Lula tem encontro com empresários e católicos e discursa contra o ódio

No dia seguinte ao debate entre os presidenciáveis, na Band, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou aquilo que classificou como “domínio do país pelo ódio”. Para o petista, episódios de ataques a religiosos por pregarem a compaixão pelos pobres são o principal exemplo dessa escalada.

“Nunca tinha visto o Brasil tomado pelo ódio. Tenho ouvido falar sobre padres que estão sendo atacados porque estão falando da fome, por que estão falando da pobreza”, lamentou, acrescentando que se trata de um problema mundial, tanto que lembrou a eleição de Giorgia Meloni para primeira-ministra da Itália.

O petista voltou a se encontrar com religiosos da Igreja Católica, mostrando que o tema tomou uma grande dimensão na campanha — mais cedo, ele fez campanha em São Mateus, zona leste da capital paulista, ao lado do vice Geraldo Alckmin, do candidato do PT ao governo do estado, Fernando Haddad, e do deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSol). Entre os que estiveram com Lula, na Casa de Portugal — no bairro da Liberdade, na capital paulista —, marcaram presença sacerdotes católicos dos coletivos “Padres da caminhada” e “Padres contra o fascismo”, que, somados, reúnem mais de 500 religiosos de diversas dioceses. O petista conclamou-os a realizar conferências para discutir temas a serem incluídos no orçamento da União.

PIB

Se Lula e Alckmin procuraram estreitar os laços com os religiosos, em outra direção foram a senadora Simone Tebet (MDB-MS), o economista Armínio Fraga e a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP). O trio se reuniu, também ontem, com cerca de 650 empresários, banqueiros, CEOs e economistas para tentar convencê-los a votar na chapa do petista, no dia 30. O principal argumento apresentado por eles foi o risco que consideram representar a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) para a democracia no Brasil.

Os organizadores salientaram que o encontro não era uma manifestação de apoio a Lula, mas sim uma tentativa de conseguir novos apoios à chapa para derrotar o presidente que tenta a reeleição.

Simone sugeriu que caso Bolsonaro consiga novo mandato, poderá tentar um terceiro para se manter no poder. “A democracia já está fragilizada desde o primeiro dia do governo Bolsonaro. Eu estava lá em Brasília. O governo coloca uma instituição contra outra. E hoje já domina o Legislativo com o orçamento secreto. Poderá aumentar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal e concentrar mais poder, acovardar os ministros do STF e, talvez, até implantar um terceiro mandato”, alertou.

O encontro foi organizado na casa da ambientalista Teresa Bracher e de seu marido, o banqueiro Cândido Bracher, mesmo lugar onde Simone começou sua campanha no primeiro turno. O evento também teve como organizadores Marisa Moreira Salles, Neca Setubal, a advogada Maria Stella Gregori, o editor Tomas Alvim e Ana Paula Guerra.

Fraga explicou o motivo de fechar com Lula. “A realidade do bolsonarismo acabou se impondo. A mudança do meu voto espelha o medo da deterioração da democracia. Se havia alguma dúvida, isso desapareceu. Vou votar no Lula sem qualquer condição”, disse.

Já Marina destacou ter três razões para votar no petista: compromisso com a democracia, o “imperativo ético” de combate às desigualdades e a possibilidade de estabelecer um processo de mudança para um modelo de desenvolvimento sustentável com a transição para uma economia de baixo carbono.

Estiveram com Fraga, Marina e Simone diretores e CEOs de empresas como Bloomberg, BMG, Safra, Siemens, Suzano, Grupo Europa, Standard Bank Group, Grupo Ultra, Thyssenkrupp South America, Santander e outros gigantes, além de economistas e empresários.

Índice Geral de Preços-10 tem deflação de 1,04%, revela FGV

O Índice Geral de Preços–10 (IGP-10), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve deflação (queda de preços) de 1,04% em outubro deste ano. O indicador já havia apresentado deflações em setembro último (-0,90%) e em outubro de 2021 (-0,31%).

Apesar da queda de preços em outubro e setembro, o IGP-10 ainda acumula inflação de 6,33% no ano e de 7,44% em 12 meses. Em outubro de 2021, a inflação acumulada pelo indicador era de 22,53%.

