Médicos Sem Fronteiras lamenta meio milhão de vidas perdidas pela Covid-19

Aerial view of a burial at the Bom Jardim cemetery, the largest public cemetery in Fortaleza, Ceara state, Brazil on May 7, 2020. – Of today’s 43 burials in the cemetery, 16 were of suspected COVID-19 cases and seven confirmed. (Photo by Jarbas OLIVEIRA / AFP)

Em carta aberta, organização humanitária condena com indignação o descaso à emergência sanitária que está causando a morte de brasileiros.

A todos que direta ou indiretamente sofrem conosco a dor de meio milhão de perdas,

Viver a perda de quem se ama é devastador, e eu me identifico com a sua dor. Nada menos que 500 mil vidas foram interrompidas pela COVID-19 no Brasil. MEIO MILHÃO de pessoas! Pais, irmãos, filhos, amigos, amores da vida… perdas irreparáveis. Essa catástrofe vivenciada de maneira única por cada um de nós, é também coletiva. Fez com que passássemos a viver em um estado de luto permanente no país, com o sistema de saúde à beira do colapso e, por parte do poder público, ainda estamos distantes de ver uma resposta efetiva, centralizada e coordenada à doença.

Como organização humanitária, temos o dever de condenar com indignação o descaso à emergência sanitária que está causando a morte de centenas de milhares de brasileiros. Como organização médica, é nossa obrigação esclarecer que muitas dessas mortes poderiam ser evitáveis. A insistente recusa em colocar em prática medidas de saúde pública baseadas em evidências científicas, como o distanciamento social e o uso de máscara, mesmo para quem já foi vacinado ou teve a doença, segue resultando na morte prematura de muitas pessoas e aumentando o risco do surgimento de novas variantes.

Onde pouco mais de 11% da população já tomou as duas doses da vacina, a COVID-19 segue infectando e matando milhares todos os dias no Brasil. E enquanto testemunhamos o sofrimento de brasileiros que perderam seus entes queridos e de profissionais da área de saúde exaustos, padecendo de graves impactos psicológicos e emocionais devido às condições de trabalho, assistimos também ao grande volume de informações falsas sobre a COVID-19 que circulam pelas comunidades do país, alimentando um ciclo de doença e morte.

É desolador perceber que essa desinformação muitas vezes é propagada por quem teria a responsabilidade de proteger a população. É inadmissível que, mesmo com 500 mil mortes, haja autoridades que defendam o uso de medicamentos sem eficácia comprovada, desprezando conhecimentos científicos e renegando medidas eficazes. Agir dessa maneira, neste momento, é nada menos que desumano. Pode ser óbvio, mas é necessário dizer que como o Brasil se encontra em uma situação de alta circulação e transmissão do vírus e ainda precisa avançar na vacinação, não usar máscaras neste momento contribui para manter alta a incidência da COVID-19. O resultado disso não é outro senão mais hospitalizações e mortes.

Esse impacto tem sido sentido com mais força entre os que estão mais expostos e vulneráveis e com menos acesso à saúde, mostrando outro efeito cruel da pandemia, o de ter escancarado nossas desigualdades históricas no acesso à saúde. Diversos estudos divulgados desde o início da epidemia de COVID-19 indicam que a própria doença, e também seus impactos sobre o sistema de saúde, afetaram de maneira mais cruel as populações negra e indígena, migrantes e refugiados.

Infelizmente, a COVID-19 ainda está longe de ser controlada. Enquanto houver pessoas desprotegidas, as vidas de nossos pais, filhos, irmãos, amigos, amores continuarão ameaçadas. Neste momento, mesmo com toda exaustão e ansiedade para que tudo acabe logo, temos de continuar juntos e firmes nessa batalha pela vida. Por favor, se proteja e cuide dos seus.

Renata Santos

Presidente do Conselho de MSF-Brasil

Pandemia aquece procura por franquias com trabalho remoto

As redes home based, cujas operações não exigem que o franqueado tenha uma loja ou escritório e permitem que ele trabalhe em casa, estão entre as que mais cresceram na pandemia.

Em 2020, esse segmento respondia por 7,1% do total de franquias no país; neste ano, passou para 10,3%, segundo a ABF (Associação Brasileira de Franchising).

O crescimento foi ainda mais expressivo dentro do setor de microfranquias, cujo investimento inicial não ultrapassa R$ 90 mil. “Das dez maiores redes em número de unidades, 60% trabalham fortemente com o modelo home based”, diz Felipe Buranello, coordenador da comissão de microfranquias da ABF.

Entre os atrativos estão a possibilidade de investir pouco e operar com baixos custos fixos nos mais variados segmentos, de finanças a limpeza.

Em dezembro do ano passado, os sócios Misael Carvalho, 33, e Matheus Santana, 30, decidiram abrir uma microfranquia da Suporte Smart, especializada em consertos de celulares. Racharam o investimento inicial, de R$ 7.994, e fizeram o curso de capacitação -a rede não exige experiência prévia no ramo.

Em abril, os dois iniciaram os atendimentos, que podem ser feitos na casa deles, em São Paulo, ou na dos clientes. Até o momento, a dupla fez 30 consertos. Os serviços mais requisitados são troca de tela (a partir de R$ 180) e de bateria (R$ 105).

