Em 12 meses, PIB acumula queda de 4,1%, diz FGV

Da Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, acumulava, em fevereiro deste ano, queda de 4,1% em um período de 12 meses. É a 14ª taxa negativa. As informações são do Monitor do PIB, divulgado hoje (15) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O PIB teve, em fevereiro, recuo de 1,79% na comparação com janeiro deste ano e de 3,7% na comparação com fevereiro do ano passado. O PIB também acumulou perda de 1,1% no trimestre encerrado em fevereiro, em comparação com o trimestre encerrado em novembro de 2015, informou a FGV.

Na taxa acumulada em 12 meses, sete das 12 atividades produtivas pesquisadas tiveram queda, com destaque para a indústria de transformação (-10%), comércio (-9,3%) e construção (-7,1%). Cinco atividades tiveram alta neste período: agropecuária (1,2%), indústria extrativa mineral (1,7%), eletricidade (0,3%), intermediação financeira (0,2%) e serviços imobiliários (0,4%).

Em termos de demanda, o pior resultado foi observado na formação bruta de capital fixo, ou seja, os investimentos, com queda de 15%. O consumo das famílias recuou 4,3% e o consumo de governo, 0,8%. As exportações acumulam alta de 9% e as importações, queda de 16%.

AGU prepara outras ações para tentar barrar processo de impeachment

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 Do Correio Brasiliense

A União deve entrar com outras ações no Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de sustar o processo de impeachment na Câmara dos Deputados. Uma deve dar entrada hoje no STF. Há outras duas prontas previstas para a próxima semana, a conferir o resultado da votação no domingo. No início desta semana, o governo relutava em entrar na Justiça pelo receio de ter a ação negada e resolvida de uma vez por todas. A aposta ainda se concentrava nos parlamentares.

Com a debandada de mais partidos, porém, a situação se complicou. O mandado, assinado por Cardozo, diz que o relator Jovair Arantes (PTB-GO) incluiu “matérias estranhas” no parecer, que só poderia se concentrar em dois pontos: a abertura de créditos suplementares por decreto presidencial e a contratação ilegal de operações de créditos, as chamadas pedaladas fiscais”.

Na ação, Cardozo alega que houve “cerceamento” da defesa pela inclusão de temas não constantes na denúncia original acatada no ano passado pelo presidente da Câmara, duardo Cunha, réu na Lava-Jato. “Há uma passagem muito clara em que ele (Jovair) cita a Operação Lava-Jato, genericamente, sem falar de que fatos. Associa a Lava-Jato à presidenta, embora não tenha nenhum inquérito aberto contra ela, e seria uma das justificativas pelas quais ele conclama que se aprove o impeachment”, explica.

A União pedia a suspensão das análises a partir do momento em que a delação de Delcídio do Amaral foi juntada à denúncia, no início deste ano. “Que seja declarada a nulidade do parecer, refeita toda a instrução através de um novo parecer. Que fique claro quais são os objetos. Que haja o desentranhamento dos autos dos fatos estranhos relativos à denúncia. Que seja declarada nula a audiência com os denunciantes”, pedia. O mandado também questionava a sessão da comissão em que foram ouvidos os denunciantes, mas não puderam se pronunciar os advogados do governo.

Planalto calcula apenas 140 votos contra processo

Da Agência Estado

Apesar de dizer publicamente que tem garantidos os 172 votos para barrar o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara o Palácio do Planalto tem segurança real de algo na casa dos 140 votos. Na véspera da votação, o governo trabalha “a todo vapor” não só para angariar apoio, mas também para evitar que a oposição consiga os 342 exigidos. Uma das apostas, nesta reta final, é convencer parlamentares a se ausentarem do plenário no domingo. Há um temor com o que está sendo chamado de “onda negativa” contra o governo, que estaria crescendo.

No governo, o clima é considerado “crítico”. Os números do placar de votação oscilam, a cada hora, para baixo e para cima. Mas o problema, de acordo com um assessor do Planalto, é que o ritmo de definição de votos a favor do impeachment tem sido muito maior que o do contra.

