Mendonça Filho acompanha solenidade para doação de terreno à Univasf

Ato de Doação do terreno para a construção da Univasf_Andre_Nery_MEC (2) (1)

O ministro da Educação, Mendonça Filho, participou na sexta-feira, 16, em Salgueiro (PE), da cerimônia de doação de um terreno para instalação definitiva do novo campus da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Esse será o primeiro campus de universidade federal na região do Sertão Central do estado. A obra tem orçamento previsto de R$ 12 milhões.

“O raio de empregabilidade desses cursos é muito bom para Salgueiro e para os jovens daqui, e isso terá um impacto altamente positivo. O sertão central é uma área que, infelizmente, ainda tem um desnível do ponto de vista econômico, com uma distância da capital e de Petrolina muito grande. Então, quando a Univasf vem, a gente cria melhores e maiores condições para que sejam geradas mais oportunidade de trabalho”, disse o ministro.

O terreno doado pelo município de Salgueiro fica localizado no Pátio da Estação Ferroviária e conta com uma área de 148.397 metros quadrados, onde serão construídos prédios com salas de aula e laboratórios, totalizando cerca de 3.100 metros quadrados de área construída. “Um dos primeiros pedidos que fiz a Mendonça foi: ‘qual a possibilidade de uma universidade em Salgueiro?’ E, agora, a realidade está aí, a universidade Federal chegou. Este terreno será da universidade e o que foi prometido será cumprido”, disse o prefeito de Salgueiro, Clebel Cordeiro.

Inicialmente, a unidade irá ofertar os cursos de ciências da computação e engenharia de produção. A decisão visa atender a demandas em especial na área de tecnologia. Essa necessidade foi observada após análise do MEC/SESU em conjunto com a Prefeitura de Salgueiro e a UNIVASF. A proposta é de dois cursos integrais, com 40 vagas anuais cada e duração média de 4 anos e meio, atendendo a 360 estudantes.

“Este é mais um marco para nossa universidade e região porque os cursos vão contribuir para que possamos evitar que nossos estudantes precisem sair da região para ter acesso a um ensino superior de qualidade”, afirmou o reitor da Univasf, Julianeli Tolentino de Lima. “Vamos acentuar o trabalho das nossas equipes e fazer o máximo para que já tenhamos as primeiras contratações de docentes e técnicos, então iniciarmos atividades na unidade provisória. Paralelamente faremos a seleção dos primeiros estudantes e tocar o projeto de edificação da estrutura definitiva neste terreno”, complementou.

Enquanto as obras de construção do campus são executadas, a unidade irá funcionar em um local provisório, que ainda está sob análise. Atualmente, Salgueiro abriga duas instituições públicas de ensino, sendo elas um campus da Universidade de Pernambuco (UPE), que tem curso superior de administração, e um campus IF-Sertão, que oferta os cursos superiores de sistemas para internet, licenciatura em física e tecnologia em alimentos, e os cursos técnicos de informática, agropecuária e edificações.

Destra dá continuidade às ações da campanha “Volta às Aulas”

A campanha “Volta às Aulas” da Autarquia Municipal de Defesa Social, Trânsito e Transportes (Destra) estará de volta na próxima segunda-feira (19). Dessa vez nas escolas municipais de Caruaru, segundo o cronograma de ações, a Autarquia promoverá atividades lúdicas e educativas com o tema “No trânsito, a educação é a solução”.

A Campanha, que já atendeu, no início do mês, escolas particulares, tem a proposta de conscientizar pais, estudantes e condutores sobre a utilização de cinto de segurança, respeito à sinalização vertical e horizontal, evitar filas duplas e não estacionar em locais proibidos.

As ações têm início a partir das 6h e atenderão as seguintes escolas: Laura Florêncio, Josélia Florêncio, Luís Pessoa, Casa do Trabalhador e Augusto Tabosa.

