Senado terá número recorde de candidatos à reeleição

Agência Estado

A eleição para o Senado neste ano deve ter um número recorde de candidatos em busca da reeleição. Dos 54 parlamentares eleitos em 2010, ao menos 35 deles ou 65% devem tentar renovar seus mandatos por mais oito anos.

Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo mostra ainda que sete senadores não se decidiram sobre que cargo disputar, cinco vão concorrer a governos estaduais, outros cinco resolveram não se candidatar a nada e dois planejam trocar o Senado pela Câmara dos Deputados.

Na comparação com eleições anteriores, em que 2/3 das vagas do Senado também foram trocadas, o pleito de outubro terá o maior número de senadores tentando se reeleger dos últimos 24 anos. Dados do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostram que em 2010 a taxa de recandidaturas foi de 53,7% (29 parlamentares), em 2002 chegou a 61% (33) e, em 1994, ficou em 37% (20). Nesses anos foram eleitos dois senadores por Estado.

O resultado do levantamento confirma um retrato já observado em relação à Câmara. Em abril, o Estado revelou que ao menos 447 deputados (90%) vão tentar a reeleição, também número recorde. Isso quer dizer que, em tempos de Operação Lava Jato, fim das doações empresariais e redução do tempo de campanha, a renovação do Congresso pode ser menor.

A Lava Jato, especificamente, atingiu 24 senadores eleitos em 2010. Desse grupo, 70% ou 17 parlamentares vão buscar mais um mandato em outubro. Seriam os casos dos campeões de inquéritos abertos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com base nas delações da Odebrecht: o líder do governo de Michel Temer, Romero Jucá (MDB), e o ex-presidente do PSDB Aécio Neves.

Jucá deve concorrer ao quarto mandato consecutivo. Líder no Senado dos governos dos últimos quatro presidentes – Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer -, o emedebista terá de pôr à prova sua influência em Roraima e convencer o eleitorado de que as acusações contra ele, entre elas lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, são “armação” da Procuradoria-Geral da República, como costuma afirmar.

A vantagem de Jucá é que, diferentemente de Aécio Neves, ele precisaria convencer 120 mil eleitores para se reeleger. Roraima tem o menor colégio eleitoral do País, com 324 mil pessoas aptas a votar ou 0,22% do total. Já o tucano precisaria de 5 milhões de votos, em média, para ser reeleito em Minas – em 2010, obteve 7,5 milhões de votos.

Após ser gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, da J&F, ver sua irmã presa e seu mandato sob risco, Aécio ainda avalia se disputará algum cargo na eleição. Atual presidente do PSDB e presidenciável do partido, Geraldo Alckmin já declarou que o melhor seria o senador se afastar das urnas – ele nega as acusações. A decisão, no entanto, ainda não foi tomada. Uma possibilidade cogitada é trocar o Senado pela Câmara pelo risco menor de derrota.

Risco

Presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann está em posição semelhante à de Aécio Neves. Não quer arriscar a reeleição pela possibilidade da derrota – ela já é ré na Lava Jato -, mas procura outra opção a fim de evitar perder mandato. A mais provável é disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. No entanto interlocutores do PT também acreditam que ela poderá ser escolhida como vice caso a sigla lance uma chapa pura encabeçada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, à Presidência da República.

Para o cientista político Marco Antonio Teixeira, da FGV, para ser candidato ao Senado é preciso estar em uma boa posição não apenas perante o eleitor, mas também no partido e com as coligações. “Nestes casos, de Aécio e Gleisi, é mais simples tentar uma vaga na Câmara, onde há uma competitividade menor.” A lógica seria direcionar recursos para uma candidatura que tem mais chances de dar certo.

O senador Hélio José (PROS-DF), suplente do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), confirmou que tentará a Câmara. Mas disse que não é pelo temor de não se reeleger. “Teria totais condições de ser senador, mas o objetivo é representar o povo no Congresso.”

Entre os senadores que abriram mão de disputar as eleições deste ano estão dois ministros do governo de Michel Temer – Blairo Maggi (PP), da Agricultura, e Aloysio Nunes (PSDB), das Relações Exteriores -, Zezé Perrella (PTB) e o suplente Roberto Muniz (PP), que assumiu o mandato no Senado em definitivo. Com exceção de Muniz, todos os outros são investigados pela Operação Lava Jato.

