Bebês com microcefalia recebem medicamento para evitar convulsões

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) deu início, neste mês de agosto, à distribuição do medicamento Levetiracetam (Keppra), para evitar crises convulsivas em crianças com síndrome congênita do zika (SCZ/microcefalia). Pernambuco é o primeiro estado do Brasil a disponibilizar o medicamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A dispensação está sendo feita nas unidades da Farmácia de Pernambuco espalhadas por todas as regiões do Estado.

Pernambuco investiu R$ 273.485 mil na compra de mais de 4,2 mil frascos do medicamento, indicado para pacientes com quadros de saúde mais graves. Importante ressaltar que a incorporação de novas drogas no SUS, além dos requisitos para acesso, é definida pelo Ministério da Saúde (MS). Mesmo assim, o Governo do Estado fez todos os esforços para concretizar mais essa conquista para as crianças com SCZ/microcefalia, reunindo profissionais da rede de referência para discutir e produzir o protocolo.

“Desde o início, Pernambuco tem mostrado sua responsabilidade com as crianças com síndrome congênita do zika/microcefalia. Ao sermos comunicados da mudança no padrão da doença, prontamente iniciamos a vigilância epidemiológica dos casos, organizamos a rede de atendimento e fomos pioneiros na produção de protocolos, que se tornaram referência para outros Estados brasileiros e países”, ressalta o secretário estadual de Saúde, Iran Costa.

Ainda sendo ele, neste mês acontece a expansão das unidades de referência para todas as 12 Gerências Regionais de Saúde e, agora, a disponibilidade do Levetiracetam na Farmácia de Pernambuco. “Essa é uma conquista para os pacientes e suas famílias, que terão mais essa alternativa para o desenvolvimento dessas crianças”, completou o secretário.

Para ter acesso ao Keppra, a criança precisa ser atendida em alguma unidade referência do Estado para esse público. Além do laudo médico, serão solicitados o histórico clínico do paciente e exame físico geral, com ênfase nas áreas neurológica e psiquiátrica. O paciente também precisa ter idade superior a 1 mês.

Dados

Desde o início das notificações, em 2015, a Secretaria Estadual de Saúde computou 2.357 casos notificados, sendo 420 confirmados. No Agreste, o público alvo recebe assistência no Hospital Mestre Vitalino (HMV), em Caruaru, por ser unidade de referência da síndrome.

Bolsa Permanência inscreve indígenas e quilombolas até 29 de setembro

As inscrições para o segundo semestre do Programa Bolsa Permanência (PBP), do MEC, estão abertas até 29 de setembro. A ajuda financeira é destinada a alunos das comunidades indígenas e quilombolas matriculados em instituições de ensino superior.

Os estudantes interessados em participar do processo seletivo devem se inscrever pelo site do MEC. Os candidatos precisam anexar toda a documentação solicitada para a comprovação do seu pertencimento a comunidades indígenas ou quilombolas – registros que podem ser obtidos, respectivamente, na Fundação Nacional do Índio (Funai) e na Fundação Cultural Palmares.

O valor da bolsa, estabelecido pelo MEC em R$ 900, é calculado com relação à organização social das comunidades, condição geográfica, costumes, línguas, crenças e tradições, amparadas pela Constituição Federal. A verba é paga diretamente pelo MEC com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), por meio de um cartão de benefício.

Atualmente, 87 instituições de ensino aderiram ao Programa Bolsa Permanência. “O Bolsa Permanência atende 6.800 alunos indígenas e quilombolas”, informa o coordenador-geral de Relações Estudantis da Secretaria de Educação Superior (Sesu), do MEC Antônio Corrêa. “A nossa expectativa com essas novas inscrições é que outros mil estudantes entrem no PBP. ”

A saúde do homem como prioridade em agosto

Agosto tem o “Dia dos Pais” e é o mês de “Valorização da Paternidade”. Promover o engajamento dos homens nas ações do planejamento reprodutivo e no acompanhamento do pré-natal, do parto e do pós-parto de suas parceiras e nos cuidados no desenvolvimento da criança, com a possibilidade real de melhoria na qualidade de vida para todas as pessoas envolvidas e vínculos afetivos saudáveis. Esses são os principais objetivos para celebrar o tema. Também é um momento especial para a família se dedicar mais para o homem do lar, que sempre está se mostrando forte, mas que precisa de atenção e cuidados com a saúde.