ARTIGO — Eleições e Economia

Por Valdemir Pires

Dos anos 1950 aos anos 1970, o planejamento econômico de caráter estratégico (no sentido militar do termo) e desenvolvimentista (no sentido cepalino da expressão) foi assumido pelos sucessivos governos, no Brasil, desde o terceiro Vargas (“democrático”) até o auge do regime militar. O mote era crescer sob impulso estatal e garantir a soberania nacional, mesmo que sob o guarda-chuva americano, ostensivamente anti-planificação, em confronto com o modelo soviético. Deu em, primeiro, crescer, para depois distribuir (quando possível), o crescimento, de fato, interrompido pelas crises do petróleo (1973 e 1979) e pela crise da dívida externa (anos 1980), sem tempo para qualquer iniciativa pela desconcentração da riqueza e da renda.

O fraco desempenho econômico pós-milagre, sob regime autoritário, levou à queda dos militares golpistas, retornando o país à democracia, mas amargando uma crise econômica prolongada, caracterizada por desemprego e inflação. Os anos 1980 e 1990 foram décadas perdidas, sobrando um naco bom dos 90: o fim da hiperinflação, por meio de uma política econômica que levou à explosão da dívida pública interna.

Nos anos 2000, graças ao bom desempenho da economia mundial (beneficiando setores produtivos favoráveis à estrutura produtiva brasileira) e a uma atuação governamental que combinou estabilização fiscal com políticas sociais (distribuir para crescer, ao contrário da experiência do “milagre econômico”), a década foi de bons resultados, até um pouco depois do estouro da bolha especulativa do mercado financeiro internacional, em 2008. A era das “políticas públicas” (anos 2000), assim como a era do “planejamento econômico” (1960-1970), terminou nos no início dos anos 2010.

Assim funciona a economia brasileira: aos surtos, seguindo a oscilação das ondas da economia mundial, hoje dita global. Destrava ou trava conforme o nível de liquidez do sistema, controlado pelas forças especulativas globais. Sempre paga, na onda depressiva seguinte, um preço alto pelas ousadias do boom anterior. A política econômica (curto prazo) e a política de desenvolvimento (longo prazo) são sempre reféns de movimentos pendulares, entre mais Estado e menos Estado na economia.

2018 é um ano de disputa eleitoral que será marcado fortemente por esse movimento pendular, de cunho ideológico. Um governo ilegítimo optou por um recuo amplo e acelerado da atuação econômica estatal, tanto no âmbito social como no produtivo; disse um peremptório não ao “planejamento econômico” e às “políticas públicas”. O fôlego dessa opção será testado, juntamente com a capacidade de decidir e de agir de seus protagonistas, finalmente frente a frente com os eleitores. Espera-se.

Queda dos juros

Por Maurício Assuero

A última reunião do COPOM levou a taxa de juros básica para 6,75% ao ano, a menor já vista desde a implantação do Plano Real. Minha passou a sensação de que isso teve muito mais cunho político do que econômico. No meu entender, alguém está querendo dizer que “no meu governo, baixamos a taxa de juros para o menor patamar dos últimos 24 anos”. No governo Lula a taxa chegou em 7,25% ao ano e depois a economia não suportou esse estágio, atualmente não vejo argumentos econômicos que justifiquem novas reduções.

Seguramente a redução da taxa de juros é um dos requisitos para que a economia volte a crescer porque favorece a retomada do investimento. O problema é que a redução da taxa de juros não se reflete imediatamente no sistema econômico. Enquanto, por um lado, temos movimentação positiva no financiamento de veículos, por outro temos, ainda, o incômodo de taxas elevadas como o caso do crédito rotativo via cheque especial ou cartão de crédito.

É muito bom a indústria automobilística retomar seus financiamentos porque isso tem impacto na cadeia produtiva que envolve o setor, mas quando a gente fala do cartão de crédito, a gente está falando daquele consumidor que não tem renda suficiente para adquirir um carro, mas vai ao supermercado fazer compras com o cartão de crédito. Então, para esse grupo de pessoas, ter uma taxa menor no crédito rotativo é muito mais fundamental do que ter uma linha de crédito disponível para comprar um carro zero.

