Governo pede abertura de crédito de R$ 9,4 bilhões para Auxílio Brasil

Economia, Moeda Real,Dinheiro, Calculadora

O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei (PL) que pede a abertura de crédito especial de R$ 9,4 bilhões para o Programa Auxílio Brasil. O despacho do presidente Jair Bolsonaro foi publicado hoje (25) no Diário Oficial da União.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência explicou que a proposta remaneja o saldo do Bolsa Família para o novo programa social. Os recursos são em favor do Ministério da Cidadania.

Instituído pelo governo em agosto, por meio da Medida Provisória nº 1.061/2021, o Auxílio Brasil substitui o Bolsa Família, que será extinto em novembro. O início dos pagamentos do novo programa coincide com o fim do auxílio emergencial, lançado no ano passado para apoiar famílias vulneráveis durante a pandemia e que terá a última parcela creditada este mês de outubro.

“O remanejamento evitará a esterilização de recursos orçamentários destinados à transferência de renda, que representa um dos instrumentos mais importantes de proteção social no país”, diz a nota.

Normas constitucionais
Ainda de acordo com a Presidência, o projeto de lei “está de acordo com a normas constitucionais e infraconstitucionais que regem a matéria, de modo que não afeta a regra de ouro, tampouco o Novo Regime Fiscal (EC 95/2016) [teto de gastos], e é compatível com a obtenção da meta de resultado primário, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício de 2021”.

A regra de ouro estabelece que o governo só pode emitir dívida pública para rolar (renovar) a própria dívida ou para cobrir despesas de capital, como investimentos em obras públicas e amortizações.

Para cobrir gastos correntes, o governo precisa pedir autorização ao Congresso. Já o teto de gastos limita o aumento das despesas federais ao aumento da inflação do ano anterior, calculado de julho do ano anterior a junho do ano atual.

O déficit primário representa o resultado negativo nas contas do governo desconsiderando os juros da dívida pública. A estimativa de resultado negativo em 2021 é de R$ 139,4 bilhões (1,6% do PIB). A meta determinada pela LDO é de R$ 247,1 bilhões para o Governo Central, com a possibilidade de abatimento até R$ 40 bilhões de gastos relacionados ao enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Valor médio de R$ 400
O Auxílio Brasil deverá ser ampliado para 17 milhões de beneficiários, com um valor mínimo médio de R$ 400 por família, até o final do ano que vem. Desse valor, R$ 100 correspondem a aporte extra, fora do teto de gastos, em um total de R$ 30 bilhões. O valor médio do Bolsa Família, hoje, é de R$ 189.

Para isso, o governo encaminhou ao Congresso, na semana passada, uma proposta que muda o período de cálculo do teto de gastos, de janeiro a dezembro do ano atual, para acomodar o benefício de R$ 400 do Auxílio Brasil que vigorará até o fim de 2022. Com a subida da inflação nos últimos meses, a medida dará trará uma folga no teto de gastos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial, acumula alta de 6,90% até setembro.

A proposta original do Projeto da Lei Orçamentária de 2022 (PLOA), enviada no fim de agosto, previa déficit primário de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano. Com o impacto do Auxílio Brasil, o texto terá de ser alterado na Comissão Mista de Orçamento do Congresso (CMO).

Agência Brasil

Mercado prevê que taxa básica de juros feche o ano em 8,75%

Diante do aumento da inflação, a expectativa do mercado financeiro é que a taxa básica de juros, a Selic, encerre 2021 em 8,75% ao ano. Na semana passada, a estimativa era de 8,25%, de acordo com o boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos, divulgado hoje (25).

A Selic está estabelecida atualmente em 6,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Nesta semana, o colegiado se reúne novamente e deve repetir os aumentos promovidos nos últimos cinco encontros LINK 1 .

A taxa está no nível mais alto desde julho de 2019, quando estava em 6,5% ao ano. De março a junho, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Agora, o mercado espera uma elevação maior, de 1,25 ponto, para que a taxa suba a 7,5% ao ano nessa reunião.

A Selic é o principal instrumento utilizado pelo BC para alcançar a meta de inflação.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Para o fim de 2022, a estimativa do mercado é que a taxa básica fique em 9,5% ao ano. E para o fim de 2023 e 2024, a previsão é 7% e 6,5% ao ano, respectivamente.