Causas

A queda de setembro para outubro foi puxada principalmente pelo leite e combustíveis. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, passou de uma deflação de 1,18% em setembro para uma queda de preços de 1,44% em outubro.

Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, teve inflação de 0,17% no mês, ante deflação de 0,14% de setembro. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi de deflação de 0,02% em setembro para inflação de 0,01% em outubro.

O IGP-10 é um indicador nacional e foi calculado com base em preços coletados entre 11 de setembro e 10 de outubro.

Solar Coca-Cola abre mais de 200 vagas temporárias em Pernambuco; veja como se inscrever

A Solar Coca-Cola está disponibilizando 231 vagas em Pernambuco para o seu Plano Verão deste ano. As oportunidades fazem parte do programa anual de contratações temporárias que visa reforçar a operação da Solar até o mês de dezembro, período em que há um aumento na demanda por bebidas durante a estação mais quente do País.

Os candidatos podem se inscrever por meio da plataforma Gupy, pelo site solarcocacola.gupy.io/. Além deste link, os interessados podem acessar o site www.solarbr.com.br/trabalhe-conosco.

As oportunidades são para os cargos de auxiliar de entrega, promotoria de vendas, auxiliar de expedição, motorista de entrega, operador de empilhadeira, dentre outros. A duração do trabalho é de 30 a 90 dias, com possibilidade de efetivação.

Entre os requisitos para as vagas, quem se candidatar ao cargo de motorista deve ter ensino médio completo e possuir Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na categoria D e experiência na função. Já nas funções de auxiliar de entrega e de expedição, o único requisito é possuir ensino fundamental completo. Além disso, a pessoa que se interessar pelas vagas deve ter idade acima de 18 anos.

“Nossa expectativa além de preencher as vagas e reforçar nossa equipe é também poder contribuir para a empregabilidade, e possível efetivação desses profissionais”, destaca a Gerente de RH da Sola Coca-Cola, Karliane Severo.

As vagas não têm data para encerrar as inscrições e são abertas e fechadas de acordo com a necessidade da empresa. As oportunidades em Pernambuco fazem parte das 891 vagas disponíveis em 38 municípios de 10 estados com atuação da empresa.

Inclusão
Um dos objetivos da Solar com o processo seletivo é incentivar as políticas de contratação para mulheres, pessoas com deficiência, entre outros profissionais de grupos diversos. A iniciativa se dá por meio do Programa de Diversidade e Inclusão #EuIncluo.

Para o público mais jovem, a empresa incentiva o ingresso no mercado de trabalho por meio do programa Coletivo Jovem. Por meio do recurso que é totalmente online, os jovens interessados podem participar de um programa de capacitação para conseguir o primeiro emprego.

No público feminino, a Solar investe no programa #EuIncluo Mulheres, que tem o foco na contratação de mulheres para serem protagonistas e conquistarem seu espaço ocupando o quadro operacional da Solar Coca-Cola. A iniciativa até maio deste ano, a Solar possuía 25,3% de suas profissionais em cargos de liderança.

Folhape

Caruaru registra o menor número de homicídios na série histórica entre os meses de janeiro e setembro

A Capital do Agreste segue sendo exemplo de segurança em Pernambuco. Dentre os municípios do estado com mais de 100 mil habitantes (IBGE), Caruaru ocupou o primeiro lugar em redução significativa nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs).

De acordo com o levantamento das Secretarias de Defesa Social (SDS) e Ordem Pública (SECOP), a redução foi de quase 32% de homicídios a menos em relação ao mesmo período de 2021. Considerando o período entre janeiro e setembro, o ano de 2022 apresenta o melhor resultado de toda a série histórica. O resultado da redução da violência é reflexo do trabalho do município em conjunto com as forças de segurança do Estado.

“O desafio foi lançado em 2017, onde o Brasil estava passando por uma onda de violência e em Caruaru não estava diferente. Com a criação do plano “Juntos Pela Segurança” conseguimos reduzir os números de forma significativa, a Capital do Agreste hoje serve como case de sucesso, graças as ações integradas com as forças de segurança, secretarias municipais, órgãos parceiros e sociedade civil”, detalhou o secretário de Ordem Pública, coronel Patrício Filho.

