PF quer concluir inquéritos da Lava Jato até o fim do ano, diz Segovia

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Agência Brasil

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia, disse hoje (10), em Brasília, que o órgão como meta concluir até o fim deste ano as investigações de todos os inquéritos criminais que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo os da Operação Lava Jato.

Ele informou ter efetivado a partir desta quarta-feira o aumento de nove para 17 no número de delegados dedicados exclusivamente a cerca de 200 investigações policiais que tramitam no STF. Disse, ainda, que foi dobrada a equipe de peritos, de modo a destravar os inquéritos que aguardam laudos.

“A ambição é humana”, afirmou Segovia ao ser questionado se a meta seria mesmo factível. “É uma meta que a ministra Cármen Lúcia [presidente do STF] também quer, a doutora Raquel Dodge [procuradora-geral da República] também está imbuída desse propósito, e acho que o país merece ter uma resposta quanto a essas investigações”, acrescentou.

Michel Temer

As declarações do diretor-geral da PF foram dadas após uma reunião de quase 1h30 no gabinete de Cármen Lúcia, na manhã de hoje. Ao ser perguntado se a conclusão dos inquéritos inclui também as investigações contra o presidente Michel Temer, Segovia disse que sim.

“Foram enviadas as perguntas ao presidente Temer, a gente aguarda a resposta dessas perguntas para que seja tomado um novo passo na investigação do presidente Temer”, disse, referindo-se a um dos inquéritos que tem o presidente como alvo.

Todas as investigações criminais conduzidas pela PF que tramitam no STF envolvem a suspeita de políticos com foro privilegiado na Corte, entre parlamentares, ministros de Estado e o presidente da República.

De acordo com o mais recente balanço divulgado em dezembro pelo gabinete do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, tramitam no STF atualmente 140 inquéritos resultantes de investigações da operação. Desses, 73 foram redistribuídos para outros ministros por não estarem diretamente relacionadas a desvios na Petrobras.

Inflação baixa contribui para aumento do rendimento da poupança

Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil

A inflação oficial de 2017, divulgada hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ficou em 2,95%, menor taxa desde 1998, contribuiu para o ganho da caderneta de poupança. De acordo com o Banco Central, o rendimento nominal da poupança acumulado no ano passado atingiu 6,8%.

O ganho real da poupança, descontada a inflação, ficou em 3,9%, o maior desde 2006, segundo o economista Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). “Isso ajudou bastante o consumidor de modo geral, especialmente o de baixa renda. E para aquele que aplica seus poucos recursos na poupança, o ano de 2017 foi favorável. Gerou um ganho real de 3,9%”.

Segundo Bentes, é improvável que o resultado dos rendimentos da poupança se repita este ano e a aplicação deve fechar 2018 com ganho real entre 2% e 2,5%.

A professora dos MBAs da Fundação Getulio Vargas Myrian Lund destacou que há dois tipos de rendimentos de poupança: um para depósitos feitos até 3 de maio de 2012 e outro para aplicações a partir de 4 de maio do mesmo ano. No caso dos primeiros investimentos, que rendem 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial, é vantajoso manter o dinheiro aplicado, segundo a planejadora financeira.

Os depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012 são calculados com base na taxa básica de juros, a Selic, sempre que esta for igual ou menor que 8,5%. Em dezembro, e taxa foi definida em 7% ao ano, o menor nível da história.

Segundo Myrian, em 2018, as aplicações mais antigas na poupança deverão render 6,17%. Já os investimentos mais novos (após 4 de maio de 2012) devem ter rendimento entre 4,55% e 4,9%. Nos dois casos, o ganho será maior que a inflação, projetada em 4% para este ano.

“Se você quiser ganhar mais, vai ter que procurar um fundo multimercado ou fundo renda fixa. Mas isso só para quem é mais investidor porque, normalmente, exige um valor maior”, destacou a planejadora financeira da FGV.

Deflação dos alimentos fez inflação ficar abaixo do piso da meta, diz Goldfajn

Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

A maior queda no preço dos alimentos em quase 30 anos foi a principal responsável pela inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ter fechado 2017 abaixo do piso da meta pela primeira vez na história, informou, há pouco, o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn. Em carta aberta para explicar o descumprimento do intervalo mínimo da meta, Goldfajn diz que o Banco Central foi surpreendido pelo comportamento dos preços dos alimentos no domicílio.

