Procon Caruaru participa de capacitação para poder operar com novo sistema

Durante esta semana, servidores da Gerência Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Caruaru) participaram de um treinamento para poder operar com o novo Sistema Nacional de Atendimento ao Consumidor (ProConsumidor), que será implantado no órgão de forma gradativa nas próximas semanas. No total, 20 funcionários receberam a capacitação.

O curso foi oferecido de forma on-line, pela Escola Nacional de Defesa do Consumidor, ligada à Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, com o intuito de apresentar aos funcionários as mudanças do novo sistema.

O sistema irá disponibilizar recursos modernos, diversificados e com mais rapidez, além de reunir, num mesmo lugar, o cadastro do fornecedor, o que será um enorme diferencial em comparação ao sistema antigo, uma vez que as empresas vão poder visualizar e responder às demandas do órgão, através de uma única senha.

Segundo o gerente geral do Procon Caruaru, Nyverson Moura, esse novo sistema irá facilitar o atendimento, diminuindo o tempo de espera dos consumidores por uma resposta. “Com a implantação do novo sistema, o Procon terá uma plataforma que vai impulsionar e promover um melhor atendimento, trazendo mais satisfação para os consumidores que procuram resolver algum problema”, enfatizou.

Secretaria de Políticas para Mulheres de Caruaru promove Campanha Laço Branco

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Políticas para Mulheres, realiza, nesta segunda-feira (6), a Campanha Laço Branco, quando será realizada uma palestra em alusão ao Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. O encontro, que faz parte das ações dos 21 Dias de Ativismo, será on-line e contará com a participação de dr. Paulo Augusto de Freitas Oliveira, procurador geral de Justiça do Ministério Público de Pernambuco, e do tenente-coronel da Polícia Militar e comandante do 10⁰ BPM, Geovani Augusto Gomes do Nascimento. Eles irão abordar o tema “O papel do Ministério Público e da Polícia Militar no enfrentamento à violência contra as mulheres”.

Os interessados em participar do encontro podem se inscrever, gratuitamente, pelo link https://bit.ly/homenspelofimdaviolencia. Ao final do processo, o participante receberá, no e-mail cadastrado, o link de acesso à palestra.

IEL oferece capacitação para Gestão de Relacionamento com o Cliente/CRM

Não é novidade para ninguém que a pandemia ajudou a acelerar os processos de virtualização das empresas. Após a necessidade de fechar o comércio e inúmeras medidas de restrições, diversos novos meios de venda online surgiram, fazendo com que o mercado, que já era competitivo, ficasse ainda mais desafiador para se estabelecer. Com tantas formas de consumo disponíveis, é importante saber como cada público prefere ser abordado e quais as suas necessidades. Conhecer bem os clientes passou a ser um mecanismo essencial para conquistá-los e garantir a fidelização.

Identificando o perfil do cliente e acompanhando o comportamento dele de perto, é possível encontrar a melhor forma de garantir uma boa experiência de compra e venda. Isso vai desde trazer novidades em produtos e ter uma comunicação mais acessível, até chegar aos meios de vendas corretos. Para ajudar a potencializar os resultados das empresas e estimular um bom relacionamento com os clientes, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) irá realizar o curso “Gestão de Relacionamento com o Cliente/CRM”, entre os dias 13 e 16 de dezembro, no formato ao vivo, transmitido pela plataforma Zoom.

“O curso tem como objetivo capacitar os participantes a conhecer os mais variados tipos de clientes, como abordar e tratar cada um, criando ligações inesquecíveis em um padrão de atendimento diferenciado. Além de promover uma reflexão sobre a importância de se ter uma boa relação com o cliente externo e interno, com foco na motivação, trabalho em equipe, liderança e postura profissional, argumentando com segurança os procedimentos da organização e deixando claro que cada cliente faz a diferença”, explica a coordenadora de operações do IEL, Julienny Mary.