O mês de “Valorização da Paternidade” foi instituído pelo Comitê Vida, grupo de trabalho intersetorial que integra profissionais de organizações governamentais e não-governamentais, universidades e demais pessoas e instituições interessadas. A Coordenação Nacional de Saúde do Homem (CNSH) apoia essa ação e estimula que a mesma seja nacional. As iniciativas são baseadas em um dos eixos prioritários da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH): Paternidade e Cuidado.

“Será um momento de chamar a atenção dos homens para a importância da participação dos pais no processo de gestação, no parto e na educação dos bebês”, afirmou Francisco Moreira, coordenador de Saúde do Homem (Dapes/SAS), do Ministério da Saúde. Segundo ele, trata-se de um campo de atuação que oferece inúmeros benefícios na educação permanente em saúde, principalmente a valorização de modelos masculinos positivos que inspiram capacidade de ouvir, negociar e cooperar, pautados no respeito, tolerância, autocontrole e cuidado.

Entre as ações que estão sendo planejadas, estão o convite a todos os profissionais de saúde, gestores, educadores a desenvolverem ações de Paternidade e Cuidado, oficinas de capacitação do Guia do Pré-Natal do Parceiro para Profissionais de Saúde e divulgação dos resultados da pesquisa “Saúde do Homem – Paternidade e Cuidado”, além de trabalhar pelo engajamento nas ações das coordenações estaduais e municipais de Saúde do Homem.

Instituída por meio da Portaria em 2009, o PNAISH tem como objetivo a promoção de ações de saúde que possibilitem a apreensão da realidade dos homens entre 20 e 59 anos de idade, sendo o Brasil um dos primeiros países a formular uma política direcionada a este segmento populacional e instituir uma Coordenação no Governo Federal. Os outros países são Irlanda (2008) e a Austrália (2010).

Sobre a saúde do homem

A cada três mortes de pessoas adultas no Brasil, duas são de homens. Os brasileiros vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e têm mais doenças do coração, câncer, diabetes, colesterol e pressão arteriais mais elevadas. As três esferas do poder na área da saúde trabalham para melhorar a saúde dos homens (especialmente dos mais jovens), melhorar a relação entre gêneros, promover a igualdade entre gêneros e destacar papéis positivos de homens. É uma ocasião em que homens se reúnem para combater o sexismo e, ao mesmo tempo, celebrar suas conquistas e contribuições na comunidade, nas famílias e no casamento, e na criação dos filhos.

Já em 2008 o Ministério da Saúde do Brasil lançava a Política Nacional de Saúde do Homem com o objetivo de facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. Uma das principais metas desta política é promover ações de saúde que contribuam significativamente para a compreensão da realidade singular masculina nos seus diversos contextos socioculturais e político-econômicos. Outra meta diz respeito aos diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos sistemas locais de saúde e tipos de gestão. Este conjunto possibilita o aumento da expectativa de vida e a redução dos índices de morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis nessa população.

A iniciativa é uma resposta à observação de que os agravos do sexo masculino são um problema de saúde pública. A política enfatiza a necessidade de mudanças de paradigmas no que concerne à percepção da população masculina em relação ao cuidado com a sua saúde e à saúde de sua família. Considera essencial que, além dos aspectos educacionais, entre outras ações, os serviços públicos de saúde sejam organizados de modo a acolher e fazer com que o homem sinta-se parte integrante deles.

Tornar as cidades acolhedoras ao pedestre é olhar para todo trânsito

Nem todo pedestre é motorista, mas todo motorista é pedestre. Na contramão dessa máxima, a maior parte das cidades brasileiras retrata um cenário de descaso e negligência aos que se deslocam a pé, que, quase sempre, se desafiam a competir por espaço em meio a um trânsito caótico. Considerado um dos grupos mais vulneráveis no tópico mobilidade urbana, eles protagonizam o dia 8 de agosto, quando é comemorado o Dia do Pedestre. A data, contudo, é apenas um convite para sensibilizar a sociedade para a segurança do pedestre e para a importância de traduzi-la em atitudes cotidianas. Com o intuito de estimular essa reflexão, a Perkons ouviu especialistas para entender o que ainda falta para as cidades se tornarem espaços seguros e agradáveis a quem caminha.