Cargos no Executivo

Sem o risco de ficar sem cargo, mais da metade dos 27 senadores eleitos em 2014 e, portanto, donos de mais quatro anos de mandato, vai disputar um cargo executivo neste ano. Segundo levantamento do Estado, 15 deles se apresentam como pré-candidatos a governadores e dois estão na briga pelo Palácio do Planalto. São eles o ex-presidente Fernando Collor (PTC) e Alvaro Dias (Podemos).

Entre os que buscam governos estaduais, Romário (Podemos-RJ) é um dos que enfrentam posição favorável, liderando as pesquisas de intenção de voto. Para Maurício Fronzaglia, professor de ciências políticas do Mackenzie, o desgaste da classe política no Estado é maior que em outras regiões do País, o que fortalece o ex-jogador. Na avaliação de Carlos Melo, cientista político do Insper, senadores que tentam se tornar governadores têm a chance de usar a eleição, se não para ganhar, para fortalecer seu grupo político. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Gastronomia típica das festas juninas é servida no Restaurante Luiz Lua Gonzaga

As festas juninas inspiram a todos em Caruaru. As ruas estão enfeitadas com bandeirolas e balões, o comércio se agita com os consumidores em busca de roupas novas, os mercados se enchem de produtos típicos da época. Neste aspecto, a produção de alimentos é impulsionada por delícias feitas, principalmente, com milho verde. O Restaurante Luiz Lua Gonzaga, do Sesc Caruaru, também entrou no clima e está oferecendo um cardápio recheado de alimentos que estão presentes nas mesas durante os festejos juninos.

São oferecidos bolo de milho, canjica, queijadinha, cocada, pé-de-moleque, entre outros. Os preços variam entre R$ 3 e R$ 4. No almoço, pratos regionais são servidos de segunda a sexta, das 11h30 às 14h30. À noite, durante o jantar, que vai das 18h às 19h30, são oferecidos sopas, cuscuz e outras refeições também alusivas às tradições do período.

A produção das refeições é feita por 17 funcionários do Sesc que iniciam os trabalhos sempre às 7h, diariamente. Todos têm acompanhamento da nutricionista Márcia Roberta de Oliveira Santos que está na unidade, todos os dias, das 9h às 18h. “Aqui, todo alimento é supervisionado e todo o processo na cozinha é setorizado. Adotamos rigorosas técnicas de higienização para que nossos clientes possam ter refeições com alta qualidade, o que faz do Restaurante Luiz Lua Gonzaga um dos mais bem conceituados da cidade”, explica.

Sesc – O Serviço Social do Comércio (Sesc) foi criado em 1946. Em Pernambuco, iniciou suas atividades em 1947. Oferece para os funcionários do comércio de bens, serviços e turismo, bem como para o público geral, a preços módicos ou gratuitamente, atividades nas áreas de educação, saúde, cultura, recreação, esporte, turismo e assistência social. Atualmente, existem 19 unidades do Sesc do Litoral ao Sertão do estado, incluindo dois hotéis, em Garanhuns e Triunfo. Essas unidades dispõem de escolas, equipamentos culturais (como teatros e galerias de arte), restaurantes, academias, quadras poliesportivas, campos de futebol, entre outros espaços e projetos. Para conhecer cada unidade, os projetos ou acessar a programação do mês do Sesc em Pernambuco, basta acessar www.sescpe.org.br.

Empréstimo para negativados foi alternativa para 16% dos inadimplentes limparem o nome

Tipo de crédito que tem se popularizado por meio de propagandas, o empréstimo para negativados é uma alternativa que muitos consumidores inadimplentes recorrem como última saída para honrar compromissos em atraso. Um levantamento feito em todas as capitais realizado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que 16% dos consumidores que estão ou estiveram com o CPF restrito nos últimos 12 meses admitem ter procurado instituições financeiras que prestam esse tipo de serviço. O percentual sobe para 21% entre os consumidores inadimplentes das classes A e B.

Indagados sobre o porquê de terem contratado esse tipo de empréstimo, que de modo geral, não realiza consultas em serviços de proteção ao crédito, três em cada dez (29%) ouvidos disseram que era a única maneira que eles encontraram para quitar as dívidas. Outros 27% justificaram a rapidez do processo de limpar o nome, ao passo que 25% não conseguiram obter crédito em bancos convencionais.

