Humberto comemora pesquisa sobre corrida eleitoral

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O resultado da pesquisa Datafolha, divulgada na quarta-feira, animou o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT). De acordo com o levantamento, mesmo depois da condenação do ex-presidente Lula pelo TRF-4, o capital político do petista segue o mesmo. Lula aparece na frente com ampla vantagem no primeiro turno (de 34% e 37% em todos os cenários) e ganha de todos os adversários, por ampla margem, no segundo turno.

“Essa pesquisa é extremamente importante porque mostra que, para desespero da direita e de setores políticos e econômicos, Lula segue sendo o nome preferido dos brasileiros para a disputa eleitoral deste ano. Ele aparece, em todos os cenários, disparado na frente e com chances de ganhar já no primeiro turno. A verdade é que, quanto mais perseguem Lula, mais forte ele fica e isso nos anima muito para seguir lutando”, afirmou o senador.

Humberto também destacou o potencial de Lula para a transferência de votos na próxima eleição. Segundo a pesquisa, 27% dos eleitores afirmam que o apoio de Lula “com certeza” influenciaria na sua escolha, outros 17% admitem que “talvez” votassem no nome indicado por ele. “É impressionante a influencia de Lula no cenário eleitoral deste ano, mesmo depois de toda essa campanha massiva e perversa feita contra ele”, salientou.

Para o senador, um eventual cenário de disputa sem o presidente geraria uma instabilidade política ainda maior. “Temos hoje um presidente sem nenhuma credibilidade que assumiu o poder por meio de acordos escusos e de um golpe contra uma presidente legitimamente eleita. Uma eleição sem o maior político e cabo eleitoral desse país, colocará o Brasil num cenário político de maior insegurança ainda, à mercê de oportunistas. É impossível pensar uma disputa em que o ex-presidente não seja protagonista. Eleição sem Lula é fraude”, concluiu Humberto.

De aborto a auxílio-moradia, STF começa 2018 com pauta explosiva

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Congresso em Foco

Apesar de o Supremo Tribunal Federal (STF) abrir o ano com pautas consideradas “mais leves”, com temas de repercussão social e ambiental, mais à frente ou mesmo em decisões paralelas, assinadas monocraticamente, os ministros da Corte terão de enfrentar temas polêmicos, espinhosos e, alguns, com impacto direto em decisões do governo de Michel Temer (MDB) – como a posse suspensa da deputada Cristine Brasil (PTB-RJ) no Ministério do Trabalho e o decreto de indulto de Natal, ambos barrados pelo Supremo durante o recesso do Judiciário. Os ministros retomam os trabalhos nesta quinta-feira (1º) com duas sessões no tribunal.

A posse da nova ministra e o indulto natalino a acusados de corrupção e outros crimes, no entanto, são apenas alguns dos diversos assuntos que a suprema corte terá de enfrentar nos próximos dias, mas que ainda não constam da pauta da Corte. O auxílio-moradia, concedido a magistrados de todo o país, independentemente de o juiz morar em imóvel próprio, é um dos leões que os magistrados terão de encarar. De um lado, magistrados favoráveis ao benefício se articulam por meio das associações de magistrados. Do outro, a pressão popular pela exclusão do benefício de R$ 4,3 mil é crescente. O tema divide a opinião da própria categoria e promete não ser uma das matérias mais fáceis.

Temas como a liberação das drogas, a ampliação da legalidade do aborto e a possibilidade de a Polícia Federal firmar colaboração premiada também devem ser decididos pelos magistrados neste ano. Hoje, as delações são realizadas pelo Ministério Público Federal. No caso do aborto, atualmente, no Brasil, a prática só é permitida em três situações: risco de morte para a mulher por causa da gestação; se a gravidez foi provocada por estupro; ou se o feto for anencéfalo (sem cérebro).

O processo sobre a linha sucessória, que pode impedir réu de ocupar interinamente a Presidência da República igualmente deverá ser pautado e votado este ano. O placar atual é de 5 votos a favor do impedimento. O processo encontra-se sob a análise do ministro Gilmar Mendes, que pediu vista durante o último julgamento do caso. Embora Cármen Lúcia já tenha avisado que não pretende pautar a ação que questiona as prisões em segunda instância, o tema pode ser levado ao plenário por algum outro ministro. Para ela, tratar do assunto após a condenação do ex-presidente Lula seria “apequenar” o Supremo.