Desde o ano passado que as regras no cartão de crédito mudaram. Agora, se você amortiza sua fatura, o valor não pago, acrescido dos juros sobre este saldo devedor, deverá ser pago na fatura do mês seguinte e isso obriga o consumidor a ter cuidado ou até mesmo reduzir suas compras para não comprometer sua renda no mês seguinte. Então, o uso do cartão acaba sendo maior naquele contingente de consumidores que pagam a fatura integralmente a cada mês.

Vivemos, essencialmente, uma enorme contradição. A inflação controlada (por algum tempo), a taxa de juros baixa e a economia sem decolar. No final do ano passado houve uma pequena animação com o crescimento dos últimos dois trimestres do ano, mas isso não foi suficiente para reduzir a taxa de desemprego e até o momento o governo não tem demonstrado interesse em resolver esta questão, tomando como exemplo a escolha da deputada Cristiane Brasil, sem qualquer critério técnico que justificasse. Omais degradante é que a ministra foi escolhida por ser filha do dono do partido que dita as cartas no ministério e não porque tivesse alguma contribuição efetiva a dar.

ARTIGO — Vendedor, não dê descontos!

Mário Rodrigues

Afinal, que vendedor nunca ficou desmotivado diante de um pedido de desconto? Mesmo sem condições de dar abatimento no valor, caso o cliente diga que só leva se houver o acordo, não se desespere. Dê a volta por cima, pois este é um sinal de que uma compra pode estar prestes a acontecer.

Ao contrário do que parece óbvio, dar desconto não garante o fechamento. Pode, inclusive, atrapalhar a venda. Acredite, o cliente não precisa disso para fechar o negócio. O que ele busca, de fato, é a certeza de que está fazendo o melhor, como se fosse um check list.

Todos nós temos um comportamento semelhante em relação ao processo de tomada de decisão, dividido em três partes, e este é o segredo do jogo. Primeiramente, ativamos uma necessidade e passamos a buscar uma solução para satisfazê-la. Depois, em um segundo momento, a assumimos, ou a ativamos, e admitimos ter um problema para ser resolvido. Logo, começamos a buscar incessantemente uma solução.

Na terceira fase, já sabemos tudo sobre aquele produto ou serviço e estamos prontos para comprar a ideia. Essa é a hora na qual só nos preocupamos com duas coisas: o preço e o risco. É por isso que o cliente fica repassando todos os pontos tratados durante a exposição do produto e serviço, como se estivesse com medo de ter esquecido algo e se decepcionar, ou ainda, encontrar algo melhor depois.

No processo cognitivo da tomada de decisão (MNCA – modelo de negociação por cognição acompanhada), na terceira ou última frase, a sensação do risco que uma decisão representa é a variável que mais pesa ou incomoda o cliente. Por esse motivo, o preço é a última ferramenta de negociação.

Ser um bom vendedor não é ceder sempre. Lembre-se que é preciso mostrar segurança e, por isso, você não deve titubear nas respostas. No entanto, é importante aprender a dizer pelo menos quatro “NÃOs”. São eles:

1 – Não é possível mexermos nesse preço.

2 – Não, esse é o preço justo para remunerar o valor de nosso produto.

3 – Não tenho como mexer no preço sem tirar parte do que estou lhe oferecendo.

4 – Não tenho como diminuir o preço, quero que fique seguro de que está fazendo o melhor negócio.

O cliente pode, sim, ter uma oferta que ele julgue ser de valor similar e estar, de fato comparando preço. Isso ocorre quando ele não fecha após o quarto não. Nessa hora você deve recuar e, no lugar de dar um desconto, que pode gerar insegurança e levá-lo a fazer novas comparações, busque aumentar o valor de sua oferta por meio da diferenciação do produto que está oferecendo. Enxergue o processo como a ação de torcer um pano molhado: se cair uma gotinha, você torce novamente até ter a certeza de que ele está seco. É isso que os compradores fazem, naturalmente, com os vendedores no processo de compra. Portanto, fique atento quando estiverem “te torcendo” em uma negociação e bons negócios!