“De olho nesse mercado de milhões de inadimplentes, muitos bancos e financeiras se especializaram em conceder crédito para quem está negativado. Como é um tipo de empréstimo concedido de forma ágil e que exige o mínimo de burocracia, os juros cobrados nessa modalidade costumam ser elevados, o que requer cuidado do consumidor, que na urgência de contrair uma dívida para quitar outra, pode se atrapalhar ainda mais e ver sua dívida se tornar praticamente impagável”, alerta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Cármem Lúcia assume a Presidência da República

05 05 2017 Rio de Janeiro RJ Brasil – A presidente do STF,Carmem Lucia fala na abertura do seminário: Brasil, brasis, na ABL, foto (Fernando Frazão Agencia Brasil

Agência Brasil

Antes de embarcar, na manhã desta segunda-feira (18), para o Paraguai, onde participa da reunião de Cúpula do Mercosul, o presidente Michel Temer transmitiu o cargo para a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, na Base Aérea de Brasília. Temer retorna ao Brasil ainda hoje, no início da noite.

Na Presidência da República, Cármen Lúcia tem uma agenda de audiências com ministros, embaixadores e um governador. Pela manhã, às 11h, ela recebe o governador do Pará, Simão Jatene, o desembargador Ricardo Ferreira Nunes, do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, e o procurador-geral do Estado do Pará, Ophir Cavalcante Junior.

Na agenda da tarde estão marcadas audiências com o embaixador João Gomes Cravinho, da União Europeia, e Denise Dowling; e com o embaixador da República Eslovaca no Brasil, Milan Cigán. A última audiência do dia será às 16h com a ministra da Advocacia-Geral da União, Grace Maria Mendonça, e o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia.

É a segunda vez que Cármen Lúcia assume a Presidência da República nesse período pré-eleitoral. A primeira foi em abril, quando ocupou o posto durante a viagem de Michel Temer ao Peru, para a 8ª Cúpula das Américas.

Como o cargo de vice-presidente está vago, o primeiro da linha sucessória para assumir o comando do país é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), seguido do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). Pela legislação eleitoral os dois poderiam se tornar inelegíveis para alguns cargos caso ocupem o comando no Executivo nos seis meses que antecedem as eleições. Eles têm então optado por agendar compromissos fora do país quando o presidente Temer faz viagens internacionais.

Valor da cesta básica em Caruaru registra maior alta em um ano

Em maio de 2018, o valor da cesta básica em Caruaru apresentou a maior alta registrada nos últimos 12 meses. É o que mostra a pesquisa mensal feita por alunos dos cursos de Ciências Contábeis e Gestão Financeira do Centro Universitário UniFavip|Wyden. Segundo o levantamento, o custo da alimentação básica do caruaruense apresentou em maio um aumento de 7,72%, chegando a custar R$ 258,32.

Segundo a professora Eliane Alves, responsável pela pesquisa, os itens que mais contribuíram para a alta da cesta básica foram o tomate, a banana e o feijão. Já a margarina e o açúcar registraram queda. Seguindo a tendência dos meses anteriores, a cesta básica de Caruaru continuou apresentando um valor menor que a de Recife. A diferença foi de R$ 78,04.

O comportamento dos preços dos gêneros alimentícios foi de alta em 18 das 20 capitais onde o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos realizou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica. As maiores altas foram registradas nas seguintes capitais: Campo Grande, Florianópolis, João Pessoa e Fortaleza. Já as reduções foram registradas em Manaus e Belo Horizonte. A cesta mais cara do país entre as capitais, novamente, foi a do Rio de Janeiro (R$ 441,62) e a cesta mais barata mais uma vez foi a de Salvador (R$ 327,56).

A pesquisa mostrou ainda que, em maio, considerando o salário mínimo líquido, o trabalhador caruaruense desembolsou 29,43% da sua renda apenas com as despesas de alimentação. De acordo com o Ministério do Trabalho, ao considerarmos que a jornada oficial de trabalho é de 220 horas mensais, o trabalhador de Caruaru, no mês passado, precisou trabalhar 59 horas e 57 minutos.

Setor de Biomedicina do HMV faz campanha de incentivo à doação de sangue

Sensível a necessidade de sangue nos hemocentros e em alusão ao Dia Mundial do Doador de Sangue celebrando em 14 de junho, na última semana o setor de biomedicina do Hospital Mestre Vitalino (HMV) lançou a campanha interna de doação. O objetivo foi mobilizar colaboradores, acompanhantes e visitantes que passam pela unidade.

“Tendo em vista a nossa demanda crescente que gira em torno de 614 hemocomponentes solicitados por mês, faz -se necessário fomentar ainda mais a importância da doação de sangue entre colaboradores, acompanhantes e visitantes. Aproveitamos para agradecer a parceria do Hemope, além do Serviço Social e direção do HMV por sempre abraçarem a causa”, ressaltou Waleska Lima, coordenadora da equipe de biomédicos.