Prefeitura de Caruaru reforça incentivos fiscais para atrair novas empresas

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria da Fazenda (Sefaz), alterou o Código Tributário Municipal (CTM), através da Lei Complementar nº 95, de 28 de setembro de 2022. Entre os muitos benefícios, a alteração isenta a cobrança do Imposto Predial Tributário Urbano (IPTU) para novos centros médicos que se instalarem no município, pelo prazo de dez anos.

A medida visa estimular a abertura de novos empreendimentos em Caruaru, incentivando a concorrência e gerando uma maior oferta de serviços médicos a população do município e região, evitando a necessidade de deslocamento para a capital do estado.

Saúde

A alteração tem o objetivo de reduzir a alíquota do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) para os serviços de saúde prestados por particulares ao Sistema Único de Saúde (SUS). A medida torna mais atrativa a iniciativa privada para fechar contratos com o poder público, objetivando a oferta de novos serviços cobertos pelo SUS, em Caruaru, evitando que pacientes da região precisem se deslocar para a capital.

Transporte

A redução da alíquota do ISSQN atenderá empresas concessionárias do serviço de transporte público, objetivando o equilíbrio financeiro do sistema público de transporte. A medida viabiliza a possibilidade de maior investimento na frota por parte das empresas concessionárias e consequente melhoria de serviços para a população.

Alvarás

A emissão de alvarás para profissionais autônomos, com menos de dez anos de profissão, também terá redução da taxa para viabilizar a formalização e incentivar o empreendedorismo.

Com a alteração do CTM, o valor cobrado no regime de estimativa passa de 100 UFM para 25 UFM mensais, por profissional. Com a redução do custo, espera-se estimular a abertura de vagas de emprego e fomento de mais negócios.

Os interessados podem ir até à sede da Sefaz, na rua Professor Lourival Vilanova, 118, bairro Universitário, ou no Posto Avançado da Sefaz, localizado na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), rua Floriano Peixoto, 85, bairro N. Sra. das Dores (Centro).

“Todo dia 25 é Dia Laranja” abordará Lei Maria da Penha e Rede de Proteção à Mulher

O projeto “Todo Dia 25 é Dia Laranja”, do mês de outubro, será realizado às 14h30, do dia 24, no Auditório Antonieta de Barros, na Secretaria de Políticas para Mulheres de Caruaru (SPM). O evento, que é gratuito e aberto ao público, contará com a palestrante Elba Ravane Amorim, do Núcleo de Estudos de Gênero Elma Novaes (Nugen/Asces Unita), que abordará o tema: “Lei Maria da Penha, Rede de Proteção à Mulher e Feminicídio”. A iniciativa é da Prefeitura de Caruaru, por meio da SPM.

Dia Laranja

Celebrado no dia 25 de cada mês, o Dia Laranja alerta para a urgente necessidade de prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas. Sendo uma cor vibrante e positiva, o laranja representa um futuro livre de violência contra mulheres e meninas, convocando ativistas, governos e agências das Organizações das Nações Unidas (ONU) a se mobilizarem pela prevenção e eliminação da violência contra mulheres e meninas, não só uma vez ao ano, no 25 de Novembro, quando é celebrado o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, mas todos os meses.

Serviço:

Quem: Prefeitura Municipal de Caruaru, por meio da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM)
O que: Projeto “Todo dia 25 é Dia Laranja”
Convidado: Núcleo de Estudos de Gênero Elma Novaes – Asces Unita
Palestra: “Lei Maria da Penha, Rede de Proteção à Mulher e Feminicídio”
Palestrante: Elba Ravane Amorim
Quando: 24/10 (segunda-feira), às 14h30
Onde: Auditório Antonieta de Barros (SPM) – Rua dos Expedicionários, 30, Centro, Caruaru-PE.

Aberto ao público em geral.
Link de Inscrições: bit.ly/dia25outubro22

Inflação do setor de vestuário é a maior desde 1995; custos subiram 19,16%

Apesar de a inflação ter dado sinais de desaceleração nos últimos três meses, um dos itens mais importantes do consumo pessoal, as roupas, não têm dado trégua nos preços. Em um ano, conforme os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os custos com itens do setor de vestuário subiram 19,16%, a maior inflação para a categoria desde 1995.

