Senai sediou o oitavo encontro do Conselho Empresarial da Fiepe

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Esta Semana, a Unidade Regional Agreste (URA) da Fiepe realizou, no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a oitava reunião ordinária deste ano do Conselho Empresarial. O diretor regional, Andrerson Porto, e a gerente regional da URA, Carolina Campos, empresários e conselheiros das cidades da região estiveram presentes para dialogar sobre assuntos de interesse do setor industrial.

Além disso, fizeram uma visita ao Mundo Senai, ação gratuita que ocorre em todo País e oferece atividades sobre o ensino profissionalizante e formação dos alunos para o mercado de trabalho no setor industrial. “O Mundo Senai é importante porque os empresários podem ter acesso à novas tecnologias e processos que são feitos aqui. É interessante também pelo diálogo com empresários, professores e diretores do Senai e com os alunos. Um evento desses serve para novas reinvindicações da classe empresarial e oportunidades de trabalho para os alunos que estão aqui se profissionalizando. O Senai é o braço de tecnologia do sistema Fiepe. Aqui, temos a tecnologia para as nossas empresas e é aqui que buscamos a competitividade para o nosso negócio”, destacou o diretor da unidade Regional Agreste da Fiepe, Andrerson Porto.

A apresentação do novo reitor do Unifavip/Devry, Ricardo Ciriaco, e parte da equipe coorporativa, foi uma dos momentos da reunião desta tarde. O reitor lembrou que a instituição completou ontem 17 anos de existência e que atende quase dez mil alunos de Caruaru e região. Além disso, firmou a parceria com a Fiepe, estando à disposição para as demandas solicitadas pela unidade.

Informações sobre a reunião geral da Diretoria da Federação, realizada na última segunda-feira (4), também foram repassadas. Andrerson Porto falou sobre a sua participação em um evento no Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) que tratou sobre a jornada dos estudantes de Engenharia Mecânica, com o tema “Inserção dos jovens no mercado de trabalho”.

Na reunião, o advogado da Gerencia de Relações Industriais da Fiepe (Geri), Roger Bold, falou sobre “Defesa de Interesse”, que consiste na identificação e posterior desenvolvimento de produtos e mecanismos que facilitem a análise e solução de situações que trazem impactos positivos ou negativos à atividade industrial no Estado de Pernambuco.

Por fim, a gerente regional, Carolina Campos, ainda apresentou os próximos eventos da Unidade como o Seminário “Liderança, Gestão e Competitividade”. Um dos palestrantes será o administrador de empresas e autor de diversos livros sobre carreiras e gestão empresarial, Max Gehringer. O evento será realizado no dia 19 de outubro, no Teatro do Shopping Difusora, e tem como objetivo estimular os participantes a refletirem sobre temas de liderança, cases de sucesso, empreendedorismo e ideias criativas para o negócio.

Alunos do Cebrac de Caruaru arrecadam mantimentos para vítimas

As fortes chuvas que caíram na região no início de junho, deixando diversas cidades em estado de alerta e com famílias desabrigadas, fizeram com que a escola profissionalizante CEBRAC de Caruaru (PE) direcionasse seus esforços solidários ao auxílio dessas pessoas. A escola se tornou um centro de arrecadação de mantimentos, produtos de limpeza, roupas, calçados e cobertores. Para a cidade Belém de Maria foram enviados 36 cestas básicas, grande quantidade de roupas, calçados e cobertores e 120 litros de água mineral. No bairro de Vila do Aeroporto, de Caruaru, foram doadas 20 cestas básicas e 100 litros água mineral. Além disso, alimentos e roupas foram distribuídos para moradores de comunidades locais e até alunos cujas famílias foram afetadas pelas chuvas.

Nas mais de cem escolas CEBRAC, uma das mais renomadas redes de ensino profissionalizante do Brasil, além dos conteúdos técnicos, são transmitidos aos alunos conceitos como empreendedorismo, solidariedade, responsabilidade social e cuidados com o meio ambiente. Para isso, a rede realiza em todas suas unidades o projeto ECO CEBRAC. Dividido em três etapas, o projeto já arrecadou em 2017 mais de uma tonelada de alimentos, dezenas de cadeiras de rodas e até mechas de cabelo – sempre com o objetivo de colaborar com instituições próximas às escolas.

