Pernambuco vai iniciar programa de testagem em massa para identificar variante Delta

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), anunciou na manhã desta sexta-feira (13) que o Estado vai iniciar um programa de testagem em massa para verificar a presença da variante Delta. A expectativa é que as testagens sejam implantadas na terceira semana de agosto. O anúncio do governador foi feito durante entrevista à TV Globo, na manhã de hoje.

“Na próxima semana, nós vamos lançar, em Pernambuco, para todo o Estado, um grande programa de testagem, que é justamente para garantir e mapearmos o Estado todo, justamente para verificar casos de variante delta ou de outras variantes, onde está aumentando. Com a testagem em massa, como nós vamos fazer, nós vamos poder antecipar muitos casos e preparar mais um planejamento, justamente no intuito de salvar vidas”, disse o governador à emissora.

O governador ressaltou a importância em manter os cuidados sanitários. “Importante ressaltar à população em relação à variante Delta é que preocupa, por isso é muito importante continuar os cuidados, usar máscara, higienização, evitar aglomeração”, afirma.

Em coletiva de imprensa, na última quinta (12), o secretário de Saúde do Estado, André Longo, revelou a identificação dos dois primeiros casos de infecção pela cepa, originária da Índia. A variante chega a ser cerca de 60% mais transmissível.

A reportagem do Portal Folha de Pernambuco entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) para saber detalhes sobre as testagens em massa, mas a SES-PE limitou-se a dizer que “o lançamento será nos próximos dias, quando divulgaremos todos os detalhes sobre a ação”.

Folhape

Sebrae comemora aprovação do limite maior de faturamento do MEI

O Plenário do Senado aprovou, nesta quinta-feira (12), projeto de lei complementar (PLP 108/2021) que aumenta o limite da receita bruta anual do microempreendedor individual (MEI), passando dos atuais R$ 81 mil para R$ 130 mil. A proposta, que segue para análise da Câmara dos Deputados, também autoriza o aumento de um para dois no número empregados que o microempreendedor poderá contratar. Foram 71 votos favoráveis e nenhum contrário. A medida deve impactar os 11,3 milhões de CNPJs que se enquadram na categoria. Se aprovadas na Câmara, as novas regras entrariam em vigor em 1º de janeiro de 2022.

O Sebrae considera positiva a aprovação do PLP 108/2021 no Senado Federal, sobretudo porque “O aumento do limite é necessário, pois o atual foi fixado pela Lei Complementar nº 155, de 2016, há cerca de cinco anos e a realidade era diferente. Esperamos que na Câmara dos Deputados o PL também seja aprovado”, afirmou Carlos Melles, presidente do Sebrae. Relator do projeto que criou o MEI, enquanto deputado federal, Melles completa com visão otimista: “O nicho tende a voltar a crescer, podendo ser um degrau de passagem para empreendimentos maiores, com necessidade de contratação de trabalhadores, de aumento de faturamento e, por que não, com possibilidades de conquistarem o mercado internacional”.

Segundo o autor da proposta, Jayme Campos, o novo enquadramento financeiro impulsionaria a economia e reduziria a informalidade. “Medidas de simplificação e melhoria de ambientes de negócios são extremamente benéficas para o país, principalmente neste momento de crise social e sanitária”, disse o senador. Entre as vantagens do regime estão a possibilidade de pagamento de carga tributária reduzida, por meio de um sistema de recolhimento único e de valor fixo de vários impostos; além da formalização, que permite a emissão de notas a acesso a cobertura previdenciária.

Números do MEI

Em 2020, levantamento feito pelo Sebrae com base em dados da Receita Federal, identificou um recorde no número de formalizações nos últimos cinco anos. Mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19, foram registrados 2,6 milhões de novos MEI, fazendo com que o país ultrapassasse a marca dos 11,3 milhões de microempreendedores. Mas o primeiro trimestre desse ano já mostra uma outra realidade e, pela primeira vez em cinco anos, o número de formalizações de MEI sofreu queda de 3%, comparado com o mesmo período do ano passado. Dentre as atividades com maior número de formalizações, apenas nove apresentaram crescimento. Atividades como de cabeleireiro, manicure, pedicure e motoristas de aplicativos, que ocupam tradicionalmente as primeiras posições, registraram forte redução de 33%.