Lava Jato

O STF também tem a missão de dar andamento a inquéritos e abrir e julgar ações penais contra mais de 200 parlamentares que respondem a acusações criminais na corte. Muitos deles estão pendurados na Operação Lava Jato.

Apesar de não haver qualquer previsão, com o esgotamento das investigações, os inquéritos de autoridades com foro privilegiado devem andar na Segunda Turma do tribunal. Passados quase quatro anos da deflagração da Operação Lava Jato, a corte, que é a instância máxima do país e responsável pelos processos envolvendo parlamentares e outras autoridades federais, ainda não condenou nenhuma autoridade envolvida no escândalo de corrupção da Petrobras. É possível ainda que o STF comece a colocar essas ações em discussão. Em Curitiba e no Rio de Janeiro, que concentram as principais ações da operação na primeira instância, pelo menos 144 pessoas já acumulam 181 condenações – algumas foram sentenciadas mais de uma vez.

Cristiane Brasil

Mais urgente, a liberação ou negativa sobre a posse da deputada Cristiane Brasil para ocupar o Ministério do Trabalho deve ter decisão a qualquer momento. Logo após Temer anunciar a nomeação da petebista veio à tona a existência de uma condenação e outro processo trabalhista contra Cristine, o que levou a Justiça a barrar a posse da nomeada.

Após essa primeira decisão, concedida no dia 8 de janeiro, uma série de recursos e decisões foram tomadas até que o caso chegasse ao Supremo. Depois dessa suspensão, o Tribunal Regional Federal da 2º Região manteve a decisão de Niterói em mais de uma manifestação. Em seguida, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) liberou a posse, que foi suspensa por liminar da presidente do Supremo, Cármen Lúcia, ainda durante o recesso do Judiciário. Cristiane é filha do ex-deputado Roberto Jefferson, um dos protagonistas no escândalo do mensalão.

Indulto natalino

Ainda no recesso, no apagar das luzes de 2017, Cármen Lúcia suspendeu o indulto de Natal do presidente Michel Temer para presos. Editada no fim do ano passado, a medida foi considerada mais benéfica aos detentos do que em anos anteriores, com redução generosa do tempo de cumprimento das penas a condenados por crimes cometidos sem violência ou grave ameaça, como corrupção e lavagem de dinheiro.

Em sua decisão, que suspendeu o indulto, a presidente do STF ressaltou que a proposta não é “prêmio ao criminoso nem tolerância ao crime”. A decisão da ministra foi provocada por uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI), protocolada na Casa pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Nela, Raquel diz que o indulto ameaça a Operação Lava Jato, entre outras ações de combate à corrupção e ao crime em geral. O mérito da questão será analisado pelo relator, Roberto Barroso, e, se necessário, decidido em plenário.

Nos últimos dias, aliados de Temer têm defendido que a posse de Cristiane Brasil e o Indulto de Natal são de competência do presidente da República, não cabendo interferência do Judiciário. Para o constitucionalista Erick Wilson Pereira, em temas que envolvam interesses da sociedade, ainda que políticos, deve predominar a palavra final do Judiciário. “Eu não entendo como uma interferência. O que não se pode imaginar é que o Supremo venha a ter uma pauta política, em detrimento de uma pauta social, pensando que com isso vai se dar estabilidade ou governabilidade. Em muitos casos, a própria solução é pela política”, pondera.

Auxílio-moradia

Diante do impasse, das ações protocoladas no tribunal e da liberação de uma ação que tem o ministro Luiz Fux como relator, Cármen Lúcia avisou a dirigentes de associações de magistrados que vai colocar em votação, no início de março, a ação que pode acabar com o auxílio-moradia.

Há quase quatro anos, ao conceder liminar favorável à liberação geral do benefício, Fux argumentou que os magistrados federais fazem jus ao auxílio, uma vez que se trata de verba de caráter indenizatório – compatível com o regime do subsídio –, previsto pela Lei Orgânica da Magistratura (Loman) e já paga a diversos profissionais, como procuradores federais, ministros de tribunais superiores e a magistrados de 18 estados. O mérito da ação só será julgado agora. O tema é polêmico entre juristas e mais ainda para a sociedade.