Inflação
A previsão das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, subiu de 8,69% para 8,96%. É a 29ª elevação consecutiva na projeção. Para 2022, a estimativa de inflação é de 4,4%. Para 2023 e 2024 as projeções são de 3,27% e 3,02, respectivamente.

A previsão para este ano está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75% , com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Puxada pelo aumento dos preços de energia elétrica e combustíveis, em setembro, a inflação chegou a 1,16% LINK 2 , o maior para o mês de setembro desde 1994, quando foi de 1,53%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, o índice está em 10,25%, acima dos 9,68% registrados nos 12 meses anteriores. Este ano, a inflação já acumula uma alta de 6,9%.

PIB e dólar
A estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia caiu de 5,01% para 4,97% este ano. Para o próximo ano, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) é de crescimento de 1,4%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2% e 2,25%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar subiu para R$ 5,45 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana se mantenha nesse mesmo patamar.

Agência Brasil

Em encontro com Lula, João Campos diz que não será ‘empecilho’ entre PT e PSB em 2022

Em passagem por São Paulo, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), esteve, neste domingo, com o ex-presidente Lula (PT). De acordo com informações do jornal O Globo, durante o encontro, Campos informou ao líder petista que não será “empecilho” em uma possível aliança entre as duas legendas. Nas redes sociais, o socialista disse que a conversa abordou o fortalecimento de “forças democráticas” e a construção de uma frente ampla para “derrotar Bolsonaro, nas eleições do ano que vem”.

O encontro entre João Campos e o ex-presidente Lula chama atenção, porque o prefeito do Recife, até então, era um dos nomes dentro do PSB que se posicionava contra uma aliança entre petistas e socialistas em Pernambuco nas eleições de 2022, postura adotada após desentendimentos com a deputada federal Marília Arraes (PT) durante as eleições municipais de 2020, onde os dois disputavam a prefeitura da capital pernambucana.

Em agosto, durante visita de Lula a Recife, João Campos chegou a participar de um jantar de “boas-vindas” ao ex-presidente realizado no Palácio do Campo das Princesas, mas fez questão de enfatizar que era a favor de candidatura própria do PSB no estado, não abrindo mão do protagonismo da legenda socialista em prol do PT.

De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, João Campos, em mais um encontro com o líder petista, dessa vez em São Paulo, João Campos disse que não seria “empecilho” para uma possível aliança entre PT e PSB. Nas redes sociais, Campos publicou uma foto ao lado de Lula, durante o encontro realizado hoje, e disse que o diálogo foi em torno de estratégias para a construção de uma frente ampla que impossibilite a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022.

“Conversei em São Paulo com o ex-presidente Lula sobre como as forças democráticas podem atuar para derrotar Bolsonaro, nas eleições do ano que vem”, escreveu o prefeito. “Defendi novamente a composição de uma frente ampla, que apresente um projeto com ideias bem estruturadas para o país”.

Apesar de reforçar apoio para 2022, em outro momento da publicação, Campos disse que alianças são assuntos do ano que vem. “O importante, na fase atual, é pensar caminhos para a educação, construir alternativas para o desenvolvimento regional, maneiras de combater a desigualdade (…) Alianças eleitorais devem ser discutidas só em 2022”.

Aliança

Após o rompimento entre PT e PSB no estado pernambucano com as eleições municipais de 2020, uma possível aliança entre as duas partes no pleito do próximo ano virou uma incógnita. Mas os últimos movimentos no tabuleiro político em Pernambuco tem sinalizado um retorno de apoio entre as legendas, o que seria importante para viabilizar a candidatura do ex-presidente Lula à presidência e de um nome socialista – ainda indefinido – para suceder o governador Paulo Câmara (PSB).

A soma da influência que a figura de Lula possui no interior do estado com a força que o PSB também desfruta em Pernambuco é uma equação importante para viabilizar candidaturas ano que vem. Com isso, a um ano das eleições, o diálogo tem sido peça fundamental entre as legendas com o intuito de aparar arestas e, assim, pavimentar caminhos que conduzam a resultados positivos em 2022.

Diario de Pernambuco

Semana da Biblioteca Asces-Unita segue até sexta-feira

Começa nesta segunda (25) e segue até o dia 29 a V Semana da Biblioteca Asces-Unita. O evento é gratuito e busca disseminar conhecimento para estudantes da Instituição e comunidade em geral, por meio deste importante equipamento que abriga obras literárias de todos os gêneros.