Por um lado, Brasília é considerada a capital planejada para carros. Por outro, referência nacional em educação no trânsito, tendo sido palco, há duas décadas, da iniciativa que prioriza a travessia do pedestre. “Hoje, estamos correndo o risco de perder um pouco desse valor pela ausência de campanhas educativas permanentes, que sensibilizem a população. Também são importantes os programas de moderação de tráfego que estimulem a redução da velocidade, pois há vias em que as pessoas praticam velocidades altas, por abuso ou porque é permitido”, contrapõe o professor de engenharia de tráfego da Universidade de Brasília (UnB), Paulo Cesar da Silva.

Em termos de estrutura viária e planejamento urbano, Silva é contundente: transformar uma cidade concebida para carros em um espaço convidativo ao pedestre é quebrar paradigmas e apostar na reforma do modelo viário. “Velocidade moderada não é perda de tempo. Além disso, é preciso distribuir os espaços de circulação de forma socialmente justa, para que não sejam compartilhados entre um automóvel com dois indivíduos e um ônibus com quarenta, conceito que ainda nos deixa reféns na busca por um meio de transporte individual”, aponta.

Entretanto, para o professor, velocidade moderada e reformulação do modelo viário não dispensam a necessidade de reeducar a população para o trânsito, ciclo que deve envolver do pedestre ao motorista. “As pessoas não são formadas para a condição de pedestre e muitas vezes não estão atentas à sinalização e à configuração física do espaço de circulação. Isso reforça ainda mais o cuidado que o condutor deve ter, como consta no Código de Trânsito Brasileiro”, pontua. Tomar para si a responsabilidade pela segurança da circulação do pedestre é um dever preconizado pelo artigo 29, § 2º do CTB. Também é imprescindível salientar que respeitar o Código de Trânsito Brasileiro é dever de todos, incluindo os pedestres.

A voz de quem anda
Tornar as cidades acolhedoras ao pedestre. Com essa bandeira nasceu há cerca de dois anos o Cidadeapé – Associação pela Mobilidade a Pé em São Paulo. Desde então, o grupo participou da elaboração do PAC Mobilidade Ativa – que prevê recursos para a infraestrutura da mobilidade a pé e por bicicleta -, e conquistou uma cadeira no Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) de São Paulo, e o mais importante, abriu os olhos da sociedade para o tema.

“Sentíamos que as pessoas que se deslocam a pé nas cidades não tinham voz social nem política, e decidimos abrir essa porta”, sintetiza uma das cofundadoras da organização, Joana Canêdo, que relaciona o transporte a pé a ⅔ de todos os deslocamentos urbanos no país. Para ela, o que falta nas cidades é uma concepção que ecoe os reais anseios do pedestre. “Quem usa a própria energia para se deslocar escolhe caminhos mais eficientes e mais seguros”, descreve. Para Joana, é preciso pensar na mobilidade a pé como um sistema que necessita de infraestruturas básicas e que conectem toda rede de deslocamento de maneira linear, contínua e articulada a outros modais, com calçadas, travessias e passarelas, além de bancos, arborização e sinalização. “Também é essencial o respeito geral às pessoas que estão a pé, as deixando atravessar na faixa sem ter que implorar, por exemplo”.

Pais serão homenageados no Hospital Mestre Vitalino

Em celebração ao Dia dos Pais, comemorado neste domingo (13), o Hospital Mestre Vitalino preparou uma programação para homenagear os pais internados, os colaborados que são pais, e os pais das crianças que estão em tratamento na unidade.

Para os colaboradores, o HMV promoverá um almoço especial na data. Já as crianças da pediatria estão confeccionando um diploma de “melhor pai do mundo” com desenhos e mensagens, para entregarem na data. No domingo, os pais internados na unidade serão reunidos em um grupo, no horário de visitas, onde receberão mensagens e homenagens em honra pelo seu dia.

As ações foram planejadas pela equipe de humanização da unidade para que todos tenham a possibilidade de festejar esta data, ainda que no ambiente hospitalar.