Fases ECO CEBRAC

A primeira fase, Eco Consciência, ocorre de janeiro a março, e tem como aspecto central a conscientização nas áreas de ecologia e responsabilidade social. Pensada para dar ao aluno o poder de ser um agente conscientizador, cada unidade incentiva seus estudantes a criarem materiais que possam conscientizar outros públicos.

De abril a junho ocorre a etapa Eco Solidariedade. Os alunos visitam hospitais, creches, asilos e abrigos locais a fim de descobrir as principais necessidades dessas instituições. A partir daí, recolhem materiais recicláveis, como latinhas e óleo de cozinha, para vendê-los e, com o dinheiro arrecadado, comprar itens para doação.

Por fim, a Eco Transformação, de julho a setembro, incentiva os alunos a reaproveitar materiais. Oficinas de customização de roupas, conserto de brinquedos, confecção de objetos com materiais recicláveis, entre outros, são realizadas e os produtos finais, doados a instituições.

Sobre o CEBRAC

O CEBRAC – Centro Brasileiro de Cursos – nasceu em 1995 com a vocação de educar e qualificar pessoas através de seus diversos cursos profissionalizantes. O CEBRAC tem formado para o mercado de trabalho milhares de profissionais brilhantes em suas áreas de conhecimento. Os cursos focam no desenvolvimento pessoal, o que prepara os alunos do ponto de vista comportamental e aprimoram a postura profissional e empreendedora.

O CEBRAC é a rede de ensino mais premiada do Brasil no segmento: em 2017 foi octacampeã 5 Estrelas do prêmio Melhor Franquia do Brasil pela revista “Pequenas Empresas & Grandes Negócios” e também conquistou o Selo de Excelência da Associação Brasileira Franchising (ABF) pela 10ª vez consecutiva. Pelas práticas sustentáveis que desenvolve já foi premiado três vezes com o troféu Destaque Sustentabilidade da ABF, e pelo foco no empreendedorismo recebeu em 2015 e 2016 o Prêmio Ozires Silva.

Inflação medida pelo IGP-10 fica em 0,39% em setembro

Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

A inflação medida pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) ficou em 0,39% em setembro deste ano. A taxa, divulgada pela Fundação Getulio Vargas, é superior às registradas em agosto deste ano (-0,17%) e em setembro do ano passado (0,36%). Apesar da alta de preços em setembro, o indicador acumula deflações (quedas de preço) de 2,03% no ano e de 1,66% em 12 meses.

Os preços no atacado, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo, tiveram inflação de 0,55% em setembro, ante deflação de 0,42% em agosto. O Índice Nacional de Custo da Construção também registrou inflação (0,35%) em setembro, acima da taxa de agosto (0,27%).

No entanto, os preços no varejo, medidos pelo Índice de Preços ao Consumidor, não registraram variação. Em agosto, havia sido registrada inflação de 0,34%.

O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

Abates de bovinos e frangos recuam no segundo trimestre do ano

Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

Os abates de bovinos e frangos recuaram no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo dados divulgados hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no segundo trimestre deste ano, foram abatidas 7,42 milhões de cabeças de bovinos, 3,1% a menos do que no mesmo período de 2016.

Mesmo com a queda em relação a 2016, o abate de bovinos teve um aumento de 0,3% em relação ao primeiro trimestre deste ano.

O abate de frangos, que chegou a 1,43 bilhão no segundo trimestre do ano, teve quedas de 4% na comparação com o primeiro trimestre deste ano e de 4,5% na comparação com o segundo trimestre de 2016.

O abate de suínos, por sua vez, atingiu o maior número desde 1997: 10,62 milhões de cabeças no segundo trimestre deste ano. O aumento foi de 1,3% em relação ao primeiro trimestre deste ano e de 0,2% na comparação com o segundo trimestre de 2016.

A produção de ovos de galinha, que chegou a 816,1 milhões de dúzias no segundo trimestre de 2017, também teve aumentos de 3,3% na comparação com o trimestre anterior e 7,3% em relação ao segundo trimestre do ano passado.

Aquisição de leite e couro

A aquisição de leite pelas indústrias beneficiadoras, que chegou a 5,64 bilhões de litros, recuou 3,7% do primeiro para o segundo trimestre, mas avançou 8% na comparação com o segundo trimestre do ano passado.