Além das diversas estratégias de comunicação entre o vendedor e cliente, existem várias ferramentas de interatividade para serem utilizadas durante o processo de compra. São mecanismos capazes de obter informações, que, quando analisadas em conjunto, ajudam a traçar o perfil do consumidor. A exemplo disso, temos o CRM (Customer Relationship Management), que possibilita o acesso a maiores informações dos clientes, baseadas na interação e no resultado de campanhas. São recursos que ajudam a fortalecer a presença das empresas, as tornando cada vez mais presentes na vida do consumidor e, consequentemente, gerando o aumento nas vendas.

O curso, que terá 12 horas de carga horária, contemplará, inicialmente, em sua programação, o atendimento e o relacionamento com o cliente externo, apresentando desde os princípios da cultura centrada no consumidor, até o conhecimento dos seus diversos tipos e como abordar cada um. Em seguida, será apresentado o relacionamento com o cliente e a cultura de dados, que aponta como incluir ferramentas digitais para que este relacionamento seja contínuo. Encerrando a programação, será abordado o relacionamento com o cliente interno e a utilização do marketing pessoal para deixar a sua marca registrada.

A partir dessa capacitação, será possível entender, na prática, a diferença entre atender e encantar um cliente, como conhecer, abordar e se relacionar com cada um, além de conquistar novos públicos, proporcionando experiências inesquecíveis. Também será ensinada a aplicação de ferramentas de relacionamento, para aumentar a qualidade do atendimento, com um suporte diferenciado e sistematizado. Através dessa capacitação, será possível entender a importância da boa relação com o cliente externo e interno e como se tornar um profissional diferenciado, com domínio de ferramentas focadas no cliente”, ressalta Julienny Mary.

As aulas serão conduzidas pela professora e pesquisadora Izabela Domingues, que é PhD em Comunicação, Consumo e Cibercultura; o consultor em transformação de processos e gestão da mudança Alberto Borges, que tem MBA em Gestão Empresarial e é especialista em Processos Educacionais; e o publicitário Márcio Chagas, que é especialista em Soluções Digitais. Com os direcionamentos dos instrutores e a estrutura disponibilizada pelo IEL, o curso ajudará a preparar os participantes a otimizarem seus resultados, trabalhando o relacionamento com seus clientes.

Saúde em dia: saiba a importância de fazer o check-up no fim do ano

Quando o ano vai chegando ao seu final, é normal se pensar em fazer planos para o ano que vem. Daí, as ideias são diversas, como metas financeiras, viagens a serem feitas, projetos a serem concluídos e tantas outras coisas. Mas e a saúde, tem sido prioridade? É preciso lembrar que, para se executar todos os planos citados acima, é necessário estar com a saúde em dia. E, por isso, o clínico geral credenciado ao Cartão Saúde São Gabriel, João André Sampaio, ressalta a importância de se fazer um check-up neesta época do ano.

“Ter um estilo de vida saudável vai muito além de uma boa alimentação e a prática contínua de exercícios físicos. O cuidado com a saúde envolve, principalmente, a realização periódica de consultas e exames médicos. Fazer check-up é muito importante, ainda mais no fim do ano, pois permite que, através de uma série de exames simples, o estado de saúde do paciente seja avaliado de forma completa”, orienta o médico, que destaca também sobre a questão da prevenção de doenças.

“O check-up atua de forma preventiva, auxiliando na detecção de possíveis alterações no organismo ou doenças. Muitas delas não apresentam qualquer tipo de sintoma e só são descobertas por meio da realização de exames periódicos. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento da maioria das doenças. Por isso, é importante que, mesmo quem não possua doenças diagnosticadas ou históricos familiares, realize o check-up regularmente”, conclui.

Secretaria da Fazenda de Caruaru amplia e facilita pagamento de tributos municipais

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria da Fazenda, ampliou as possibilidades de negociação e renegociação dos débitos de natureza tributária e não-tributária que se encontram vencidos.

A alteração da lei, que instituiu o Refis 2021 no âmbito de Caruaru, possibilitará essa negociação ou renegociação em até 96 parcelas, aplicando-se percentuais de desconto sobre os valores de juros e multa, a depender da quantidade de parcelas que o contribuinte optar.

Débitos que entram no Refis 2021:

Débitos vencidos até a data de formalização do pedido de adesão ao programa, exceto àqueles relativos à regularização de obras e outorga onerosa.