Como o Holding pode proteger pequenas, médias e grandes empresas? Advogado explica

Como organizar grupos empresariais? O que são holdings, para que servem e como funcionam? Como aplicar a holding na estruturação dos negócios? Estas e outras questões serão esclarecidas na palestra gratuita que será realizada no dia 23 de agosto no Auditório Iguatemi Business, das 9 às 10h30, na cidade de Sorocaba, interior de São Paulo.

O evento tem como objetivo levar conhecimento sobre este mecanismo a empresários, administradores, contabilistas, departamentos jurídicos, executivos e demais profissionais com atuação voltada às empresas. A organização é do escritório CSDS Advogados e terá como palestrante o advogado Vinícius Camargo Silva.

Segundo Vinícius Camargo Silva, a constituição de uma holding pode trazer benefícios para as empresas, pois ajuda a organizar as atividades operacionais, disciplinar a sucessão da empresa e melhor gerir o patrimônio dos sócios e os recursos empregados na atividade em si.

“Na gestão do negócio familiar, por exemplo, a holding permite definir previamente regras sobre família, propriedade e operação, mitigando possíveis conflitos e permitindo que as atividades desenvolvidas pela empresa tenham condições de continuar mesmo após o falecimento do fundador, conferindo relativa perpetuidade ao legado”, explica o advogado.

Além disso, a holding não está limitada a grandes empresas. “Uma empresa familiar, como uma padaria, um supermercado ou uma metalúrgica pode se enquadrar nessa categoria”, observa Vinícius.

Entre os assuntos abordados no evento estarão a organização de grupos empresariais, as estruturas societárias e a aplicação do holding na estruturação dos negócios, na gestão de patrimônio imobiliário e societário, na organização de negócios operacionais e no processo de sucessão das empresas familiares.

ARTIGO — Demissão voluntária

Por Maurício Assuero

Em meio a tanto absurdo proposto pelo governo, não se pode deixar de comentar o programa de demissões voluntárias que pretendem, pasmem!,atingir 5 mil funcionários públicos e economizar R$ 1 bilhão por ano. Primeiro que essa quantidade é insignificante diante da real necessidade do governo. Segundo, porque o governo não está atingindo quem merece. Não que um PDV seja algo absurdo de se implantar, e o governo até tem razão na tentativa, mas o que choca é que a economia que o governo pretende poderia ser muito mais eficiente se ele, Temer, tivesse coragem, brio, hombridade, para demitir 5 mil funcionários – que não produzem absolutamente nada – que ganham tubos de dinheiro porque são indicações políticas dessa cambada de ladrões que dão sustentação ao um presidente que é reprovado por 95% da população!

Como se sabe, o grande sonho de quem está em algum cargo no governo é ser indicado para compor o conselho de administração de alguma estatal. No mínimo, R$ 8 mil reais a mais de gratificação e por benevolência estas pessoas são conselheiros de várias empresas ao mesmo tempo fazendo com que seu salário dobre e, em alguns casos, triplique. O governo 11.650 cargos na função DAS – Direção e Assessoramento Superior que geram um custo de R$ 878.090.538,13 (calculei com base nas informações do Portal da Transparência) e não estamos colocando aqui as demais funções comissionadas. Caminhos para reduzir o déficit sem a necessidade de aumentar impostos existem e são factíveis através de redução desses custos absurdos.

A proposta de Temer para o PDV é simples: 1,25 salário por ano trabalhado livre de INSS e imposto de renda. Um professor universitário com 20 anos de emprego e salário de R$ 15 mil levaria R$ 375 mil, mas vamos considerar que este é um grande pesquisador, uma pessoa de renome internacional. Vamos sair ganhando? Imagine os médicos dos diversos hospitais federais do Brasil aderindo a um programa dessa natureza… teremos uma segunda versão do Programa Mais Médicos?

Não há dúvida que no serviço público há pessoas que imaginam viver no paraíso sem o risco de desemprego e pouco se importam em dar andamento as questões essenciais, mas não se pode generalizar. Há pessoas comprometidas e que agem de forma a atender as necessidades da população. Temer é um fantoche que vai ser mantido no cargo apenas porque é subserviente. Imagino o orgulho que o filho pequeno terá dele, no futuro, quando essa lama que cobre os pés d

ARTIGO —Vamos tocar os negócios

Por Reinaldo Moura

Os tempos ainda estão difíceis, sendo assim é melhor deixar de lado a conhecida frase da música “Deixa a vida me levar”, famosa na voz de Zeca Pagodinho e que embalou um país onde deixaram tudo se levar e agora temos que correr atrás do prejuízo.