Já a aquisição de Couro, que envolveu um total de 8,23 milhões de peças inteiras, recuou 1,2% no trimestre e 4,8% na comparação anual.

Para mestre em Direito, Aneel lesa o consumidor com repasse sobre custos com furto de energia

Para o professor mestre em Direito, da Faculdade Drummond, Marcos Bernardini, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), lesa o consumidor com o repasse sobre os custos com ocasionados por furtos de energia. A partir deste ano, moradores do Amazonas, Roraima, Piauí, Acre e Amapá serão onerados, na conta, pelos chamados “gatos”.

“Nota-se que não há o equilíbrio na relação entre a Aneel e o consumidor, quando da imposição de aumento no valor da conta de energia, de forma unilateral pelo fornecedor, deixando o consumidor em constante prejuízo e sem a possibilidade de questionar”, pontua o professor.

Atualmente, o custo operacional com os gatos, e os prejuízos causados por eles, é de responsabilidade das distribuidoras. Os cinco estados que passarão pela mudança são abastecidos pela Eletrobras, que está prestes a ser privatizadas. Segundo dados da Aneel, o custo anual com o furto de energia no País chega a quase R$ 500 milhões por ano.

“É nítido que há violação aos princípios do Direito do Consumidor, principalmente no que tange o principio da transparência, pois não há um detalhamento completo dos gastos referentes a furto de terceiros, e principio da proteção (incolumidade psíquica), já que não foi respeitado do direito de escolha e igualdade nas contratações”, aponta Bernardini.

Ministério da Saúde convoca 47 milhões de crianças e adolescentes para atualizar a vacinação

Crianças e adolescentes devem comparecer aos postos de vacinação até 22 de setembro para colocar em dia a sua imunização. Esse é o período da Campanha de Multivacinação do Ministério da Saúde, lançada pelo ministro Ricardo Barros, em Brasília. Neste ano, serão convocados mais de 47 milhões de crianças menores de cinco anos, crianças de nove anos e também adolescentes de 10 a 15 anos incompletos para atualizarem o calendário vacinal. Mais da metade (53%) desse público já deveriam ter sido estar com o seu calendário de vacinação completo e o Ministério alerta sobre os riscos da baixa cobertura vacinal.

Nos 12 dias de mobilização, treze vacinas para crianças e oito para adolescentes – estarão à disposição da população. A campanha envolverá 36 mil postos fixos de vacinação e 350 mil profissionais de saúde. Além do envio de 143,9 milhões de doses de vacina de rotina, o Ministério da Saúde ainda distribuiu aos postos de saúde 14,8 milhões de doses extras de 15 vacinas para a campanha.

No próximo sábado, 16/9, será o dia D da vacinação, quando postos de saúde em todo país estarão de portas abertas para imunizar crianças e adolescentes de doenças que ainda não estão eliminadas e, portanto, representam riscos para quem não estiver vacinado. Além disso, em complemento à campanha de Multivacinação, o Ministério da Saúde planeja instituir um dia nacional de vacinação nas escolas. “Pretendemos avançar ainda mais na conscientização dos pais para a importância da vacinação de crianças e adolescentes. A campanha que lançamos hoje reforça que todos os dias são dias de vacina. Só com essa conscientização é que a população brasileira estará protegida de uma série de doenças que são facilmente preveníeis apenas com vacinação,” enfatiza Ricardo Barros.

A campanha publicitária deste ano traz o slogan “Todo mundo unido, fica mais protegido”, chamando pais e responsáveis para a mobilização. Terão peças de TV, rádio, com veiculação nacional, internet, além de banners e cartazes que serão distribuídos nos postos de vacinação.

CRIANÇAS NÃO VACINADAS – As crianças somente estarão protegidas com calendário de vacinação em dia. Por isso, o Ministério quer, com a mobilização, reforçar o acesso às vacinas, alertando estados e municípios da importância de manter elevadas coberturas vacinais, evitando o reaparecimento de doenças já controladas ou mesmo eliminadas no país.

Embora o país, de uma forma geral, tenha altas coberturas vacinais com alcance de meta de várias vacinas, ainda há uma heterogeneidade regional nas coberturas vacinais. “Ao desagregar os dados, vemos bolsões, locais, com baixas coberturas. Se, ao longo dos anos isso persistir, corremos o risco de ver de volta doenças que já não existem mais no Brasil”, alertou Carla Domingues.