Na manhã desta quinta-feira, o líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), após sair de uma reunião no Alvorada com a presidente, deixou claro o espírito do governo. “Hoje eles não têm 342 votos. O governo tem quase os ‘172 não’. Mas ausências ou abstenções caracterizarão, na prática, os ‘não 342’ votos, porque eles precisam dos ‘342 sim’. Eles não têm e não terão”, avisou.

Ao falar dos votos assegurados contra o impeachment, na casa dos 140, a fonte consultada pelo jornal O Estado d S. Paulo afirmou que neste total, não está incluído, por exemplo, o do líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ). Na contabilidade com os apoios anunciados, no entanto, Picciani está incluído. Embora reconheçam a situação desfavorável, auxiliares de Dilma avaliaram que o quadro ontem era ligeiramente melhor do que o do dia anterior, quando alguns ministros ameaçavam jogar a toalha.

“Fila indiana”
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também manifestou a aliados a preocupação com os números. Ele avalia que entre votos contrários ao impeachment, ausências e abstenções o governo chegaria a pouco mais de 180 dos 172 deputados necessários. Segundo interlocutores de Lula, ele considera que o número é insuficiente. Por isso, tem articulado freneticamente a partir do quarto do hotel onde está hospedado em Brasília. De acordo com aliados, Lula mandou fazer uma “fila indiana” virtual que, além de deputados, inclui prefeitos, governadores, dirigentes partidários e lideranças civis locais capazes de influenciar na votação.

Há, porém, o reconhecimento de que nem mesmo os esforços do ex-presidente tem dado o resultado esperado. Há o temor, ainda, de que seu telefone esteja grampeado. Outro fator que atrapalha as negociações é a eleição municipal de outubro. Vários deputados não querem fazer compromissos com o PT. Muitos parlamentares também acabaram sendo influenciados pelo mercado, segundo o governo. Temem que, com Lula no comando da economia, o governo volte a implementar o que estão chamando de “medidas perdulárias” e as liberações de crédito fácil.

PDT
A direção do PDT se reunirá nesta sexta-feira às 18h, em sua sede em Brasília, para anunciar que expulsará os deputados da bancada que votarem a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, na sessão do plenário da Câmara no domingo. Ontem, o líder da sigla, deputado Weverton Rocha (MA), anunciou apoio integral à presidente da República e disse que o partido fechou questão contra o impeachment. O parlamentar deixou claro que deputados dissidentes do partido estariam sujeitos à punição do diretório nacional. “Não vamos sair do barco como se fôssemos ratos”, disse Weverton Rocha, um dos aliados mais fiéis do Planalto, durante o anúncio.

No mesmo dia, o deputado Sérgio Vidigal (PDT-ES) informou que votará pelo impeachment de Dilma no domingo. O parlamentar é presidente do diretório estadual capixaba e está no partido há 30 anos. “Decidi: nem Dilma, nem Temer, nem Cunha e nem Renan”, afirmou Vidigal, por meio de nota divulgada à imprensa. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Dilma e Lula vão visitar manifestantes em Brasília no sábado

 Da Agência Estado

A presidente Dilma Rousseff confirmou sua presença, às 10h de sábado, no ginásio Nilson Nelson, onde estão acampados integrantes de vários movimentos sociais. No Palácio do Planalto a informação é de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará ao lado de Dilma para, juntos, agradecerem aos integrantes dos movimentos sociais que vieram para Brasília apoiá-la.

De acordo com assessores do Planalto, a presença de Dilma e Lula no local é para “dar gás aos militantes para que eles protestem contra o golpe”. Ao longa das últimas semanas a presidente tem promovido pelo menos uma vez por semana cerimônias no Planalto em defesa de seu mandato.

Na véspera das votação em plenário, a visita aos manifestantes foi a fórmula encontrada pelo governo para ajudar a “acender a militância”. Há uma preocupação muito grande com o clima negativo que se criou e há um temor de a onda pro impeachment possa contaminar os militantes.