Para Erick, constitucionalista, a discussão sobre o auxílio-moradia é sensível por envolver privilégio dentro da própria magistratura, o que acaba gerando desconforto diante de alguns setores corporativistas. “Isso gera um desconforto próprio para a Justiça, porque ela tem que deliberar cortando na própria carne, ou não. Essa é uma pauta que está sendo muito discutida, sobretudo pelos tores que estão usufruindo. Pregam moralidade e, ao mesmo tempo, externam moralidade para o público em geral, mas não conseguem entender qual o sentido de moralidade para eles, aplicadores do direito”, ressaltou.

Reforma trabalhista

Aprovada pelo Congresso Nacional em meio a protestos e sancionada pelo presidente Michel Temer, a nova legislação trabalhista, já em vigor no país, é alvo de mais de uma dezena de processos no Supremo. Com quase cem pontos alterados na CLT, entre outras coisas, o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical, o trabalho intermitente e o pagamento de custas por parte do trabalhador que perder a ação são alguns dos temas questionados.

Condenação em segunda instância

Em ano eleitoral, apesar de a maior parte das demandas voltadas ao tema serem de resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), casos como a possibilidade do ex-presidente Lula concorrer ou não à Presidência da República deverão ser decididos pelo Supremo. Isso porque o ex-presidente foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Corte de segunda instância, no último dia 24 de janeiro. Além do próprio TRF-4, Lula pode recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao STF e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na tentativa de liberar sua candidatura ao Planalto.

Na ocasião do julgamento, o tribunal também decidiu aumentar a pena de Lula, que havia sido imposta pelo juiz Sérgio Moro, 9 anos e 6 meses para 12 anos e 1 mês. A Casa deverá decidir ainda sobre a prisão do petista, já que sua última instância para tentar reverter sua condenação é exatamente o Supremo Tribunal Federal.

O resultado torna o presidente inelegível, com base na Lei da Ficha Limpa. Aprovada em 2010, a lei torna inelegíveis os candidatos que tenham sido condenados em segunda instância. Em outubro do ano passado, a Corte suprema foi mais além e decidiu que a norma pode retroagir para condenados antes de a lei ter sido criada.

Apesar dos rumores sobre uma possível revisão sobre reverter a condenação em segunda instância, essa semana, Cármen Lúcia deu um recado claro ao PT, que tem elevado o tom dos ataques ao Judiciário desde a condenação do ex-presidente Lula. No que depender dela, as prisões em segunda instância não serão revistas por causa do ex-presidente. Para ela, isso seria “apequenar” o Supremo.

Primeiros dias

Nesta quinta-feira (1º), duas sessões estão marcadas na Corte, sendo que a da manhã não haverá julgamento de processos, apenas uma sessão solene de instalação do ano Judiciário.

Na parte da tarde, às 14h, haverá sessão plenária. O primeiro item da pauta retoma a discussão sobre a proibição de cigarros com aroma e sabor. O julgamento da ação foi iniciado em novembro do ano passado com a leitura do relatório e as sustentações orais. O debate deve ser retomado com a leitura do voto da relatora, ministra Rosa Weber.

Em 2013, Rosa Weber atendeu pedido de liminar da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para suspender a Resolução 14/2012, que entraria em vigor no dia 15 de setembro do mesmo ano. A CNI questiona a competência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para editar norma que proibiu aditivos de sabor e aroma em cigarros.

Na quarta-feira da próxima semana, que antecede o Carnaval, duas sessões estão marcadas no plenário, sendo uma na parte da manhã e outra na parte da tarde. Na pauta da Corte processos sobre amianto, planos de saúde e Mais Médicos predominam os próximos dias.

Um recurso extraordinário sobre a constitucionalidade da exigência legal de ressarcimento ao SUS pelos custos com o atendimento de pacientes beneficiários de planos privados de saúde, também está na pauta.

Na próxima semana, a Corte deve retomar um julgamento envolvendo uma ação que questiona decreto que regulamenta procedimento de demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes de comunidades quilombolas. Ainda neste mês de fevereiro, a ministra Cármen Lúcia, responsável pela definição das pautas analisadas pelo plenário do tribunal, marcou para o dia 22 de fevereiro a possibilidade de transexuais alterarem a informação de gênero no registro civil, mesmo que não tenham passado por cirurgia de alteração de sexo.