“Cada um fica na sua casa e quem inicia o atendimento pega o serviço. Como já conquistamos boas avaliações nas redes sociais, tem sido mais fácil atrair novos clientes”, diz Misael.

Sócio-diretor da Suporte Smart, Vinicius Rochesk, 29, promete aos franqueados do modelo home based o retorno do valor aplicado em até seis meses. Das 360 unidades da rede, somente 13 são lojas físicas, que têm investimento inicial R$ 35 mil.

“Desde o início da pandemia, vendemos 160 franquias home based, sendo que 80% dos empreendedores não tinham experiência nesse tipo de serviço”, afirma.

A PremiaPão, especializada na comercialização de espaços publicitários em sacos de pão, também apostou no modelo. O franqueado só precisa ter um computador e um telefone, para fazer contato com os anunciantes, e deve assumir a distribuição dos saquinhos pelas padarias.

Segundo os fundadores, Raphael Mattos, 31, e Pedro Machado, 33, a receita das 111 unidades da rede disparou durante a pandemia.

Donos de uma franquia da PremiaPão em Recife (PE) desde 2018, os sócios Gilsemir de Lima Junior, 39, Thiago Silva, 32, faturaram R$ 331 mil no ano passado.

A tarefa dos dois é conquistar empresas que queiram veicular sua publicidade em sacos de pão, que são distribuídos às padarias. O anúncio básico, do tamanho de um cartão de visitas, impresso em 30 mil unidades, custa R$ 500.

Segundo Raphael Mattos, o foco inicial do negócio eram pequenos anunciantes de bairro, sem verba para pagar por espaços publicitários de grande circulação. Hoje, porém, a PremiaPão já tem companhias de maior porte entre a clientela, como operadoras de celular e aplicativos de delivery.

Para garantir a atenção dos consumidores, os saquinhos estampam códigos para sorteios -os prêmios vão de eletrodomésticos a automóveis.

A franquia mais barata, que custa R$ 10 mil, permite que o empreendedor atenda a uma região de cem mil habitantes. A mais cara tem o dobro do preço e permite atingir uma área com o triplo de pessoas.

“A pandemia ajudou nosso negócio, porque as padarias continuaram funcionando e mantiveram a relevância desse canal de divulgação, enquanto vários outros, como os outdoors, deixaram de fazer sentido”, afirma o empresário.

De acordo Felipe Buranello, da ABF, por mais vantagens que as franquias home based ofereçam, o empreendedor precisa levar em conta alguns requisitos básicos antes de assinar o contrato.

Mesmo que trabalhe de casa, ele precisa gostar de lidar com o público. Também deve ter afinidade com o produto ou serviço oferecido.

É importante pesquisar sobre a reputação da rede e conversar com outros franqueados para se certificar a respeito da idoneidade da empresa.

Além disso, é fundamental que o profissional tenha a organização necessária para tocar a empresa de casa. Ele deve trocar de roupa antes de iniciar o expediente, ter rituais definidos e saber a hora de desligar, orienta Buranello.

Quem comanda uma equipe home based deve confiar nos seus empregados. “Aquele líder da velha guarda, que fica ligando o tempo todo para confirmar se os funcionários estão a postos, não serve para esse tipo de negócio.”

Irã elege chefe ultraconservador do Judiciário à Presidência do país

O juiz ultraconservador Ebrahim Raisi, chefe do Judiciário do Irã, venceu a eleição presidencial com 62,2% dos votos, de acordo com os resultados parciais divulgados neste sábado (19). Ele se torna, assim, o sucessor de Hasan Rowhani sem a necessidade de segundo turno, como reconheceram seus adversários no pleito e o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif.

Raisi, segundo o presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Jamal Orf, em uma entrevista coletiva em Teerã, obteve mais de 17,8 milhões de votos de um total de 28,6 milhões já apurados.

A autoridade eleitoral não divulgou a taxa de participação no pleito, mas cálculos extraoficiais apontam que ela teria sido de 53%, muito abaixo dos 73% registrados em 2017. No total, há mais de 59,3 milhões de iranianos maiores de 18 anos aptos a votar.

De acordo com os dados parciais, o general Mohsen Rezai, ex-comandante da Guarda Revolucionária e também ultraconservador, ficou na segunda posição, com mais de 11,5% dos votos, à frente do ex-presidente do Banco Central Abdolnaser Hemmati (8,3%) e do parlamentar Amir Hossein Hashemi (3,4%).

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, celebrou a vitória de Raisi como um triunfo do país contra a “propaganda do inimigo”. “A grande vencedora das eleições de ontem [sexta, 18] é a nação, porque se levantou outra vez frente à propaganda da mídia mercenária do inimigo”, disse.

Pouco antes do anúncio dos primeiros resultados, segundo os quais cerca de 14% dos votos foram brancos ou nulos, Rowhani, o atual presidente, afirmou que havia um candidato ganhador em primeiro turno, mas não o nomeou. “Parabenizo o povo pela sua escolha […] Sabemos quem obteve os votos suficientes nesse pleito e que foi eleito hoje [sábado] pelo povo”, disse ele, em discurso exibido na TV.