Nesta quinta-feira, parlamentares e ministros do PT já estiveram no acampamento que reúne integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), da União Nacional dos Estudantes (UNE), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), entre outros. Pelo menos três mil pessoas estão acampadas no ginásio Nilson Nelson. A segurança da presidente já esteve no local para verificar as condições para a ida de Dilma ao local. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Cunha recebeu propina de R$ 52 milhões em 36 parcelas, afirma delator

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Da Agência Estado

Em delação premiada à Procuradoria-Geral da República, na Operação Lava Jato, o empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, entregou aos investigadores uma tabela que aponta 22 depósitos somando US$ 4.680.297,05 em propinas supostamente pagas ao presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entre 10 de agosto de 2011 e 19 de setembro de 2014.

Segundo o empreiteiro, empresas relacionadas às obras do Porto Maravilha, no Rio, deveriam pagar R$ 52 milhões ou 1,5% do valor total dos Certificados de Potencial de Área Construtiva (Cepac) a Eduardo Cunha. A parte que caberia à Carioca era de R$ 13 milhões.

O maior repasse ocorreu em 26 de agosto de 2013 no valor de US$ 391 mil depositados em conta do peemedebista no banco suíço Julius Baer. Em 2011 foram quatro depósitos, somando US$ 1,12 milhão. Em 2012, Eduardo Cunha recebeu só dessa fonte outros US$ 1,34 milhão divididos em seis depósitos. A tabela revela que em 2013 o deputado – que ainda não exercia a presidência da Casa -, foi contemplado com mais seis depósitos, totalizando US$ 1,409 milhão. Já em 2014, Eduardo Cunha recebeu outros seis depósitos que somaram US$ 804 mil.

A tabela com o caminho das propinas é dividida em duas partes.

“Em relação a primeira tabela, que totaliza US$ 3.984.297,05 tem certeza de que foram destinadas a contas apontadas pela deputado Eduardo Cunha; que em relação a segunda tabela, no valor total de US$ 696 mil, é altíssima a probabilidade de que também eram valores destinados a contas indicadas por Eduardo Cunha, por todo o trabalho investigativo que fizeram, em especial porque não fizeram pagamentos deste tipo a outras pessoas e, também, pelo valor das transferências”, afirmou o empresário.

“Em nenhum momento Eduardo Cunha lhe disse que as contas eram de titularidade dele, mas tem certeza de que todas estas contas foram indicadas pela deputado Eduardo Cunha; que tampouco o depoente chegou a perguntar a Eduardo Cunha sobre o titular das referidas contas.”

Em 14 páginas, o empresário Raul Pernambuco Júnior narra com detalhes encontro com o presidente da Câmara para combinar como seriam realizados pagamentos no exterior. Raul Pernambuco Júnior descreveu uma reunião no Hotel Sofitel, em Copacabana, no Rio, que, segundo ele, teria ocorrido entre junho e julho de 2011, época da aquisição das Cepac’s pelo Fundo de Investimento do FGTS.

“O depoente não estava presente, mas seu pai e um executivo da Carioca de nome Marcelo Macedo estiveram presentes a esta reunião; que após esta reunião, o depoente foi chamado pelo seu pai; que seu pai lhe comunicou que Léo Pinheiro, da OAS, e Benedicto Junior, da Odebrecht, na reunião do Hotel Sofitel, comunicaram que havia uma solicitação e um ‘compromisso’ com o deputado Eduardo Cunha, em razão da aquisição, pela FI-FGTS, da totalidade das CEPAC’s”, declarou.

O empreiteiro detalhou. “Que o valor destinado a Eduardo Cunha seria de 1,5% do valor total das Cepac’s, o que daria em tomo de R$ 52 milhões devidos pelo consórcio, sendo R$ 13 milhões a cota parte da Carioca; que este valor deveria ser pago a Eduardo Cunha em 36 parcelas mensais; que seu pai disse ao depoente que cada uma das empresas “assumiria” a sua parte diretamente com Eduardo Cunha.”

À Procuradoria, o delator contou que o primeiro pagamento no Israel Discount Bank para Eduardo Cunha ocorreu em 10 de agosto de 2011, no valor de US$ 220.777,00. Raul Pernambuco Júnior relatou que houve uma dificuldade do Banco de seu pai para efetuar a transferência, em razão do banco destinatário.

Segundo o delator, Marcelo Macedo não participou especificamente desta conversa entre ele, seu pai e os representantes da OAS e da Odebrecht. Raul Pernambuco Junior disse que a Carioca, na época não tinha contato com Eduardo Cunha. O empreiteiro afirmou que ele e seu pai foram apenas “comunicados” pela Odebrecht e pela OAS sobre o “compromisso”.

“Como cada empresa deveria acertar os valores diretamente com Eduardo Cunha, o pai do depoente pediu que este procurasse referido parlamentar para acertar os pagamentos; que o contato telefônico de Eduardo Cunha foi repassado ao depoente por Benedicto Junior, a pedido do depoente; que foi passado ao depoente um numero de rádio Nextel”, afirmou.

O delator contou aos procuradores da Lava Jato que entrou em contato com Eduardo Cunha e marcaram uma primeira reunião. Raul Pernambuco Júnior disse não se recordar se o encontro se deu no escritório político do deputado, no centro do Rio, ou na Câmara, em Brasilia, ‘mas acredita que tenha sido no escritório político’. O empresário afirmou acreditar que a reunião tenha ocorrido no início de agosto de 2011.

“Indagado sobre a descrição do escritório político de Eduardo Cunha, respondeu que se trata de um escritório com decoração mais antiga, que tem uma antessala, com uma recepcionista; que, além disso, havia dois sofás, em seguida um corredor, com duas salas; que nestas salas havia uma secretária mais alta e um assessor do deputado; que este assessor era uma pessoa mais velha, com cerca de 60 anos, acreditando que fosse um pouco calvo, possuindo cabelo lateral; que nunca conversou, porém, nenhum assunto com tais pessoas; que mais à esquerda tinha a sala do deputado Eduardo Cunha, com uma mesa antiga, de madeira maciça, com muitos papeis em cima; que acredita que o escritório fique no 32° andar.”

De acordo com Raul Pernambuco Júnior, durante a reunião, ele perguntou ‘sobre o “compromisso” estabelecido e, inclusive, o valor, o que foi confirmado por Eduardo Cunha’. O empresário disse que ele e o pai não queriam que o dinheiro passasse “por dentro da empresa”, para ser o mais reservado possível. O delator contou que questionou Eduardo Cunha ‘sobre a possibilidade de estes pagamentos serem feitos em contas no exterior’.

“Eduardo Cunha disse que não haveria problema nenhum e, neste momento, ele indicou a primeira conta em que deveria ser efetivado o pagamento”, relatou Raul Pernambuco Júnior.

“Eduardo Cunha passou a conta em um papel, com os dados já digitados; que se lembra bem deste primeiro pagamento, porque o Banco indicado por Eduardo Cunha era denominado Israel Discount Bank; que não sabia se este banco era realmente em Israel; que já ficou estabelecido, inclusive, o valor do primeiro pagamento; que, dividindo o valor total devido pelo número de parcelas, o valor de cada parcela era de cerca de R$ 360 mil.”

O empreiteiro disse que a reunião deve ter durado cerca de 30 minutos, ‘oportunidade em que se conheceram melhor’. Raul Pernambuco Júnior afirmou que ‘até então não se conheciam ou ao menos não se recorda de tê-lo conhecido pessoalmente’.

“O depoente disse nessa reunião a Eduardo Cunha que seria impossível fazer depósitos mensais; que o depoente disse a Eduardo Cunha que fariam depósitos com periodicidade irregular; que esta impossibilidade de realizar depósitos mensais decorria da precaução que seu pai tinha em dar as ordens bancárias para o exterior; que o pai do depoente normalmente dava tais ordens aos gerentes das contas no exterior pessoalmente, seja em viagens que seu genitor fazia ao exterior ou, ainda, quando o gerente vinha ao Brasil; que não sabe se seu pai enviava ordens por outro meio de comunicação à distância, como fax ou e-mail.”