Estamos nesse momento precisando de atitudes e principalmente de um descolamento da política e da economia. Já é agosto de um ano em que a depressão se consolidou após um longo período de crises e recessões. Se nada fizermos, já estaremos em 2018 e continuar buscando a causa raiz dessa crise (tal qual em 1929, trouxeram efeitos arrasadores à economia) será chover no molhado.

A crise política atrapalhou toda e qualquer possibilidade de crescimento e a situação econômica do País só não foi pior graças ao bom desempenho, com índices positivos e sazonais do agronegócio.

Até o comércio sentiu os efeitos da pior crise dos últimos 100 anos, uma vez que o cliente sumiu! Está endividado, comprando, principalmente, pelo e-commerce, mas a demanda não chega na produção.

Busquem por notícias sobre expansões, investimentos ou qualquer tipo de índice de crescimento em qualquer segmento da atividade econômica. Será bastante difícil de achar, são raras e honrosas exceções, uma vez que o mercado ainda está retraído, esperando, todos os dias, pelo que vai acontecer na política e, consequentemente, na economia.

Um raro exemplo de um desses negócios que vão bem são os Galpões Logísticos, que não estão em crise, ou seja, são bem feitos em local de fácil acesso e mais cedo do que se imagina vem o “flight to quality”, que é uma mudança no tipo de investimentos perseguidos pelos agentes do mercado em períodos de crise ou instabilidade econômica.

Sendo assim, nesses períodos, investidores preferem “mover” seu capital para ativos considerados mais seguros e vender ativos mais “arriscados”. Podem ser exemplos de “flight to quality” a troca de investimentos em ações de empresas por títulos do governo ou ainda a venda de ativos em países mais instáveis para economias mais sólidas e menos voláteis.

O restante do mercado espera pela recuperação, o Banco Central, na pessoa de seu presidente, Ilan Goldfajn, afirma que a economia brasileira, embora fraca, está em recuperação e tem previsão de crescimento de 2% para 2018. Mas será que podemos esperar até lá? A resposta é não! Precisamos, mesmo que devagar, procurar nosso crescimento e, consequentemente, o crescimento da economia nacional. De acordo com nossa filosofia: “Algo tem que ser feito, parado é que não se pode ficar”.

Três dicas para manter a saúde das empresas em tempo de recessão

O ano de 2017 está sendo marcado por uma série de eventos negativos no campo político e econômico. A corrupção foi desvendada em níveis nunca imaginados, seguidos de desconfiança das decisões judiciais que envolvam esses crimes políticos, bem como do total descontentamento para com nossos representantes em todos os níveis, o que leva a indicadores apontando para um cenário de retração. Nesse contexto, é exigido das empresas um esforço muito maior para manter a competividade e produtividade.

O termo “empresas estressadas”, já comumente usado nos Estados Unidos e Europa, designa companhias em situações de dificuldades financeiras pelas mais diversas situações. Alguns problemas, de acordo com a advogada e especialista em recuperação de empresas, Dra. Mara Denise Poffo Wilhelm, sócia da Wilhelm & Niels Advogados Associados, partem de seus próprios líderes, que se encontram totalmente desorientados pelos resultados que a companhia apresenta e transferem essa pressão para a sua equipe. “Em situações de grande estresse, pode levar à tomada de decisões errôneas ou inconsequentes, ocasionando o agravamento da crise e da situação financeira da empresa”, explica. O resultado é um caos diário na gestão e na operação da empresa. Com esse clima, pequenos problemas do dia a dia podem se transformar em grandes, ante a situação precária e nervosa que contaminou toda a empresa, levando a resultados ainda piores.

