Pagamento do décimo terceiro cresce 10,1% e deve injetar R$ 158 bi na economia

O valor relativo ao 13º salário a ser pago este ano pelas empresas públicas e privadas alcançará R$ 158 bilhões, montante superior em 10,1% aos R$ 143 bilhões do ano passado. A soma inclui antecipações ao longo do ano e beneficiará aproximadamente 84,7 milhões de trabalhadores, 2,9% acima do registrado em 2013. O acréscimo médio aos ganhos de cada trabalhadores, aposentado ou pensionista é de R$ 1.774 mil.

O cálculo é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A base é a coleta de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também contribuíram o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) e a Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Conforme o Dieese, para projeção do montante, equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas geradas no país, foram usados valores recebidos pelos beneficiários do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), aposentados e pensionistas pelo regime próprio da União, dos estados e, pela primeira vez, dos municípios.

Além disso, no caso dos assalariados, as correções tiveram como base a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor( INPC). Na conta, não entram ganhos do mercado informal e autônomos.

Na justificativa técnica, o Dieese observa que o impacto total na economia é diluído por causa dos pagamentos antecipados. Salienta que “a maior parte do valor referente ao 13º é paga no fim do ano”. Mais de um terço dos beneficários do 13º salário (32,7 milhões) são aposentados ou pensionistas. Eles recebem 29,3% do total pago (R$ 46,2 bilhões).

Aposentados e pensionistas da União recebem 4,8% (7,6 bilhões). Nos estados e municípios, o valor atinge, respectivamente, R$ 6,1 bilhões (4,8%) e R$ 1,34 bilhão (0,8%). Já os empregos formais alcançam 52 milhões de pessoas (61,4%), movimentando R$ 111,4 bilhões.

De acordo com o Dieese, 2,39 milhões de pessoas receberão o adicional por conta de aposentadoria ou pensão deste ano, do ingresso no mercado de trabalho ou ainda da formalização do emprego.

Procon Caruaru alerta consumidores sobre planos de saúde

Quem necessita de hospitais particulares aqui em Caruaru vem enfrentando alguns problemas na hora do atendimento. Alguns planos de saúde que prometem cumprir algumas regras não vêm seguindo este padrão.

Estrutura de atendimento, demora para atender os pacientes, falta de profissionais qualificados e, principalmente, humanização no trato com os pacientes são alguns problemas enfrentados nos hospitais particulares da cidade.

O diretor do Procon Caruaru, Adenildo Batista, afirma que é importante que os consumidores lesados façam o registro da reclamação. “A maioria das pessoas que passam dificuldades na hora do atendimento acabam deixando de registrar a sua queixa no Procon e isso dificulta as punições. Quem se sentir lesado por estes problemas, deve fazer sua reclamação sim”, enfatiza o diretor.

O registro de reclamação pode ocasionar a suspensão de vendas de novos planos de saúde e até mesmo aplicação de multa. Quem desejar fazer a reclamação pode comparecer ao Procon Caruaru que fica na Avenida Rio Branco, Nº 315, no bairro Nossa Senhora das Dores.

Empresas do Agreste vencem prêmio de Sustentabilidade Ambiental

No último dia 30 de outubro a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), realizou a 4ª edição do Prêmio de Sustentabilidade Ambiental, onde as empresas que tiveram resultados significativos na qualidade do meio ambiente, agregando valor ao negócio com reflexo na condição social da empresa e de seu entorno, puderam participar. Ao todo dezenove empresas concorreram ao prêmio, que foi dividido nas categorias de grande, médio e micro porte.

Na categoria Médio Porte, a Cerâmica Kitambar, de Caruaru, ganhou o prêmio com o Projeto de Crédito de Carbono com foco em toda a cadeia de produção. Já na de micro porte quem se deu bem foi a Lavanderia Mamute, de Toritama, que criou o Tratamento e Reuso de Efluentes em Lavanderia de Jeans.