O delator continuou. “A pedido de seu genitor, o depoente solicitou uma reunião com Eduardo Cunha, por meio da secretária do depoente; que a secretária do depoente, de nome Sheila Oliveira, entrou em contato com a secretária do deputado Eduardo Cunha e, em seguida, enviou um e-mail para o depoente, questionando qual seria a “pauta para a reunião”; que o depoente respondeu o e-mail afirmando que “Ele está a par. Só avisa q sou eu””, declarou. Segundo o delator, este e-mail é datado de 16 de agosto de 2011.

Raul Pernambuco Júnior disse que a reunião ‘foi efetivamente marcada e realizada, não se recordando ao certo onde’.

“Nesta reunião, ocorrida provavelmente entre final de agosto e início de setembro, perguntou a Eduardo Cunha se haveria a possibilidade de mudar o banco e indicar uma conta na própria Suíça; que Eduardo Cunha concordou e disse não haver problemas; que Eduardo Cunha, no mesmo ato, já indicou a conta Esteban Garcia, no banco Merryl Lynch Bank, na Suíça; que a partir daí todos os depósitos para Eduardo Cunha foram na Suíça”, declarou. “Se estabeleceu que se houvesse necessidade de alteração do banco, isto deveria partir do deputado Eduardo Cunha; que, de qualquer forma, em toda oportunidade em que iriam fazer os pagamentos, o depoente ligava ou se encontrava com Eduardo Cunha para perguntar se “mantínhamos o mesmo endereço”.”

O delator narrou ainda que por uma ou duas vezes, as contas no exterior eram enviadas por Eduardo Cunha para ele, em envelopes lacrados e sigilosos, para a filial da Carioca em São Paulo, ‘contendo os dados da conta e códigos de transferência’.

A defesa de Eduardo Cunha foi procurada pela reportagem nesta quinta-feira, mas ainda não se manifestou. O espaço está aberto para o presidente da Câmara.

Compesa divulga novos pontos de atendimento

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A Compesa anunciou ontem, 14 de abril, os próximos endereços da Super Campanha de Negociação de Débitos nos bairros. As unidades móveis de atendimento estarão em mais três bairros de Caruaru na semana de 18 a 22 de abril, com exceção da quinta-feira, 21, feriado de Tiradentes.

Os bairros são: Rendeiras (Avenida Major João Coelho, em frente à praça da Igreja de Nossa Senhora Aparecida); Cidade Jardim (Rua Antônio Carlos de Oliveira, em frente à Escola Rubem de Lima Barros); e São João da Escócia (Praça da Academia da Saúde). O atendimento será das 9h às 16h.

Além desses pontos, também há atendimento da Super Campanha de Negociação de Débitos na loja da Companhia que fica no Estação Shopping, na Rua Frei Caneca, no Centro da cidade, e nas unidades do Expresso Cidadão que ficam na Fábrica da Moda (Parque 18 de Maio) e Caruaru Shopping (Indianópolis).

Os clientes devem levar Carteira de Identidade, CPF, e uma fatura da conta de água. A Compesa ressalta a importância de os clientes que têm débitos com a empresa aproveitarem esta oportunidade, pois só assim poderão solicitar serviços como os carros-pipa, por exemplo.

Grupo contra o impeachment ameaça parar país nesta sexta-feira

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Um protesto está agendado para esta sexta-feira (15) e ameaça fechar estradas em diversos estados brasileiros durante mobilização contrária ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, os atos foram convocados pela Frente Brasil Popular, que reúne mais de 60 entidades dos movimentos sindical e social, além dos partidos PT, PC do B e PDT.

A manifestação foi divulgada entre os membros da Frente na “Circular 11/2016 – Orientações para a mobilização em defesa da Democracia”.

“Promover no dia 15/04 uma Jornada Nacional de Mobilização contra o Golpe, fechando estradas, fazendo paralisações e assembleias em fábricas, entre outras ações de impacto a serem definidas nos Estados”, convoca o texto.