Mas, como manter uma empresa saudável, evitando o estresse da empresa? Dra. Mara dá algumas dicas. Confira:
1 – Manter-se em constante vigília e acompanhar os resultados da empresa: é imprescindível que os gestores tenham sempre acesso aos resultados da empresa, e que realizem a análise contábil e financeira destes. Projetar e simular com base em diversos resultados, sejam as metas positivas ou negativas, considerando as piores hipóteses possíveis. Essas atitudes possibilitam que os momentos difíceis sejam previstos com antecedência, permitindo um tempo maior ao gestor para se programar para resolver o problema considerando aquele cenário projetado. “Por mais que seja difícil projetar cenários, esse é um exercício de extrema importância para as empresas que desejam estar preparadas para qualquer situação, inclusive numa retomada da economia”, afirma Mara. Para a especialista, é importante manter cenários e simulações para diferentes níveis de fluxo de caixa, por exemplo, e, assim, preparar-se para todos os tipos de desafios, trançando estratégias para o crescimento da empresa ou para reverter situações negativas.

2 – Tenha uma equipe qualificada: a empresa precisa estar em constante inovação e, para isso, a sua equipe precisa acompanhar essa necessidade de crescimento. Precisa estar preparada para as mudanças e ajudar o gestor com dicas, ideias, apresentando resultados. O comodismo de alguns funcionários, preocupados apenas em realizar minimamente suas funções, sem buscar aperfeiçoamento, é fator de retrocesso nas empresas. As equipes precisam estar sempre prontas para os novos desafios da empresa. Isso vale também para os terceirizados, a salientar, consultores, contadores, advogados, representantes comerciais. Enfim, a especialização dos profissionais em cada área proporciona segurança ao gestor na condução de seus negócios e decisões.

3 – Fique atento às oportunidades: o período turbulento irá passar, pois a economia é cíclica. Essas oportunidades podem ser tanto relativas a crescimento, como por exemplo: fusões, aquisições, ou mesmo mudança de segmento produtivo, localização estratégica da empresa ou criação de novas unidades, tanto no país como fora dele. Já para empresas em crise mais profunda, a oportunidade pode estar em uma grande reestruturação nos negócios, analisando-se diversos fatores, dentre eles, a margem de contribuição de seus produtos e a descontinuidade da linha. Se não for possível reverter os resultados, a diminuição nos custos, e, inclusive, a venda de ativos deve ser considerada, segundo Mara. Há, ainda, o benefício legal da recuperação judicial, que proporciona um “fôlego” nas finanças empresariais e que, se bem assessorado, pode colocar novamente a empresa “nos trilhos”, pois, permite a repactuação de suas dívidas junto aos credores para pagamento de acordo com a sua realidade, ou seja, segundo o seu fluxo de caixa (capacidade financeira).

Oportunidades

Por outro lado, conforme explica Mara, sempre em momentos de crise no país ou em determinado segmento, podem ocorrer excelentes oportunidades para gestores e suas empresas que estão consonância e preparados para crescimento, bem como aqueles que conseguiram superar o estigma da “empresa estressada”. “Diariamente, surgem oportunidades de negócios, muitos deles oriundos até de seus próprios concorrentes que não buscaram a ajuda para superar a crise, quer seja comprando parte de seus ativos por preços atrativos, ou mesmo aproveitando brechas no mercado oriundo do mau atendimento ou da falta de qualidade dos produtos de seus concorrentes”, destaca Mara. Sempre que uma empresa sucumbe (quebra), abre espaço para outra tomar o seu lugar e crescer. “Então, esteja preparado para ocupar esse espaço”, destaca a especialista.

Parente pede que consumidores pesquisem preços de combustíveis para pagar menos

Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência do Brasil

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que a política de preços da companhia está indo muito bem e aconselhou ao consumidor que pesquise os valores que estão sendo cobrados nos postos de combustíveis para conseguir pagar menos. “Pesquisem os preços e realmente procurem os postos que tenham os menores preços”, disse.

Parente disse que não há como apontar o comportamento futuro do mercado do petróleo. “Como é uma commodity que tem muita influência de fatores geopolíticos, então, isso ainda agrava mais. Não é só a curva de oferta e demanda, mas também discussões de natureza geopolítica. Nós não arriscamos fazer projeções”.

A nova política de preços da Petrobras anunciada no dia 30 de junho, define reajustes conforme o comportamento do mercado.

Produção

No primeiro semestre de 2017, a produção total de petróleo e gás natural chegou a 2.791 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), 3% a mais que o mesmo período de 2016. Desse total 2.671 mil boed foram no Brasil, o que significa 6% acima do registrado nos seis primeiros meses do ano anterior.