Bairro Universitário ganha nova praça

Espaço kids, ParCão, equipamentos para exercício. Está quase tudo pronto na Praça Maria José Lyra, um novo espaço público no bairro Universitário, em Caruaru. A praça faz parte de um empreendimento da Unique Construtora que decidiu começar com essa entrega pública. “O Alameda Unique é um exemplo de arquitetura urbana que foi concebido com a sensibilidade de transformar seu entorno. A partir desta percepção, desenvolvemos um projeto urbanístico de uma moderna praça com o objetivo de contribuir para o surgimento de uma nova centralidade, convidando as pessoas a viver a cidade”, explicou Juliano Dubeux, responsável pelo projeto arquitetônico.

A praça tem 3 mil metros quadrados, é arborizada, com área para apresentações culturais, prática de exercícios, espaço para crianças e um parque para pets. As ruas do seu entorno estão com pisos diferenciados e iluminação de LED. Para Bruno Ordonho, engenheiro e um dos sócios da construtora, é fundamental pensar no impacto positivo de um empreendimento para a cidade logo na sua concepção, “sempre pensamos de que forma a gente pode melhorar a experiência da cidade em relação aos nossos empreendimentos”, explicou.

A praça terá inauguração solene na terça-feira, 17 de agosto, às 16h, com a presença de autoridades, empresários e profissionais responsáveis pela obra.

Alameda Unique – A praça faz parte do Alameda Unique, empreendimento que terá duas torres: a Garden, voltada para famílias, com apartamentos de três suítes; e a Smart, que tem imóveis menores, entre 31 e 61 m². Coworking, lavanderia, espaço kids e um terraço com vista para a cidade são alguns espaços comuns. Tecnologia é outro diferencial dos edifícios. Os apartamentos têm fechadura digital, tomadas USB, wi-fi e câmera nas áreas comuns, irrigação automatizada dos jardins e vaga para carro elétrico.

As torres terão uma ligação com a praça por meio de uma rua coberta, com um mix de lojas e um hub urbano, um espaço para que as pessoas possam aproveitar um momento de descanso e descontração. Outro elo entre os edifícios e a praça é o sistema de rega das plantas. Será reutilizada água descartada dos apartamentos.

Segundo Fellipe Arruda, engenheiro e sócio da construtora, a Unique tem essa preocupação em ressignificar o olhar das pessoas para os empreendimentos imobiliários. “O imóvel está transcendendo o apartamento, a casa, ele é muito mais. Entendendo isso, a gente consegue incorporar diferenciais e, por isso, entregamos projetos únicos”, disse o empresário.

SISMUC Regional realiza Assembleia com Agentes da Guarda Municipal nesta sexta-feira (13)

O Presidente do SISMUC ( Sindicato dos Servidores Municipais de Caruaru e Região), Eduardo Mendonça, informa que nesta sexta-feira (13) às 9h, será realizada uma Assembleia Extraordinária com os Agentes da Guarda Municipal e os Servidores da Secretaria de Ordem Pública. O encontro acontecerá na sede do SISMUC – na Rua Padre Felix Barreto, N° 50, Centro.

Mesmo acontecendo de forma presencial, as recomendações sanitárias da (OMS) Organização Mundial de Saúde serão seguidas. Todos devem fazer uso da máscara, respeitar o distanciamento social e utilizar o álcool gel.

Além dos informes gerais sobre as portarias e enquadramento, será apresentado o novo organograma dos agentes.

Falta de água e obras viárias inconclusas são gargalos no Agreste Setentrional

O “Fala Pernambuco”, projeto realizado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco em parceria com o Sebrae-PE, ouviu nesta quarta-feira (11) as demandas de gestores públicos e representantes dos setores produtivos da região do Agreste Setentrional.

A conclusão de obras viárias e a garantia de abastecimento regular de água foram as principais queixas dos participantes, que solicitaram, ainda, a finalização da duplicação de rodovias estaduais e um investimento maior no turismo regional.

Em sua 5ª edição, realizada nesta quarta, o “Fala Pernambuco” também discutiu a necessidade de qualificação profissional e geração de novas linhas de crédito, além de mais incentivo ao polo de confecções.

O presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros (PP), que mediou o debate desde a sua primeira edição, garantiu que todas as demandas serão encaminhadas às autoridades competentes, em especial às responsáveis pela infraestrutura viária e hídrica.

O deputado adiantou que a intenção é que, ao final do ciclo de escutas do “Fala Pernambuco”, o conjunto de propostas seja entregue oficialmente ao governo do Estado. De acordo com Eriberto Medeiros, o foco do projeto é fortalecer a cadeia produtiva de Pernambuco e servir como ponte para que os problemas solucionados.

“Nossa iniciativa é saber das dificuldades, detectar o que precisa ser melhorado para fortalecer a economia dos municípios. A Assembleia Legislativa procura cumprir seu papel de atender as necessidades das pessoas e de se aproximar da população”, afirmou Eriberto.