Entre as maiores altas, destacam-se as roupas masculinas, cujos preços acumulam elevação de 22,28% nos 12 meses encerrados em setembro, de acordo com os dados do IBGE. Na categoria feminina, a maior alta foi do item vestido, que avançou 25,14%, na mesma base de comparação. O segmento de roupa infantil acumulou alta 15,63% em 12 meses, com destaque para os agasalhos, que tiveram ficaram 20,68% mais caros em um ano.

“Os preços de tudo vem subindo e normalmente isso é repassado para o preço do produto ao nosso cliente. Infelizmente, não tem como segurar”, afirma o gerente comercial de uma loja de roupas masculinas no Brasília Shopping, Ladmir Bilhão. Mesmo com a carestia dos itens de vestuário, o movimento das lojas ainda é bastante positivo, tendo em vista o quanto o setor sofreu com a pandemia, com os shoppings fechados.

Mas é preciso manter as estratégias para atrair clientes, sobretudo em forma de promoções. “Mantemos sempre uma promoção ou outra para que possa trazer o cliente até a loja. Lógico que, em alguns produtos, não dá para dar desconto. O repasse de custos foi muito grande”, destaca.

Disparada
O setor de confecções vem operando com várias pressões inflacionárias desde agosto de 2020, no auge da pandemia da covid-19. “Naquele momento as pressões derivadas dos aumentos de custo começaram a bater nas relações comerciais com varejo e as pressões inflacionárias vinham trazendo muito estresse para todas as indústrias, principalmente aquelas que dependiam do algodão. Esse cenário continuou a ocorrer durante todo o primeiro semestre de 2022”, destaca o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel.

Em meados de junho deste ano, o algodão alcançou o maior preço dos últimos 10 anos e, em dois anos, o quilo da commodity agrícola chegou a subir cerca de 150%. “Isso pressiona violentamente os preços para o produtor têxtil e, obviamente, acaba chegando ao varejo. A inflação acumulada em setembro no grupo de vestuário vem de tudo que a indústria tem passado também nos últimos meses”, afirma Pimentel.

De acordo com o coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), Andre Braz, além da alta da matéria-prima, o setor de vestuário teve de lidar com custos muito elevados, que acabaram encarecendo o produto final. Foi o caso da energia elétrica, que movimenta as máquinas para fabricação de tecidos, e do diesel, que impacta diretamente no custo do frete.

“Os números mostram que o consumidor está pagando por um preço que vem da grande indústria. São repasses de um custo que ficou muito elevado durante um número muito grande de meses, juntando a gargalos trazidos pela pandemia. Na sequência, tivemos a crise hídrica encarecendo energia e o aumento do preço do barril do petróleo, encarecendo os combustíveis que são responsáveis pelo frete. Todos esses fatores fizeram com que essa pressão de custos refletisse na alta dos itens de vestuário”, explica Braz.

Alguns dos fatores que vinham pressionando os preços já tiveram um arrefecimento, como os combustíveis e a energia, que ficaram mais baratos, principalmente, com a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). As cotações do algodão e da pluma também estão em queda neste início de outubro, conforme indicou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O Indicador Cepea/Esalq, com pagamento em oito dias, recuou 7,11% na parcial deste mês.

“Agora as condições estão mais favoráveis, porque a gente viu essa queda no preço desses insumos, energia e combustível. Só que essas quedas aconteceram de julho pra cá, então deu-se pouco tempo. Acredito que agora o setor esteja se recuperando das vacas magras de custos extremamente elevados e recompondo margem, exatamente para daqui a pouco também começar a desacelerar”, avalia Braz. Ele acredita que a energia e os combustíveis não devem voltar a subir no curto prazo, evitando assim novos repasses. “Gradualmente, o grupo vestuário deve registrar variações um pouco mais baixas”, acrescenta.

Particularidades
A moda tem suas particularidades, que refletem nas vendas do varejo. Um efeito que costuma encarecer os preços e que não tem a ver com a pressão de custos é a mudança de estações. Com a chegada de uma nova coleção, os itens de vestuário tendem a ficar mais caros, por representarem lançamentos.