Nesta quarta-feira (10), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA encerrou o ano passado em 2,95%, abaixo do piso de 3%. Para 2017, o Conselho Monetário Nacional (CMN) tinha fixado a meta de inflação em 4,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual, o que permitiria ao índice fechar num intervalo entre 3% e 6% sem acarretar o descumprimento da meta.

“Em 2017, a reversão da inflação nos preços dos alimentos no domicílio foi maior do que o previsto, tanto pelo Copom [Comitê de Política Monetária] quanto pelos analistas do mercado”, destaca Goldfajn na carta. Esta foi a primeira vez que a inflação ficou abaixo do piso do sistema de metas desde a criação do sistema, em 1999.

Segundo o Banco Central, a inflação do subgrupo alimentação no domicílio fechou 2017 com deflação (recuo de preços) de 4,85%, a maior para esses itens desde o início da série histórica do IPCA, em 1989. Ao excluir os alimentos, o índice teria encerrado o ano passado em 4,54%, próximo do centro da meta.

Fatores externos

O presidente do Banco Central classificou de excepcional o comportamento dos preços dos alimentos em 2017. Segundo Goldfajn, a forte retração decorreu de fatores fora do controle da política monetária, como as safras recordes, que elevaram a oferta de alimentos no mercado interno. Para Goldfajn, a autoridade monetária não cortou mais os juros para compensar a queda nos preços dos alimentos porque não cabe a ela reagir a eventos externos.

“Não cabe inflacionar os preços da economia sobre os quais a política monetária tem mais controle para compensar choques nos preços dos alimentos. A política monetária deve combater o impacto dos choques nos outros preços da economia (os chamados efeitos secundários), de modo a buscar a convergência da inflação para a meta”, destacou o documento.

Evolução

Para 2018, o BC informou que continuará a nivelar a taxa Selic (juros básicos da economia) para cumprir as metas de inflação estabelecidas pelo CMN. Para este ano, a meta para o IPCA também está em 4,5%, podendo oscilar entre 3% e 6%. Atualmente, a Selic está em 7% ao ano, no menor nível da história. Ele lembrou que, desde o fim do ano passado, o IPCA voltou a aumentar para convergir em direção ao centro da meta.

“A inflação já se encontra em trajetória em direção à meta em 2018. No acumulado em 12 meses, a inflação, ao final de 2017, aumentou 0,49 pontos percentuais em relação ao mínimo de 2,46% observado em agosto do mesmo ano”, destacou Goldfajn na carta. Ele ressaltou que o Relatório de Inflação do BC, divulgado a cada três meses, estima que a inflação fechará 2018 e 2019 em 4,2%. O relatório foi divulgado pela última vez em dezembro.

Pela legislação, toda vez que a inflação fecha um ano abaixo do piso ou estourando o teto da meta, o presidente do BC é obrigado a escrever uma carta aberta explicando os motivos que levaram ao descumprimento. A última vez em que uma carta do tipo foi divulgada tinha sido em 2015, quando o índice oficial fechou o ano em 10,67%, acima do teto de 6,5% estabelecido para aquele ano.

Percurso do Galo da Madrugada passa por vistoria

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Representantes de órgãos como Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiros, Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e empresas de telefonia móvel e televisão por assinatura fizeram uma vistoria, na manhã desta quarta-feira (10), no percurso do Galo da Madrugada. Foram fiscalizados 200 imóveis.

Dos imóveis, 20 apresentaram problemas na estrutura, serão monitorados e não poderão funcionar durante o Galo. Caso funcionem, o local será interditado e o proprietário será preso. O efetivo partiu por volta das 7h da sede do bloco, no bairro de São José, na área central do Recife, e segue nas vias por onde passarão os trios elétricos e foliões, como as avenidas Dantas Barreto e Guararapes. A chuva desta manhã atrapalhou um pouco os trabalhos.

O vice-presidente do Galo, Rodrigo Menezes, afirmou que o percurso deste ano, de 4,5 quilômetros, será praticamente o mesmo do ano passado. O desfile terá início no Forte das Cinco Pontas e segue pela avenida Sul, rua Imperial, avenida Dantas Barreto, avenida Guararapes e rua do Sol. Os trios seguem até a rua do Imperador, onde acontecerá a dispersão.