O prefeito de Toritama, Edilson Torres, representou os gestores da região e destacou a importância do Polo de Confecções como o responsável pela maior cadeia produtiva do Agreste Setentrional. O setor gera 150 mil empregos diretos e 20 mil em unidades de produção. “Entraves como falta de água, problemas de mobilidade e o alto custo da carga tributária têm dificultado o crescimento dos pequenos negócios”, cobrou.

O secretário de Turismo de Taquaritinga do Norte, José Aloício de Lima Silva, pediu a aprovação do projeto de Lei 2237/2021, que cria a política Estadual de Incentivo ao Turismo Rural. “Precisamos melhorar a acessibilidade. As estradas locais necessitam de requalificação e é precária a sinalização turística. É preciso investir nisso”, enfatizou.

A representante da Associação Empresarial de Santa Cruz do Capibaribe, Maria Lúcia do Nascimento, solicitou a revisão dos impostos que recaem sobre o setor de confecções e mais investimento do governo do Estado no turismo de negócios. “A conclusão da duplicação da PE-104 se faz urgente, além de mais segurança nas rodovias”, pediu.

O empresário e representante da indústria de Santa Cruz do Capibaribe, Josivam Ramos, apontou a falta de água como sendo um gargalo para o polo de confecção da região. “O racionamento é constante. Em Santa Cruz, nós temos 28 dias sem água e dois com água. E alguns bairros, aonde a água não chega faz anos, o abastecimento é feito por carros-pipas”, lamentou.

Para o superintendente do Sebrae -PE, Francisco Saboya, o fortalecimento dos municípios passa pelos pequenos negócios. “O problema é que a legislação municipal não acompanha o surgimento desses empreendedores e o ambiente se tornou desfavorável”, avaliou.

Diario de Pernambuco

Guedes: Não dá para aprovar internet gratuita para alunos sem cometer crime de responsabilidade

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (12) aos deputados federais que não tem como aprovar a lei 14.172, a Lei da Conectividade, que garante internet e aparelhos para estudantes e professores de escolas públicas, sem cometer crime de responsabilidade fiscal. O economista alegou que o veto à lei não foi motivado por questão de mérito, mas por razões técnico-jurídicas já que a pasta da Economia se limita a cumprir a lei orçamentária.

“As razões (para o veto) eram técnico-jurídicas e nunca foi questão de mérito. Existe uma lei de responsabilidade e existem requisitos de lei orçamentária. Nós não podemos cometer um crime de responsabilidade fiscal. Eu sou obrigado, isso não é uma questão de escolha pessoal. O Ministério da Economia não corta programa de ninguém, ele se limita a cumprir a lei orçamentária”, informou ao participar de audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

Guedes foi convidado por parlamentares para prestar esclarecimentos sobre o veto à Lei da Conectividade, que destinaria R$ 3,5 bilhões para estados e municípios a fim de garantir internet gratuita para as escolas públicas. A lei, que foi aprovada no Congresso Nacional, foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro, sob a justificativa de que não apresentava estimativa do respectivo impacto orçamentário e financeiro. No entanto, o Congresso derrubou o veto em 1º de junho.

Ganhando tempo

O Poder Executivo, então, entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF), que não suspendeu a lei, mas estendeu o prazo de cumprimento para a última semana. Para ganhar mais tempo, o presidente Jair Bolsonaro publicou uma medida provisória que retira o prazo para que o governo repasse R$ 3,5 bilhões para garantir acesso a professores e alunos de instituições públicas de ensino básico. O texto foi publicado em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) na última semana, na quarta-feira (4).

A MP entra em vigor a partir do momento da publicação, mas para ter validade permanente, precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em até quatro meses. Guedes avaliou a medida como uma maneira de se ganhar tempo “até que seja encontrada essa fonte” de recursos para que o governo possa liberar esse valor aos estados e municípios. “Aí, nós podemos definir junto com o Congresso uma realocação orçamentária necessária para a viabilização do projeto”, disse.

“Nunca houve uma questão de mérito do veto. É a disfuncionalidade do nosso processo orçamentário, onde poderes independentes decidem sem perceber a capacidade da execução do outro poder. Cada Poder tem as suas prerrogativas. O Executivo, por sua vez, tem a obrigação de cumprir a lei. É a função do Legislativo desenhar a lei, mas se ela vier de uma forma inexequível, eu não consigo cumprir”, completou.