Temer diz que reforma da Previdência “não é bicho-papão”

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Agência Brasil

O presidente Michel Temer disse ontem (31), durante cerimônia de assinatura de contratos de concessão de áreas do pré-sal, que a reforma da Previdência, cujos debates no Congresso começarão dia 19 de fevereiro, “não é um bicho-papão”. Segundo ele, o governo ainda busca o número mínimo de votos para aprovar a matéria.

“Toda vez que se fala em reforma da Previdência, inicialmente há uma resistência. Mas logo depois, quando se faz a revisão previdenciária, as pessoas veem que não é, se me permitem a expressão, nenhum bicho-papão. Na verdade, o que se deu foi para melhorar o país.”

Temer disse ainda que alguns estados já passaram por dificuldades financeiras por conta de sua Previdência Social e que isso serve de exemplo para mostrar a urgência de uma reforma no setor.

“A proposta inicial [de reforma] foi amplamente examinada e ajustada. Enquanto o país discutia a Previdência, a situação em alguns estados se deteriorou, exatamente em função da Previdência. E quase que o Brasil, por isso, se transformou em um estado unitário, porque todos vinham à União para pedir socorro”, disse o presidente. “Tivemos um vislumbre do que poderá acontecer no Brasil se a Previdência não for consertada. Repito, atraso no pagamento de salários, serviços públicos precários, aposentadorias em risco”, completou Temer.

Estimativa de ocupação de até 90% no carnaval anima rede hoteleira

Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil

Para a rede hoteleira do Rio de Janeiro, o carnaval deste ano será bem melhor que o de 2017, disse ontem (31) o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional), Manoel Linhares. Segundo Linhares, o otimismo está relacionado à melhora dos indicadores econômicos no país.

“O turismo é um setor muito sensível, que impacta logo quando há uma crise. Mas quando a economia começa a melhorar, é o primeiro a mostrar pessoas viajando mais, executivos participando mais de agendas de negócios”, explicou o executivo.

A expectativa é que a ocupação atinja 90% em alguns destinos, durante o carnaval, como ocorreu no Réveillon. É o caso de Salvador e do Recife. No Rio de Janeiro, a previsão oscila entre 85% e 90%. Mesmo na cidade de São Paulo, cuja rede hoteleira teve ocupação média de 30% durante o carnaval de 2016 e de 35% no do ano passado, a previsão é chegar este ano a 45% de reservas para o período. “O carnaval é a data mais importante para o turismo nacional em certas regiões”, ressaltou Linhares.

Também para os viajantes que procuram lugares mais tranquilos para relaxar e ter mais contato com a natureza nesse período, a perspectiva para os hotéis é de crescimento da taxa de ocupação. No litoral paulista, por exemplo, as pesquisas sinalizam ocupação acima de 90%. Em Fortaleza, que no ano passado registrou média de reservas de 78,2%, a projeção é ultrapassar 85% no carnaval 2018, revelou Manoel Linhares.

Gargalo

Para o presidente da ABIH Nacional, o maior gargalo do turismo brasileiro ainda é a malha aérea. “Se tivéssemos bilhetes mais competitivos, tenho certeza de que a ocupação seria bem melhor. Fazer turismo interno é muito caro”, afirmou Linhares.

Para ele, a redução da burocracia também contribuiria para incrementar o turismo. Um exemplo é a concessão, pelo Brasil, do visto eletrônico para turistas vindos dos Estados Unidos desde o dia 25 deste mês. A medida reduziu o tempo de concessão de 40 dias para 72 horas. “Os Estados Unidos são o segundo país, depois da Argentina, em termos de emissão de turistas para o Brasil”. Linhares disse que não tem dúvida de que essa abertura vai puxar tanto o turismo de lazer quanto o de negócios no país.