Carnaval de 2018 teve redução na criminalidade e maior sensação de segurança

Com reforço de 32% no lançamento de policiais em relação a 2017, o Carnaval de 2018 em Pernambuco apresentou redução em todas as modalidades criminosas, fazendo da festa deste ano uma das que mais trouxe sensação de segurança à população e aos visitantes. Estatísticas da Secretaria de Defesa Social (SDS) demonstram, por exemplo, queda de mais de 50% em Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs) e de 25% nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), nos quatro dias de festa.

Entre a 0h do sábado (10/02) e as 23h59 de terça-feira (13/02), foram registrados 59 CVLIs, contra 79 do Carnaval do ano passado. O maior decréscimo se deu no interior, em que houve redução de 36,6% nos casos, seguida da Região Metropolitana (-17,4%) e da capital (-6,7%). O único homicídio cometido em foco de folia foi registrado no bairro de Comporta, em Jaboatão dos Guararapes (RMR), no domingo (11/02). Uma jovem de 23 anos foi esfaqueada por uma mulher enquanto era segurada por outra, durante o desfile do bloco Estrela da Tarde. Uma suspeita já está presa e a outra foi identificada e é procurada pela polícia. No ano passado, foram três mortes em focos de folia oficiais.

No mesmo período de 2018, registraram-se 783 CVPs – 50,4% a menos que nos quatro dias de Carnaval de 2017, com 1.580. A redução se deu em todas as regiões, com destaque para a RMR, com 54%. O dia de menor incidência de roubos foi a terça-feira, com 65% de redução em relação ao ano anterior. Especificamente no caso dos roubos a ônibus, a diminuição foi ainda maior: nove casos notificados, contra 27 no ano anterior (-67%). Somente em focos de folia, foram 617 roubos e furtos no Carnaval de 2018, 19,8% a menos que no Carnaval anterior, que havia registrado 769 casos.

Além disso, o número de agressões/vias de fato entre o sábado e a terça-feira foi de 82, contra 128 no mesmo período de 2017. Isso significa uma redução de 35,9% nos casos. Quanto aos estupros e atos obscenos, o número de ocorrências registradas também caiu: de 7 em 2017 para 4 em 2018 (-42,9%).

O secretário de Defesa Social, Antonio de Pádua, ressaltou que os grandes beneficiados com esse resultado foram a população e os turistas. “As operativas da SDS trabalharam integradas e eu, pessoalmente, estive em diversos focos de folia, como os do Recife, de Olinda, Paulista, Bezerros, Pesqueira e Nazaré da Mata. Sem dúvida, posso afirmar que a maior conquista do Carnaval deste ano não foi somente a redução em todas as modalidades criminosas, mas a sensação de segurança que ganhamos em todo o Estado. É importante reforçar que tivemos esse desempenho mesmo com recorde de público no Recife, que passou de 1,3 milhão de pessoas em 2017 para 1,6 milhão em 2018, segundo dados divulgados pela própria prefeitura”, declarou.

CELULAR – Os postos de atendimento do Alerta Celular conseguiram cadastrar 3.695 aparelhos no Sítio Histórico de Olinda e no Recife Antigo. Nesse programa da SDS, o IMEI dos telefones móveis fica em um cadastro, o qual é consultado pelas polícias em abordagens, permitindo a recuperação e devolução aos donos. A medida tem ajudado a inibir esse tipo de crime. Em 2017, houve 1.280 furtos e roubos de celulares no Carnaval, contra 1.019 em 2018, o que representa 20,4% de queda.