Guedes ainda questionou a responsabilidade dos estados e municípios que não destinaram recursos para garantir internet gratuita aos alunos. Guedes relembrou que as unidades federativas receberam R$ 50 bilhões livres a partir de junho de 2020. “Os governadores e os prefeitos deviam responder porque receberam esses recursos e não usaram para essa função importante que era justamente a ajuda à educação durante esse período”, indicou.

Correio Braziliense

Consumo das famílias cresce 4% em junho, diz Abras

Sacos de arroz à venda em mercado. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

O consumo das famílias aumentou 4% no primeiro semestre do ano em comparação com o período de janeiro a junho de 2020, segundo levantamento divulgado hoje (12) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Em junho, no entanto, o Índice Nacional de Consumo nos Lares Brasileiros teve queda de 0,68% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo o vice-presidente Administrativo e Institucional da Abras, Marcio Milan, o resultado é a primeiro recuo nas vendas registrado neste ano. “Isso mostra um ponto de atenção”, enfatizou.

De acordo com Milan, a alta no semestre foi puxada por fatores como a prorrogação do auxílio emergencial, o pagamento da segunda parcela do 13º para os aposentados e pensionistas e o pagamento do segundo lote da restituição do Imposto de Renda.

As perspectivas para o ano ainda são de crescimento de 4,5% no consumo das famílias em 2020. O cenário positivo deve ser possível, na avaliação de Milan, pela melhora da situação econômica possibilitada pelo avanço da imunização contra a covid-19. “O Brasil vem avançando na vacinação. Em São Paulo e outros estados a gente já vai ter uma cobertura de todas as pessoas adultas [nos próximos dias]”, destacou.

Ainda devem contribuir para a expansão do consumo as novas rodadas do auxílio emergencial e de restituição do Imposto de Renda, acrescentou o vice-presidente da Abras,.

Milan disse ainda que as empresas do setor de supermercados estão otimistas e ampliando os investimentos. Segundo ele, no primeiro semestre do ano, os supermercados e hipermercados abriram 60 novas lojas no país.

Inflação

O custo da cesta com os 35 produtos mais vendidos em supermercados pesquisada pela Abras aumentou 22,1% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado, estando atualmente estimada em R$ 662,12. Estão incluídos nessa lista alimentos, cerveja e produtos de higiene.

O aumento dos preços tem levado muitos consumidores a buscar alternativas mais baratas dos produtos de preferência. “O consumidor acaba optando por outras marcas para poder exatamente olhar o seu bolso”, disse Milan.

Há ainda a possibilidade de substituir um produto por outro mais barato. É o caso de famílias que passam, por exemplo, a consumir menos carne bovina e optam pelo frango, carne suína ou ovos.

Agência Brasil

Após reunião ser suspensa, CPI volta 15h com depoimento de Ricardo Barros

Após o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), suspender o depoimento do deputado federal e líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), a sessão deve ser retomada às 15h. A reunião foi cancelada após o parlamentar culpar a CPI pelo atraso da vacinação no Brasil.

“O mundo inteiro quer comprar vacinas e eu espero que essa CPI traga bons resultados para o Brasil, produza um efeito positivo para o Brasil, porque o negativo já produziu muito, afastou muitas empresas interessadas em vender vacina ao Brasil, que não se interessam mais”, disse o deputado minutos antes de a CPI ser suspensa.

O ataque gerou inúmeras reações imediatas. “Isso não é verdade”, disse a senadora Simone Tebet (MDB-MS). “Aí não dá”, emendou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Ao resolver suspender a sessão, Aziz deixou a entender que a reunião seria cancelada após os ataques de Barros. Alguns senadores chegaram a sugerir que o presidente da CPI transferisse o nome de Barros de convidado para convocado pela comissão.

A informação do retorno da reunião foi confirmada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) pelas redes sociais. “Vamos retomar a sessão da CPI às 15h. Existe uma série de fatos que o deputado Ricardo Barros precisa explicar”, escreveu.

Estado de Minas

Sem máscara e de cocar, Bolsonaro promove aglomeração com indígenas pró-governo

Sem máscara e de cocar, o presidente Jair Bolsonaro recebeu um grupo de indígenas apoiadores do governo federal nesta quinta-feira (12), promoveu aglomeração e defendeu a exploração das terras reservadas aos povos tradicionais.

O encontro não estava previsto na agenda oficial de Bolsonaro. Após conversa com alguns indígenas dentro do Palácio do Planalto, o presidente passou cerca de 40 minutos em frente ao prédio posando para fotos e discursando para um grupo maior -cerca de 300, segundo a TV Brasil.

“Os índios não querem ser isolados. Está aqui o exemplo claro. Tem muito indígena aqui que fala português igualzinho ao nosso, tem exatamente o mesmo sentimento nosso”, disse o presidente à imprensa. Ele também afirmou que os grupos desejam até “pagar imposto”.