Em mensagens em redes sociais ou retransmitidas nos meios de comunicação iranianos, os três adversários de Raisi reconhecem a vitória do juiz ultraconservador.

A votação foi estendida de maneira considerável, até as 2h de sábado, no horário local, para permitir maior participação, tendo em conta a pandemia de coronavírus, que já deixou oficialmente 82.746 mortos, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, em uma população de 83 milhões de habitantes.

Raisi tem um passado marcado por repressão, em sua carreira no Judiciário. Nos anos 1980, durante a fase de perseguição e assassinatos que se seguiu à Revolução Islâmica de 1979, o então juiz teria autorizado muitas das mortes e torturas, segundo denúncias de dissidentes.

No cenário externo, a perspectiva da volta da linha dura ao poder automaticamente liga o alerta para uma relação ainda mais conflituosa com o Ocidente, isso em um momento de potencial abertura com os EUA, devido à eleição de Joe Biden, segundo a leitura de políticos e analistas ocidentais.

Por outro lado, outros têm a visão de que o Irã, mesmo sob Raisi, vai adotar uma política externa pragmática, de negociação, ainda que por necessidade. Isso porque o país busca o fim das sanções para contornar as dificuldades econômicas.

Folhapress

Consumo de ovos no Brasil: crescimento atrelado com aumento do preço das carnes

Com o crescimento do preço da carne bovina de forma gradual no Brasil e os efeitos econômicos negativos devido à pandemia da Covid-19, os ovos tornaram-se uma opção de substitutos na alimentação dos brasileiros. Em 2020, o consumo per capita de ovos atingiu 251 unidades, apresentando crescimento de 9,1% no ano, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa). Em 2021, a expectativa é de que esse número cresça para 260. Já em Pernambuco, o consumo per capita do alimento foi de 300 ovos no ano passado, superando a média brasileira, de acordo com a Associação Avícola de Pernambuco (Avipe).

“Ano passado o Brasil passou a média do consumo mundial que é na casa dos 230 ovos per capita. Esse número tem muito a ver tanto com o aumento do preço da carne bovina de maneira geral, como também em função da pandemia. As pessoas ficaram mais em casa, tiveram a oportunidade de consumir mais ovos, e a gente vê, efetivamente, esse consumo de ovos, tanto in natura, para consumirmos como o produto ovo ou como base para outros produtos e os brasileiros passaram a cozinhar mais em casa. De maneira geral, temos visto em 2021 um consumo muito positivo” explica o diretor de mercados da Abpa, Luis Rua.

Devido à pandemia e o cenário atual de crise econômica que vive o País, a tendência é que o ovo esteja ainda mais presente na mesa dos brasileiros pelo seu custo menor. Em constante crescimento, o preço das carnes subiu 17,97%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No ano passado, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o consumo de carne bovina do brasileiro foi de 27,6 quilos por habitante, representando uma queda de 9,8%. O número ficou abaixo do que foi projetado pela companhia para 2020, que indicou um consumo de 29,3 quilos por habitante.

“Precisamos entender que esse movimento de aumento no consumo de ovos está totalmente relacionado com o aumento do preço das carnes, porque são substitutos próximos, não que ovo e carne sejam semelhantes, mas no sentido de consumo de proteína e na cultura nossa, conseguimos substituir a altura”, destaca o economista do PieR de Negócios, Ivangillys Gomes.

Com a oferta menor de carne entre os brasileiros e o aumento dos custos de produção dos animais, o preço da carne aumentou substancialmente.

“Nós temos pelo menos dois fatores para que o preço da carne aumentasse consideravelmente. O primeiro motivo é o aumento da demanda pela carne brasileira dos países asiáticos. Você tem a China que é um grande importador de produtos brasileiros, e ela teve um aumento significativo de demanda, especialmente agora que saíram da pandemia. O consumo de carne brasileira pelos países asiáticos aumentou muito de forma que fez com que a oferta dessa mesma carne aqui no Brasil se deslocasse para trás, sendo menor para os brasileiros e quando você tem uma redução na oferta, naturalmente acontece um aumento de preços. Além disso, temos o aumento do preço da soja, do milho e isso implicou para que os custos de produção do animal também sejam mais altos, de modo que os criadores passaram a repassar todo esse custo para o consumidor final”, ressalta o economista.

Dificuldades de produção

Conforme a alta demanda de ovos entre os brasileiros, os custos de produção também aumentaram. “Temos um grande desafio para esse ano que é a alta dos custos de produção que tem sido um fator muito impactante especialmente na agricultura de postura, em que as empresas são de uma dimensão menor comparando aos frigoríficos de aves ou suínos. Nós já estamos vendo efeitos claríssimos dessa questão do aumento dos custos. De um ano para o outro, de junho de 2020 a junho de 2021, tivemos um aumento de 89,5% nos custos do milho, que é um dos principais insumos para a ração dos animais. Algo em torno de 70% dos custos de produção do animal vivo é o custo da ração e o milho desempenha um papel importante. A gente vê a demanda existindo, mas também percebemos a preocupação de alguns produtores reduzindo os seus plantéis em alguns casos, justamente por essas dificuldades”, detalha o diretor de mercados da Abpa, Luis Rua.