BOMBEIROS – O Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco (CBMPE) realizou mais procedimentos no Carnaval de 2018, superando em 17,5% os de 2017. Foram 684 ações preventivas e atendimentos, a exemplo de salvamento, atendimento pré-hospitalar e emergências clínicas.

Pernambuco é contemplado em programa nacional para empreendedores visando Carnaval 2019

Recife e Olinda já são reconhecidas nacionalmente como cidades do Carnaval e do turismo. Uma parceria entre o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa, com o Governo de Pernambuco, as Prefeituras do Recife e Olinda e o Sebrae quer fortalecer os micro e pequenos empreendedores que atuam no Carnaval de Recife e Olinda.

Durante o Carnaval foi realizada na Agência de Fomento de Pernambuco (Agefepe) uma reunião com todas as instituições participantes com a presença do secretário Especial de Micro e Pequena Empresa do Governo Federal, José Ricardo Veiga, que veio de Brasília especialmente para o evento. Em março, será firmado um termo de cooperação do projeto que prevê quatro etapas: mapeamento, sensibilização, capacitação e monitoramento de microempreendedores que atuem como artesãos, ambulantes, guias de turismo, além de profissionais dos setores de transporte e alimentação fora do lar. A expectativa é de que em abril já seja realizada a primeira capacitação com um palestrante nacional.

“Viemos mais uma vez a Pernambuco para combinar o lançamento de um programa que vai nascer aqui e envolve o desenvolvimento do empreendedorismo. Recife e Olinda já são conhecidas pelo Carnaval, pela cultura e belezas naturais e agora também vão ser reconhecidas em todo o Brasil pelo empreendedorismo. O projeto é feito por meio de vários parceiros como o Sebrae, a Agefepe, bancos, as Secretarias de Turismo e a Sempetq. Todos se unem para que os empreendedores se capacitem e recebam instrução para melhorar o o negócio seja gerencialmente ou tecnicamente. Em março, faremos o acordo de cooperação entre os entes e em abril um grande evento para explicar tudo que vem por aí. 2018 será o ano do empreendedorismo em Pernambuco”, analisa o secretário José Ricardo Veiga.

Além de participar do programa piloto, as duas cidades pernambucanas também estão cotadas para ser uma das primeiras a receber um selo que ainda será lançado no Brasil: “Selo de município empreendedor”. Além disso, a ideia é que os participantes que concluírem as capacitações sejam contemplados com um selo de “Empreendedor modelo”, possibilitando a identificação perante os clientes.

Segundo a secretária executiva de Planejamento, Monitoramento e Captação de Recursos da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação de Pernambuco, Fernanda Dubeux, o foco do projeto é o Carnaval 2019, porém, como as capacitações iniciam até abril pode-se esperar um reflexo no São João deste ano. “Contemplaremos quem já é MEI e também os potenciais empreendedores. A ideia é fazer durante o programa mutirão de formalização, cursos e estudamos até mesmo parcerias com outras secretarias como a de Educação para atuar junto aqueles que desejarem concluir a educação formal.”

Entre os resultados esperados pelo programa, está o aumento na geração de emprego e renda aos participantes. “Além disso, buscamos fidelizar e atrair novos turistas, organizar os produtos e serviços oferecidos e fortalecer a imagem dos municípios”, analisa Fernanda.

Durante o programa, os participantes receberão treinamento técnico (estratégia, inovação, análise de mercado), cultural (tradições e história) e gerencial (diferencial competitivo). “A ideia é que, por exemplo, um ambulante possa não apenas vender o seu produto como dar alguma informação ao turista seja sobre o Carnaval em si ou o patrimônio histórico e cultural pernambucano”, completa José Ricardo.

A reunião teve a presença da secretária de Turismo do Recife, Ana Paula Vilaça, do secretário de Turismo de Olinda, João Luiz da Silva Junior, da secretária executiva de Emprego, Qualificação e Empreendedorismo do Recife, Cristiane Guedes, da gerente da Unidade de Articulação Institucional do Sebrae-PE, Roberta Correia, e das secretárias executivas da Sempetq, Carolina Soares e Fernanda Dubeux.