Dados sobre vacinação recomendada para crianças ao nascer ou menores de completarem um ano, de acordo com os dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), apontam que 760 mil crianças ainda não foram vacinadas com BCG, 950 mil com a hepatite B, 470 mil crianças ainda não foram vacinadas com pneumocócica e rotavírus.

Ainda para esse grupo, 240 mil crianças não foram imunizadas com a vacina de meningite C. Já, a penta e poliomielite, também apresentam um grande números de crianças sem vacinação, são 320 mil crianças não vacinadas para a penta e 790 crianças não vacinadas para polio.

Dentre as recomendadas para crianças de um ano, estão as vacinas tríplice, com 150 mil crianças ainda por vacinar, pneumocócica, com 470 mil crianças por vacinar e meningite C com 180 mil crianças ainda não vacinadas. Já, para o grupo de vacinas recomendadas para crianças com 15 meses – hepatite A, DTP, Pólio e tríplice viral/Tetra – são 840 mil crianças sem vacina para hepatite A, 1,1 milhão para DTP, 800 mil para Pólio e 707 mil crianças sem vacina para tríplice viral.

A situação é mais crítica nas vacinas para adolescentes. Na meningocócica C, por exemplo, são 5,9 milhões de adolescentes de ambos os sexos na faixa de 12 e 13 anos ainda não se vacinaram. O mesmo ocorre na vacina de HPV. São 73,6% das meninas de 9 a 15 anos vacinas com a primeira dose e apenas 47% com duas doses. Já entre os meninos, 23,6% de adolescentes do sexo masculino foram vacinados aos 12 e 13 anos. Outra vacina para adolescentes com baixas coberturas é para a hepatite B, em 2016, não foram vacinados 1,3 milhão de jovens.
Também a vacina de febre amarela, que teve surto recentemente finalizado pelo Ministério da Saúde, tem estimativa de cerca de 2,4 milhões de pessoas vacinadas abaixo dos 14 anos.

Embora ainda existam crianças e adolescentes não vacinados, o número estimado de não vacinados não pode ser somado, já que as crianças ou adolescente podem não ter sido vacinados para mais de uma doença.

VACINAS – O Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribui cerca de 300 milhões de imunobiológicos anualmente, dentre vacinas e soros, além de oferecer à população todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação. Nos últimos cinco anos, o orçamento do PNI cresceu mais de 140%, passando de R$ 1,2 bilhão, em 2010, para R$ 4,3 bilhões, em 2017.

INFLUENZA – A Multivacinação também é uma oportunidade para municípios que ainda tenham vacina contra influenza continuem a vacinar o público-alvo da campanha (menores de 15 anos).

Brasileiros correm risco de ficar sem opção confiável para 2018

Por Luiz Carlos Borges da Silveira*

A situação política do país é sem dúvida extremamente preocupante, não apenas no presente como essencialmente para o futuro quanto às mudanças e recuperação dos princípios básicos e dos valores perdidos nos últimos tempos. As incertezas podem levar às escolhas equivocadas e a mais um período desperdiçado na condução do Brasil a um sólido caminho para o desenvolvimento geral.

Estamos a praticamente um ano da eleição presidencial. Que perspectiva os brasileiros podem ter? Que liderança existe no cenário atual capaz de devolver ao povo a esperança de novos tempos? Estão aí postos os mesmos, sem renovação, todos desgastados, quando não envolvidos em escândalos. São raríssimas as exceções e mesmo estas sem um grande e confiável programa de restauração geral que fascine o eleitor.

Por tudo o que tem acontecido de negativo, estamos vendo um quadro de amplo desgaste dos políticos. Falta um líder de credibilidade. Isso deixa o eleitor desorientado e o povo revoltado. A eleição presidencial se aproxima e a descrença aumenta. Para compreender a real gravidade da situação é suficiente analisar as pesquisas eleitorais realizadas nos últimos meses, que trazem a avaliação pública dos nomes que estão no cenário, prontos para disputar a Presidência da República. O grau de desaprovação, de rejeição eleitoral, é altamente negativo.