De acordo com o presidente da Associação Avícola de Pernambuco (Avipe), Giulliano Malta, os efeitos dos altos custos de produção já podem ser percebidos no Nordeste. “O que realmente vêm ocorrendo é uma diminuição na quantidade de produtores devido aos altos custos para produzir aves e ovos. Em São Bento do Una, que é o maior polo de produção de aves e ovos do nordeste, mais de 20 produtores já pararam suas atividades. Atualmente o avicultor tem amargado grandes prejuízos para continuar produzindo o alimento ovo. Os principais insumos tiveram aumentos: farelo de soja aumentou mais 60%, o milho mais de 120%, embalagens 45%, custos com logísticas 35%, entre outros insumos que também houve aumento”, pontua.

Apesar dos custos elevados, o avicultor não tem um resultado positivo nas vendas. “Algo inusitado é que o avicultor não conseguiu aplicar os reajustes para o valor final. a depender da granja, o custo de produção de uma bandeja com 30 ovos é de R$ 11,00, mas, tem sido vendido em média a R$ 10,00 para os atacadistas e varejistas”, complementa o presidente.

Folhape

Milhares saem às ruas do país em novos protestos pelo impeachment de Bolsonaro

Milhares de manifestantes se reúnem na manhã deste sábado (19) em diferentes cidades do país em protestos contra o presidente Jair Bolsonaro. Entre os maiores atos, estão os de Brasília, com manifestantes na Esplanada dos Ministérios, e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, o protesto está marcado para às 16h, na avenida Paulista.

As manifestações ocorrem no momento em que o país se aproxima de 500 mil mortos pela Covid e menos de um mês após os atos de 29 de maio, que atraíram milhares de pessoas. Os protestos nacionais são pelo impeachment do presidente, por mais vacinas contra a Covid-19 e por auxílio emergencial.

As manifestações são convocadas e apoiadas por movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais, entidades estudantis, torcidas organizadas e grupos envolvidos em causas como feminismo e antirracismo. A organização está centralizada no fórum Campanha Nacional Fora, Bolsonaro.

A expectativa deles era de um volume maior de participantes desta vez. A quantidade de organizações que endossam a realização dos protestos e o número de cidades com atividades programadas cresceram em relação ao final de maio.

Em Brasília e no Rio, manifestantes incluíram na pauta dos atos protestos contra a privatização da Eletrobras, que deve ser aprovada na Câmara no início da próxima semana.

Na capital federal, o ato contou com uma carreata que percorreu algumas vias principais da cidade até a concentração para uma passeata. Indígenas de várias partes do país também se juntaram aos manifestantes para condenar a omissão do governo na proteção desses povos na pandemia e também em protesto contra a mudança na demarcação de terras.

Ao contrário dos atos em favor do governo, os manifestantes não foram autorizados a descer para a praça dos Três Poderes e se concentram no gramado em frente ao Congresso Nacional.

O evento no DF colocou no mesmo carro de som parlamentares de diversos partidos de esquerda.

Discursam com palavras duras contra o presidente, especialmente condenando a condução no enfrentamento da pandemia e o autoritarismo do governo, parlamentares como os deputados federais Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Pedro Uczai (PT-SC) e o deputado distrital Leandro Grass (Rede).

Também há diversas bandeiras de partidos, como PT, PSOL e PCdoB, além de inúmeras camisetas com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No Recife, mesmo sob chuva, o evento foi maior do que o anterior. O ato também uniu representantes de partidos à esquerda que disputam espaço na corrida eleitoral de 2022, como PT e PDT. O estado e a cidade são governados pelo PSB, que também teve representantes no protesto.

No ato anterior, realizado no dia 29 de maio, a Polícia Militar de Pernambuco atacou violentamente as pessoas que protestavam pacificamente contra o governo federal.

Diante do desgaste político, o governo estadual escalou agentes de conciliação para evitar qualquer tipo de animosidade entre polícia e manifestantes. Poucos policiais militares acompanharam os manifestantes à distância

Os manifestantes tentaram cumprir normas de distanciamento social e se organizaram em três grandes filas. Em megafones, pessoas da organização do ato alertavam para a necessidade de manter o distanciamento e usar o equipamento de proteção.

O Ministério Público de Pernambuco, baseado em decreto estadual que proíbe a realização de eventos públicos e privados para evitar aglomerações, expediu recomendação para que o protesto não fosse realizado.

Em Maceió, a manifestação se concentrou na praça Centenário, no bairro do Farol, e seguiu pela avenida Fernandes Lima.

Também ocorreram protestos em Aracaju, Belém, João Pessoa, São Luís e Teresina.

OUTRAS CIDADES
Até sexta-feira (18), estavam confirmados atos em mais de 400 cidades de todos os estados brasileiros, incluindo as 27 capitais. No exterior, a previsão era a de concentrações em 41 cidades, em países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Portugal, Itália, Finlândia e Argentina.

No mês passado, segundo a coordenação, houve no total movimentações em 210 cidades no Brasil -algumas, assim como agora, tiveram mais de uma atividade. No exterior, o número também foi menor: 14 cidades. No total, foram 227 atos.