Fifa diz que não houve falta em Miranda no lance que originou o gol da Suíça

A cúpula da arbitragem da Fifa afirma estar “satisfeita” com as decisões tomadas pelos árbitros no jogo entre Brasil e Suíça. A reportagem apurou que, depois de uma revisão da partida, a comissão de Arbitragem e seu diretor não acreditam que houve uma falha evidente. Mas admitem que a tecnologia não vai acabar com as polêmicas e com as subjetividade.

Durante o jogo, no lance que resultou no gol da Suíça, os árbitros na cabine avaliaram a cena, inclusive em câmara lenta. Mas chegaram à conclusão de que não houve uma falta sobre Miranda. Por isso, não chamaram o árbitro em campo. Diante do silêncio, ele manteve sua decisão, que também apontava para o fato de não haver uma falta.

Já no caso de Gabriel Jesus, o mesmo processo ocorreu. Na cabine do VAR, os árbitros retaliaram o lance, mesmo sem que o juiz da partida soubesse. Mas optaram por não alertar o árbitro César Ramos, em comando em campo. Por isso, o lance também seguiu.

Massimo Busacca, diretor de Arbitragem, e Pierluigi Collina, chefe da Comissão de Arbitragem, teriam demonstrado apoio à decisão no jogo. Mas, à reportagem, um dos diretores da Fifa também admitiu que existe uma orientação de que nem todos os lances devem ser alvo de uma reavaliação de vídeo, paralisando o jogo.

Depois de quatro dias do uso da tecnologia numa Copa do Mundo, a percepção é que um dos projetos mais ambiciosos e arriscados da Fifa – a introdução da tecnologia no futebol – por enquanto não acabou com as polêmicas no jogo. Mas apenas as transferiu para outras instâncias.

A avaliação é de membros da comissão de arbitragem da Fifa que vem se reunindo diariamente para avaliar a situação. À reportagem e na condição de anonimato, um dos principais nomes da arbitragem da Fifa não disfarça seu sentimento de que o uso da tecnologia não representa o fim dos debates no futebol.

Não restam dúvidas, segundo a entidade, que os números de erros poderão desabar com o uso da tecnologia. “Quando o debate é se a bola cruzou ou não a linha do gol, teremos uma ajuda fundamental”, disse.

Mas, em algumas ocasiões como no caso do lance entre Miranda e o atacante suíço, a decisão continua sendo subjetiva. “Você pode ver a imagem mil vezes. Mas não há como saber se o toque foi apenas um toque ouse houve força para empurrá-lo”, explicou um dos árbitros. “Do outro lado do computador, continua havendo um ser humano”, comento.

No caso de Miranda, o julgamento do árbitro que estava na tela de vídeo foi de que não havia uma falta e, portanto, não indicou nada ao juiz da partida, em campo.

Esse não foi o único caso de controvérsias. O técnico da Austrália, Bert van Marwijk, criticou o árbitro uruguaio, Andres Cunha, depois de ele optar por dar um pênalti para a França ao rever um lance pelo vídeo. “Espero que um dia haja um árbitro muito honesto”, disse. O lance resultou no segundo gol da França e a vitória por 2 x 1 contra a Austrália.

Após Lava Jato, FI-FGTS mudará forma de investir

Diario de Pernambuco

Com 15% da carteira de R$ 31,8 bilhões do FI-FGTS investidos em grupos investigados pela Justiça por práticas de corrupção, a Caixa vai propor a reformulação do processo de investimento nas companhias que recebem aportes do fundo, que usa parte do dinheiro dos trabalhadores. A ideia é buscar apenas aplicações no mercado de capitais, com mais regulação e mais transparência.

Com R$ 7 bilhões em caixa para investir em saneamento, aeroportos, hidrovias, ferrovias, portos, rodovias e energia neste ano, o fundo não libera nenhum centavo desde 2017, depois de se tornar foco da Operação Lava Jato.

No novo modelo, serão adquiridos apenas papéis registrados na B3 a Bolsa de Valores de São Paulo, e na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), limitados em até 25% da emissão feita pela empresa. A reformulação do modus operandi da alocação dos recursos precisa ser aprovada pelo conselho curador do FGTS e a meta é que o novo modelo seja totalmente implantado para a escolha de novos investimentos até o final deste ano.