Analisando alguns nomes isoladamente é importante considerar o contexto individual. Um aspecto chama atenção, o fato de os caciques tucanos estarem com desaprovação bem acima dos demais, notadamente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, liderança maior do PT, que por sinal está em explícita campanha não só em palavras como em atos e comícios recentes pelo Norte e Nordeste.

Segundo as pesquisas recentes, Lula é desaprovado por dois terços da população, enquanto um terço o vê de forma favorável, o que leva alguns analistas a considerar que em torno do ex-presidente ‘ainda há uma dose de mito’.

No sentido de renovação, os tucanos até apareceram com um nome politicamente novo – João Dória, atual prefeito de São Paulo. Todavia, rapidamente, Dória está revelando ser apenas ‘mais dos mesmos’.

Deslumbrou-se com a eleição e parece ter sido ‘picado pela mosca azul’. Em poucos meses à frente de uma prefeitura de imensa importância política começou a pavimentar possível candidatura presidencial, inclusive percorrendo alguns estados. Esse posicionamento de Dória demonstra não somente afoiteza como também implícita ‘traição’ a Geraldo Alckmin, mentor de sua candidatura e sabidamente um dos pré-candidatos do PSDB.

João Dória foi, evidentemente, recebido como uma esperança no quadro atual por ser liderança nova. Politicamente falando, somando-se a isso, certo carisma e bom marketing. Todavia, está ‘queimando o filme’, principalmente no âmbito tucano, do qual pode vir a ser sutilmente alijado em sua pretensão para o ano que vem. Lamentavelmente, é com um elenco desses, já prévia e significativamente rejeitado, desaprovado pela população, que os eleitores brasileiros terão de lidar na próxima eleição para presidente.

As opções serão niveladas por baixo, não haverá possibilidade de escolher o melhor. A decisão acabará recaindo sobre o menos pior e o resultado disso será quase que com certeza desastroso. A menos que, em tão pouco tempo, ocorra o surgimento de um novo e adequado perfil, algo bastante improvável na política brasileira.

Resumindo, as expectativas são preocupantes e as perspectivas sombrias para o país. Essa situação coloca enorme responsabilidade sobre os eleitores que terão de analisar muito bem os pretendentes à disputa presidencial, pois o terreno político como se apresenta é propício ao surgimento de aventureiros populistas, os quais ainda não são percebidos por que, hoje, estão fora do radar eleitoral. Talvez o discurso antissistema se transforme em uma vantagem eleitoral.

Há evidente necessidade, e as pesquisas deixam isso bem claro, de reconstrução e renovação. Os brasileiros precisam estar realmente preparados e prontos para isso. Por isso digo: pobre povo brasileiro se tiver que escolher entre Lula, Bolsonaro, Marina, Dória…

Ciência leva produção de vinhos para o agreste pernambucano

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A degustação dos primeiros vinhos elaborados a partir de uvas colhidas em uma área experimental deixa o Agreste pernambucano no limiar de se constituir em uma nova região vinícola do País. Apreciadas em um evento que reuniu cerca de 70 pessoas na Chácara Vale das Colinas, em Garanhuns (PE), as garrafas que iam sendo esvaziadas eram, na expressão do bioquímico Milson Maurício de Macedo, um anúncio de “harmonizar” Garanhuns e uma nova possiblidade de desenvolvimento econômico e social.

A boa qualidade da bebida apresentada serve como indicador do potencial da região para a produção de vinhos finos, vocação que está sendo desenvolvida com o auxílio do trabalho científico. O evento fez parte de um projeto que reuniu pesquisadores e professores da Embrapa Semiárido, do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), com o objetivo de avaliar o comportamento agronômico, a qualidade da uva e implementar o processamento de vinhos em regiões vitivinícolas não tradicionais.

Para tanto, foram testadas dez variedades de uvas europeias, e, em pouco mais de três anos de pesquisa no campo, foi possível identificar as que melhor se adaptam às condições de solo e clima do local. Entre elas estão três brancas: Muscat Petit Grain, Sauvignon Blanc e Viognier; e três tintas: Malbec, Cabernet Sauvignon e Syrah.

Com a pesquisa ainda em andamento, a equipe busca agora ajustes no sistema de manejo das videiras. Eles focam aspectos como aumento da produção, práticas de poda e a identificação do momento certo de realizar a colheita, a fim de dispor de frutos com os compostos fenólicos equilibrados na vinificação. “Grande parte da qualidade do vinho depende do manejo das plantas no campo”, explica a pesquisadora da Embrapa Semiárido Patrícia Coelho de Souza Leão, que lidera o projeto.

