casos autóctones de febre amarela silvestre no estado e 12 deles evoluíram para morte.

Em 2018, foram confirmados 504 casos autóctones em várias regiões do estado, dos quais 176 resultaram em morte. Também houve 261 epizootias (morte ou adoecimento de primatas não humanos).

Entre 11 de janeiro e 10 de maio de 2018, 118 pacientes com suspeita de febre amarela foram internados no Hospital das Clínicas e outros 113 no Emílio Ribas.

Diagnóstico

Após a confirmação do diagnóstico, o estudo se concentrou em 76 pacientes (68 homens e 8 mulheres). Dos 76 pacientes, 27 (36%) morreram durante o período de 60 dias após a internação hospitalar.

Onze pacientes com contagem de neutrófilos igual ou superior a 4.000 células/ml e carga viral igual ou superior a 5.1 log10 cópias/ml (ou seja, aproximadamente 125 mil cópias do vírus por mililitro de sangue) morreram, em comparação com três mortes entre os 27 pacientes com contagens de neutrófilos menor que 4.000 células/ml e cargas virais de menos de 5.1 log10 cópias/ml (menos de 125 mil cópias/ml).

Os pesquisadores puderam constatar também que a coloração amarelada na pele dos doentes, característica conhecida da doença, não é um marcador de severidade no momento da entrada do paciente no hospital.

“A coloração amarelada, consequência da destruição das células do fígado pelo vírus, só aparece em casos em piora avançada. Em nosso estudo, nenhum dos pacientes que veio a óbito chegou no hospital ostentando coloração amarelada”, disse Kallás.

Para identificar três dos marcadores, excluindo a idade, são necessários exames em laboratório. De acordo com o professor, o que mede a quantidade de neutrófilos e o aumento da enzina hepática são exames simples com resultado em, no máximo, uma hora.

“O mais difícil é a carga viral do vírus da febre amarela que é um ensaio experimental. Ele foi desenvolvido para esse estudo, e não é popularizado. Não está disponível em laboratórios de análise clínicas habitualmente”, explicou. Ele avalia que a disponibilidade do exame auxiliaria não só na identificação do marcador, mas no próprio diagnóstico.

Em casos de novos surtos de febre amarela, os resultados encontrados no estudo permitem agora que os médicos façam uma triagem de pacientes nos momentos de entrada nos serviços de saúde, identificando aqueles que potencialmente podem evoluir para casos mais severos. Assim, é possível antecipar internações nas unidades de terapia intensiva, aumentando as chances de sobrevivência.

Massa crítica

“Estamos criando uma massa crítica de informações que vai ajudar o médico na hora que avaliar o paciente, inicialmente quem vai melhor, quem vai pior e otimizar a disponibilização de recursos no hospital. Evidente que auxilia a melhorar a assistência a saúde dessas pessoas”, disse o pesquisador.

Outra consequência da descoberta é a hipótese de que remédios antivirais podem auxiliar no tratamento da febre amarela.

“Pela primeira vez é descrita a associação da quantidade de vírus [carga viral] com doença pior”, disse Kallás.

Segundo o pesquisador, outros projetos já avaliam medicações que poderiam ser usadas neste caso.

“Se chega um paciente com febre amarela bem no começo, será que se a gente der um remédio antiviral não corta a multiplicação do vírus e melhora o prognóstico dessa pessoa? Já que a quantidade de vírus é um fator, isso tem o potencial de mudar a história de sobrevivência na febre amarela se a gente achar um remédio que for eficaz”, finalizou.

Agência Brasil

PM reage a assalto e termina baleado em Gravatá

A Polícia Militar de Pernambuco divulgou, neste domingo, que um PM lotado na 5ª Companhia Independente foi vítima de tentativa de assalto no bairro de Salgadão, em Gravatá, no Agreste.

O policial, que estava de folga, reagiu à ação, mas foi alvejado por disparos no abdômen e na perna. Ele foi interceptado por quatro suspeitos, do quais dois estavam armados com espingardas calibre 12, quando trafegava com sua motocicleta. A vítima, que não teve seu nome divulgado, segue internado no Hospital da Restauração, no Recife, por onde passou por uma cirurgia. Seu quadro é considerado estável.

Diario de Pernambuco