A recomendação é que os manifestantes usem máscaras (preferencialmente do tipo PFF2), se possível levem máscaras para doação, carreguem álcool em gel e mantenham o distanciamento social. Nos protestos de maio, as orientações foram seguidas, mas houve registros de aglomerações.

No sábado passado (12), Bolsonaro participou na capital paulista de um passeio de moto com apoiadores, depois de eventos semelhantes em Brasília e no Rio.

O presidente e auxiliares foram multados pelo governo João Doria (PSDB) por não usarem máscara contra a Covid-19 no evento. Motociclistas simpatizantes do governo também deixaram de usar a proteção facial -item que os protestos da oposição dizem diferenciá-los em relação aos dos bolsonaristas.

A Campanha Fora, Bolsonaro é composta por frentes como a Povo sem Medo, a Brasil Popular e a Coalizão Negra por Direitos, que reúnem centenas de entidades, entre elas MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), UNE (União Nacional dos Estudantes), CMP (Central de Movimentos Populares) e Uneafro Brasil.

Partidos de esquerda como PT, PSOL e PC do B também integram a campanha. O PT, que apoiou com mais afinco na véspera o ato anterior, desta vez decidiu entrar para valer na mobilização.

O ex-presidente Lula anunciou que avalia comparecer, mas a tendência é que ele não vá. O envolvimento dele no assunto tinha sido discreto em maio e assim continuou até meados desta semana, quando se pronunciou em suas redes sociais sobre a possibilidade de ir.

PSOL, PC do B, PCB, UP, PCO e PSTU, que já estavam participando ativamente da articulação, continuam envolvidas. Além disso, outros partidos anunciaram apoio à iniciativa.

O Cidadania, que se apresenta como um partido de centro, comunicou nesta semana sua adesão às manifestações, em nota assinada pelo presidente nacional, Roberto Freire. Ele também afirmou que irá comparecer.

Siglas como PSB, PDT e Rede Sustentabilidade adotaram, institucionalmente, posição mais cautelosa -dizendo que não estimulam a formação de aglomerações-, mas sem proibir a presença de seus quadros. Com isso, núcleos e seções regionais desses três partidos decidiram se juntar às manifestações.

Partidos de oposição a Bolsonaro mais à direita ignoraram o tema ou simplesmente deixaram a decisão a critério de cada filiado ou corrente interna.

Bolsonaro minimizou o impacto das marchas contra ele em maio e lançou mão de uma estratégia para tachar a iniciativa como evento de campanha de Lula. O adversário, que não esteve presente, lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2022.

Fora do ambiente partidário, a mobilização somou a adesão das dez principais centrais sindicais, que ficaram reticentes da outra vez, muito pela pressão de categorias profissionais que demonstraram preocupação com a incoerência de se juntar às multidões e defender o distanciamento social.

Na semana passada, o apoio às manifestações foi deliberado em um fórum das centrais, que inclui CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), entre outras.

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que em maio preferiu manter discrição na fase de preparação dos atos, desta vez incentiva a participação de seus integrantes.

O movimento Acredito, que prega renovação política e está posicionado mais ao centro, também se integrou à organização dos protestos. Já MBL (Movimento Brasil Livre) e VPR (Vem Pra Rua), que levaram a direita às ruas contra governos do PT e hoje se opõem a Bolsonaro, mantiveram distância.

Ativistas envolvidos na convocação deste sábado dizem que a chegada de novas forças e a esperada adesão de mais manifestantes se devem à crescente insatisfação com o governo Bolsonaro, mas também ao clima pacífico e organizado e às precauções sanitárias do protesto anterior.

As principais bandeiras são o impeachment de Bolsonaro, a vacinação ampla contra a Covid e o pagamento de auxílio emergencial de R$ 600. As pautas foram definidas por centenas de organizações, que têm buscado unidade de discurso e se blindado contra atritos que comprometam a coesão.

Entre os objetivos, está ainda expressar apoio à CPI da Covid, vista como caminho que pode levar à responsabilização do presidente pelo agravamento da pandemia e servir de impulso para a Câmara dos Deputados abrir o processo de deposição dele, possibilidade tratada hoje com ceticismo.

Promover atos de rua em um cenário de descontrole da Covid foi um dilema que provocou debate em setores da esquerda nos últimos meses, mas a divergência de opiniões foi superada com as convocações para o dia 29 que atraíram milhares de pessoas em cidades do Brasil e de outros países.

O racha foi contornado diante do diagnóstico, feito por líderes do chamado campo progressista, de que solucionar as crises sanitária, econômica, institucional e política é inviável com Bolsonaro no poder.

O CAMINHO DO IMPEACHMENT
– O presidente da Câmara dos Deputados é o responsável por analisar pedidos de impeachment do presidente da República e encaminhá-los;

– O atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é aliado de Jair Bolsonaro. Ele pode decidir sozinho o destino dos pedidos e não tem prazo para fazê-lo;

– Nos casos encaminhados, o mérito da denúncia deve ser analisado por uma comissão especial e depois pelo plenário da Câmara. São necessários os votos de pelo menos 342 dos 513 deputados para autorizar o Senado a abrir o processo;

– Iniciado o processo pelo Senado, o presidente é afastado do cargo até a conclusão do julgamento e é substituído pelo vice. Se for condenado por pelo menos 54 dos 81 senadores, perde o mandato;

– Os sete presidentes eleitos após a redemocratização do país foram alvo de pedidos de impeachment. Dois foram processados e afastados: Fernando Collor (1992), que renunciou antes da decisão final do Senado, e Dilma Rousseff (2016).