O visto eletrônico já era concedido para turistas do Japão, do Canadá e da Austrália. “E agora, com os Estados Unidos, só tem a melhorar não só a ocupação da hotelaria, mas de toda a cadeia produtiva, que impacta 54 setores”. A previsão é de aumento de 25% de visitantes americanos este ano no Brasil. “Se todo presidente, todo governador, todo prefeito olhasse para o turismo como essa indústria precisa ser vista, tenho certeza de que o Brasil hoje não estaria nessa crise, com tantos milhões de desempregados”, afirmou.

Rio de Janeiro

De acordo com o Rio Convention & Visitors Bureau (Rio CVB), a capital fluminense recebe, em média, 250 mil turistas dos Estados Unidos por ano. Com o visto eletrônico (e-Visa), a previsão é aumentar em pelo menos 20% o número de visitantes.

“Para se ter uma ideia, apenas em 2016, a indústria do turismo injetou na economia da capital fluminense cerca de R$ 11,1 bilhões. Devemos lembrar que os americanos mantêm o quesito viagem em seu orçamento anual. O americano é um dos que mais gastam e permanecem mais tempo em seu destino de férias. Com a facilidade do visto eletrônico, a expectativa é aumentar em pelo menos 20% a entrada desses visitantes em nossa cidade e, por consequência, a receita deixada por eles”, afirmou a presidente do Rio CVB, Sonia Chami.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro (ABIH-RJ) e do Sindicato dos Meios de Hospedagens do Município (SindHotéis Rio), Alfredo Lopes, também espera impacto positivo no setor este ano, porque os americanos representam, atualmente, o principal mercado emissor de turistas internacionais para os hotéis cariocas, correspondendo a 7% do total de hóspedes estrangeiros, seguidos dos argentinos, com 5%.

Da mesma forma, o presidente da Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro (Riotur), Marcelo Alves, afirmou que a concessão do visto eletrônico aos americanos vai incrementar o turismo na capital e no restante do estado. “Nossa expectativa é triplicar o volume de turistas americanos no Rio de Janeiro.”

Já o presidente do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio), Fernando Blower, destacou que a medida vai ao encontro do investimento de companhias aéreas em rotas que ligam Brasil e Estados Unidos e de um projeto aprovado na Câmara, no mês passado, que amplia o número de voos entre os dois países. “O turista de lazer é mais propenso a investir dinheiro no consumo de entretenimento, gastronomia e cultura”, disse Blower.

Ele afirmou que as áreas mais turísticas da capital, como a Barra da Tijuca, os bairros da zona sul, como Copacabana e Ipanema, e do centro, como Santa Teresa, perceberão mais o aumento do movimento. “No momento em que damos os primeiros passos para nos recuperar da crise econômica, essa nova modalidade de visto é excelente”, afirmou Blower. Ele acrescentou que toda política que visa facilitar a entrada de turistas no Brasil tem apoio do SindRio, “porque é importante para a cidade”.

Belo Jardim receberá novo campus da UFRPE

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O município de Belo Jardim, no Agreste, ganhará uma unidade acadêmica da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). O Conselho Nacional de Educação aprovou por unanimidade o credenciamento da unidade e agora deve prosseguir com a homologação no campus com a assinatura do ministro da Educação, Mendonça Filho. Segundo o ministro, inicialmente serão ofertados os cursos de engenharias químicas, de controle e automação industrial, de computação e hídrica, contando com cerca de 1.600 estudantes.

Serão 40 vagas por semestre letivo. A carga horária será de 3.915 horas, divididas em 5 anos e 10 períodos. A unidade será feita em terreno cedido pelo Instituto federal de Pernambuco, e, até ficar pronta, funcionará em instalações provisórias. A criação do novo campus faz parte da programação do centenário da instituição, com o Polo de engenharia e Inovação tecnológica.

O ministro afirmou haver investimentos garantidos para manter os campi da rede técnica e superior de ensino no interior do Estado. Mendonça ainda lembrou que, em dezembro do ano passado, foi inaugurado o Campus da UFRPE de Serra Talhada e, em janeiro deste ano, assinou ordens de serviços para construir três blocos do curso de medicina no campus Caruaru da UFPE.