“Estamos fazendo essa vistoria que é muito importante para identificar pontos de risco aos foliões. A nossa previsão de conclusão da parte estrutural é para uma semana antes. A vistoria hoje está focada em desfile e não em camarote. O percurso será praticamente o mesmo do ano passado”, contou Rodrigo Menezes.

Entre os principais itens buscados na vistoria estão fiações abaixo de 6,5 metros de altura e metralhas nas ruas. O comandante do grupamento de Carnaval, coronel Jonas Souza, detalhou os cuidados tomados. “O objetivo é evitar qualquer falha que possa servir como arma: madeiras, pedras e restos de construção. Há ainda a preocupação com marquises, redes de telefonia e elétrica. Procuramos evitar pontos sensíveis para a segurança durante o percurso deste grandioso evento”, explicou. O coronel afirmou ainda que haverá um incremento no número de policiais no esquema de segurança, que será divulgado em breve em coletiva de imprensa.

O chefe de fiscalização do Corpo de Bombeiros, tenente coronel Érik Aprígio, afirmou que a fiscalização terá mais dois momentos até a saída do bloco. “Fiscalizamos o percurso do Galo em itens como estreitamento, acessos e fiações para dar segurança à população. Teremos três fiscalizações até o dia do desfile com datas e metas a cumprir. Os comerciantes serão cadastrados juntos à Prefeitura para evitar essas obstruções nas vias e as irregularidades estão sendo identificadas e fiscalizadas”.

A coordenadora da unidade de coordenação de eventos da Polícia Civil de Pernambuco, delegada Verônica Azevedo, conta que algumas estruturas dos anos anteriores serão mantidas. A delegada afirma que haverá unidades móveis na Travessa do Gusmão, no Recife Antigo e no Metrorec, ponto de grande circulação. Além de uma central na rua União, e a Delegacia da Mulher de Santo Amaro funcionará normalmente. “Nós vamos divulgar previamente todos estes pontos. É importante alertar que as pessoas venham para o galo com o espírito de brincar e não tragam objetos de muito valor. A polícia está atenta, mas é importante que todo mundo saiba que a sua participação é fundamental”, completa.

Este ano, o desfile do Galo da Madrugada será no dia 10 de fevereiro, sábado de Carnaval.

Extinção de 60 mil cargos públicos mira datilógrafos e digitadores

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Em decreto publicado no “Diário Oficial da União” nesta quarta-feira (10), o governo extinguiu 60,9 mil cargos públicos da administração federal considerados obsoletos ou que passaram a ser realizados através de terceirização. O presidente Michel Temer assinou o decreto nesta terça.

“A iniciativa contribui para tornar a arquitetura de cargos e carreiras mais adequada às necessidades atuais e futuras da administração pública”, afirmou o Ministério do Planejamento em nota. De acordo com a pasta, entre os cargos extintos estão telefonista, editor de videotape, assistente de som, datilógrafo e digitador.

Do total de cargos eliminados pelo decreto, 37,8 mil estão vagos. Os demais, que representam 6% do total de servidores federais, ainda estão ocupados, e serão extintos conforme forem vagando. Atualmente, há 635 mil servidores públicos na administração federal.

De acordo com o Planejamento, além de carreiras obsoletas serão extintos também cargos que passaram a ser feitos através da contratação indireta de serviços.

“A identificação dos cargos descritos no decreto levou em conta sua falta de correspondência com a realidade do trabalho contemporâneo, como nos casos dos cargos de datilógrafos e digitadores. Constam também cargos cujas atividades passaram a ser realizadas pela contratação indireta de serviços, o que se aplica, por exemplo, a motoristas e telefonistas”, disse a pasta em nota.

Henry diz que não cumprimenta ‘agressor’; Paulo fala com FBC

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Antes de subirem ao auditório, nesta quarta-feira (11), onde deu-se a posse do conselheiro Marcos Loreto como presidente do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), autoridades reuniram-se uma sala reservada. No mesmo recinto, acabaram ficando bem próximos o senador Fernando Bezerra Coelho e o vice-governador Raul Henry.

Os dois seguem em embate cada vez mais acirrado pelo comando do PMDB no Estado. E o encontro foi o retrato dessa “falta de ambiente” instalada, como definiu o próprio Henry.