Concurso para procurador atrai 7,6 mil candidatos

O primeiro balanço do Cebraspe após o encerramento das inscrições no concurso para procurador do Estado de Pernambuco indica que foram realizados 7.615 cadastros de inscrições no site da banca organizadora. Destes, 2.806 foram pagos e 252 são de candidatos que obtiveram isenção da taxa de R$ 210,00 conforme as regras do edital do certame. Os candidatos cadastrados têm até segunda-feira (19/2) para realizar o pagamento do boleto de inscrição.

O número de cadastros supera o de inscritos no último concurso realizado pela Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE) em 2009: 4.937 inscritos para 20 vagas. No atual certame, o sexto realizado desde a criação da PGE-PE em 1990, são oferecidas dez vagas, sendo uma delas reservada para portador de necessidades especiais. Para essa vaga, foram realizados 183 cadastros de inscrição, conforme o primeiro balanço do Cebraspe, disponível nesta quinta-feira (15/2).

As inscrições ficaram abertas de 23 de janeiro a 9 de fevereiro. As provas serão realizadas nos dias 24 e 25 de março. Para maiores informações acesse o site do Cebraspe (www.cespe.unb.br/concursos/pge_pe_18_procurador).

ARTIGO — Fraternidade e Superação da Violência

Wagner Gil

Com o tema ‘Fraternidade e Superação da Violência’ e o lema ‘Em Cristo, somos todos irmãos’, a CNBB lançou, esta semana, a Campanha da Fraternidade 2018, fato que chama atenção das autoridades em todo o país. Em Caruaru, o lançamento ocorreu na Igreja do Rosário e foi celebrada missa pelo bispo diocesano de Caruaru, dom Bernadino Marchió.

Esse tema é muito importante porque parte da Igreja o interesse também nessa luta para combater a violência em todos os sentidos, seja de gênero, física ou psicológica. Em sua fala, o bispo disse que ‘as famílias devem cultivar o amor ao próximo, a tolerância, a fraternidade e a paz, haja vista que é a partir de dentro de casa que a violência é deixada para trás’.

O tema chega em uma boa hora também em Pernambuco. Em 2017, mais de cinco mil pessoas foram assinadas, além de outras modalidades de crimes terem crescido de forma significativa, como roubos a bancos, assaltos a carros-fortes, a pessoas e estabelecimentos comerciais.

Em janeiro do 2017, foram mais de 500 mortes e, este ano, o número caiu para 448, mas nada a comemorar. Os dados são alarmantes. Em Caruaru, maior cidade do Interior, mais de 260 pessoas foram assassinadas no ano passado. Em janeiro deste ano houve uma redução, mas em fevereiro os dados voltaram a crescer com uma média de um homicídio por dia até o dia 8 de fevereiro.

Com a população aflita e o governo inoperante, fica muito difícil encontrar uma saída e a Campanha da Fraternidade pode ser a luz no fim do túnel que a sociedade esperava. Debater dentro de casa esse combate é importante. Como disse dom Dino em sua pregação, “é a partir de dentro de casa que a violência é deixada para trás’.

Também é preciso cobrar dos governos nas esferas municipal, estadual e federal programas sociais para jovens, aumento na geração de emprego, acesso mais fácil a documentos, como RG e carteira de habilitação, além de criação de ações especiais que qualifiquem as pessoas desempregadas.

Não podemos falar em combate à violência sem melhorar a estrutura da educação, da saúde pública e, sobretudo, da infraestrtutura do país e na geração de empregos. Hoje são mais de 13 milhões de pessoas sem trabalho. É preciso olhar mais para o Brasil e a população vai fazer a sua parte, em outubro, quando serão escolhidos presidente, dois terços do Senado, além de novos governadores, deputados federais e estaduais.