“Em geral, essa troca de estação provoca um aumento de preço, mas ele não é duradouro. Alguém pesquisou e investiu numa coleção nova, por isso, ela tende a chegar às lojas mais cara. Acredito que uma parte do que pudemos observar nos preços em setembro represente esse fator. Essa tensão nos preços tende a desacelerar à medida que o verão avançar e que a coleção já não for mais tão nova assim”, pontua Braz, em referência à mudança de estação no mês passado.

Entre os meses de janeiro e fevereiro, as lojas costumam fazer promoções com as peças que sobraram da coleção de alto verão. Em março, é lançada a coleção de outono, e abril tem o foco nas vendas. Em maio, é lançada a coleção de inverno, e as vendas do comércio seguem em junho. Mas há casos em que essas coleções são lançadas juntas: outono/inverno. Outra alternativa, além de esperar as peças deixarem de ser novidade, é aproveitar datas atípicas de promoções, como a Black Friday, que ocorre no fim de novembro.

Bolsonaro pede cassação da coligação Brasil da Esperança, formada por Lula

O presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia alusiva à marca de 100 milhões de poupanças sociais digitais Caixa.

A campanha de Jair Bolsonaro entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo a cassação da chapa da coligação Brasil da Esperança, formada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB). O processo pede ainda a suspensão imediata dos perfis do deputado federal reeleito e coordenador da campanha de Lula nas redes sociais, André Janones (Avante-MG).

Principalmente na disputa do segundo turno, Janones elevou o tom da campanha e passou a responder ao bolsonarismo na mesma moeda. Se antes as reclamações de fake news partiam majoritariamente de integrantes da esquerda, nos últimos dias aliados de Bolsonaro passaram a se queixar dos vídeos e assuntos levantados pelo deputado mineiro.

Em um documento com mais de 50 páginas, a defesa da campanha de Bolsonaro afirma que Janones teria produzido “uma fábrica de fake news” com apoio e ciência de Lula. O pedido classifica os conteúdos produzidos pelo deputado em quatro grupos: conteúdos sabidamente inverídicos; conteúdos ofensivos à honra; conteúdos voltados à redução da eficácia de decisões judiciais; e conteúdos depreciativos à atuação do Judiciário e de advogados adversários.

“A utilização coordenada e deliberada das redes sociais, em larga escala, como instrumento e estratégia de campanha, para a disseminação de notícias sabidamente falsas, caracteriza abuso dos meios de comunicação social e atenta contra a legitimidade do pleito. O deputado André Janones, em verdadeiro e reconhecido atentado à democracia, tem utilizado redes sociais para fomentar o compartilhamento em massa de informações falsas, fato esse que já é público e notório, com inequívoco conhecimento e apoio financeiros e material da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva”, dizem os advogados de Bolsonaro”. “O investigado se aproveita do período de tempo em que as notícias falsas ainda não foram desmentidas para, ardilosa e deliberadamente, dar a elas visibilidade em suas redes sociais”, complementam.

Pelo Twitter, André Janones falou com apoiadores sobre a representação apresentada contra ele no TSE.

“Agradeço às manifestações de solidariedade depois da ação que o presidente da República decidiu mover contra mim, porém, peço que não façamos esse debate por aqui, pois ele deve ser travado nos tribunais! Nada de jogar o povo contra a Justiça. Somos democratas e respeitamos a lei. Até aqui, cumpri todas as decisões emanadas pela justiça, e assim será, até o final!”, disse.

Além da ação no TSE, a ofensiva contra Janones também será feita na Câmara dos Deputados. O ministro da Casa Civil e presidente do PP, Ciro Nogueira, informou via Twitter que o partido entrará com uma representação no Conselho de Ética contra Janones por “atos antidemocráticos”. A publicação foi respondida por Janones. “Atos antidemocráticos? E aquela história de fechar o STF? De dizer que estavam “esticando demais a corda”, de chamar o Ministro Alexandre (de Moraes) de canalha e dizer que não cumpriria mais as decisões dele e etc? Era só brincadeirinha?”.