Folhapress

Doe seu lixo eletrônico e ganhe uma máscara de proteção contra Covid-19

Uma parceria entre a empresa REEEcicle, Shopping Norte Janga e Colégio Alpha está provendo até o dia 18 de junho, a campanha “Doe seu lixo eletrônico e ganhe uma máscara de proteção contra a Covid 19”. Na ação, basta entregar em um dos pontos de coleta seletiva, equipamentos sem uso ou quebrado como eletrodomésticos e eletroeletrônicos que seriam descartados de forma irregular no meio ambiente.

Entre os materiais recepcionados estão: computador, celular, monitor, impressoras, televisão, DVD/VHS, aparelho de som, câmera, liquidificador, batedeira, secador, notebook, nobreak, furadeira, refrigerador, fogão, micro-ondas, máquina de lavar, ar condicionado, cabos e fios.

Em se tratando do mês do Meio Ambiente, a Prefeitura do Paulista em parceria com a REEEcicle, também está com vários ecopontos espalhados pela cidade, mas atenção, apenas o descarte no Ecoponto do Colégio Alpha e Shopping Norte Janga, realizados pelos estudantes, professores, funcionários e familiares dos estudantes, dá direito a receber uma máscara de proteção, por pessoa independente da quantia de material descartado.

De acordo com a diretora do Colégio Alpha, Nathalia Lumarina, o objetivo da campanha é mobilizar a escola para a conscientização dos 3R (reduzir, reciclar e reutilizar), compreender a coleta seletiva e incentivar os estudantes a uma educação ambiental desde já. “A ideia pedagógica da unidade de ensino é trabalhar a conscientização sobre o meio ambiente com os estudantes do 6° ao 9° ano do colégio”. Ressalta a diretora.

A REEEcicle é uma empresa circular de impacto socioambiental que atua nos segmentos de gestão e remanufatura de máquinas e equipamentos em geral. São 12 anos provendo soluções socioambientais para os mais diversos clientes e parceiros. Possui como maior diferencial, sua equipe, formada por profissionais especialistas no segmento da Economia Circular.

Além do compromisso com o meio ambiente, as atividades sociais contribuem com o beneficiamento de várias instituições e organizações. Ao longo de sua jornada, mais de 6 mil computadores foram doados e quase 17 mil pessoas foram qualificadas, graças aos cursos profissionalizantes gratuitos realizados pela REEEcicle.

Sobre o colégio: Em 2018, o Grupo Alpha com perspectiva de expansão de suas ramificações na área de educação, inicia o seu projeto na Educação Básica, ofertando os níveis de Educação Infantil e Fundamental, com uma proposta sócio interacionista que foi cuidadosamente elaborada, considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil/Ensino Fundamental e a Base Nacional Curricular Comum.

A estrutura é arrojada e moderna estrategicamente pensada para o estímulo do desenvolvimento através de vivências práticas e de interação, mas sempre respeitando a individualidade de cada estudante e trabalhando as suas limitações.

O Colégio Alpha, capacita o estudante para a vida, considerando os 4 pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros e aprender a ser. Estes são itens fundamentais para a transmissão da informação e da comunicação adaptada à sociedade, e vital para a manutenção de uma sociedade justa e democrática.

Número de pessoas forçadas a se deslocar chegou a 82,4 milhões em 2020

Apesar da pandemia de Covid-19, o número de pessoas forçadas a se deslocar no mundo continua aumentando. No final de 2020, 82,4 milhões de pessoas estavam deslocadas por guerras, conflitos, violações de direitos humanos e perseguições.

É o maior número já registrado pela Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), com aumento de 4% em relação a 2019, quando 79,5 milhões de pessoas estavam em deslocamento forçado. Mais de 1% da população mundial – uma em cada 95 pessoas – estão neste momento em deslocamento forçado.

Os dados constam do relatório Tendências Globais, que traz informações sobre a situação dos deslocados e refugiados em todo o mundo anualmente e foi divulgado hoje (18) pelo Acnur. Segundo o levantamento, 2020 é o nono ano de crescimento ininterrupto do deslocamento forçado no mundo.

Covid-19
O relatório mostra que durante o pico da pandemia em 2020, mais de 160 países fecharam suas fronteiras, com 99 deles não fazendo qualquer exceção para pessoas em busca de proteção internacional. Segundo o Acnur, apesar da pandemia e dos pedidos de cessar-fogo, conflitos continuam a expulsar pessoas de suas casas.

O porta-voz do Acnur no Brasil, Luiz Fernando Godinho, destacou que o fechamento das fronteiras por causa da crise sanitária teve como efeito imediato o expressivo aumento de deslocados internos que fugiam não só das guerras, mas também de regiões de seu país com altos índices de infecção.