Ainda que integrantes do mesmo partido, os dois nem se cumprimentaram. Henry não arrodeia: “A pessoa não pode ser vítima de uma indignidade, fazer vista grossa e cumprimentar seu agressor”. O vice-governador evita o contato, enquanto a questão vai sendo levada por ele e pelo deputado federal Jarbas Vasconcelos às últimas consequências na Justiça.

O governador Paulo Câmara, por sua vez, cumprimentou o senador, que vem disparando duras críticas à gestão socialista. Ainda que em contato protocolar, se falaram.

No vídeo, segue o momento do encontro das autoridades antes que a solenidade tivesse início. Henry também estava presente na sala.

Marcos Loreto toma posse como novo presidente do TCE-PE

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O novo presidente do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), o conselheiro Marcos Loreto, tomou posse na manhã desta quinta-feira (10), na sede do órgão, localizada no bairro da Boa Vista, área central do Recife. O mandato de Loreto é para o biênio 2018-2019. Com ele, foram empossados também o vice-presidente, Dirceu Rodolfo; o corregedor, João Campos; o diretor da Escola de Contas, Ranilson Ramos; a ouvidora, Teresa Dueire; o presidente da Primeira Câmara, Valdecir Pessoal; e o presidente da Segunda Câmara, Carlos Porto.

Marcos Loreto foi eleito em 29 de novembro. À época, o conselheiro prometeu reforçar o combate à corrupção. A cerimônia foi prestigiada por políticos como o governador, Paulo Câmara; o prefeito do Recife, Geraldo Julio; o senador Fernando Bezerra Coelho, o prefeito de Olinda, Lupércio; os deputados federais Danilo Cabral e Tadeu Alencar; e o secretário Sileno Guedes.

Em seu discurso de posse, o presidente Marcos Loreto afirmou quais serão as diretrizes de seu mandato. “A questão pública foi o que sempre me moveu – em especial, o combate às desigualdades, não como convicção particular, mas como ideal político. Assumo hoje, pela segunda vez, a presidência em dez anos de casa. Substituo agora o conselheiro Carlos Porto, que estava também no cargo quando cheguei ao TCE, em 2007, e tão bem me recebeu. Vamos priorizar as Auditorias de Acompanhamento. Vou trabalhar preservando a honra dos nossos jurisdicionados. Proporcionaremos a todos o amplo e sagrado direito de defesa”.

Em seu discurso de despedida, o ex-presidente Carlos Porto, afirma sair com sensação de dever cumprido. “Sempre pautei meu comportamento no sentido de valorizar essa instituição tão respeitada nacionalmente. Quero agradecer a este conselho por todo apoio dado nesta minha última passagem pela presidência”. Carlos ainda desejou sorte ao novo presidente. “Quero desejar todo o sucesso pelos próximos dois anos, pois experiência e competência para administrar a casa e empunhar a bandeira no combate à corrupção”.

Para o deputado federal Danilo Cabral, o momento é importante por causa dos desafios pelos quais passa o País. “Marcos tem uma longa trajetória no serviço público e uma larga experiência no Poder Executivo. Temos a garantia de resposta aos desafios que o tribunal tem hoje. O Brasil vive um momento desafiador e a população vem acompanhando esses fatos. É importante que tenhamos um órgão de controle que responda a esse momento de desafios”.

O deputado federal Tadeu Alencar citou a visão de Loreto como fator primordial para o sucesso de sua gestão. “Conheço Loreto há muito tempo. É um servidor público que sempre teve uma visão republicana da administração pública federal, como chefe de gabinete, como secretário de Estado. Aqui no TCE ele vem demonstrando exercer essa função de controle com muita seriedade e com muita firmeza. Esse papel do controle com as dificuldades da gestão é uma marca dele nesse momento que o Brasil enfrenta uma corrupção monumental em que os tribunais são muito relevantes”.

O secretário de Governo e Participação Social do Recife, Sileno Guedes, ressaltou a importância da transparência. “Marcos significa uma renovação dentro do Tribunal de Contas. Acho que o conselheiro, pela forma que vem atuando dentro do tribunal, vai fazer uma gestão extremamente transparente e voltada para a eficiência do serviço público”.