Na área do pré-sal, o presidente comemorou a entrada em operação, em maio, da P-66, uma plataforma própria da Petrobras, na área de Lula Sul, no pré-sal da Bacia de Santos e destacou o recorde mensal de produção operada de petróleo e gás natural na camada pré-sal, que em junho chegou a 1.686 mil barris de óleo equivalente por dia.

O custo de produção chegou a US$ 7 (R$ 22,08) o barril. Segundo a diretora executiva de Exploração e Produção, Solange Guedes, esse valor era o dobro no início da produção há oito anos. “Estarmos com US$ 7 o barril é um feito”, disse. “Vencemos este desafio e tenho certeza que com tudo que aprendemos se torna ainda mais competitivo”.

Para o presidente esse dado é fundamental para a concorrência no mercado. “Vai sobreviver quem tiver menor custo. Isso é uma realidade do pré-sal que é bastante relevante não apenas porque reflete um custo menor mas porque reflete uma condição muito melhor de competitividade do nosso petróleo em relação a outros produtores”, disse.

A retração da demanda e a concorrência com outras empresas impactaram as vendas de derivados no mercado doméstico, registrando queda de 7% na comparação com os seis primeiros meses de 2016 e atingiu 1.943 mil barris de petróleo/dia (bpd), mas, nas exportações, manteve a posição de exportadora líquida com saldo de 401 mil bpd. O aumento em 48% das exportações de petróleo e derivados e da redução em 25% das importações ajudaram a ter o desempenho nesta área.

Lucro

Parente classificou de “extremamente positivo” o resultado da companhia, que registrou um lucro operacional de R$ 29,3 bilhões no primeiro semestre de 2017, correspondente a uma elevação de 91% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

No desempenho do segundo trimestre em comparação com 2016, o lucro operacional apresentou crescimento de 5%, atingindo R$ 14,9 milhões. Entre os fatores apontados pela empresa para o resultado deste período está a reversão de provisão para perdas com processos judiciais constituída em períodos anteriores, decorrente da adesão ao Programa de Regularização Tributária (PRT).

A companhia alcançou lucro líquido de R$ 4,8 bilhões no primeiro semestre de 2017 e reverteu o prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior de R$ 876 milhões. No segundo trimestre deste ano, o resultado de R$ 316 milhões ficou um pouco abaixo do mesmo período do ano anterior, quando atingiu R$ 370 milhões entre abril e junho, mas 93% menor com relação aos primeiros três meses do ano. O presidente disse, que, mesmo assim, é relevante porque representa dois trimestres consecutivos com lucro líquido positivo, o que não ocorria na companhia há muito tempo.

“Mostra avanços em várias áreas, em uma situação de mercado, em que você tem um preço de petróleo mais baixo e também tem um consumo mais baixo, ainda assim, tivemos um lucro operacional superior e, portanto, extremamente positivo. Estou falando no lucro operacional tanto no semestre quanto no trimestre”, disse Parente.

Outro ponto que o executivo chamou atenção foi o fluxo de caixa livre da empresa, que pelo nono trimestre consecutivo ficou positivo. Enquanto no primeiro semestre de 2017, com a maior geração operacional e a redução de investimentos, a Petrobras registrou fluxo de caixa livre de R$ 22,7 bilhões, sendo que no segundo trimestre ficou em R$ 9,4 bilhões. “Estamos mantendo a nossa sequência de fluxos de caixa livre positivos pelo nono trimestre consecutivo”, disse.

Endividamento

Ainda no período, houve redução de 6% da dívida líquida em reais e de 7% em dólares na comparação com 31 de dezembro do ano passado. O diretor executivo da Área Financeira e de Relacionamento com Investidores, Ivan Monteiro, disse que atualmente a empresa tem várias opções de negociação no mercado para o alongamento da dívida, tanto com bancos europeus como americanos, japoneses e brasileiros, e a perspectiva continua.

“Vamos anunciar nas próximas semanas outras operações. Devemos reduzir ainda mais o volume de vencimentos em 2018, 2019 e 2020 com os prócimos anúncios. A expectativa para 2018 é uma redução entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões. Hoje a gente tem um vencimento estimado para 2018 de US$ 9,3 bilhões, a gente está trabalhando para que tenha ainda uma redução ao redor entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões”, disse.