Palestras voltadas para o desenvolvimento pessoal, iniciação na pesquisa científica (oportunidade para os estudantes do ensino médio se ambientarem com a realidade acadêmica), metodologias de estudo e preparação para quem quer fazer mestrado fazem parte da programação, além de oficinas sobre como explorar melhor os recursos tecnológicos que a biblioteca Asces-Unita oferece.

As exposições fotográficas “Biomas” e “Novos Olhares”, com produções dos estudantes de Jornalismo da Instituição, também estão incluídas no cronograma do evento.

As inscrições podem ser feitas no site www.asces.edu.br, onde também é possível conferir a programação completa.

Prefeitura de Caruaru divulga programação da Semana do Servidor 2021

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Administração (SAD), divulga a programação da Semana do Servidor Público de Caruaru 2021. Realizada do próximo dia 25 até o dia 31 de outubro, a iniciativa tem como objetivo desenvolver uma série de atividades voltadas para os servidores, reforçando a importância dos mesmos para com o bom andamento do Governo Municipal.

De acordo com a Prefeita Raquel Lyra, será uma semana intensa, cheia de atividades, com o objetivo de troca de experiências e conhecimentos. “Ao longo de toda semana, os servidores do nosso município poderão aproveitar uma programação especial de palestras e atividades que foram preparadas para eles”, pontuou.

Na segunda-feira (25), a partir das 15h, haverá palestra on-line com o tema “Interações Medicamentosas e Uso Racional de Medicamentos”, tendo como palestrante Ana Paula Sabino. Participação através do link https://meet.google.com/tuh-uvqi-jxh. Na mesma data ocorrerá ginástica laboral na SDSDH, no Cras, no Creas e nas Casas de Acolhimento.

Na terça-feira (26), a programação será retomada com a palestra on-line “Saúde e bem-estar:
Ergonomia no Trabalho”, com a palestrante Thais Pinheiro, às 18h30. O link de acesso é https://teams.microsoft.com/l/meetup-join/19%. Em paralelo, haverá ginástica laboral na SAD, SPM, Siurb, URB e na Ceaca.

Na quarta-feira (27), a série de atividades também ficará por conta de palestras e ginástica laboral. A partir das 9h e na Secretaria de Desenvolvimento Rural, ocorrerá a palestra presencial “O Poder do Trabalho em Equipe”, tendo como palestrante Abenilzo Weslley Nascimento. Já às 19h haverá a palestra on-line “Nutrição na Saúde Mental”, com Ingritty Barbosa. O link é o https://meet.google.com/vbf-ecsr-irh. No decorrer da manhã e da tarde, ginástica laboral na SDSDH, Creas, Cras e nas Casas de Acolhimento.

Na quinta-feira (28), Dia do Servidor Público, além de palestra on-line e ginástica laboral, a programação será estendida com a realização de evento presencial na Praça da Cultura, no Bairro Maria Auxiliadora. Nela, os servidores terão acesso a vários serviços gratuitos, como vacinação contra a gripe e Covid-19, aferição de pressão arterial, auriculoterapia, aulões de dança, aeróbica, música ao vivo, massagens, dentre outros, bem como ocorrerá a palestra presencial “Outubro Rosa e Enfrentamento à Violência Contra Mulheres”, com a palestrante Paloma Raquel Almeida.

A programação da Semana do Servidor prossegue no dia 29 com as palestras on-line “Educação Financeira: Decisões Inteligentes para Organizar Dívidas”, tendo o palestrante Pedro Neves, a partir das 10h. O link de acesso é o https://meet.google.com/tju-enhj-cki, bem como “O Ensino Remoto durante a pandemia: desafios e perspectivas”, tendo como palestrante Elannuzy Soares da Silva, às 19h, através do link https://meet.google.com/skf-yzmc-vjx.

