Prefeitura de Garanhuns antecipa primeira parcela do 13° salário

A Prefeitura de Garanhuns irá antecipar o pagamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores efetivos e comissionados das secretarias da administração direta e da Autarquia Municipal de Segurança Trânsito e Transportes (AMSTT), além de aposentados e pensionistas do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos de Garanhuns (IPSG). A iniciativa irá injetar quase 5 milhões de reais na economia do município. Os valores serão depositados já nesta quarta-feira, dia 10 de julho.

A iniciativa beneficia o município, principalmente neste período que precede o Festival de Inverno de Garanhuns.

Bolsonaro recebeu 68 mil dólares em espécie de “forma fracionada” segundo relato do pai de Cid

O general da reserva Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, relatou em depoimento à Polícia Federal (PF) ter entregue ao ex-presidente Jair Bolsonaro US$ 68 mil que foram adquiridos com a venda de relógios recebidos pela Presidência. Segundo Lourena Cid, os repasses a Bolsonaro foram feitos “de forma fracionada”.

No depoimento, o general declarou que “se recorda de ter repassado ao ex-Presidente Jair Bolsonaro uma parte do valor, quando de sua ida à cidade de Nova lorque para um evento da ONU” e “que repassou os valores quando visitou o ex-presidente no hotel.

Lourena Cid também afirmou que, em outro momento, “o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu assessor Osmar Crivelatti foram até a residência do declarante na cidade de Miami; que o declarante repassou os valores para o assessor Osmar Crivelatti”.

A defesa de Bolsonaro não comentou o relatório. Entretanto, ao longo da apuração da PF, os advogados do ex-presidente afirmaram que ele agiu dentro da lei” e “declarou oficialmente os bens de caráter personalíssimo recebidos em viagens”. Esses itens, na visão dos advogados, deveriam compor seu acervo privado, sendo levados por ele ao fim de seu mandato.

O Globo

Dinheiro esquecido: há R$ 2 bi “esquecidos” em cotas de consórcios; veja como resgatar

Os brasileiros também “esquecem” dinheiro em administradoras de consórcios. O volume de recursos não procurados (RNP) nessas administradoras aumentou 15% no ano passado, totalizando R$ 1,93 bilhão, segundo dados do Banco Central.

Os recursos não procurados são os valores financeiros pendentes de devolução a cotistas de grupos de consórcio encerrados. Geralmente, são recursos oriundos de saldos residuais e fundo de reserva.

Os dados fazem parte do Panorama do Sistema de Consórcios (PSC), que foi publicado no início deste mês pelo BC.

Como receber valores pendentes de devolução de consórcio já encerrados?
Esses valores podem ser consultados e solicitados diretamente às administradoras de consórcio. Em caso de dúvida, é importante que o cotista ou seus representantes/sucessores consultem o SVR, que foi criado pelo Banco Central, para verificar a existência do montante.

Qual é a documentação necessária para fazer o pedido de devolução?
A administradora de consórcio define a documentação necessária para efetivar o resgate dos valores. No caso de o pedido ser efetuado diretamente via Sistema de Valores a Receber, basta seguir os procedimentos descritos em Valores a Receber (bcb.gov.br).

Os valores são devolvidos com correção?
Os valores são corrigidos desde a data que se tornaram disponíveis. Geralmente, os índices são os mesmos da aplicação financeira escolhida pelo grupo de consórcio.

Entretanto, a administradora de consórcio pode cobrar uma taxa de permanência mensal sobre estes valores, conforme estabelecido no contrato de adesão e/ou em assembleia.

Há prazo para solicitar a devolução?
Não há um prazo limite para a solicitação ser feita. Por isso, os valores devem continuar sendo administrados e disponibilizados pela administradora de consórcio, sujeitos à cobrança de taxa de permanência.

Folhape

Férias no Shopping Difusora contam com programação especial para a criançada

No mês de férias, o Shopping Difusora preparou uma programação especial para a criançada, que poderá participar de brincadeiras e atividades lúdicas todos os finais de semana. Entre os convidados estão a Trupe Vivarte, o animador Ponttinho, Tio Léo e a equipe da Pinte Produções, que irão promover ações todos os fins de semana.

As atividades gratuitas serão realizadas das sextas-feiras aos domingos, sempre a partir das 16h, no espaço de férias que ficará no 1º piso, ao lado da entrada interna do Teatro Difusora. As atividades são gratuitas, voltadas para crianças e duram cerca de 1h. Haverá atividades de pintura, recreação, dança e apresentações teatrais.