Correio Braziliense

Bancada feminina no Senado fica menor após resultados do primeiro turno

O Senado Federal continuará sendo uma Casa formada majoritariamente por homens. Apenas quatro mulheres se elegeram senadoras, em 3 de outubro, resultado que fará com que a bancada feminina seja menor na nova legislatura em comparação com a que começou quatro anos atrás. Em fevereiro de 2022, quando tomarem posse, Damares Alves (Republicanos-DF), Professora Dorinha (União-TO), Teresa Leitão (PT-PE) e Tereza Cristina (PP-MS) se somarão às seis que permanecem no cargo por mais quatro anos — Daniella Ribeiro (PSB-PB), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Leila Barros (PDT-DF), Mara Gabrilli (PSDB-SP), Soraya Thronicke (União-MS) e Zenaide Maia (Pros-RN). Com isso, a bancada feminina no Senado terá dez cadeiras, duas a menos do que quatro anos atrás, após as eleições de 2018.

Dependendo do resultado da eleição presidencial, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disputa o segundo turno com o atual, Jair Bolsonaro (PL), esses números podem aumentar ou diminuir, dependendo do eleito. Se for o candidato do PT, três senadores vitoriosos no domingo são cotados para compor o novo governo federal. Wellington Dias (CE) e Camilo Santana (PI), ambos do PT, e Flávio Dino (MA), do Maranhão, atuam na coordenação da campanha de Lula e são nomes fortes para ocupar cargos no Executivo. E ainda há a possibilidade de Lula acomodar Omar Aziz, reeleito pelo PSD do Amazonas, que presidiu a CPI da Covid-19 e é um dos principais aliados do ex-presidente na Região Norte.

Se Bolsonaro conquistar nas urnas eletrônicas mais quatro anos à frente do Palácio do Planalto, três senadores eleitos passariam o cargo para as suplentes, no caso de serem convidados a compor a próxima equipe de governo: o ex-vice-presidente Hamilton Mourão, eleito pelo Republicanos do Rio Grande do Sul; Margo Malta (PL), que retorna ao Senado eleito pelo Espírito Santo; e Wilder Morais (PL), que conquistou a vaga destinada a Goiás.

Banco de reservas
A cearense Augusta Brito já foi prefeita de Graça (CE), deputada estadual e deputada federal. Neste ano, trocou o PCdoB pelo PT para lançar-se como primeira suplente do ex-governador Camilo Santana, que deixou o cargo em abril para se candidatar ao Senado. Santana integrou a coordenação da campanha de Lula na Região Nordeste, assim como Wellington Dias, ex-governador do Piauí e nome forte do PT, também eleito para o Senado. A suplente dele é Jussara Lima, esposa do presidente estadual do PSD, deputado federal Júlio César, e mãe do deputado estadual Georgiano Neto (PSD), ambos reeleitos com as maiores votações no estado para os respectivos cargos.

Flávio Dino, do PSB maranhense, também é cotado para integrar o governo Lula, caso o ex-presidente vença o segundo turno. Se deixar o Senado, sua cadeira irá para a enfermeira e empresária Ana Paula Lobato, ex-vice-prefeita de Pinheiro, município da Baixada Maranhense.

Se o vencedor for Bolsonaro, a situação se inverte. Duas das quatro senadoras eleitas foram ministras no atual governo: Damares Alves (Republicanos-DF) e Tereza Cristina (PP-MT). Caso sejam convidadas a retornar ao Executivo federal em um hipotético segundo mandato de Bolsonaro, suas cadeiras no Senado serão ocupadas por suplentes homens: o advogado Manoel Arruda, presidente do União Brasil no DF, e Tenente Portela, amigo pessoal de Bolsonaro, respectivamente. Dos senadores eleitos com apoio do presidente em 3 de outubro, apenas o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Magno Malta (PL-ES) e Wilder Morais (PL-GO) têm mulheres na suplência.

No primeiro mandato de Bolsonaro, Magno Malta esperava ganhar algum cargo no governo federal, depois de tentar — e perder — a reeleição para o Senado, em 2018. Agora, volta fortalecido pela vitória no Espírito Santo, em que derrotou a senadora Rose de Freitas (PSDB), que tentava a reeleição. Se for chamado pelo presidente para algum cargo no Executivo, sua vaga no Senado será ocupada pela professora e evangélica Marcinha Macedo (PL), que foi sua assessora em Brasília quando exerceu o cargo de senador.

O general Hamilton Mourão, responsável por uma das mais importantes vitórias do bolsonarismo em 3 de outubro, tem como suplente a deputada federal Liziane Bayer. A irmã dela, Franciane Bayer (REP-RS), foi eleita deputada federal. No caso do goiano Wilder Morais, a suplente é Izaura Cardoso, mulher do senador Vanderlan Cardoso, do PSD, que trabalhou intensamente para que o governador reeleito do estado, Ronaldo Caiado, abandonasse a posição de neutralidade na corrida presidencial. Logo após o resultado do primeiro turno, Caiado declarou apoio a Jair Bolsonaro.

Sport pode perder 10 mandos de campo e levar multa de R$ 100 mil por confusão contra Vasco

Sport e Vasco fizeram, na Ilha do Retiro, neste domingo (16), uma decisão que ficou marcada por cenas lamentáveis protagonizadas por torcedores do Leão. Com o jogo finalizado sem o ‘apito final’, o árbitro Raphael Claus (FIFA-SP) informou, na súmula, que a partida foi encerrada após reunião com os diretores Augusto Carreras, do Leão, e Paulo Bracks, do Cruzmaltino, os treinadores das equipes e o Tenente Coronel da Polícia Militar Washington Souza (leia, abaixo, na íntegra). Isso por falta de segurança no estádio.

Com as observações traçadas pelo árbitro que representará o Brasil na Copa do Mundo, o Leão pode perder 10 mandos de campo e ser multado em R$ 100 mil. Segundo o portal Lei em Campo, o Sport deve ser denunciado pela procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva e receber uma punição pesada. A invasão de campo somada a lançamento de objetos e tentativas de agressão são agravantes para a situação. Além disso, o histórico de punições recentes do STJD ‘joga contra’ o Leão neste momento.

Na súmula ainda consta as expulsões de Luiz Henrique e Raniel, que anotou o gol de empate e provocou a torcida do Sport. Segundo consta no documento, o ex-atacante do Santa Cruz foi retirado de campo “por receber a segunda advertência devido sua atitude antidesportiva de provocar a torcida adversária na comemoração de um gol”. Já o meia vascaíno recebeu o cartão vermelho por jogar um tênis arremessado pela torcida do Sport de volta às arquibancadas.

LEIA AS OBSERVAÇÕES EXTERNAS DA SÚMULA

“Durante a comemoração do gol da equipe do Vasco da Gama, próximo à torcida do Sport, muitos objetos foram atirados ao campo de jogo em direção aos jogadores. Entre eles, pedras, chinelos, tênis, isqueiros e copos com líquido. Nesse momento, a torcida do Sport estourou o portão atrás do gol onde se defendia e começou uma invasão de muitos torcedores. Não somente pelo portão, mas também por outros pontos da arquibancada”.

“Informo que os torcedores agrediram jogadores visitantes que imediatamente correram para o seu vestiário, um senhor e uma senhora bombeiros civis que estavam trabalhando próximos ao portão. Inclusive continuaram sendo agredidos após a senhora
já estar caída e o senhor tentando protegê-la”.

“Após observarmos todas essas ocorrências, vermos muitos torcedores sendo atendidos dentro do campo de jogo e por sentirmos falta de segurança, nos dirigimos ao vestiário de arbitragem, onde me reuni com os dirigentes, os treinadores e o tenente coronel da polícia militar comunicando o encerramento da partida por não sentir segurança em relação a minha integridade física e dos demais profissionais envolvidos no jogo, além do ambiente totalmente impossibilitado para a prática do esporte futebol, a partida foi encerrada”.

“Informo ainda que o comunicado ocorreu aproximadamente 45 minutos após o jogo ter sido paralizado. Cabe o registro que as expulsões dos jogadores do Vasco da Gama, no campo específico da súmula para o tempo das expulsões, inseri o tempo aproximado dos fatos, já que como explicado, não pude apresentar o cartão no campo de jogo”.

Diario de Pernambuco