Já no dia 31 ocorrerá a 3ª Corrida e Caminhada Caruaru para Todas, a partir das 5h. O evento seguirá todas as medidas sanitárias de enfrentamento à Covid-19, com um percurso total de sete quilômetros. Regulamento e inscrição pelo link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd2OfiiWyqmU7sGTw3A4TWfmjh93c7Q-ol-OvUaQfiRJ7kjbw/viewform

Conforme ressaltou a secretária de Administração, Ana Maraíza, a série de atividades vem a proporcionar momentos de maior interação, saúde e lazer para a gama de servidores municipais. “O governo de Raquel Lyra preza pela valorização de seus servidores, pondo em prática ações que possibilitem contribuições aos mesmos, como maiores conhecimentos e reforço na saúde nos seus vários aspectos. A Semana do Servidor 2021 vem justamente a provocar tudo isso, promovendo uma maior interação entre todos eles.”

Além da SAD, a Semana do Servidor 2021 ainda conta com as atuações das secretarias de Saúde, Educação, de Infraestrutura Urbana e Obras, de Políticas para Mulheres, de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, de Desenvolvimento Rural, além da Autarquia de Mobilidade, Trânsito e Transportes. A iniciativa ainda tem como instituições parceiras as faculdades Pitágoras, Unyleya, Uniasselvi, Unifavip, Cieduc, Asces-Unita e Unip.

Link com a programação completa:

https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vSpc33YC7jZu9iLQjamr1s5XSqwjC1rTfbagEGmLaxgcP7Au2FqCtVf6Zwk37c894zGmOguG-3VOAJn/pubhtml?gid=480880954&single=true

Caruaru City se classifica para o quadrangular final do Campeonato Pernambucano A2

O Caruaru City segue vivo na luta por uma vaga inédita na elite do futebol pernambucano de 2022. Na tarde deste domingo, a equipe confirmou a classificação para o quadrangular do acesso da Série A2, ao empatar com o Ypiranga, por 1 a 1, jogando em Santa Cruz do Capibaribe. O atacante Candinho fez o gol do Leopardo.

Com o resultado, o Caruaru City terminou em primeiro do grupo C, com 5 pontos, somando 1 vitória e 2 empates, em três jogos nesta segunda fase. Agora, a equipe caruaruense fará mais três partidas na busca pelo tão sonhado acesso, sendo duas delas em Caruaru.

A diretoria caruaruense já trabalha com a possibilidade de realizar os dois jogos no estádio Vera Cruz, com a presença de torcida. A atualização dos laudos de segurança deve sair nesta segunda-feira, para que seja liberada a venda de ingressos. Os jogos estão marcados, inicialmente, para os próximos domingos: 31 deste mês, 7 e 11 de novembro.

Dos três adversários no quadrangular final, o Caruaru City já conhece dois: Petrolina e América também estão classificados. Íbis, Atlético e 1º de Maio disputam a última vaga nesta segunda-feira.

Comitiva da Acic realiza missão empresarial em São Paulo e Maringá nesta semana

Uma comissão da Acic estará em São Paulo, nos dias 25 e 26 de outubro, em visita oficial à cidade e será recebida pelo governador do Estado João Dória, no Palácio dos Bandeirantes. A agenda também inclui visitas técnicas ao São Paulo Convention & Visitors Bureau, à Associação Comercial de São Paulo (ACSP), à Denim City e à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Nos dias 27 e 28 de outubro, o grupo seguirá para Maringá, no Paraná, onde participa de uma reunião com o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) e faz visitas à Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM) e ao Maringá Convention & Visitors Bureau.

Irmãos morrem em acidente de motocicleta

Os irmãos Pedro José de Lima, de 48 anos, e Josimário José de Lima, de 53, morreram em acidente registrado na noite de ontem (24), na PE 95, em Caruaru. De acordo com informações repassadas por testemunhas, as vítimas estavam numa motocicleta, quando caíram e foram parar na faixa contrária. Eles foram atingidos por um automóvel.

Ambos residiam em Riacho das Almas e morreram antes mesmo da chegada do socorro da equipe do Samu. O motorista do carro prestou esclarecimentos à PRF. Após o levantamento cadavérico do Instituto de Criminalística, os corpos das vítimas foram encaminhados ao IML.

‘O Brasil será entregue arrasado’, afirma Doria sobre resultado da gestão de Bolsonaro

O governador de São Paulo, João Doria, fala à imprensa, após encontro com o presidente em exercício , General Hamilton Mourão

A poucas semanas da prévia que definirá o candidato do PSDB à Presidência da República, o governador de São Paulo, João Doria, acredita que a disputa com o colega Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e o ex-senador Arthur Virgílio fortalece a legenda e a democracia. Ele está convencido de que o nome da terceira via será um tucano. Confia, também, na maturidade dos líderes de outras legendas para chegar a um consenso em torno de um candidato em condições de vencer a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro.