Ainda para o público infantil, no piso SS foi montado um parque com temática esportiva, em alusão ao ano olímpico. Lá, as crianças poderão se divertir com cama elástica, piscina de bolinhas, área interativa, mesa de ping-pong, mini arena de basquete e futebol. O parque é pago e o valor pode ser consultado diretamente na bilheteria do espaço.

Já no 3º piso, uma das opções é o Game Station, que tem feito a alegria da garotada. Com jogos eletrônicos e brinquedos de alta tecnologia, é mais uma opção de divertimento para quem vai ao Difusora. Os valores de cada brinquedo podem ser consultados na bilheteria do local.

O mês de julho também é dedicado aos cinéfilos, que aproveitam o período de folga para assistir às estreias do cinema. Neste mês, continuará em cartaz o sucesso DivertidaMente 2 e haverá grandes estreias como Meu Malvado Favorito 4, Deadpool e Wolverine. Os ingressos custam a partir de R$ 17,50 (meia entrada), com promoção especial às segundas e quartas-feiras, quando todos pagam meia entrada. Nos fins de semana de julho tem também a promoção Planet Matinê: Fim de semana e feriado os ingressos para as sessões até 14h59 têm preços especiais. As estreias entram em cartaz todas as quintas-feiras e os valores e horários podem ser conferidos pelo site www.shoppingdifusora.com.br.

Para Renata Almeida, gerente de marketing do Shopping Difusora, o objetivo foi criar uma programação diversificada e atrativa para todos os públicos: “O período de férias é um momento de descontração para toda família, por isso preparamos uma programação atrativa para atingir todos os públicos. Com as estratégias que adotamos estamos apostando em resultados de fluxo e venda maiores dos que do ano passado”.

O Shopping Difusora fica no coração de Caruaru, na Av. Agamenon Magalhães, e conta com mais de 150 operações, entre lojas, quiosques, serviços e opções de alimentação. O shopping funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 22h, aos sábados das 10h às 21h e aos domingos das 11h às 20h.

Caruaru Shopping promete muita Diversão nas Férias

Uma novidade excelente para a meninada! O Caruaru Shopping estará realizando, nos dias 06, 07, 13, 14, 20, 21, 27 e 28 de julho, o Diversão nas Férias. O evento acontecerá próximo à Le Biscuit, das 15h às 18h, e será voltado para crianças a partir dos três anos de idade.

O Diversão nas Férias é gratuito e oferecerá uma variedade de atividades divertidas e educativas. As crianças poderão participar de ações que estimularão a imaginação, como oficinas de origami, lego, gesso, esculturas com balões e telas, além de pinturinha facial.

De acordo com o gerente de Marketing do Caruaru Shopping, Walace Carvalho, todas as atividades serão conduzidas por profissionais especializados, garantindo um ambiente seguro para os participantes. “Será um momento especial para as crianças se divertirem e aprenderem de forma criativa”, afirmou Walace Carvalho.

O Caruaru Shopping fica localizado na Avenida Adjar da Silva Casé, 800, Bairro Indianópolis.

Projeto de Lei que instituí o Sistema Municipal de Cultura de Garanhuns é aprovado na Câmara de Vereadores

Foi aprovado na sessão de quinta-feira (04/07), o Projeto de Lei que trata sobre a implantação e o funcionamento do Sistema Municipal de Cultura de Garanhuns. A proposta foi encaminhada ao Poder Legislativo, pela Prefeitura de Garanhuns, por meio da Secretaria Municipal de Cultura. O Sistema Municipal de Cultura é o conjunto de políticas públicas que buscam promover o desenvolvimento humano, social e econômico, com o pleno exercício dos direitos culturais.

Por meio das diretrizes do SMC também será possível formular e implantar políticas públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas com a sociedade civil e com os demais entes da federação.

Farão parte do Sistema de Cultura, o Fundo Municipal de Cultura, o Plano de Cultura e Conselho Municipal de Cultura. Em breve, será realizada uma nova consulta pública, destinada aos artistas e fazedores de cultura de Garanhuns, para que sejam discutidas e implementadas as necessidades dos equipamentos que vão integrar o sistema.