O chefe de gabinete do governador Paulo Câmara, João Campos, enalteceu a missão de Loreto. “Tendo feito um trabalho muito sério, muito respeitado e com muito equilíbrio, Marcos Loreto assume o TCE em um momento desafiador que o país vive e tenho certeza que, assim como em outras missões que trabalhou, não será diferente agora. Desejo boa sorte a ele e que ele possa conduzir seus trabalhos com muita seriedade e equilíbrio”.

Para o prefeito de Olinda, Lupércio, a equipe que acompanhará Loreto é fundamental para o êxito do mandato do novo presidente. “Sabemos da missão que é um desafio, mas ele tem uma grande técnica e pessoas importantes no TCE. Quero parabenizá-lo e desejar boa sorte a toda a equipe dele”.

Ensino público de Pernambuco vai ganhar mais disciplinas

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Com base nas mudanças propostas na Lei do Novo Ensino Médio (13415/17), 20 escolas da rede pública estadual na Região Metropolitana do Recife terão carga horária ampliada e inserção de novas disciplinas eletivas (matérias opcionais). As mudanças passam a ser válidas a partir de fevereiro, início do ano letivo, e contemplarão 4.448 estudantes do ensino médio, dos turnos da manhã e da tarde. Os alunos, que atualmente têm cinco aulas por dia, passarão a ter seis, passando a carga horária de 800 para 1.000 horas/aula anuais. [Confira a lista das escolas ao fim do texto]

“Com a nova matriz curricular, vamos intensificar as aulas de Língua Portuguesa e Matemática e vamos trazer para essas escolas uma novidade muito boa: as disciplinas de Projeto de Vida e Empreendedorismo, que já são estudadas nas Escolas Integrais”, explicou o secretário de Educação, Fred Amâncio. As disciplinas eletivas terão temáticas diversas, a exemplo de Mídias e Tecnologia, Gestão Ambiental, Dança Contemporânea e Cultura Popular, Diversidade Étnica e Cultural, entre outras. Os estudantes poderão se inscrever em duas eletivas por ano (uma no primeiro semestre e uma no segundo).

Para Rafaela Victoria, 14 anos, matriculada na Escola Stela Maria dos Santos Pintos Barros, no município de Abreu e Lima, as mudanças fazem parte de um apelo dos próprios estudantes. “Achei ótima a proposta das novas disciplinas. Eu sempre tive interesse na área de tecnologia e agora minha escola terá essa disciplina. É algo que sempre pedimos”, declarou. Estudante da mesma escola, Lídia Nayara, 14, também vê com bons olhos as alterações de carga horária e curricular. “Isso é muito importante para o futuro dos alunos, principalmente porque podemos escolher a área de conhecimento de nosso interesse. E ter um reforço em português e matemática é muito importante, pois são matérias que têm um peso maior nos concursos e vestibular”, afirmou.

Por lei, o Estado terá até 2022 para adequar às novas regras a toda Rede Estadual na Região Metropolitana e, segundo o secretário, neste primeiro momento não será necessária a contratação de novos professores. “Vamos iniciar esse novo sistema em 20 escolas estaduais e, progressivamente, com o planejamento que será elaborado a partir destas primeiras escolas, vamos inserir as demais unidades. Para que até 2022 as 770 escolas da rede estadual de ensino estejam funcionando com a nova matriz e carga horária”, disse. “Não será necessária a contratação de novos profissionais com essas mudanças. Se até 2022 houver a necessidade, poderemos contratar, mas acredito que não”, concluiu o gestor.

Lista das escolas que vão ser contemplas com as mudanças de carga horária e inserção de disciplinas

Abreu e Lima

Escola Stela Maria dos Santos P Barros – Av. Manjope, 200 – Timbó

Olinda

Escola Compositor Antônio Maria – Av. Acácias – Rio Doce
Escola Tabajara – Av. Tabajara, 149 – Tabajara

Paulista

Escola Custódio Pessoa – Av. Lindolfo Collor, S/N – Paratibe
Escola Presidente Castelo Branco – Av. João Paulo II – Mirueira

Cabo de Santo Agostinho

Escola Desembargador Antônio da Silva Guimarães – Av. Ernestina Batista, s/n – Pontezinha