Galo terá iluminação e começa a ser montado na próxima quarta

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Com um traço que remete aos cartuns e homenagens às diversas etnias afro e indígena que fazem parte da cultura pernambucana, a imagem do gigante símbolo do Carnaval do Recife, que havia sido antecipada com exclusividade pela Folha de Pernambuco, foi apresentada oficialmente na manhã da quarta-feira (31). Durante à noite, a peça será iluminada, facilitando sua visualização e permitindo que o público tire boas fotografias do majestade do Carnaval recifense. Diferente de outros anos, a estrutura que sustenta o gigante em pé na ponte será coberta por peças em referência aos casarios do bairro de São José, região histórica e central do Recife.

A montagem da peça de 25 metros e 3,5 toneladas do Galo da Madrugada, que ficará sobre a Ponte Duarte Coelho, na região central do Recife, começará na próxima quarta-feira (7), com término previsto para às 7h da sexta-feira (9) anterior ao sábado de Zé Pereira.

A alegoria é assinada pelo designer Walther Holmes que começou a desenhar os primeiros esboços em meados de novembro de 2017, chegando a desenhar mais de 30 modelos diferentes. “É um desafio muito grande, uma responsabilidade enorme, mas é um orgulho fazer o símbolo do Carnaval do Recife”, declara Holmes, que trabalhou na criação do Galo pela primeira vez.

“O galo gera expectativa todo ano, e neste ano ele está sendo produzido por outros artistas que é uma política da Prefeitura de dar a outros artistas a oportunidade de demonstrar sua arte”, declara a secretaria de Turismo e Lazer do Recife, Ana Paula Villaça.

O processo de confecção e montagem do Galo está nas mãos do iluminador e designer Edson Lira que adiantou que um dos diferenciais deste ano é o uso de materiais resistentes à chuva, como o PVC expandido que está sendo utilizado para a impressão dos 20 modelos de penas. “O desafio foi montar a equipe especializada, porque é um projeto que requer muita especificidade de vários itens: a parte de estrutura, design, a parte gráfica, cenotécnica. O grande desafio é achar os profissionais certos para fazerem essas atividades”, destaca Lira.

Familiares realizam missa em homenagem a Armando Monteiro Filho

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A missa pelo 30º dia do falecimento do ex-ministro Armando Monteiro Filho acontece nesta quinta-feira (01), às 12h15, na Igreja da Madre de Deus, no Recife Antigo, e deve reunir familiares, amigos, lideranças do mundo político e empresariais que queriam trazer mais uma homenagem à sua memória. O empresário faleceu aos 92 anos, no último dia 2 de janeiro.

Armando Monteiro Filho era genro do ex-governador Agamenon Magalhães. Casado com Do Carmo Monteiro, Armando Monteiro Filho dividiu, com um espírito democrático e conciliador, as atividades de empresário com a política. Foi deputado estadual, deputado federal e ministro da Agricultura no governo João Goulart.

O empresário e ex-ministro deixou oito netos, seis bisnetos e teve cinco filhos: Maria Lectícia, Sérgio (falecido aos 15 anos), Horácio, Cláudio, além de o senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE) e o presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro.

Para o governo, pesquisa mostra dificuldade em candidatura apoiada por Temer

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O desempenho dos candidatos governistas na última pesquisa Datafolha foi avaliado pela equipe do presidente Michel Temer como um sinal de que o Palácio do Planalto terá dificuldades de emplacar um nome para a disputa eleitoral. No levantamento, publicado nesta quarta-feira (31), os três principais nomes do campo governista -Henrique Meirelles (PSD), Rodrigo Maia (DEM) e Paulo Rabello de Castro (PSC)- não chegaram individualmente a pontuar 3% das intenções de votos nos diferentes cenários.

O desempenho dos três aumentou o pessimismo no entorno do presidente sobre o lançamento de um candidato que defenda abertamente o legado da atual administração, em uma tentativa de melhorar os índices de popularidade do governo.

Alckmin
Nesse cenário, cresce a defesa para que o presidente apoie uma candidatura do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que, em um dos cenários da pesquisa, sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a 11%. Para eles, no entanto, ainda é cedo para concluir quem será o maior beneficiário dos votos do petista, uma vez que uma parcela dos eleitores da esquerda ainda não conhece Jaques Wagner (PT) e tem citado nomes conhecidos, com recall eleitoral, como Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSC) e Geraldo Alckmin.