As uvas das variedades selecionadas foram cultivadas e colhidas no Campo Experimental do IPA, em Brejão, na microrregião de Garanhuns. Depois, foram levadas para vinificação no Laboratório de Enologia da Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE), utilizando o método tradicional para vinhos jovens e em escala experimental.

De acordo com a pesquisadora responsável pela vinificação, Aline Telles Biasoto Marques, os resultados mostraram que os vinhos elaborados a partir das uvas da região possuem potencial para a produção em escala comercial. “Eles se enquadraram dentro dos limites da legislação brasileira para vinho fino seco em todos os parâmetros avaliados: teor alcóolico, teor de açúcares, acidez total e volátil e dióxido de enxofre total”, afirma.

Também foram realizadas análises sensoriais pela equipe da Escola do Vinho, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE). Somadas à opinião das pessoas que participaram da degustação, elas mostraram que os vinhos de Garanhuns são bastante promissores.

“Os tintos se mostraram fiéis às características varietais e exaltaram a personalidade de vinhos tintos jovens”, avalia a enóloga e professora Ana Paula André Barros, do IF Sertão (PE). “Os brancos, por sua vez, são marcantes como varietais e apresentaram sensações visuais, olfativas e gustativas que podem indicar uma tipicidade do terroir do local”. Terroir, como ela explica, seria a expressão da harmonia entre a cultivar (uva), o solo, o clima e a ação do homem (manejo).

Potencial também para espumantes

“Isto é uma possibilidade porque algumas das variedades analisadas mostraram descritores sensoriais que não são comuns para elas, então podem ser comuns naquele terroir onde foram cultivadas”, enfatiza Ana Barros, que acrescenta: “Arriscaria a dizer que as uvas brancas, além de vinhos tranquilos, também teriam potencial para elaboração de espumantes naquela região.”

Durante a degustação, a sequência de elogios a cada taça servida era concluída com exclamações de surpresa por ser um vinho local, ou com afirmações de que, se fossem comercializados, sem dúvida iriam adquirir o produto. O corretor de seguros Cristóvão Valença de Vasconcelos já antevê a superação da atual falta de referências vinícolas na cidade. “Acho que Garanhuns vai dar um salto, vai ser aquela história de mudar da água para o vinho”, diz.

É no que acredita Clebson Nunes, técnico da Secretaria de Turismo e Cultura de Garanhuns. Para ele, uma “iguaria” como vinhos elaborados localmente é uma atração a mais para a região montanhosa de clima ameno e com uma extensa programação anual de eventos promovidos pela prefeitura e que costuma encher de reservas os hotéis da cidade. Nunes informa que apenas o Festival de Inverno de Garanhuns deste ano trouxe mais de um milhão de pessoas ao município pernambucano que possui pouco mais de 140 mil habitantes.

Opção aos pequenos produtores

Garanhuns está localizada a quase 900 metros acima do nível do mar, com temperatura média anual de 20,6º C. As características climáticas estão em uma transição entre aquelas registradas nas regiões vinícolas do Semiárido brasileiro (Submédio do Vale do São Francisco) e as do Sul e Sudeste. É o que aponta o engenheiro-agrônomo Rodrigo Leite de Sousa em sua dissertação de mestrado “Aptidão de cultivares de videira para produção de vinhos finos na microrregião de Garanhuns-PE: Estudos iniciais”, defendida na UFRPE. Ele identificou, ainda, semelhanças de clima com, ao menos, oito tradicionais produtores de vinhos de cinco países: Espanha (Málaga e Tenerife), Israel (Haifa), Itália (Lecce e Trapani), Tunísia (Bizerte e Nabeul) e Turquia (Izmir).

A pesquisadora da Embrapa Semiárido Patrícia Coelho de Souza Leão considera que desenvolver a vitivinicultura em regiões de vocação natural para o turismo, associado ao clima ameno e invernos mais rigorosos, poderá vir a ser uma nova alternativa de cultivo para pequenos agricultores familiares organizados ou médios empresários.