Para o vice-presidente de Administração e Gestão de Ativos de Terceiros da Caixa, Flávio Arakaki, a reformulação acaba com a figura do intermediário, que se colocava como aquele que podia facilitar ou complicar a vida das empresas que têm interesse nos recursos. “O fundo não pode ser uma singularidade no mercado, pois idiossincrasias geram distorções de todos tipos. O modelo de atuação tem de estar parecido com o do mercado e o mais impessoal possível”, afirma Arakaki. “As condições e o cronograma da emissão serão estabelecidos através de oferta pública, de forma equânime e transparente para todos os investidores interessados.”

Antes, a Caixa – que administra o fundo, criado no governo Lula para investimentos em projetos de infraestrutura – selecionava as propostas, fazia uma análise prévia e apresentava os projetos para o comitê de investimento, formado por representantes do governo, dos trabalhadores e de confederações patronais. Com o primeiro aval do órgão, a Caixa estruturava a operação para ser novamente submetida ao órgão.

Em 2017, isso já mudou. O banco aderiu à chamada pública para definir quem recebe os recursos. O chamamento público estabelece critérios impessoais e transparentes para a seleção dos projetos. No entanto, não há necessidade de todas as operações serem realizadas em Bolsa. As mudanças tornam mais difícil o favorecimento de empresas com acesso direto a executivos da Caixa ou a políticos que costumam fazer indicações para os cargos de chefia no banco e no comitê de investimento que administra os recursos do fundo.

Transparência

Já que vão ocorrer pela Bolsa e pela CVM, as negociações poderão ser acompanhadas por qualquer interessado e será possível ver a rentabilidade de cada investimento a qualquer momento, uma vez que estará diariamente marcado a mercado (o preço reflete a taxa de juros que ele deve auferir a partir do instante de consulta até o vencimento). Isso não é possível no modelo atual, que permite ao fundo entrar como sócio – com até 40% do valor do negócio ou R$ 1 bilhão – até mesmo em empresas de capital fechado.

“Como todas as operações serão feitas em mercado público, haverá como se confrontar as informações divulgadas pelo fundo”, afirma Arakaki. A Caixa também criará um portal de transparência chamado Radar FI-FGTS para colocar informações sobre os investimentos, além das exigidas pela lei.

O consultor de infraestrutura Claudio Frischtak, da Inter.B, considera esse o ponto positivo do novo modelo, diferentemente da forma como são aplicados os recursos atualmente, sem que seja possível acompanhar o retorno de cada ativo. “O mercado dá transparência, ainda que tenha distorções”, afirma. “É preciso mudar, porque o modelo atual acabou favorecendo esses atos de corrupção. Ainda que não esteja acontecendo nada agora, ninguém garante que as mesmas práticas não continuem no futuro”, diz.

Para Frischtak, a gestão do FI-FGTS deveria ser dada a instituições privadas, que concorreriam em uma licitação para administrar a carteira. “Os trabalhadores precisam ter um retorno razoável e a garantia que os recursos serão aplicados da melhor forma possível”, afirma.

Além de financiar projetos de infraestrutura, o FI-FGTS foi criado também com o objetivo de melhorar a rentabilidade do FGTS (de 3% ao ano mais a Taxa Referencial – TR). Pelas regras do fundo, a rentabilidade de referência é de 6% ao ano, mais a TR. A rentabilidade prévia do ano passado é de 6,7%, mas o resultado consolidado ainda não foi fechado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Do Rock aos ritmos populares a criançada se divertiu no Polo Infantil

Brincadeiras e muita música divertiram o público de forrozeiros mirins no Polo Infantil neste domingo (17). A folia começou às 17h com a apresentação da Banda de Pífanos Mirim Mandacaru, de Caruaru, e continuou com o improviso da Cia Brincantes, do Recife. O grupo ‘A Bandinha’, também do Recife, fez os pequenos balançar ao som de cantigas de roda em ritmo de rock e folguedos populares.

A pequena Beatriz da Silva, de cinco anos não ficou só na plateia. Ela se divertiu também fazendo parte da cena, interagindo com os palhaços e o público, ao ser chamada para fazer parte do espetáculo junto com eles. “A parte que eu mais gostei foi quando eu ganhei o pirulito da palhacinha e quando eu dei uma florzinha para o meu coleguinha”, declarou a menina.

Para a aposentada Edivânia Maria da Silva, da cidade de Tororó, interior da Bahia, o polo é a melhor opção para curtir o São João em família. “Esta é a segunda vez que venho para a casa do meu filho em Caruaru. Eu sempre venho para passar dois meses, e sempre me programo para passar o São João aqui, porque é uma festa linda onde eu posso curtir com minhas netas que adoram vir brincar aqui nesse polo. Ano que vem, pretendo vir de novo”, afirmou.