“Essa combinação de conflito, crise sanitária global, perda de renda e insegurança alimentar forçou as pessoas a se deslocarem dentro de seu país”, disse Godinho, destacando que a Covid-19 foi fator de deslocamento interno em países como Iêmen, Bangladesh, Etiópia, Iraque e Djibouti.

De acordo com o porta-voz, a tendência para 2021 é de aumento do deslocamento das pessoas, já que procedimentos de refúgio e asilo devem voltar a funcionar com a maior liberalização das fronteiras internacionais em meio ao avanço da vacinação.

Conforme o documento, são 48 milhões de deslocados dentro do próprio país, 26,4 milhões de refugiados, 20,7 milhões de refugiados sob o mandato da Acnur, 5,7 milhões de palestinos sob o mandato da agência UNRWA, 4,1 milhões de solicitantes de asilo e 3,9 milhões de venezuelanos que saíram do país.

Devido a crises principalmente na Etiópia, no Sudão, nos países do Sahel (região da África, situada entre o deserto do Saara e as terras mais férteis na região equatorial do continente), em Moçambique, no Iêmen, Afeganistão e na Colômbia, o número de deslocados internos cresceu em mais de 2,3 milhões de pessoas.

Ao longo de 2020, cerca de 3,2 milhões de deslocados internos e apenas 251 mil refugiados retornaram para seus lares – uma queda de 40% e 21% respectivamente, se comparada com 2019. Outros 33.800 refugiados foram naturalizados por seus países de acolhida.

Mais de dois terços de todos os refugiados e dos deslocados vieram de apenas cinco países: Síria (6,7 milhões), Venezuela (4 milhões), Afeganistão (2,6 milhões), Sudão do Sul (2,2 milhões) e Mianmar (1,1 milhão).

A maioria das pessoas refugiadas do mundo – quase nove em cada dez (ou 86%) – está acolhida em países vizinhos às crises e que são de renda baixa ou média. Os países menos desenvolvidos acolheram 27% desse total.

Pelo sétimo ano consecutivo, a Turquia abriga a maior população de refugiados no mundo (3,7 milhões de pessoas), seguida pela Colômbia (1,7 milhão, incluindo venezuelanos deslocados fora de seu país), o Paquistão (1,4 milhão), Uganda (1,4 milhão) e a Alemanha (1,2 milhão).

Meninas e meninos com até 18 anos de idade representam 42% de todas as pessoas forçadas a se deslocar. Segundo a ONU, eles são especialmente vulneráveis, ainda mais quando as crises perduram por muitos anos. Novas estimativas da Acnur mostram que quase 1 milhão de crianças nasceram como refugiadas entre 2018 e 2020. Muitas delas deverão permanecer nessa condição nos próximos anos.

No Brasil, a publicação será oficialmente lançada hoje às 11h, em evento em parceria com o Memorial da América Latina que será transmitido pelo canal do YouTube das duas instituições. A divulgação do relatório é parte do calendário do Acnur Brasil para marcar o Dia Mundial do Refugiado no país. A programação completa, com atividades artísticas, culturais e debates virtuais com pessoas refugiadas, está disponível no site https://www.acnur.org/portugues/diadorefugiado/.

Ouvidoria realizará atendimentos por meio do Balcão Virtual durante o recesso forense

Durante o recesso forense, a Ouvidoria Geral do Tribunal de Justiça de Pernambuco vai funcionar com atendimento ao cidadão através do Balcão Virtual. A ferramenta estará disponível das 13h às 17h, todos os dias, no período de 23 a 30 de junho, inclusive nos fins de semana. A plataforma pode ser acessada através da página https://www.tjpe.jus.br/balcao-virtual.

O Balcão virtual oferece uma nova forma de atendimento à distância, permitindo o contato direto da população e dos operadores do direito com os setores de atendimento das unidades através de videoconferência. A Ouvidoria estará disponível para esclarecimento de dúvidas e registro de manifestações.

Segundo o ouvidor geral, desembargador Eduardo Sertório, o objetivo é ajudar os cidadãos que precisarem dos serviços judiciais durante o recesso. “O Balcão Virtual é a forma mais humanizada de atendimento em tempos de pandemia, por isso resolvemos manter esse canal durante o recesso para dar suporte àqueles que necessitarem do Judiciário”, ressaltou.

Recesso – O recesso forense do TJPE tem início a partir da próxima quarta-feira (23/6) e segue até o dia 30 de junho. Durante o período, todas as unidades judiciárias de 1° e 2° Graus do Poder Judiciário estadual vão atuar em esquema de plantão, das 13h às 17h, com atendimento remoto sendo voltado para as demandas de urgências de caráter cível e criminal, como habeas corpus, mandados de segurança e medidas cautelares, entre outros.

Agronegócio bate recorde de exportação em maio

As exportações de produtos do agronegócio brasileiro bateram recorde em maio deste ano, registrando US$ 13,94 bilhões em negócios, uma alta de 33,7% em relação a maio de 2020. O índice de preço dos produtos do agronegócio exportados e o índice de quantum cresceram, respectivamente, 24,6% e de 7,3%.

As vendas foram influenciadas pelo incremento nos preços internacionais das commodities, segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Apesar do forte incremento das exportações do agronegócio, a participação do setor diminuiu no balanço das exportações totais brasileiras, caindo de 59,5% em maio de 2020 para 51,7% maio deste ano.