Aberto ao diálogo em relação a futuras alianças, Doria é implacável quando se refere ao presidente da República. Considera o governo atual “um desastre completo”, e não apenas pela conduta ante a pandemia. A crise aguda na política econômica, com a confirmação do rompimento do teto de gastos e o encolhimento de Paulo Guedes, resultará em um quadro devastador para o próximo ocupante do Planalto. Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao Correio, na última sexta-feira.

O partido sairá unido das prévias?
Estamos a menos de 30 das prévias do PSDB. Em 21 de novembro, 1,4 milhão de filiados votarão no candidato que desejam para concorrer à Presidência da República. E estamos a um ano das eleições. Há cinco semanas, não se falava da terceira via do PSDB. Foi o início das prévias do PSDB que colocou o partido dentro do debate sucessório. O valor da prévia é esse. Prévias somam, agregam, promovem e legitimam candidaturas.

Eduardo Leite tem dito que não emprestou o nome dele a Bolsonaro. Como enxerga as diferenças de cada um dos pré-candidatos tucanos em relação ao presidente?
Minha posição é muito clara. Sou oposição ao governo Bolsonaro, e praticamente desde o início. Não me tornei opositor ao governo depois da crise da pandemia. Aliás, foi o maior desastre da história do país o comportamento de um presidente negacionista, que comprou cloroquina e não vacina, que disse que a pandemia era uma “gripezinha”. Negou a gravidade e nega até hoje. Nem se vacinou. Que tipo de exemplo um homem desses dá, que pretende ser o líder do Brasil, que não se vacina, que é contra a vacina, não usa a máscara, tira a máscara de criancinhas? A minha posição é absolutamente contrária a esse governo, que é um fracasso em tudo.

Mas há, no PSDB, uma discussão sobre os erros que teriam sido cometidos em 2018.
É o momento de olhar para frente. Temos que focar nas soluções dos problemas e não na análise do passado. A solução para o desemprego é a ação efetiva do governo federal e de governos estaduais na geração de trabalho. O que vai resolver ficar no errou aqui, errou acolá? Temos que buscar a sintonia das soluções democráticas e por políticas públicas na educação, na saúde, na habitação, no emprego, na proteção ambiental, na reinserção do Brasil no contexto internacional, no respeito à imprensa.

Qual a saída para financiar o Auxílio Brasil e pagar os precatórios?
Diminuir o tamanho do Estado. Fazer a lição de casa, algo que o governo federal não fez. Diminuir o Estado para ter mais recursos para investimento no social. Faça a lição de casa, presidente Bolsonaro. Faça aquilo que prometeu. Reduza o tamanho do Estado, venda estatais. A irresponsabilidade fiscal é tamanha que secretários da Economia pediram demissão, por não confiar em Paulo Guedes por entender que só há um comando nesse governo, o da incompetência de Jair Bolsonaro.

O senhor é a favor da privatização da Petrobras?
Sou a favor da privatização, não para fazer do monopólio público um monopólio privado, e sim uma modelagem que permita à Petrobras ser dividida em várias empresas e ser colocada em leilão internacional na Bolsa de Valores do Brasil. É o mesmo modelo que os Estados Unidos seguiram. Além de uma empresa dividida, defendo a obrigatoriedade da formação de um fundo regulador. Quando houver aumento do petróleo nas cotações do mercado internacional, esse fundo regulador impedirá que o aumento se reflita imediatamente no preço do combustível ou do gás.

E em relação a Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES? O PSDB fará o quê?
Não posso falar em nome do PSDB, mas, se eu vencer, o Banco do Brasil será privatizado. Tem bons profissionais e boa estrutura. Mas não há necessidade de termos dois bancos (a Caixa e o BB). Já o BNDES, não. Pode ser readequado, para que cumpra efetivamente o papel de banco de desenvolvimento econômico e social, principalmente, das micro, pequenas e médias empresas. E que ele passe a ser um regulador.