Camaragibe

Escola Vale das Pedreiras – Rua Pérola, 1 – Vale das Pedreiras

Jaboatão dos Guararapes

Escola Henriqueta de Oliveira – Estrada da Luz, s/n – Santo Aleixo
Escola Pedro Barros Filho – Rua Rossini Roosevelt de Albuquerque – Piedade
Escola Zequinha Barreto -Rua João Fragoso de Medeiros

Recife

Escola Governador Barbosa Lima -Av. Agamenon Magalhães, s/n
Escola Liceu de Artes e Ofícios – Av. Oliveira Lima, 824 – Boa Vista
Escola Luiz Delgado – Rua do Hospício, 875 – Boa Vista
Escola Rosa de Magalhães Melo – Av. Aníbal Benévolo, 1378 – Água Fria
Escola Sylvio Rabello – Av. Mário Melo, s/n, Santo Amaro
Escola Assis Chateaubriand – Rua Francisco Valpassos, s/n – Brasília Teimosa
Escola José Mariano – Av. Dr. José Rufino, 892 – Estância
Escola Manoel Borba – Rua Alm. Nelsom Fernandes, S/N – Boa Viagem
Escola Presidente Humberto Castelo Branco – Av. Dr. José Rufino, 2993 – Tejipió
Escola Professor Leal de Barros Rua Antônio Borges Uchôa, s/n

Rodrigo Maia costura alianças e monta equipe de pré-campanha à Presidência

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Congresso em Foco

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostra que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), costura o apoio de pelo menos quatro partidos e já tem estrutura de pré-campanha à Presidência da República. A agenda de Maia, nos próximos dias, inclui viagem aos Estados Unidos e ao México para encontros com a cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA), além de visitas a Santa Catarina e Espírito Santo.

Nesses estados, o presidente da Câmara tenta consolidar alianças com quatro partidos: PP, Solidariedade, PSD, PR e PRB. Ele também busca o apoio do PSDB e sonha com o senador tucano Antonio Anastasia (MG), ex-vice-governador de Aécio Neves (PSDB-MG), como vice.

Segundo o Estadão, Rodrigo Maia começou a montar uma estrutura de pré-campanha, com marqueteiro e economistas. Para ele, escrevem os jornalistas Eliane Cantanhede e Igor Gadelha, não adianta assumir posições avançadas em temas polêmicos, “porque a sociedade não aceita”. A ideia do deputado é fazer contraponto ao conservadorismo e extremismo de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e ao ex-presidente Lula (PT), ou quem vier a substituí-lo caso sua candidatura seja barrada pela Justiça.

Temer promete R$ 10 bilhões em obras para quem votar a favor da reforma da Previdência

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Congresso em Foco

O presidente Michel Temer vai usar nova arma para tentar alcançar os 308 votos necessários para aprovação da reforma da Previdência na Câmara: a liberação de R$ 10 bilhões para a conclusão de obras em redutos eleitorais de quem apoiar o governo. É o que informa reportagem da Folha de S.Paulo. O dinheiro sairá da própria economia gerada em 2018 com a eventual aprovação das novas regras da Previdência em fevereiro.

Cálculos da equipe econômica indicam que os gastos com benefícios que deixarão de ser feitos imediatamente após a reforma vão gerar uma sobra de R$ 10 bilhões no caixa se a mudança ocorrer ainda em fevereiro.

O governo alega, de acordo com a Folha, que quanto mais a reforma demorar a passar, menor será essa economia gerada. Em março, ela cai para cerca de R$ 7 bilhões. Em abril, R$ 4 bilhões.

Desde meados do ano passado, o governo vinha sinalizando com a liberação de recursos do Orçamento para obras em troca de votos pela a reforma, informam os repórteres Daniel Carvalho e Julio Wiziack. Mas as promessas sucumbiram diante da queda de receitas em 2017. Agora, a proposta é destinar os recursos da reforma às obras, um dinheiro “carimbado”.

Segundo a Folha, terão prioridade os projetos em andamento que necessitam de pouco dinheiro para serem inaugurados ou entrarem na fase final. “Entre eles estão ajustes finais na duplicação da rodovia Régis Bittencourt, na serra do Cafezal, obra praticamente concluída; a segunda fase da linha de transmissão de Belo Monte; a BR-163, no Pará, os aeroportos de Vitória (ES) e Macapá (AP) e a ponte do rio Guaíba (RS)”, destaca a reportagem.