Apesar do cenário pessimista dos candidatos governistas, assessores e auxiliares presidenciais lembram que, sem o petista na disputa, o número de indecisos e brancos chega a 32%, o que cria uma margem para o lançamento de um nome ainda fora do radar político.

Na avaliação do governo, caso a reforma previdenciária seja aprovada, tanto Maia como Meirelles podem ganhar força no cenário eleitoral. Se ela fracassar, contudo, ambos devem sair enfraquecidos, aumentando ainda mais o desgaste de imagem do governo federal.

Após Datafolha, Lula decide antecipar lançamento de pré-candidatura

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Folhapress

Após divulgação da pesquisa Datafolha, o PT decidiu marcar para a semana que vem o lançamento da pré-candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ato deverá ocorrer na próxima quarta-feira (7), em Minas Gerais, Estado governado pelo petista Fernando Pimentel.

Dirigentes do PT de Minas estão organizando às pressas ato de pré-lançamento. Segundo petistas, só amanhã haverá definição de local. A intenção é evitar que o feriado do Carnaval quebre o ritmo adotado por Lula desde o início das caravanas que protagonizou pelo Nordeste e Sudeste.

Segundo o Datafolha, Lula mantém liderança nas pesquisas mesmo após sua condenação pelo TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4 Região). Minas é o único Estado do Sudeste administrado por um petista. Na noite desta terça-feira (30), dirigentes do partido chegaram a sugerir que Lula lançasse sua pré-candidatura no Nordeste, onde lidera com folga as pesquisas. Mas prevaleceu o argumento de que estaria se refugiando em uma zona de conforto.

Extinguir compras parceladas sem juros é retrocesso, diz CACB

A Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) defende a continuidade do parcelamento do cartão de crédito sem os juros. Retirar esta possibilidade do consumidor é interesse dos grandes bancos. As administradoras de cartões apresentaram ao Banco Central uma proposta para substituir o parcelado sem juros por um modelo de crediário ao consumidor. A CACB, no entanto, discorda desta ideia e apoia o posicionamento da Associação Brasileira das Instituições de Pagamento (Abipag), que garante que o crediário já existe e a adesão é baixa.

De acordo com o que vem noticiando a imprensa, a extinção da modalidade poderia reduzir, aproximadamente, 10% das vendas do comércio. Este número representa, segundo a Abipag, cerca de R$ 90 bilhões que seriam pagos na forma de juros, ao invés de serem destinados ao consumo. Ou seja, a medida privilegiaria os bancos, que cobrariam juros muito mais altos do que já cobram, transvestidos como venda “sem juros” no cartão, uma estratégia sem fundamento. Precisamos simplificar mais e reduzir os custos para os estabelecimentos e, consequentemente, para o consumidor final.

Para o presidente da Abipag, Augusto Lins, “tal ideia reflete o posicionamento dos grandes bancos”. Na contramão desta hipótese, os emissores de cartões defendem o fomento da adesão do crediário. Para Lins “a adesão é extremamente baixa e não mudaria o cenário”, diz.

A Confederação concorda com a Abipag, e reitera seu posicionamento, pensando tanto no empresário, quanto no cliente, que seria submetido a altas taxas de juros, se as compras fossem parceladas diretamente com o lojista, na modalidade crediário. Apesar de ter caído no desuso do brasileiro, se tal medida for imposta, o parcelamento com cheque seria a alternativa a esse retrocesso.

A CACB se posiciona pela redução das taxas transacionais dos cartões, principalmente do débito, que são estipuladas pelas bandeiras com o coeficiente tarifário que segue para o banco emissor, valor esse descontado do valor da compra. A Confederação cobra do Banco Central agilidade na apreciação de um teto na cobrança de encargos sobre as operações financeiras, que têm o cartão de crédito/débito como meio final de pagamento. A entidade, que reúne aproximadamente 2 milhões de associados, teme que isso acabe refletindo nas vendas do comércio brasileiro.

Os lojistas e a população precisam se posicionar contra a medida, que trará ainda mais prejuízos para o País. A CACB quer que o Brasil se alinhe ao mercado internacional, onde as taxas de juros aplicadas são bem mais baixas. Os valores que se paga nas vendas via cartão de crédito já são um absurdo. Aumentar ainda mais os juros pode ser a saída mais fácil para o mercado financeiro, mas não a mais correta.