O prêmio tem o objetivo de incentivar e promover as ações de indústrias que unem a produção ao uso consciente dos recursos naturais: “Os recursos naturais são finitos e é dever de todos nós, empresários, buscarmos a prática da reciclagem e reutilização”, frizou o presidente do Conselho Temático do Meio Ambiente e diretor da FIEPE, Anísio Bezerra Coelho

As ações sobre as temáticas água, resíduos sólidos, efluentes líquidos, emissões atmosféricas e eficiência energética foram julgadas por uma banca formada por representantes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de PE, Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis – IBAMA, Ordem dos Advogados do Brasil – PE, Instituto de Pesquisas Tecnológicas de Pernambuco- ITEP, Universidade Federal de PE, SENAI e SESI.

Oito indústrias foram premiadas e receberam troféu e certificado de reconhecimento. Na categoria grande porte, foram homenageadas a Companhia Alcooquímica Naciona S/A, de Vitória de Santo Antão, com a prática Eficiência Energética; a Campari do Brasil Ltda, do Cabo de Santo Agostinho, com a Utilização de Água de Chuva em Substituição da Água Potável nas Torres de Resfriamento; a Usina São José S/A, de Igarassu, com a Geração de Energia Limpa a Partir de Fonte Renovável e a Gypsum Drywall, de Petrolina, com o Aumento de Capacidade e Rendimento Térmico do Secador.

Na categoria médio porte foi vencedora a indústria Edilimp, de Arcoverde, com o Consumo Consciente de reciclagem de embalagens. Entre as empresas de pequeno porte foram ganhadoras a Kitambar, de Caruaru, e a Incorporadora Reserva Camará Ltda, de Camaragibe, com o Plano de Conservação de Água (PCA) da Reserva Camará. Já de micro porte o prêmio foi para a Lavanderia Mamute, de Toritama.

IDEB promove turnê de Roberto Justus em Pernambuco

O Instituto de Desenvolvimento Educacional Brasileiro – IDEB abre as inscrições para a palestra do empresário Roberto Justus, que promoverá em Caruaru, no dia 23 de novembro, às 20h, no Espaço Shopping Difusora. Eleito o líder “mais admirável e confiável do Brasil nos anos de 2009, 2010 e 2011” pela Pesquisa do Grupo DMRH/TNS Research International, o empresário falará sobre “As 7 forças que levam você ao sucesso”.

“Nosso objetivo é propiciar a acessibilidade dos estudantes e empreendedores locais a um evento de alto nível na perspectiva empresarial, sobre os novos conceitos de liderança e gestão na visão de Roberto Justus”, disse o Diretor-Presidente do IDEB, Daniel Caraúna. Publicitário e apresentador de TV, Roberto Justus é sócio-fundador da Newcomm e também sócio do grupo inglês WPP, maior conglomerado de comunicação do mundo. “Visão, persuasão e conteúdos relacionados à liderança e empreendedorismo serão expostos de modo único pelo Roberto Justus. Bastante didático em sua abordagem, ele revelará os principais segredos que devem nos impulsionar para a concretização de nossos maiores objetivos”, revelou Caraúna.

O IDEB também promoverá a palestra de Roberto Justus no Recife, no dia 24 de novembro, às 20h, no Chevrolet Hall. Em cada um dos eventos, espera-se um público de três a cinco mil pessoas. Faz parte da turnê ainda um show do empresário na casa de festas Manhattan, em Boa Viagem, no Recife. “Será um momento social e glamoroso, de interação do público com o Roberto Justus, em que a plateia poderá também dançar, cantar e conversar com ele”, afirma o Diretor-Presidente da instituição.

O IDEB é uma empresa que atua em todo o território nacional por meio da oferta de cursos de mestrado e doutorado, em convênio com a Universidade America, detentora do Selo de Qualidade ISO 9000 e 9001 e membro da Rede ILUMNO, que conglomera o maior número de universidades da América Latina.

Mais informações sobre as inscrições podem ser obtidas no site www.idebedu.com ou pelo telefone (81) 3046-2015.

Acta passa a funcionar em Caruaru

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Passou a operar desde o dia 28, em Caruaru, a Acta Consultoria Organizacional. Composta por profissionais experientes, oriundos de secretarias da Prefeitura de Caruaru, a empresa é especializada em serviços voltados para a gestão financeira. De acordo com um dos proprietários, o economista André Alexei, a Acta tem como principal objetivo “maximizar os resultados das organizações públicas e privadas oferecendo soluções inovadoras e eficientes, fundamentados na ética, na excelência e no compromisso com o cliente”.