É o que já ocorre com sucesso na Serra Gaúcha, ao integrar cultivo da videira, enoturismo, e setores de serviços como hotelaria e gastronomia. E, para a pesquisadora, pode vir a acontecer também em Garanhuns, o que seria importante para instaurar um segmento econômico forte, capaz de promover desenvolvimento e gerar emprego.

Avanços alcançados pela pesquisa da Embrapa, UFRPE e IPA têm sido acompanhados de perto pelo empresário e médico oftalmologista Michel Moreira Leite. Cearense de nascimento, residindo em Garanhuns há 14 anos, está no processo de construção de uma vinícola com a implantação de 3,5 hectares com três das variedades de melhor desempenho produtivo e enológico: 40% da área com Muscat Petit Grain e o restante dividido entre Cabernet Sauvignon (30%) e Malbec (30%).

Segundo Michel Leite, o plano é trabalhar com enoturismo, sem a pretensão comercial de ver os vinhos que irá produzir em prateleiras de supermercados. “Com esse pontapé inicial, quem sabe não virão outros investidores?”, sonha ele, já imaginando a abertura de outras vinícolas, que podem se agregar à produção de queijos especiais e de outros derivados das uvas, como geleias, doces, cosméticos, uvas passas, sucos e espumantes.

Ciente do caminho pioneiro que empreendia e da entusiasmada receptividade a cada vinho degustado, assim como da diversidade de sabores e aromas percebidos pelos enólogos e seus convidados, Michel brindou aos pesquisadores e professores da Embrapa, da UFRPE, do IPA e do IF-Sertão com o reconhecimento: “vocês estão fazendo história.”

Conselho de Segurança Cidadã volta ao 4º distrito

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Nesta quinta-feira (14), a Prefeitura Municipal de Caruaru, através da Secretaria de Ordem Pública (SECOP), vai realizar a partir das 19h, na Escola Maria do Socorro Freitas, sítio xicurú, no 4º distrito, a segunda reunião ordinária do Conselho de Segurança Cidadã dos bairros e da zona rural (CONSEC).

Na primeira reunião, em 23 de maio foi realizada a composição do conselho, votada pela comunidade e, através dessa mesa diretora, os problemas do distrito foram apresentados ao Comitê Municipal Juntos pela Segurança. Ele é responsável pela implementação e monitoramento do Plano Municipal Juntos pela Segurança em consonância com as ações e atribuições constitucionais dos diversos órgãos da esfera do poder público federal e estadual que atuam na preservação da ordem pública, trazendo, assim, resultados positivos na prevenção à violência em Caruaru.

Hoje serão entregues aos moradores do 4º distrito, as respostas das demandas que o conselho apresentou e também serão apresentados ao comitê os novos problemas que surgiram.

Janot conclui denúncia contra Temer e o acusa de dois crimes, informa a Folha

Do Congresso em Foco

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, concluiu nessa quarta-feira (13) nova denúncia contra o presidente Michel Temer, informa a Folha de S.Paulo. De acordo com a reportagem, Temer será acusado dos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça em documento com 200 páginas a ser apresentado até o fim da tarde desta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A denúncia da PGR tem como base as delações de executivos da JBS e do corretor de valores Lúcio Funaro, considerado operador do PMDB nos esquemas de corrupção. Essa é a segunda denúncia a ser oferecida por Janot contra o presidente. A anterior, por corrupção, feita a partir das delações de executivos da J&F, foi rejeitada pelos aliados de Temer na Câmara.

Segundo a reportagem de Talita Fernandes, Temer será denunciado por obstrução da Justiça por ter avalizado, no entendimento de Janot, o empresário Joesley Batista a comprar o silêncio de Funaro e do ex-deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Já o crime de organização criminosa será atribuído ao presidente por sua atuação no chamado “quadrilhão” do PMDB na Câmara. Temer nega todas as acusações e alega sofrer perseguição política do procurador-geral da República. Ontem o Supremo rejeitou, por unanimidade, o pedido de suspeição de Janot apresentado pela defesa do presidente.

Confirmado o oferecimento da denúncia, caberá à Câmara analisar o pedido da Procuradoria Geral da República para autorizar o STF a julgar a acusação. Se não houver o apoio de pelo menos 342 deputados, o processo será suspenso até que Temer deixe a Presidência. Janot deixa a PGR na próxima segunda-feira, quando passará o cargo a Raquel Dodge.