O coordenador da Central de Movimentos Populares e membro da Frente Brasil Popular, Raimundo Bonfim, não confirmou que as estradas sejam fechadas. Ainda segundo a publicação, ele diz apenas que haverá um “conjunto de ações no campo e na cidade”.

“As ações desta sexta serão uma demonstração do que vai acontecer no Brasil caso o impeachment prospere”, afirmou. Além disso, os protestos servirão de “esquenta” para o domingo (17), data prevista da votação do processo de impeachment na Câmara.

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Na sexta (15), dia em que começa o processo de votação na Câmara dos Deputados, acontecerá um ato político-cultural na Praça do Derby, a partir das 16h. Na ocasião, segundo o presidente da CUT-PE, Carlos Veras, será montado um acampamento de “vigília permanente contra o golpe”.

“Além do acampamento e dos atos na Praça, estamos elaborando um documento a ser enviado ao governador Paulo Câmara e aos deputados pernambucanos, pedindo a eles

Com assinaturas de PP e PSDB, PCdoB lança frente com apoio de 186 deputados

Do Estadão Conteúdo

A presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), protocolou nesta quinta-feira, 14, na Câmara, o pedido de criação da Frente Parlamentar Mista pela Democracia. A frente conta com assinatura de 186 deputados federais e 32 senadores.

A dirigente afirmou que esses números não significam “necessariamente” que todos esses parlamentares vão votar contra o impeachment. Prova disso é que a frente conta com assinaturas de parlamentares de partidos a favor do impedimento, como PSDB, DEM e PP.

“O objetivo dessa frente é sinalizar para dentro e para fora da Casa o significado do impeachment para a população brasileira”, afirmou Luciana Santos. A dirigente do PCdoB disse ter começado a colher as assinaturas para a frente na semana retrasada.

Apesar de ter apoio de parlamentares pró-impeachment, a frente faz parte de mais uma estratégia dos governistas para tentar mostrar apoio ao governo. “É uma forma que temos para mostrar força para fazer o enfrentamento”, disse o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE).

Eduardo Cunha fará votação intercalada entre Estados começando pelo Norte, dizem aliados

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Do Estadão Conteúdo

Temendo judicializar o processo de impeachment de Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recuará e fará a votação do próximo domingo, 17, intercalando Estados e começando pela Região Norte do País. A decisão foi tomada na quarta-feira, 13, à noite e deve ser anunciada nesta quinta-feira, 14. Questionado, Cunha não se manifestou a respeito da alteração, confirmada ao jornal O Estado de S. Paulo por dois de seus aliados.

Cunha pretendia começar a votação pelos Estados do Sul, cujos deputados são majoritariamente favoráveis ao impeachment. O PT, no entanto, apresentou na quarta uma questão de ordem, questionando o procedimento.

“Nós exigimos que o regimento seja cumprido, no sentido de que, na mesma votação, o senhor presidente chame um Estado do Sul e um Estado do Norte, um Estado de uma região e um Estado de outra região. Porque dessa forma, cumprir-se-á o regimento e respeitar-se-ão de forma isonômica as regiões do Brasil e este plenário”, afirmou a deputada Maria do Rosário (PT-RS) ao apresentar questão de ordem na quarta-feira.

Em entrevista concedida na quarta, Cunha havia afirmado que o modelo Sul-Norte que defendia não influenciaria o resultado. “A única coisa que pode acontecer é se eventualmente tiver sido atingido (o quórum mínimo para aprovação, 342 votos), e isso pode acontecer em qualquer lado, à medida que se atinja o quórum para a abertura do processo, se for atingido, aqueles que ainda não votaram podem se estimular a votar de uma maneira pelo fato de já ter sido atingido. Foi o que aconteceu na votação de Collor”, disse.

O peemedebista disse na quarta que, quando a Câmara julgou o pedido de impeachment do então presidente Fernando Collor, não havia disposição regimental prevendo a ordem de votação e que se adotou a opção de ordem alfabética porque havia sido usada na Constituinte de 1988.

Segundo ele, só depois do julgamento é que o regimento foi alterado para passar a constar a alternância de norte e sul. “A casa teve um critério de utilizar isso alternadamente em votações”, disse Cunha na quarta-feira.