Investimentos da Copergás e parcerias com a AGE são destaques em reunião da Acic

A Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic) recebeu a visita institucional de representantes da Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE) e da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás). A agenda abordou os planos de investimento da Copergás e o trabalho colaborativo com a AGE para impulsionar o desenvolvimento regional. O secretário e o secretário executivo de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Tecnologia e Economia Criativa, Pedro Augusto Cavalcanti e Jaime Anselmo, respectivamente, e o presidente da Autarquia de Urbanização e Meio Ambiente, Francisco de Assis, também estiveram presentes.

O diretor-presidente da Copergás, Felipe Valença, apresentou os planos de investimento da empresa para Caruaru e para a região Agreste, destacando que, nos próximos cinco anos, serão investidos R$ 223 milhões em infraestrutura para a região, sendo R$ 67 milhões destinados especificamente para Caruaru. Este investimento faz parte do planejamento estratégico da Companhia até 2029. Felipe Valença explicou ainda que a primeira etapa desses investimentos já foi concluída com a requalificação da Base Operacional de Caruaru (BOC), que recebeu R$ 6,2 milhões em melhorias. Além disso, serão construídos mais 65 km de rede na cidade, ampliando a base de clientes de nove para 21 apenas nas ações realizadas em 2023 e 2024.

“Neste ciclo da Copergás, que eu estou há 1 ano e 3 meses, tenho procurado entender como essa região que estamos nos aproximando se desenvolve, como pensa e quais são seus interesses. Quando assumimos a Copergás, assumimos compromissos. Um deles era fazer um plano para o interior de Pernambuco. De forma conjunta, começamos a debater nossa missão para o Agreste e já estamos fazendo diferente”, afirmou Felipe Valença.

Angella Mochel, diretora-presidente da AGE, também enfatizou a importância do trabalho colaborativo e das parcerias para o desenvolvimento regional. “Caruaru é um polo com uma conexão ímpar e uma economia diferente. Temos que ter respeito e cautela para entrar e fazer a diferença, trabalhar juntos e construir um governo melhor”, destacou. Ela reforçou também que a AGE tem sido inovadora em trazer viabilidade e aceleração para projetos conjuntos com a Copergás, destacando a sintonia entre as empresas do governo e a importância das conexões no âmbito empresarial.

“A reunião foi marcada pelo compromisso das instituições em trabalhar de forma integrada para promover o desenvolvimento econômico e social da região. A Acic, mais uma vez, mostrou seu papel fundamental como facilitadora de diálogos e parceira estratégica no fortalecimento do ambiente de negócios em Caruaru e no Agreste pernambucano”, finalizou o presidente da Acic, Newton Montenegro.

Relatório do Tesouro Nacional aponta Pernambuco como estado que mais investiu em saúde no primeiro quadrimestre de 2024

A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) divulgou, na última terça-feira (2), análise do Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) dos estados brasileiros, apontando que entre os estados brasileiros Pernambuco foi o que dedicou a maior parcela de suas despesas à área da saúde (23%). Além de Pernambuco, também ocupam a mesma posição de liderança os estados de Tocantins e de Roraima – todos considerando a despesa em saúde em proporção à despesa total. De acordo com a análise, Pernambuco dispendeu 23% do total do seu orçamento com gastos e investimentos destinados ao atendimento de saúde da população no início deste ano.

“O resultado apontado pelo Tesouro Nacional deixa evidente a prioridade que a área de saúde tem no nosso governo, que no ano passado já registrou um aumento de investimentos para a área e esse ano lidera entre os estados brasileiros no quesito destinação de recursos para o setor. Não estamos medindo esforços para reestruturar a rede de saúde, com obras como a do Hospital da Mulher do Agreste, a regionalização de exames e consultas e um amplo programa para zerar a fila de cirurgias. Em dezoito meses, fizemos mais de cem mil procedimentos”, registrou a governadora Raquel Lyra.

Dos quase R$ 3 bilhões de reais investidos em saúde, R$ 1,71 bilhão é oriundo de recursos do tesouro estadual e a outra parcela, R$ 1,24 bilhão, é proveniente de recursos federais. Tais valores representam que 58% do total investido foram do Governo do Estado e 42% advindos do custeio do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Governo Federal. Ao comparar as despesas do primeiro quadrimestre de 2022, 2023 e 2024, tendo como fonte o RREO enviados a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), observa-se um crescimento de recursos investidos na área de Saúde de aproximadamente 526 milhões em relação ao registro há dois anos. Em 2022 o total foi de R$ 2,42 bilhões, em 2023 R$ 2,63 bilhões, passando em 2024 para aproximadamente de R$ 2,97 bilhões.