Quem pode aderir aos Refis 2021:

Pessoas físicas e jurídicas, de direito público ou privado, inclusive aquelas que se encontrem em recuperação judicial.

Reparcelamento:

No caso de contribuintes que já têm parcelamento, será admitida a adesão ao Refis 2021, desde que a primeira parcela seja recolhida em 10% do valor dos débitos consolidados ou 20%, no caso de histórico de reparcelamento anterior.

Período de vigência do Refis 2021:

Até 31 de dezembro 2021.

Possibilidades de parcelamento:

Para débitos vencidos nos exercícios de 2020 e 2021, os percentuais de desconto são de 100% para pagamento em cota única; 90% para pagamento em duas parcelas; 70% para pagamentos em até 12 parcelas; 50% para pagamentos em até 24 parcelas; 30% para pagamentos em até 36 parcelas; 10% para pagamentos em até 48 parcelas; 5% para pagamentos em até 60 parcelas e, ainda, a possibilidade parcelamento em até 96 parcelas sem desconto.

Para débitos vencidos até 31/12/2019, os percentuais de desconto são de 90% para pagamento em cota única; 70% para pagamento em até 12 parcelas; 50% para pagamento em até 24 parcelas; 30% para pagamento em até 36 parcelas; 10% para pagamento em até 48 parcelas e, ainda, a possibilidade de parcelamento em até 96 parcelas sem desconto.

Estagnada, indústria enfrenta problemas de abastecimento de insumos

Com desempenho fraco no PIB — a produção ficou estagnada no terceiro trimestre em relação o período imediatamente anterior — , a indústria enfrenta problemas de abastecimento de insumos e matéria primas. Levantamento da Confederação Nacional da Indústria mostra que, em outubro, o problema afetou 68% das empresas do setor. O percentual é um pouco menor do que o de 73% registrado em fevereiro. Apesar da ligeira queda, mais da metade das indústrias avaliam que o desajuste só terá fim a partir de abril de 2022.

Em 18 dos 25 setores da indústria de transformação consultados, mais de dois terços das empresas afirmaram que, mesmo negociando valores acima dos habituais, está mais difícil obter insumos no mercado doméstico ou por meio de importação.

De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, há pelo menos três explicações para os resultados e não há solução fácil. “Há um buraco na produção industrial que ainda não foi resolvido. A Sondagem Industrial de outubro mostrou ajuste nos estoques. É uma condição importante, necessária para resolver o problema, mas é um primeiro passo. E esse ajuste ainda precisa se completar para uma série de setores”, explica o economista. “Além disso, temos a expansão da demanda global de uma série de produtos, com os países voltando da crise. Esses fatores seguem provocando estresse nas linhas produtivas e a escassez de diversos insumos”, completa.

Segundo Marcelo Azevedo, há ainda um outro agravante que é o elevado custo da logística, alto preço e baixa qualidade dos contêineres. “Alguns países estão buscando alternativas para esse problema dos insumos, como desenvolver fornecedores locais, mas não é algo que se faça rapidamente nem depende só da ação da vontade, e envolve custos”, avalia.

De acordo com a CNI, na construção civil o problema se agravou entre fevereiro e outubro deste ano. O percentual de construtores que disse ter dificuldade para obter insumos e matérias-primas passou de 72% para 75%. Diante disso, a expectativa de um cenário de normalização é um pouco mais pessimista, em comparação com a indústria geral: 88% acreditam que a normalização de insumos só ocorrerá em 2022 e 9% das empresas esperam que haja normalização apenas em 2023.

Correio Braziliense

PIB recua e Brasil entra em recessão técnica; entenda o que isso significa

A economia brasileira parou. O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,1% no terceiro trimestre, conforme dados divulgados, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após queda de 0,4% nos três meses anteriores. Com isso, o país entrou num cenário de recessão técnica — quando há dois trimestres consecutivos de PIB negativo. O dado do segundo trimestre era de queda de 0,1%, mas foi revisado pelo IBGE.

O resultado do PIB brasileiro foi um dos piores do mundo e as projeções mais recentes indicam que o país não deverá crescer, neste ano, acima de 5% como prevê o ministro da Economia, Paulo Guedes. Uma nova onda de revisão das estimativas dos analistas está em curso, e algumas estão abaixo de 4,5%, o que indica uma variação próxima de zero, na melhor das hipóteses no quarto trimestre. “Diversos fatores contribuem para essa revisão negativa. Destacam-se os desarranjos macroeconômicos interno e externo e a incerteza sobre a nova variante ômicron do novo coronavírus”, avaliou Arnaldo Lima, diretor de Estratégias Públicas do Grupo Mongeral Aegon.

O Itaú Unibanco prevê alta de 0,1% no PIB do último trimestre, mas o impacto da nova variante não está nesse cenário base, segundo Luka Barbosa, economista-sênior da instituição financeira. Segundo ele, não se pode descartar uma queda do PIB no quarto trimestre, apesar dos avanços na vacinação. “É um risco negativo em relação ao nosso cenário. Esse vírus é bastante difícil de prever”, afirmou. Para 2022, o banco projeta queda de 0,5% no PIB, principalmente “por conta do impacto dos juros altos sobre os setores sensíveis ao crédito, como o comércio e a indústria”.

Ao comentar os números do IBGE, o ministro Paulo Guedes minimizou o quadro de recessão técnica e voltou a afirmar que a economia está decolando. “A arrecadação está muito forte, o que mostra que o Brasil está decolando de novo”, disse, ontem, em evento do setor aeroportuário. Ele ainda criticou as projeções pessimistas e afirmou que é “conversa fiada” dizer que há descontrole fiscal.

Conforme os dados do IBGE não é possível ver decolagem do PIB e, sim, um processo de retomada desigual. A alta de 1,1% em serviços, que tem um peso de 70% no PIB, por exemplo, não foi suficiente para compensar o tombo de 8% da produção agrícola e a falta de crescimento da indústria no trimestre. Além disso, desde o segundo trimestre, o PIB se mantém abaixo do patamar dos últimos três meses de 2019, e a atividade econômica ainda está em um nível 3,9% inferior ao pico histórico atingido no início de 2014.

“Enquanto o segmento de serviços de tecnologia da informação já está acima do patamar pré-pandemia, os serviços prestados às famílias, que dependem de atendimento presencial, ainda se encontram 16% abaixo do nível antes da crise”, comparou a economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria. Ela afirmou que o PIB teve um desempenho “medíocre”, e não vê cenário econômico favorável para o presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano eleitoral, mesmo com a aprovação do Auxílio Brasil de R$ 400. “O benefício não deve ajudar no aumento da popularidade de Bolsonaro, porque todos os elementos econômicos que pesam na avaliação do governo terão resultado negativo”, resumiu.

Risco de estagflação
Analistas reconhecem que o PIB está andando de lado, mas não entram em consenso sobre um possível cenário de estagflação — o pior dos mundos, porque o PIB não cresce, o desemprego é elevado e a inflação, também. Fernando Honorato, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, disse que o quadro é preocupante, mas descartou estagflação, devido às expectativas de recuo da inflação em 2022. “O resultado do PIB não tem o que ser comemorado. A economia entrou em recessão técnica, mas ainda há crescimento no consumo das famílias e no setor de serviços, que teve um desempenho morno”, afirmou.

Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, por sua vez, avaliou que o cenário de já é de estagflação e poderá se estender até 2022. “Com a revisão da queda do PIB do segundo trimestre de 0,1% para 0,4%, a percepção é de uma leve recessão ou, mais precisamente, de uma economia estagnada. Mas quando consideramos que a inflação deverá chegar a 10% no fim do ano, podemos dizer que o país passa por um processo claro de estagflação”, frisou. Ele reduziu de 0,2% para 0,1% a estimativa para o PIB do quarto trimestre e manteve a previsão de crescimento zero no ano que vem.

Na avaliação de Rodrigo Nishida, economista da LCA Consultores, o dado mais relevante é a falta de crescimento. “Há uma perda de fôlego do PIB, que está andando de lado, apesar do crescimento em serviços e do avanço da vacinação”, afirmou. A economista Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), lembrou que, apesar de a equipe econômica tentar usar a taxa de investimento em relação ao PIB como como um fator positivo, a evolução desse indicador é negativa há dois trimestres e a tendência é de que continue em queda por conta da alta dos juros.

Apesar de prever crescimento de 0,7% em 2022, Silvia Matos estima queda de 0,3% no PIB cíclico — que representa cerca de 70% das atividades relacionadas ao ciclo de política monetária. “Excluindo esses segmentos, apenas 30% das atividades devem crescer no ano que vem. Logo, teremos um falso positivo, se ele ocorrer”, explicou.

Brasil fica para trás
A queda de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre deixou o Brasil entre os países com os piores desempenhos econômicos do mundo, conforme dados da Austin Rating. O Brasil ficou na 26ª em um ranking de 33 nações, liderado pela Arábia Saudita, que registrou alta de 5,8% no período julho-setembro em comparação aos três meses anteriores. Colômbia e Chile vieram na sequência, com crescimento de 5,7% e 4,9%, respectivamente.

O desempenho do PIB brasileiro ficou abaixo da média geral, de 1,6%, e da média dos países do Brics, grupo de emergentes composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, de 0,4%. Na listagem da agência de classificação de risco, os dois últimos colocados, Índia e Rússia, não informaram o dado na margem — apenas o interanual, de 8,4% e 4,3%, respectivamente. Como as taxas desses países foram bem melhores que as do Brasil, de 4% na comparação com o mesmo trimestre de 2020, o país deveria ter ficado na 28ª classificação, ou seja, nada a comemorar.

“O que percebemos é que, a cada trimestre, há mudanças de posição entre os líderes e os últimos colocados, mas o Brasil está sempre nas últimas colocações ou do meio da tabela para baixo. Isso faz muito sentido quando olhamos crescimento médio do país na última década, que é muito pequeno”, destacou o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. Ele lembrou que, entre 2011 e 2020, a taxa média de crescimento do PIB brasileiro foi de 0,7%. “Um país que cresce pouco vai sempre ficar embaixo da tabela. E o pior é que isso se deve mais a problemas domésticos”, lamentou.

Problemas domésticos
Agostini observou que a pandemia da Covid-19 impactou o PIB global, porém o Brasil está sendo afetado o tempo todo. “Parece que o país sempre tem uma crise doméstica para enfrentar, além de outros fatores que empurram o PIB para baixo, como o desarranjo fiscal, que se arrasta há muito tempo”, destacou.

As contas públicas estão no vermelho desde 2014 e, pelas estimativas da Instituição Fiscal Independente (IFI), considerando o cenário pessimista que, atualmente, é o mais provável, não haverá superavit primário até 2030, pelo menos.

Entre os países da América Latina listados no ranking, apenas o México teve desempenho pior do que o Brasil, registrando queda de 0,2% no PIB de julho a setembro deste ano.

O levantamento da Austin mostra ainda que, em 2021, o PIB do Brasil, em valor, deverá ficar na 13ª posição no ranking global, considerando as 15 maiores economias do planeta.

Correio Braziliense

Economia brasileira entra em recessão

A economia entrou em recessão no Brasil ao cair 0,1% no terceiro trimestre de 2021, o segundo com resultado negativo, impactada pela queda da atividade agropecuária, informou nesta quinta-feira (2) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No segundo trimestre, o PIB foi revisado para -0,4% (de uma baixa de 0,1%) em relação aos três meses anteriores. Nesse período, a economia brasileira desacelerou a recuperação iniciada no terceiro trimestre de 2020 após o colapso causado pela pandemia do coronavírus.

Em relação ao terceiro trimestre de 2020, a maior economia da América Latina cresceu 4% entre julho e setembro últimos, segundo dados oficiais.

Já entre janeiro e setembro, o PIB cresceu 5,7% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo o IBGE.

“No terceiro trimestre de 2021, o PIB variou -0,1% frente ao trimestre anterior […] A Agropecuária caiu 8,0%, a Indústria ficou estável (0,0%) e os Serviços subiram 1,1%”, informou o instituto em comunicado.

O mercado, por sua vez, estimava um resultado entre 0,3% e -0,6% no terceiro trimestre, segundo o jornal econômico Valor.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse à CNN que a queda foi “um acidente de percurso” pelo declínio do setor agropecuário. “Para o próximo mês, o efeito passa, é transitório. A dor de cabeça é muito maior com a inflação”, afirmou.

O ministro destacou o avanço no setor de serviços, que reflete uma melhora da situação sanitária no país, com mais de 60% da população totalmente vacinada. No entanto, a nova variante do coronavírus, ômicron, com cinco casos confirmados no Brasil, poderia condicionar o desempenho econômico daqui para a frente.

Seca
A economia se viu afetada pelo fraco desempenho do setor agropecuário devido ao fim da safra de soja, que se concentra no primeiro semestre; e as quedas nos cultivos de café (-22,4%), algodão (-17,5%) e milho (-16,0%), entre outros, em relação ao mesmo período de 2020.

“A queda é atribuível à seca, à crise hídrica, porque teve perdas de safra e a produção de grãos caiu bastante”, disse Alex Agostini, da consultoria Austin Rating.

Para Fábio Astrauskas, economista e sócio-diretor da Siegen, o dado do terceiro trimestre “veio sem surpresas e reforça a tendência de desaceleração da economia desde meados de junho”.

“Os fatores que freiam a retomada do crescimento permanecem no cenário, como alta inflação e subida de juros, aliados ao alto nível de desemprego”, indicou.

Em outubro, a inflação acumulou 10,67% nos últimos 12 meses, e 8,24% desde janeiro de 2021. Já o desemprego continuou alto, em 12,6% no período entre julho e setembro.

Além disso, o resultado econômico do terceiro trimestre sofreu o impacto do aumento do dólar e da incerteza fiscal relacionada com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) impulsionada pelo governo, que prevê um aumento dos gastos públicos e deverá ser votada nesta quinta-feira (2) no Senado.

O cenário internacional, segundo Astrauskas, “continuou sendo negativo com um desequilíbrio na cadeia de suprimentos e o impacto negativo do petróleo e de outras commodities”.

Perspectiva complicada
A expectativa do mercado é de um crescimento econômico de 4,78% este ano, segundo o último boletim Focus do Banco Central, abaixo dos 5,3% estimados em julho. Em 2020, quando a pandemia atingiu em cheio a economia, o PIB caiu 4,1%.

Por sua vez, a firma de classificação de risco S&P Global Ratings espera um crescimento anual de 4,3%. E um desempenho pobre no médio prazo.

“A combinação do recente aperto monetário pelo Banco Central, as próximas eleições e as preocupações dos investidores quanto à política fiscal de longo prazo restringirá o consumo e o investimento em 2022, resultando em um crescimento do PIB abaixo de 1%”, analisou a S&P Global Ratings.

O aumento da taxa básica de juros, que o Banco Central implementa sem pausa desde março, impactará no crescimento econômico. As expectativas sobre o PIB para 2022, quando o presidente Jair Bolsonaro buscará a reeleição, caiu cerca de 0,58%, segundo o boletim Focus.

Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central terá sua última reunião do ano. No final de outubro, o comitê indicou que haverá um novo aumento da taxa Selic, de pelo menos 1,5 ponto percentual, o que elevará a taxa de 7,75% para 9,25%.

AFP

Lula diz que PT ‘errou muita coisa’ e que Mano Brown acertou ao criticar partido

O ex-presidente Lula afirmou nesta quinta-feira (2) que o PT “errou muita coisa” e que o cantor Mano Brown estava certo quando disse, em 2018, que o partido não estava mais conseguindo falar com a população.

Lula deu as declarações ao participar do podcast Podpah. Em mais de duas horas de conversa, em clima de descontração, o petista criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) – chamado por ele de “anomalia política”–, questionou o fim do Bolsa Família e disse que atualmente é “moda se dizer ignorante”.

Ao ser questionado sobre o momento do PT, disse que não se pode “sair da periferia” e que é necessário ir ao povo onde está.

O cantor Mano Brown disse em comício em 2018 que o partido não tinha conseguido “falar a língua do povo”. Questionado sobre isso, Lula disse que o artista aliado estava certo. “Ir na porta de banco, vai na porta de fábrica, vai nos bairros. Conversar com o povo.”

Sobre erros nos mandatos petistas, disse: “Acho que o PT errou muita coisa, deve ter errado, deve ter deixado de fazer coisas”. Mas não detalhou quais são os erros que considera que o partido cometeu.

Também falou sobre a possibilidade de alianças em eventual governo e comparou com as circunstâncias da Alemanha, onde o social-democrata Olaf Scholz só conseguiu um acordo para assumir o governo após conversar com partidos que tinham sido adversários.

Lula, porém, não citou diretamente o nome do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que vem sendo cotado para uma aliança em que seria vice na chapa do petista em 2022.

O ex-presidente disse que o Auxílio Brasil, criado por Bolsonaro, é uma bobagem criada visando só a eleição e que o pobre é tratado “como papel higiênico”. Comparou o atual governo com uma “tempestade de maldades”.

No programa, Lula, que lidera as pesquisas de intenção de voto para presidente em 2022, também falou sobre o período na prisão e voltou a criticar as autoridades da Operação Lava Jato. Ele passou 580 dias preso entre 2018 e 2019, em decorrência de condenação por corrupção e lavagem de dinheiro. As sentenças foram anuladas neste ano no Supremo Tribunal Federal, que considerou parcial o ex-juiz Sergio Moro.

Lula disse que pretende pedir indenização pelas medidas que sofreu em decorrência da investigação. “Eu ainda vou pensar bem,
mas em algum momento eu vou processar, porque nem que seja um tataraneto meu um dia ainda vai ganhar um processo por essa sacanagem que fizeram comigo.”

O petista afirmou que que nunca imaginou que iria sofrer acusações da maneira como ocorreu na Lava Jato.

“Com essa gente, com esse bandido sabendo que eu não tinha feito. Eu poderia ter saído do Brasil [antes de ser preso], poderia ter ido para outro país, ter ido para uma embaixada. Mas tomei a decisão de que eu tinha que ir para Curitiba, para a Polícia Federal.”

Folhapress

Prazo para solicitar reaplicação do Enem termina hoje

Exame Nacional do Ensino Médio,Enem

Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, que deixaram de fazer o exame por motivo de doença infectocontagiosa ou por problema de logística ou de infraestrutura, previstos nos editais das versões impressa e digital, têm até as 23h59 de hoje (3) para solicitar a reaplicação. Ela deve ser feita na Página do Participante, onde também será divulgado se o pedido foi aprovado.

“São doenças infectocontagiosas consideradas como condições para a reaplicação: coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela e Covid-19. É obrigatório inserir documento legível que comprove a doença”.

Na documentação a ser enviada, por meio da Página do Participante, deve constar o nome completo da pessoa, o diagnóstico com a descrição da condição de saúde, o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10), além da assinatura e da identificação do profissional competente, com o respectivo registro do Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente, assim como a data do atendimento.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), podem também solicitar a replicação os candidatos que não conseguiram fazer o exame por problemas logísticos, de infraestrutura ou outras ocorrências específicas. Entre elas estão desastres naturais que prejudicaram a aplicação do exame, devido ao comprometimento da infraestrutura do local, à falta de energia elétrica que comprometa a visibilidade da prova pela ausência de luz natural, falha no dispositivo eletrônico fornecido ao participante ou erro de execução de procedimento de aplicação, que incorra em comprovado prejuízo ao inscrito.

Aprovação
Segundo o Inep, quem tiver a solicitação aprovada poderá participar do exame nos dias 9 e 16 de janeiro de 2022. Nessas datas, o instituto também aplicará o exame para Pessoas Privadas de Liberdade ou sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (Enem PPL) 2021 e para os participantes que se inscreveram entre 14 e 26 de setembro, após nova oportunidade destinada às pessoas isentas da taxa de inscrição que faltaram ao Enem 2020.