Apesar das falas de Bolsonaro, as principais organizações indígenas são contrárias à flexibilização das regras de exploração de terras e defendem a demarcação de novos espaços.

Um indígena fez uma oração dentro do Planalto para Bolsonaro. Ele afirmou que “doidos endemoniados”, a “esquerda petista” e outros grupos tentaram “matar nosso povo”.

A TV Brasil, que transmitiu o encontro, não identificou nome e etnia dos indígenas. Procurado, o Planalto não informou quais grupos eles representavam.

Bolsonaro estava acompanhado de parlamentares, além do presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Marcelo Xavier, do secretário de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia, e do cantor e ex-deputado federal Sérgio Reis, que também usava cocar.

Mais cedo, em entrevista à Rádio Jovem Pan de Maringá (PR), Bolsonaro disse que os indígenas devem fazer protestos para defender “nossos projetos”, como o que autoriza o garimpo dentro das terras reservadas.

No fim de junho a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou projeto que muda as regras e dificulta a demarcação de terras indígenas, contestado pela oposição e por líderes indígenas.

Cumprindo promessas e indicativos que deu durante a campanha eleitoral de 2018 e em boa parte de sua carreira política, Bolsonaro ampliou de forma expressiva em seus dois primeiros anos de governo um processo de desmonte e esvaziamento dos órgãos responsáveis por cuidar do meio ambiente e das questões indígena e agrária.

Em janeiro de 2020, o presidente disse que o indígena está “evoluindo” e se tornando um “ser humano igual a nós”. No último dia 4, ele disse que grande parte dos grupos não sabe o que é dinheiro.

A oposição a demarcações de terras indígenas começou já no primeiro mandato de Bolsonaro como deputado federal (1991-1995), quando tentou impedir a criação da Terra Indígena Yanomami, homologada em 1992 pelo então presidente Fernando Collor.

Durante a campanha presidencial, Bolsonaro disse que não iria homologar mais nenhuma terra indígena, promessa que vem mantendo durante o mandato, apesar de ser um direito previsto na Constituição de 1988.

Folhapress

Saiba porque algumas pessoas morrem mesmo que vacinadas contra a Covid-19

Que a vacina contra a Covid-19 é eficaz isso não há como discordar. Um dos aspectos que mudam de vacina para vacina, é a porcentagem da eficácia, sendo todas eficientes. No entanto, há pessoas que mesmo ao tomar as duas doses da vacina morrem. É como o astro de TV Tarcísio Meira que faleceu nesta quinta-feira (12), vítima da Covid-19. O ator havia tomado duas doses da vacina contra o coronavírus. Mas porque isso acontece, mesmo com pessoas vacinadas?

Após uma certa idade, o corpo não consegue mais produzir imunidade, o que é chamado pelos médicos de imunossenescência. “Em idades avançadas, o corpo não consegue criar defesa suficiente e compromete a eficácia da vacina”, explica o médico infectologista Filipe Prohaska.

Para o médico, alguns outros fatores podem contribuir para reduzir a eficácia da vacina. “Existem grupos populacionais específicos que não têm tanta maturidade para produção de imunidade, como pessoas com desnutrição, obesidade, pessoas sedentárias, quem toma medicação com imunossupressores, quem fez transplante de órgãos sólidos ou medula óssea e a idade”, explica.

Ainda de acordo com Prohaska, para gerar imunidade, o sistema imunológico tem que estar funcionando bem. “Parece um disco riscado falar sobre isso, mas tem que se alimentar bem, fazer exercícios para que não fique desnutrido ou obeso, por exemplo, e isso interfira na imunidade e reduza a eficácia da vacina”, detalha.

O infectologista ainda lembra que quando o indivíduo toma a vacina, o corpo aprende a criar defesa contra doenças. “É aí que algumas pessoas sofrem, pois quando o sistema imunológico não está trabalhando corretamente, não é gerada uma imunidade completa que a vacina pode oferecer”, acrescenta e ainda ressalta que as mortes de pessoas vacinadas são uma exceção. “É bom ressaltar isso, pois é exceção. Não há dúvidas de que a vacinação é o melhor caminho para combater a Covid-19”, conclui.

EUA
Recentemente os Estados Unidos divulgou dados sobre a mortalidade por Covid-19 no país. O médico Vivek Muthy, porta-voz do país para saúde pública, afirma que 99,5% das mortes por coronavírus se deram em pessoas que não foram vacinadas. Ou seja, apenas 0,5% dos casos são pessoas totalmente vacinadas.