O Relatório do 2º bimestre de 2024 reúne as informações da execução orçamentária de todos os poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, incluindo também o Ministério Público e a Defensoria Pública. Os dados do STN se baseiam no Relatório Resumido de Execução Orçamentária dos entes subnacionais cadastrados no Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Siconfi), gerido pelo Tesouro Nacional.

Ministra defende criação de marcos da cultura para evitar retrocessos

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, defendeu, nesta quinta-feira (4), a institucionalização da cultura no país, para evitar retrocessos como em governos anteriores. Ao afirmar que “cultura não é supérfluo”, a ministra classificou as ações do atual governo de “reconstrução”.

“Reconstrução para materializar o fazer cultural como política de Estado. É necessário que estabilizar esse universo da arte, com direitos e marcos, para conseguir se fortalecer”, disse a ministra. “O momento é agora.”

Em declarações feitas durante lançamento de programas de fomento da Fundação Nacional de Artes (Funarte), no Teatro Dulcina, no Rio de Janeiro, Margareth Menezes citou medidas recentes, como a criação do Sistema Nacional de Cultura e do Marco Regulatório do Fomento à Cultura.

Um dia depois de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter anunciado que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que abrangem diversos ministérios, Margareth Menezes disse que “vai defender o orçamento da cultura” e frisou que conta com o apoio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), que determina R$ 3 bilhões por ano até 2027 para que estados, Distrito Federal e municípios possam fomentar o setor.

Rede das Artes
No evento, a Fundação Nacional de Artes (Funarte) anunciou o programa Rede das Artes, que disponibiliza R$ 29 milhões para 181 projetos culturais espalhados pelo país. Os editais de fomento receberam nomes de personalidades da cultura brasileira: Carequinha, no circo; Klauss Vianna, na dança; Marcantonio Vilaça, nas artes visuais; Myriam Muniz, no teatro; e Pixinguinha, na música.

O projeto viabilizará 1.370 apresentações em 350 cidades. A Funarte pretende que as redes das artes permitam a integração de espaços culturais, artistas, produtores, técnicos, críticos e público.

Por meio de ações afirmativas, 41,6% do orçamento, equivalente a R$ 12 milhões, foram reservados para proponentes que se declararam negros, indígenas ou pessoas com deficiência. Isso representa 74 projetos artísticos conduzidos por esse público.

Para incentivar a circulação cultural, 92% dos projetos escolhidos serão apresentados em regiões diferentes das de origem.

Política Nacional das Artes
A presidente da Funarte, Maria Marighella, explicou que o fomento público à cultura, apesar de ser uma transferência de recursos direta, não é um benefício direcionado ao artista. “Os artistas não são os beneficiários da política. A política pública não necessariamente é feita para o artista ou agente das artes. É feita para o cidadão brasileiro, o público em geral, e tem o artista como um agente, o meio pelo qual a política pública e, portanto, o direito às artes se materializa”, afirmou.

No evento, foram apresentados caminhos para a Política Nacional das Artes, um conjunto de diretrizes, ainda em construção, que vão articular programas de incentivo já existentes e ampliar o acesso a essas manifestações no país.

O secretário da Cultura do Espírito Santo, Fabricio Noronha, que preside o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, participou da apresentação no Teatro Dulcina por meio de mensagem de vídeo, na qual defendeu o compartilhamento de informações entre gestores culturais.

“A troca de experiências e de boas práticas é muito importante. A gente não precisa inventar a roda, a gente tem boas experiências nos estados, nos municípios, no governo federal”, justificou.

A ministra Margareth Menezes ressaltou a importância de os incentivos à atividade cultural estarem ao alcance de todas as regiões do país. “Nós pensamos neste país como um todo, pensamos em fazer as oportunidades de política em todos os lugares. Estamos fazendo a nacionalização dos fomentos. Estamos incluindo, pensando o Brasil como um todo. Não existe o resto do Brasil.”

Margareth Menezes disse que está conversando com patrocinadores estatais e privados sobre a diversidade geográfica das ações de fomento.

Como mais uma promoção de incentivo e reconhecimento pela produção cultural, a Funarte premiou 50 artistas com o título de Mestras e Mestres das Artes. Foram escolhidas pessoas com extensa trajetória em áreas como música, dança, teatro, artesanato, artes visuais e circo. “É uma iniciativa inédita, que reconhece e premia mestres e mestras, não pelo que eles vão fazer, mas pela trajetória de cada um como um bem, como um valor, patrimônio”, explicou Maria Marighella.