A crise econômica, agravada com o enfraquecimento de Guedes, terá consequências para o próximo presidente da República. O que mais o preocupa, se eleito para 2023?
O Brasil será entregue arrasado. Esse é o pior governo da história da República. É um desastre completo. Veja a inflação. Aumento do óleo de cozinha, 30%; arroz, 36%; açúcar, 12%; farinha, 15%. Todos com dois dígitos. Não há novos investimentos. Qual a grande política econômica do Brasil? Não há. Não tem projeto, como não tem também para a educação. A saúde é exemplo mundial de inépcia. Vamos para a área ambiental: o Brasil hoje é um país isolado na comunidade internacional pelas suas agressões ao meio ambiente. Terra arrasada. Efetivamente, terra arrasada.

Nessa terra arrasada, em 2023, qual será a prioridade?
Educação, geração de empregos, saúde e proteção ambiental. São quatro prioridades para serem atacadas em harmonia. Vamos precisar ter um pacto pelo Brasil, um pacto social e liberal ao mesmo tempo. Liberal para que possamos desestatizar a economia. E fazer um pacto com outros partidos para garantir a governabilidade.

Mas, antes de chegar lá, é preciso vencer as prévias. O PSDB terá candidato de qualquer jeito?
Vou fazer uma pergunta, bem-humorada: se você fosse uma empresa em busca de um CEO, quem você escolheria? Alguém com experiência, que já tenha administrado empresas e governos, ou alguém sem experiência, embora com boa índole, idoneidade?

Isso é bem diferente quando se fala em eleição. Em 2018, o país escolheu Jair Bolsonaro, que não tinha nenhuma experiência administrativa.
Veja: 52% dos brasileiros não querem nem Bolsonaro, nem Lula. Essa é a sabedoria popular. A construção da terceira via será pelo diálogo e pela consistência de valores. Um erro do passado não justifica um erro do futuro. O Brasil errou elegendo Jânio Quadros, mas acertou elegendo Juscelino Kubitschek e Fernando Henrique Cardoso. É preciso ter confiança no voto, no sistema democrático, na capacidade da população de pensar. Pergunte aos mais pobres se estão felizes por não terem emprego. Essas pessoas sabem que vão precisar de um líder que lhes dê oportunidade, emprego, comida no prato, saúde e educação.

O senhor diz que 52% do eleitorado não querem Lula nem Bolsonaro. Mas há uma profusão de candidatos para a terceira via. Caberá ao eleitor decidir em meio a tanta gente?
Caberá à política. O eleitor terá opção quando a política definir quais são os candidatos. Os extremos, nós já temos: Lula e Bolsonaro. A terceira via estará dentro da candidatura que vencer as prévias do PSDB e da capacidade de dialogar com outros partidos. Será uma demonstração de maturidade dos partidos, que saberão dialogar dentro do centro democrático para, mesmo com diferenças, encontrarem o candidato mais competitivo. Se formos fracionados, não seremos vitoriosos.

O discurso do senhor é altamente polarizado contra Bolsonaro. Como o eleitor vai diferenciar o senhor, candidato da terceira via, de Lula, maior opositor do atual presidente?
Com diálogo e com campanha. Quando Fernando Henrique Cardoso se lançou à campanha presidencial, tinha modestos 3% das intenções de voto. E se elegeu presidente da República. Juscelino Kubitschek tampouco era alguém que vinha do mundo operário. Foi eleito presidente. E foi brilhante, assim como FHC. Campanha: essa é a beleza da democracia.

Mas FHC tinha acabado de lançar o Plano Real. E não vemos um candidato com fôlego para enfrentar os extremos.

Insisto: 10 meses antes da eleição, o pai do Real tinha 3% da intenção de voto. O entusiasmo veio ao longo da campanha, não veio no início. A vacina é o Plano Real de hoje. Ajudou a salvar milhões de vidas. Há algo mais importante do que a vida? Não há. E a vacina foi viabilizada pelo PSDB. Esse é um ativo importante. As pessoas não vão se lembrar disso agora, mas o farão no ano que vem, quando o processo vacinal estiver completo. A vacina é um grande ativo, que terá a sua lembrança no momento oportuno, como foi com o Plano Real.

A CPI da Covid cumpriu o seu papel?