O peemedebista afirmou que este critério foi usado em três votações. “Na primeira, foi usado o critério norte-sul, na segunda, sul-norte e novamente norte-sul na terceira. Essa é a quarta votação e seria usado este critério sul-norte”, justificou.

AGU entra no STF para anular processo de impeachment de Dilma

Da Agência Brasil

A Advocacia-Geral da União (AGU) protocolou hoje (14) um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte anule o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, que tramita na Câmara dos Deputados. Neste domingo (17), os deputados federais irão votar sobre o parecer a favor da abertura do processo contra a presidenta. A AGU também pede, em caráter liminar, que a votação de domingo seja suspensa até que os vícios do processo sejam eliminados. O relator do recurso no STF é o ministro Edson Fachin.

Segundo a AGU, há vícios que violam os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Para a AGU, o direito de defesa da presidenta Dilma Rousseff foi violado durante o processo. A advocacia argumenta que o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) levou em consideração acusações que não estão presentes na denúncia aceita pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Entre as acusações incluídas no processo, Cardozo apontou assuntos relacionados ao mandato anterior da presidenta Dilma e a delação premiada do senador Delcídio do Amaral, preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal. De acordo com Cardozo, a denúncia, aceita por Cunha, trata somente da edição de decretos com créditos suplementres e o atraso no repasse de recursos do Tesouro Nacional para os bancos públicos poderem pagar benefícios sociais, as chamadas pedaladas fiscais, e o advogado-geral da União substituto, Fernando Luiz Albuquerque Faria, foi impedido de falar em sessão sobre o parecer da Comissão do Impeachment, na Câmara dos Deputados.

“Além da extrapolação indevida do objeto, além do tratamento de fatos decorrentes da delação do Delcídio do Amaral e de outras situações, foram trazidas para o processo, e avaliadas pelo relator, que segundo o próprio confessa, além da dicotomia, entre o que ele fala e faz no relatório, temos o prejuizo da defesa por não ter sido permitido ao advogado levantar questão de ordem e por não termos sido intimidados para que púdessemos comparecer a uma importante audiência que não estava presente no rito do presidente Fenando Collor [que sofreu impeachment em 1992]. Ou seja, a defesa não pode fazer pergunta sobre o esclarecimebnto da denúncia após aberto o processo. Tudo isso, a nosso ver, levam vícios formais do processo e razão pela qual estamos fazendo diversos pedidos”, disse Cardozo, em entrevista à imprensa.

No dia 6, a reunião da Comissão Especial do Impeachment, convocada para a leitura do relatório final de Jovair Arantes, advogados da AGU tentaram apresentar questões de ordem, mas foram impedidos pelo presidente do colegiado, deputado Rogério Rosso (PSD-DF). Na ocasião, Rosso disse que o Regimento Interno na Câmara autoriza somente deputados da comissão a apresentar questão de ordem e orientou que, caso os defensores queiram levantar questões, fizessem por meio de parlamentares.

Em nota, divulgada no mesmo dia, a Advocacia-Geral da União informou que o advogado-geral da União substituto, Fernando Luiz Albuquerque Faria, esteve presente na sessão da comissão e que no exercício de sua função estão os direitos “de usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida com relação a fatos, documentos ou afirmações, bem como o de reclamar, verbalmente ou por escrito, perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, contra a inobservância de preceito de lei, regulamento ou regimento, e falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal ou órgão de deliberação coletiva da Administração Pública ou do Poder Legislativo”.

“A comissão não intimou a defesa da presidenta e não permitiu a participação do advogado-geral da União substituto, Fernando Albuquerque, em sessão de esclarecimentos”, diz a AGU. “Como se não bastasse, em relevantes oportunidades foi negada a efetiva participação dos defensores da impetrante, o que acabou por fulminar a possibilidade de a defesa influenciar nos debates, impedindo que se demonstrasse, no momento adequado, os diversos equívocos que estavam sendo perpetrados”, diz documento da AGU.