Também se registrou subida nas importações do agronegócio, passando de US$ 837 milhões (maio/2020) para US$ 1,22 bilhão (maio/2021), com alta de 13,5%. O saldo da balança ficou em US$ 12,71 bilhões.

De acordo com analistas, a pandemia precipitou uma nova fase de uso intensivo de commodities, na medida em que os governos enfatizam a criação de empregos e sustentabilidade ambiental, ao invés do foco na estabilidade financeira desencadeado pela crise de 2009.

Além disso, completam os analistas, a forte demanda chinesa permanece pressionando os preços de grãos, como milho e oleaginosas, destinados à recomposição e ampliação dos rebanhos suíno e de frango na China.

SOJA
O complexo soja continua como o maior do agronegócio brasileiro, responsável por praticamente 60% do valor das exportações no mês passado. De acordo com o boletim da SCRI, o cenário internacional da soja em grão reflete baixos estoques norte-americanos e elevadas aquisições chinesas.

As importações totais chinesas de soja em grão cresceram 12,8% em 2021, passando de 33,9 milhões de toneladas, entre janeiro e maio de 2020, para 38,2 milhões de toneladas na comparação com o mesmo período deste ano.

As exportações brasileiras registraram volume recorde de 16,4 milhões de toneladas de soja em grão em maio (+16,3%). O montante e a elevação do preço médio de exportação ( 34,5%; US$ 447,73 por tonelada) geraram valor recorde de US$ 7,34 bilhões ( 56,3%): US$ 2,64 bilhões em valor absoluto.

Em maio, a China foi o país que mais importou soja em grãos (11,2 milhões de toneladas), equivalente a 68% do total exportado pelo Brasil ou aumento absoluto de 1,1 milhão de toneladas em relação a maio de 2020.

A União Europeia aparece na segunda posição com 1,552 milhão de toneladas (-8,8%), seguida pela Turquia com 730 mil toneladas ( 74,5%). (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

Como a pandemia pode estar impactando sua saúde bucal

O estresse e a tensão gerados pela pandemia podem trazer consequências para além da saúde mental da população. As grandes mudanças que a presença do vírus trouxe para nossas vidas e rotinas diárias, combinados à ansiedade gerada pelo aumento de casos da doença que ainda não parece ter solução, não são prejudiciais apenas para a mente, a pele e os cabelos, mas também para a saúde bucal.

Quando estamos estressados e em um estado de tensão emocional é comum aumentarmos a prática de hábitos de vida negativos. Enquanto alguns podem desenvolver distúrbios de ansiedade e sono, passar a se alimentar mal e negligenciar a higiene bucal, outros podem adquirir vícios como tabagismo, alta ingestão de doces e bebidas alcoólicas. “Como resultado da vulnerabilidade do organismo combinada aos maus hábitos, há um maior risco do surgimento de alterações que prejudicam a saúde bucal, como aftas recorrentes, gengivite, halitose e cáries. Além de apertamento dentário, dores na face e bruxismo, condição caracterizada pelo ato de ranger involuntariamente os dentes, gerando problemas como desgaste, hipersensibilidade, mobilidade dos dentes, danos aos tecidos gengivais, entre outros”, explica a cirurgiã-dentista da Odonto Happy Caruaru, Líbia Maciel.

Então, para manter a saúde bucal em dia durante esse período de grande estresse causado pela pandemia do Coronavírus, é preciso investir em alguns cuidados, sendo o principal deles não negligenciar a higiene bucal. “Por isso, é importante não se esquecer de usar o fio dental e escovar os dentes, pelo menos, três vezes por dia, com uma escova macia capaz de remover totalmente a placa bacteriana sem causar danos ou traumatismos nos dentes e gengivas”, recomenda a especialista.

Mas, por se tratar de estresse, apenas a higienização diária da cavidade bucal não é suficiente, por exemplo, para hábitos como o bruxismo. É preciso então tratar a origem do problema através de um diagnóstico correto e adoção de medidas que minimizem as repercussões bucais, além da adoção de cuidados que visem a redução e gerenciamento do estresse em si. Para afastar o estresse da rotina, a dica é estimular pequenos hábitos saudáveis que são fundamentais para uma melhor qualidade de vida, incluindo adotar uma alimentação balanceada e nutritiva, praticar exercícios físicos diariamente, dormir bem e manter contato com outras pessoas da família e amigos, mesmo que por conversas online.

“Além disso, durante o período de quarentena mais rígida, em que muitas pessoas estão trabalhando de casa, é importante dedicar um tempo para você e realizar atividades que te proporcionem prazer. Sem esquecer o cuidado com si mesmo, incluindo a higienização dos dentes e da boca”, diz Dra. Líbia.

No caso deste estresse afetar a estrutura dos dentes, ou da face, é importante buscar um especialista para observar clinicamente o que pode ser feito. Na Odonto Happy Caruaru, o atendimento segue todas as recomendações sanitárias, a consulta é por hora marcada e o consultório higienizado a cada paciente. A clínica funciona na Rua Paulista, 26, no bairro Boa Vista I.