Cumpriu de forma digna e ampla. Produziu um relatório robusto, que indica nove crimes do presidente Bolsonaro, claramente tipificados. A repercussão internacional foi gigantesca. E o efeito disso no governo Bolsonaro ainda será sentido nos próximos meses, não só pelas medidas que terão de ser adotadas. A CPI não pode terminar em um relatório sem que a Procuradoria-Geral da República (PGR) tome a iniciativa necessária, sob pena de impeachment do próprio procurador-geral. Tenho confiança de que Augusto Aras é um homem digno e terá que conduzir esse processo adiante.

Mas a política é feita de momento. Esse relatório ainda terá importância no ano que vem, no calor da eleição? Ou será esquecido?

Acredito que terá importância, sim. A dor da perda de uma vida não se apaga fácil. Quem perdeu parentes para a covid-19 não esquece. Não tive parentes, mas tive amigos muito queridos que perderam a vida. Poderiam ter vivido mais 20, 30 anos, se não fosse a desídia, a falta da vacina no tempo certo e a incapacidade do governo de defender o isolamento, o uso de máscara. Perdi amigos que tomaram cloroquina, que acreditaram que o kit covid poderia salvá-los. Deixaram viúvas, filhos desalentados. Essas pessoas não se esquecem da perda de um ente querido. Essa memória não se apaga facilmente.

E a questão orçamentária, que está cada vez mais complicada com essas emendas RP9?
Bizarra, absurda, uma subversão da ordem. Pela primeira vez na história da República, o orçamento é controlado pelo presidente da Câmara. Ministros de Estado pedem audiência com o presidente da Câmara Federal para deliberar orçamento. Isso não existe. É inconcebível, para não dizer bizarra, uma circunstância em que o Poder Executivo se submete a ter que dialogar com o presidente da Câmara para estabelecer emendas para habitação, educação, saúde, ciência, tecnologia, meio ambiente. Essa é uma função do Executivo. É um governo enfraquecido, completamente dominado pelo Centrão, entregue ao presidente da Câmara, um governo sem rumo. É uma nau sem rumo no Brasil.

Sobre política social: o que pretende fazer para os milhões em situação crítica?

Pretendo fazer a Bolsa do Povo, como em São Paulo. Mas aqui teve reforma administrativa. Não estamos furando o teto de gastos. A Bolsa do Povo tem R$ 585 por mês para famílias vulneráveis. Em contrapartida, há o trabalho. Fizemos o Vale-Gás, em operação desde março. Fizemos o Dignidade Íntima, comprando R$ 70 milhões em absorventes para meninas de famílias vulneráveis poderem ir à escola mesmo no período menstrual. Fizemos programas de acolhimento a vítimas da covid. São R$ 300 por mês para subvencionar órfãos da pandemia. São políticas sociais sérias, bem executadas, não são projetos para o futuro. Essa será a política que, se avançarmos nas prévias e na eleição, pretendemos praticar em todo o Brasil.

Correio Braziliense

Morre no Recife ex-secretário de Saúde do estado, Guilherme Robalinho

Morreu, na madrugada deste domingo (24), o médico e ex-secretário de Saúde do estado, Guilherme Robalhinho. Ele tinha 82 anos e atuou na Prefeitura do Recife e no Governo de Pernambuco nos mandatos de Jarbas Vasconcelos. Robalinho lutava há certo tempo contra uma doença autoimune e estava internado no Real Hospital Português, onde faleceu.

Além de clínico geral, Guilherme Robalinho foi gerente médico e de relações institucionais da unidade de saúde privada. No aniversário de 162 anos do RHP, Robalinho conversou com o Diario sobre o período de fundação do hospital, unidade a qual se dedicou, que foi inagurada em meio à epidemia de cólera em Pernambuco.

“Naquela época (1855), Loius Pasteur ainda começaria seus estudos sobre contaminação. No Recife, que tinha um porto importante para a América, os dejetos eram jogados nas ruas. Escravos carregavam baús para jogar as fezes no mar. As doenças infecciosas eram o grande problema”, relembrou.

O clínico também tinha um vínculo forte com o exercício da vida pública, e também foi médico particular de Jarbas, em 2012, quando o acompanhou para além das agendas políticas. Como representante da saúde estadual, fez parte da gestão do ex-governador do estado de 01 de abril de 1999 a 12 de setembro de 2004.

O velório vai acontecer das 10h às 15h, na capela do Hospital Português. Depois, o corpo será cremado, às 16h, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista.

Diario de Pernambuco