Dentre os serviços oferecidos pela empresa estão: análise diagnóstico; auditoria contábil, financeira e de processos, desenvolvimento de programas de redução de custos, planejamento orçamentário, reestruturação administrativa, planejamento fiscal, recuperação de créditos tributários e previdenciários, planejamento estratégico, desenvolvimento de sistemas de informação; formulação e implementação de modelo de gestão.

Em paralelo a abertura da Acta, que fica localizada na rua Gouveia de Barros, nº2, no bairro Maurício de Nassau, também já está operando em Caruaru o Escritório Contábil Rodrigues Oliveira. Este último é especializado em resolução de demandas voltadas para o segmento imobiliário.

Don Peppone com nova administração

A proprietária Maria Adjani Soares/Foto: Pedro Augusto

A proprietária Maria Adjani Soares/Foto: Pedro Augusto

Tido como um dos melhores restaurantes de Caruaru e região, o Don Peppone passou a ser administrado há sete meses por Maria Adjani Soares. Com vasta experiência no setor de serviços, já que dirige com êxito há mais de cinco anos a Cafeteria Bodega João Doutor, no Shopping Difusora, no bairro Maurício de Nassau, a empresária caruaruense tem dividido a responsabilidade de dirigir o seu mais novo empreendimento com os dois filhos. Contando com uma clientela fiel e bastante atenta as exigências do mercado, o Don Peppone encontra-se com novidades para este fim de ano.

Além de ser o local ideal para a realização de confraternizações, a casa ainda está oferecendo o serviço de ceias natalinas. “Dispomos de um primeiro andar bastante amplo e moderno para comportar as comemorações das empresas. Inclusive, as primeiras reservas já foram computadas. Em paralelo, caso haja a necessidade de os empreendimentos realizarem as reuniões em suas sedes, também contamos com um excelente serviço de buffet. Quanto às ceias, elas são recomendáveis para aqueles clientes que não querem ter trabalho na produção dos pratos”, destacou Adjani.

Com quase duas décadas de atuação no mercado gastronômico, o Don Peppone dispõe de um cardápio variado, das massas aos frutos do mar. Antiga cliente da casa, a agora proprietária está se esforçando para oferecer ainda mais qualidade para os freqüentadores. “O serviço de alimentação não é igual, por exemplo, a venda de um determinado produto. Ou seja, precisa ter uma atenção especial e é o que estamos tendo. Além de um variado cardápio, também estamos primando pela qualidade no atendimento. Convidamos todos os leitores a nos visitar”, finalizou Maria Adjani Soares.

O Don Peppone funciona de segunda a domingo, na avenida Agamenon Magalhães, nº426, no bairro Maurício de Nassau, em Caruaru. Mais informações sobre os serviços da casa através dos telefones: 3722-6262/9968-8562/9113-1964.

Ciee promove encontro com empresários em Caruaru

O Centro de Integração Empresa Escola de Pernambuco (CIEE-PE) promove, pela primeira vez em Caruaru, uma edição do seu Encontro de Integração, evento voltado para empresas que discute temas sobre pessoas, mundo do trabalho, bem estar e qualidade de vida nas empresas. O encontro gratuito será realizado no dia 4 de novembro no auditório da Unifavip Devry.

O tema “O Poder do Mentoring no Desenvolvimento de Pessoas e Organizações” será ministrado pelo Empresário e executivo, Paulo Erlich, que é consultor, facilitador e palestrante em Mentoring Organizacional e em Gestão da Qualidade de Vida no Trabalho.

Erlich é Coach pessoal e executivo, conselheiro da Associação Brasileira de Recursos Hídricos (ABRH) – Seccional Pernambuco e Membro do Comitê Organizador do Prêmio Melhores Empresas para Trabalhar em Pernambuco (Great Place to Work).

O Encontro de Integração é um evento gratuito que tem como objetivo aproximar as empresas concedentes de estágio, do CIEE Pernambuco. Para fazer a inscrição os interessados devem acessar o site do CIEE Pernambuco (www.ciee-pe.org.br) e clicar no banner do evento, na página principal do site.

 

Paraíso Home chega ao Difusora

Com 50 anos de participação no mercado caruaruense, o grupo Paraíso das Louças está prestes a inaugurar mais um empreendimento em Caruaru. Trata-se da Paraíso Home, uma loja especializada na comercialização de artigos para o lar e presentes. A unidade passará a funcionar já nesteIMG-20141103-WA0001 mês, no primeiro piso do Shopping Difusora, no bairro Maurício de Nassau. De acordo com o diretor comercial, Adjar Soares, a nova loja vem a atender a exigência da demanda local.

“Sentimos a necessidade de implantarmos um empreendimento que viesse suprir os desejos de consumo de um cliente cada vez mais exigente. A Paraíso Home nasceu justamente com o estilo conceitual direcionada para atender as demandas de decoração, de presentes bem como da alta cozinha. Quem tiver oportunidade de conhecer a loja encontrará uma extensa linha de produtos finos de cristais a importados. Vale a pena conferir”, destacou Adjar.

‘‘A presidente precisa reordenar economia’’

Escolhida pelos eleitores para governar o país nos próximos quatro anos, a presidente Dilma Rousseff terá vários desafios pela frente em termos econômicos. Com o objetivo de esclarecer os leitores a respeito do assunto, Blog do Wagner Gil traz nesta edição uma entrevista com a economista e professora do Unifavip, Eliane Alves. Nela, a especialista analisa a política externa do país, bem como comenta sobre o perfil do novo ministro da Fazenda.

Blog do Wagner Gil – Que impactos a reeleição da presidente Dilma deverá provocar na economia brasileira?

Eliane Alves – Nesse primeiro momento não conseguiremos ver grandes mudanças, tendo em vista que os mercados estão na expectativa dos rumos reais que o Brasil tomará a partir de 2015. É um período de muita especulação. A partir das escolhas dos próximos ministros, das mudanças em alguns ministérios, é que o mercado começará a ter uma noção mais aproximada da realidade acerca das medidas que serão tomadas.

BWG- Quais são os principais desafios da presidente a serem superados a partir de janeiro de 2015?

EA – Reordenar a economia, trazendo a inflação para o centro da meta, e uma reforma política. Uma das questões mais importantes neste momento é a de recuperar a confiança do mercado, para que possa haver uma retomada no crescimento dos investimentos. Sem investimento, não há crescimento econômico, não há aumento do nível de emprego, o que, por sua vez, compromete o nível de renda e consumo da economia. Por outro lado, a reforma política exigirá, acredito, mais tempo para sua efetivação, tendo em vista a necessidade de muito diálogo, alianças para se chegar a um denominador comum, o que não será fácil. Vimos nas eleições deste ano que a pulverização do Congresso Nacional ficou ainda maior e a própria bancada do governo sofreu reduções significativas. Isso tornará os diálogos ainda mais difíceis.

BWG — Em sua opinião, as finanças do Estado tendem a perder ou a ganhar com a reeleição da presidente?

EA – Eu não diria perder ou ganhar, eu diria que há necessidade de um ajuste fiscal, o que passaria por uma redução de gastos e/ou crescimento das receitas via aumento dos tributos, o que não seria o ideal, tendo em vista a retração maior que poderia provocar nos investimentos privados. O Brasil passou nos últimos anos por uma expansão fiscal, que se deu, sobretudo, através do aumento dos gastos públicos, associado à redução de alguns tributos, como foi o caso do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Foram medidas necessárias diante das turbulências das crises internacionais, que provocaram queda das nossas exportações. E a saída encontrada continuou sendo a do estímulo ao consumo interno via redução do IPI e aumento da renda real. Só que percebe-se que nos últimos anos o efeito não tem sido o mesmo de quando se utilizou esse modelo no período do segundo mandato do ex-presidente Lula. Precisamos levar em consideração que o consumo elevado de bens duráveis (como eletrodomésticos, automóveis e casas), que exigem um comprometimento maior da renda das famílias, acaba por gerar uma renda disponível menor por um período de tempo, o que acaba por comprometer o consumo futuro. Outra coisa: nos últimos anos houve uma redução da meta de superávit primário, em razão do aumento dos gastos dos governos, e isso acaba não sendo bom para a imagem do país diante dos investidores estrangeiros, fazendo com que a economia fique mais vulnerável.

BWG – E quanto às políticas econômicas externas? Elas precisam melhorar para que o país alcance patamares ainda melhores nos próximos anos?
EA – Temos observado alguns fatores que vêm comprometendo as nossas exportações que não dizem respeito, necessariamente, à nossa política externa e, sim, à situação econômica mundial, que são a dificuldade de recuperação da economia europeia, o que compromete a demanda; a própria economia dos Estados Unidos, que vem se recuperando, mas que ainda passa por incertezas quanto ao tempo certo de reduzir os estímulos ao mercado; e a volta da elevação dos juros, bem como também a própria economia chinesa, que neste ano tem apresentado uma pequena retração no crescimento; e, somada a tudo isso, a cotação do dólar. Então, podemos perguntar: o que isso tem a ver com a nossa economia? Tem e muito. Se a Europa freia e continua com o consumo em baixa, comprará menos produtos importados. Se os Estados Unidos aumentam a sua taxa de juros, acabam atraindo investidores que hoje estão investindo na nossa bolsa e isso provocaria uma alta na cotação do dólar. Seria bom para as exportações, mas ruim para os demais setores da economia, pois poderia elevar ainda mais a inflação. E, por fim, se a China cresce menos, compra menos, reduzindo, assim, o volume das nossas exportações.

BWG – Diante da provável saída de Guido Mantega, hoje que perfil seria o mais indicado para a escolha do novo ministro da Fazenda?

EA – Na verdade, eu não diria que há um perfil específico para assumir o Ministério da Fazenda neste momento. O que há, na verdade, é uma necessidade de ter pulso forte para fazer os ajustes necessários para que a economia volte aos trilhos, já que as medidas que precisam ser tomadas são medidas um tanto impopulares, como, por exemplo, uma redução dos gastos do governo, que podem segurar a expansão do volume destinado aos programas sociais. Ou seja, teremos um ano difícil, mas necessário para que o Brasil possa avançar para um novo ciclo de crescimento e desenvolvimento econômico.

CMN libera R$ 21 bilhões para crédito à agricultura

A agricultura contará com mais R$ 21 bilhões em crédito nesta safra. O Conselho Monetário Nacional (CMN) liberou a quantia por meio do redirecionamento dos depósitos da poupança rural. De acordo com o Banco Central, as medidas estão em linha com o Plano Safra 2014/2015, lançado em maio deste ano.

Os recursos foram liberados por meio de duas resoluções aprovadas pelo CMN. A primeira elevou de 67% para 72% a proporção dos depósitos da poupança rural que os bancos são obrigados a aplicar em crédito agrícola, destinando R$ 5 bilhões adicionais para o setor. Para não prejudicar a alocação para outros tipos de linhas de crédito, o CMN diminuiu de 18% para 13% o recolhimento compulsório da poupança rural – fração da poupança rural que as instituições são obrigadas a recolher para o Banco Central.

A segunda resolução permitiu que os bancos com operações de custeio e comercialização, contratadas na safra 2013/2014, deixem de usar o fator de ponderação para o cálculo da exigibilidade do crédito rural. As instituições podiam multiplicar por 2,2 o saldo dessas operações de crédito para cumprir o critério de exigência. Agora, a multiplicação não poderá mais ser feita, o que resultará na liberação de R$ 16 bilhões para o setor.

Atualmente, cinco instituições financeiras operam a poupança rural: Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, Banco Cooperativo do Brasil e Banco Sicredi.

O CMN também aumentou o acesso de empresas estatais ao crédito. Até agora, as instituições financeiras podiam comprometer até 25% do patrimônio de referência com o setor público. A resolução separa o limite da União das empresas estatais. Agora, o banco poderá verificar o risco e o comportamento dessas empresas para examinar o grau de dependência econômica da estatal em relação ao Orçamento da União.

Caso seja comprovado que a estatal se sustenta com receitas próprias, a empresa será tratada como cliente à parte, podendo pegar mais recursos emprestados. De acordo com o Banco Central, a mudança não foi feita para beneficiar as empresas estatais, mas em cumprimento às normas internacionais para o crédito ao setor público, alteradas em abril deste ano.

“O sistema financeiro tem limite máximo de exposição muito longe desses 25%. Na prática, não é uma alteração muito significativa”, disse Caio Ferreira, chefe do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial do Banco Central. Como as estatais do setor elétrico e a Petrobras estão excluídas do limite de 25% nas operações com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a mudança terá pouco impacto sobre o crédito para as empresas públicas.

Agência Brasil