Aos 80 anos, a cantora, compositora e dançarina Lia de Itamaracá é uma das agraciadas. “Estou me sentindo muito feliz mesmo”, afirmou Lia, que enxerga no reconhecimento uma forma de a sociedade multiplicar o conhecimento cultural.

“Tem muito estudante, jovens, crianças que querem se interessar pela cultura, ver como se pode fazer, onde se pode aprender. Isso é muito importante”, disse à Agência Brasil a pernambucana, considerada uma das principais cirandeiras do país.

Outra premiada foi a artista visual indígena Duhigó, nascida na aldeia Paricachoeira, em São Gabriel da Cachoeira, região do Alto Rio Negro, no Amazonas. O reconhecimento foi uma surpresa para a indígena de 67 anos, que começou a carreira artística aos 48 anos, quando se alfabetizou. “Uma coisa que eu jamais imaginava que aconteceria na minha vida”, declarou.

Os trabalhos de Duhigó retratam principalmente a cultura ancestral da Amazônia na cosmovisão indígena. “Na minha mente, tem muita coisa que eu posso botar para fora. Às vezes, eu faço riscos, porque quem vai entender o que eu vou produzir daquele risco sou eu. Todos os meus trabalhos surgiram assim”, disse à Agência Brasil para explicar como funciona seu processo criativo.

A artista indígena contou que usou o prêmio líquido de cerca de R$ 70 mil para iniciar o plano de construir um ateliê próprio, em Manaus.

Mais um dos agraciados, Teófilo Silveira, conhecido pelo personagem Palhaço Biribinha, disse que vê o trabalho de artista como uma mistura de dom e talento. “Nascemos para ser artistas e como tal seremos até o final dos tempos”, disse o baiano de 73 anos, que mora há 52 anos em Alagoas.

“É importante esse reconhecimento a artistas da nossa cultura popular que dedicaram a vida a preservar, continuar mostrando essa beleza que é a cultura brasileira”, destacou a ministra Margareth Menezes.

Poupança tem entrada líquida de R$ 12,8 bilhões em junho

Cofre, poupança, real, economia

O saldo da aplicação na caderneta de poupança subiu pela terceira vez no ano, com o registro de mais depósitos do que saques no mês de junho. As entradas superaram as saídas em R$ 12,8 bilhão, de acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira (5) pelo Banco Central (BC).

No mês passado, foram aplicados R$ 348,1 bilhões, contra saques de R$ 335,3 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 5,4 bilhões. Com isso, o saldo da poupança é R$ 1 trilhão.

Em maio de 2024, houve entrada líquida (mais depósitos que saques) de R$ 8,2 bilhões, assim como em março (R$ 1,3 bilhão). Já em janeiro, fevereiro e abril, os resultados foram negativos, com R$ 20,1 bilhões, R$ 3,8 bilhões e R$ 1,1 bilhão a mais de saques da poupança, respectivamente.

O resultado positivo do mês de junho passado ainda foi maior que o verificado em junho de 2023, quando os brasileiros depositaram R$ 2,6 bilhões a mais do que retiraram da poupança.

Diante do alto endividamento da população, em 2023 a caderneta de poupança teve saída líquida (mais saques que depósitos) de R$ 87,8 bilhões. O resultado foi menor do que o registrado em 2022, quando a fuga líquida foi recorde, de R$ 103,2 bilhões, em um cenário de inflação e endividamento altos.

Política de juros
Os saques na poupança se dão porque a manutenção da Selic – a taxa básica de juros – em alta estimula a aplicação em investimentos com melhor desempenho. De março de 2021 a agosto de 2022, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.

Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic, com sete reduções seguidas. No mês passado, o colegiado interrompeu o corte de juros em razão da alta recente do dólar e do aumento das incertezas econômicas. Hoje, a taxa básica está em 10,5% ao ano.

Em 2021, a retirada líquida da poupança chegou a R$ 35,49 bilhões. Já em 2020, a caderneta tinha registrado captação líquida – mais depósitos que saques – recorde de R$ 166,31 bilhões. Contribuíram para o resultado a instabilidade no mercado de títulos públicos no início da pandemia de covid-19 e o pagamento do auxílio emergencial, depositado em contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal.