Atividade econômica cresce 0,44% em abril, diz BC

A economia brasileira registrou crescimento em abril. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou alta de 0,44%, em abril, em relação a março deste ano, segundo dados divulgados hoje (14) pelo Banco Central (BC).

Esse resultado veio depois da queda de 1,61% registrada em março comparado a fevereiro, de acordo com os dados revisados.

Na comparação com abril de 2020, o crescimento chegou a 15,92% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais).

Em 12 meses encerrados em abril, o indicador teve retração de 1,2%. No ano, o IBC-Br apresentou alta de 4,77%.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

Mas o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Marcelo Freixo migra para o PSB; Flávio Dino deve seguir o mesmo caminho

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) segue costuras visando uma maior representação da sigla em 2022. Um dos passos, continuados nesta sexta (11), é a filiação do deputado federal Marcelo Freixo, que, até então, era do PSOL. Com a chegada de Freixo, os socialistas ganham mais corpo no Rio de Janeiro. Na ala socialista, Freixo deve concorrer ao governo de seu estado. Além dele, Flávio Dino (PCdoB-MA) está em tratativas para migrar para o PSB.

Via rede social, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, agraciou a chegada do novo integrante da frente. “O PSB recebe, com grande satisfação, a filiação do deputado federal @MarceloFreixos, na certeza de que engrandece nosso partido e representa uma grande contribuição para construirmos um novo Rio de Janeiro e um novo Brasil. Seja muito bem-vindo companheiro”, publicou em seu Twitter.

Em entrevista à Veja, Freixo garantiu que a sua entrada na legenda vai reforçar o desejo de construir alianças com partidos centristas e progressistas. ” No PSB terei a chance de fazer uma aliança mais ampla, com partidos progressistas e de centro, para enfrentar o grupo político que faliu o Rio e entranhou a corrupção no estado”, afirmou.

Além da migração de Freixo, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB-MA) também deve migrar para o PSB. É o que circula nos bastidores da sigla. Com a ida de Dino, a possibilidade de fusão entre os socialistas e comunistas volta a crescer.

Vale destacar que a vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB-PE), é presidenta nacional do Partido Comunista do Brasil, e ela fora eleita ao lado do vice-presidente nacional do PSB, e também governador do Estado, Paulo Câmara (PSB-PE).

PSOL
O Psol, inclusive, vem fazendo jogadas parecidas em Pernambuco. É o caso da possível migração de Túlio Gadêlha (PDT-PE) para a sigla.

Diario de Pernambuco

Famílias de classe D são as que sofrem mais impacto na pandemia

Famílias da classe D – com renda familiar média mensal de R$ 720 – foram as mais negativamente impactadas pela pandemia de covid-19 no que diz respeito aos cuidados com as crianças de até 3 anos.

Esse grupo (famílias da classe D) se sente mais triste, ansioso, sobrecarregado, exausto, impaciente e assustado que os demais. As famílias destacam que o fator financeiro é um ponto de atenção na forma como cuidadores têm lidado com a pandemia.

As informações fazem parte da pesquisa Primeiríssima Infância – Interações na Pandemia: Comportamentos de pais e cuidadores de crianças de 0 a 3 anos em tempos de covid-19, que será divulgada na íntegra nos próximos dias.

A pesquisa foi realizada pela Kantar Ibope Media, a pedido da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, e contou com a participação de famílias das classes sociais A, B, C e D, que convivem e são responsáveis por crianças de 0 a 3 anos. Ao todo, 1.036 pessoas participaram das entrevistas, feitas, em sua maioria, de forma online com o auxílio de uma plataforma, em março deste ano.

“Uma primeira infância de qualidade, de estímulos adequados propicia oportunidades para a criança. Ao mesmo tempo, há um efeito negativo quando não há oportunidade de disponibilizar o ambiente adequado”, diz a CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Mariana Luz.

“Com o isolamento social e uma natural crise socioeconômica, a gente percebe, pela pesquisa, o agravamento dessas oportunidades, os efeitos perversos da desigualdade e como esses ambientes e estímulos conseguem fazer o desenvolvimento [da criança] avançar ou retroceder.”

Mariana explica que os primeiros anos de vida das crianças representam uma oportunidade única e decisiva para o desenvolvimento de todo ser humano. Nessa etapa, são feitas conexões que formam a base das estruturas cerebrais e contribuem para a aprendizagem, além de criar condições para a saúde e a felicidade delas no presente e no futuro. Por isso, tanto a primeiríssima infância, até os 3 anos, e a primeira infância, até os 6 anos, precisam de atenção.

A especialista enfatiza ainda a necessidade de cuidar de quem cuida. “Os cuidadores e pais precisam estar bem para conseguir oferecer e estar disponíveis para que a interação aconteça. O desenvolvimento acontece por meio da interação”, diz.

No Brasil, cabe aos municípios fornecer a educação de base, que inclui as creches para crianças até 3 anos de idade.

Resultados
As situações vividas pelas famílias na pandemia são distintas, e a percepção em torno do trabalho de cuidar de crianças pequenas também muda, de acordo com a classe social de quem respondeu ao estudo.

Aqueles que puderam trabalhar em casa, por exemplo, relataram mais tempo de convivência das mães, pais e responsáveis com as crianças durante a pandemia. Isso ocorreu, sobretudo, nos segmentos de classe e educação mais elevados: 51% da classe AB1 – com renda familiar média mensal acima de R$ 11,3 mil – relataram que tiveram boas oportunidades de convivência com as crianças na pandemia. Essa porcentagem cai para 33% entre as famílias da classe D. Nesse grupo, a maioria, 52%, relatou que não houve alteração no tempo de convivência.

A pesquisa alerta que, apesar do tempo de convivência dos pais com os filhos não ter sido alterado para classe D, ele pode estar mais precário devido à sobrecarga e ao acúmulo de funções.

As mudanças na rotina tiveram efeitos também nas crianças. Cerca de uma em cada quatro (27%), de todas as classes, apresentou regressão neste um ano de pandemia. Isso significa que voltaram a ter comportamentos de quando eram mais novos, como chorar muito, fazer xixi na roupa sem pedir para ir ao banheiro e falar menos. O uso mais frequente de equipamentos eletrônicos também pode ter impactado no desenvolvimento.

O acesso à informação e a políticas públicas e a sensação de amparo também foram sentidas de forma diferente a depender da classe social da família. A maior parte (64%) da classe B2C Básica – que corresponde às famílias com renda média mensal entre R$ 1,7 mil e R$ 5,6 mil que cursaram até o ensino médio – e da classe D (70%) tiveram acesso à renda emergencial. O índice de visita domiciliar por programas sociais, como o Saúde da Família, ficou em cerca de 20% em todos os grupos.

Os benefícios recebidos dão, no entanto, sensação de amparo principalmente para os grupos de educação elevada. Na classe AB1, 58% sentiram-se amparados. A menor porcentagem, 32%, é de famílias da classe D. Já com relação a informações recebidas durante esse período, a classe AB1 se destaca como a que mais recebeu enquanto a D foi a com menor percentual registrado, respectivamente 22% e 10%.

Acolhimento
Segundo Mariana, os impactos negativos da pandemia podem ser revertidos e amenizados com acolhimento e atenção às crianças, o que exigirá a ação de toda uma rede que envolve familiares e escola. “Essa rede precisa estar pronta, de forma segura, para acolher as nossas crianças, para acolher também os desafios e retrocessos com naturalidade, como parte de um processo de desenvolvimento”.

Ainda em meio à pandemia, dentro do possível, dedicar tempo e atenção às crianças pode ajudá-las a passar por esse momento de estresse e medo.

“Em casa, a gente precisa continuar oferecendo esses estímulos, de brincadeiras, de ouvir, de identificar sentimentos, de entender, de explicar, de ajudá-los a identificar o que estão sentindo, de se expressar. Fazer isso por meio de contação de histórias, da leitura de livros, da conversa, da música”, defende Mariana.

Agência Brasil

Novavax: vacina anticovid tem mais de 90% de eficácia, inclusive contra variantes

A vacina anticovid-19 da Novavax tem uma eficácia de mais de 90%, inclusive contra as variantes do coronavírus – é o que afirma o laboratório americano, nesta segunda-feira (14), após um estudo em grande escala nos Estados Unidos.

A vacina “demonstrou uma proteção de 100% contra doenças moderadas e graves, e uma eficácia de 90,4% em geral”, disse a companhia em um comunicado.

Ainda de acordo com a nota, “o estudo foi feito com 29.960 participantes em 119 lugares de Estados Unidos e México para avaliar eficácia, segurança e imunogenicidade”.

A empresa com sede em Maryland disse que pretende solicitar a aprovação regulatória até o terceiro trimestre de 2021. Depois de obtê-la, planeja fabricar 100 milhões de doses por mês até o final do terceiro trimestre, e 150 milhões de doses por mês, até o final do ano.

“Hoje, a Novavax está um passo mais perto de abordar a necessidade crítica e persistente de saúde pública mundial por vacinas Covid-19 adicionais”, afirmou o CEO da empresa, Stanley Erck.

“A Novavax continua trabalhando com um senso de urgência para completar nossas solicitações de autorização regulatória e oferecer esta vacina, construída sobre uma plataforma bem conhecida e comprovada, para um mundo que ainda tem uma grande necessidade de vacinas”.

Embora alguns países ricos tenham avançado na vacinação de suas populações, persiste a preocupação de que muitos outros estão sendo deixados à margem da campanha mundial de inoculação.

As taxas de vacinação nos países mais pobres do mundo estão muito atrás das registradas nas potências industrializadas do G7 e em outras nações ricas. Considerando-se as doses administradas até o momento, o desequilíbrio entre o G7 e os países de baixa renda, conforme definição do Banco Mundial, é de 73 para um.

Ao contrário de algumas das vacinas que já estão sendo aplicadas, o imunizante da Novavax, conhecido formalmente como NVX-CoV2373, não precisa ser mantido em temperaturas ultrabaixas.

A empresa disse que fica “armazenada e estável entre 2°C e 8°C, permitindo o uso dos canais da cadeia de fornecimento de vacinas existentes para sua distribuição”. Isso significa, pelo menos em tese, que estas vacinas devem ser transportadas e administradas mais facilmente em países com infraestruturas sanitárias menos desenvolvidas.

AFP

Gestação e nascimento no contexto da COVID-19: É seguro se vacinar?

No dia 11 de maio deste ano, após a morte de uma gestante no Rio de Janeiro, dias depois de ter recebido a vacina da Oxford/AstraZeneca, o Ministério da Saúde (MS) decidiu interromper temporariamente a vacinação de grávidas e puérperas com o imunizante produzido no Brasil pela Fiocruz. Isso gerou um grande alvoroço na população, fazendo com que muitas mulheres passassem a se questionar sobre a eficácia e benefícios reais da vacina.

“A decisão do Ministério da Saúde nada mais é do que uma cautela que o programa nacional de imunizações tem até o fechamento do caso, visto que até o momento não há estudos que comprovem a relação da vacina com o óbito da grávida”, afirma a especialista Andressa Oliveira, enfermeira, mestranda em Educação no Ensino de ciências e professora do Centro Universitário UniFavip, que acrescenta:

“A coordenação do Programa Nacional de Imunização explica que, enquanto a proporção de trombose e AVC (quadro apresentado pela gestante) pela vacina está em 1 caso a cada 100 mil, o número de óbitos em grávidas pela covid-19 é de 20 por 100 mil. Dessa forma, é importante que as gestantes se vacinem porque o risco de óbito por covid-19 é muito maior”, afirma.

Em contrapartida, vários casos de bebês que nascem com anticorpos contra a covid-19 estão sendo vistos no Brasil. No Acre, em Santa Catarina e na Bahia já foram registrados esses casos, evidenciando assim a transferência da memória imunológica de longo prazo (IgG) das mães para os bebês.

De acordo com Andressa, a passagem de imunidade da mãe para o bebê aconteceu através da transferência placentária, ou seja, os anticorpos chamados IGG, desenvolvidos pelo sistema imunológico da mãe depois da vacina, cruzaram a placenta e chegaram até o bebê.

“Vale salientar que a eficácia da proteção em recém-nascidos e o momento ideal de vacinação materna permanecem “desconhecidos”. Mais estudos serão necessários para quantificar anticorpos neutralizantes virais presentes em bebês nascidos de mães vacinadas antes do parto. No entanto, notícias como essas nos enche de esperança”, destaca a docente, que respondeu algumas perguntas importantes sobre o tema. Confira:

Diante do cenário pandêmico, a gestante deve se vacinar?

SIM. A OMS recomenda que as gestantes não sejam desencorajadas a vacinação, uma vez que os riscos pelo acometimento da covid-19 são ainda maiores que os possíveis efeitos colaterais provocados pela vacina.

Qual vacina deve ser tomada por gestantes e puérperas?

O Ministério da Saúde determinou que a vacinação de gestantes e puérperas (mães de bebês com até 45 dias) fosse restrita aos imunizantes da CoronaVac e Pfizer, até que estudos mais efetivos da Aztrazeneca sejam realizados.

Quem são as gestantes que devem tomar a vacina no momento?

Aquelas que tiverem algum problema de saúde devem ser imunizadas com doses da Coronavac/ Butantan e Pfizer.

Qual a orientação para gestantes que foram vacinadas com a oxford/astrazeneca?

O Ministério da Saúde orienta que elas aguardem o parto e o fim do puerpério (45 dias depois do nascimento do bebê) para tomarem a segunda e, assim, completar o esquema vacinal.

O que essas gestantes precisam fazer?

Apesar de a probabilidade de trombocitopenia ser mínima, ficar atento aos sinais de alerta. São eles: falta de ar severa, dor no peito, inchaço nas pernas, dor abdominal persistente, fortes dores de cabeça ou outros sinais neurológicos, como confusão e visão turva. Se surgirem, procure IMEDIATAMENTE, o serviço de saúde.

Funase completa 55 anos com caravana de educação profissional para a juventude

A Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) de Pernambuco, completa 55 anos nesta segunda-feira (14). Para marcar a data, que não terá solenidades presenciais em decorrência da pandemia, a instituição vai promover a Caravana Juventude em Movimento, ação com três cursos simultâneos que terá o objetivo de estimular a capacitação de adolescentes e jovens em reinserção social após a prática de atos infracionais. A atividade contará com turmas reduzidas e manutenção do distanciamento social, conforme o Plano de Convivência com a Covid-19.

A iniciativa vai acontecer no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Caruaru, no Agreste, e terá como público-alvo 46 socioeducandos. Eles participarão de aulas de “Introdução ao Reparo de Computadores”, “Introdução à Automação Eletroeletrônica” e “Corte de Cabelo Masculino”, temas que, por estarem inseridos em serviços considerados essenciais, têm boa trabalhabilidade, mesmo em tempos de pandemia. A Caravana Juventude em Movimento será promovida pela equipe do Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase. O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) é responsável pela certificação dos cursos.

“Nada melhor do que marcar esse dia com uma grande ação voltada à profissionalização desses jovens. Recentemente, em parceria com o Ministério Público do Trabalho, inauguramos o Parque Profissionalizante Professor Paulo Freire, um espaço único no Brasil e exclusivo para a educação profissional do público do sistema socioeducativo. Essa é a face da instituição que chega aos 55 anos hoje, inserida em um cenário de muitos desafios ainda, mas, sem dúvida, diferente daquela que muita gente conheceu pelas problemáticas que se colocavam”, avalia o secretário de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude, Sileno Guedes.

Ao longo do mês de junho, outras ações marcarão as cinco décadas e meia de existência da Funase, como a publicação de uma revista digital, que reunirá relatos, fotos antigas e reflexões sobre avanços e desafios do sistema socioeducativo. Um logotipo comemorativo também passará a aparecer em documentos oficiais, no site e nas redes sociais. “Estamos buscando viver esse momento de forma coletiva, transparente e autocrítica, valorizando as várias formas de experiência que servidores, jovens e outras pessoas têm da nossa instituição”, explica a presidente da Funase, Nadja Alencar, que é servidora da fundação desde 1988.

HISTÓRIA – A Funase foi criada em 1966, como Fundação do Bem-Estar do Menor (Febem) e trabalho voltado a adolescentes apreendidos após a prática de atos infracionais e a crianças e adolescentes em situação de abandono. Após a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990, seu paradigma de atuação mudou e sua denominação passou a ser Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac). Em 2008, quando já havia as primeiras diretrizes do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), a instituição passou a se chamar Funase e deixou de atender a área protetiva, focando na execução das medidas socioeducativas de internação e de semiliberdade, além do atendimento inicial e da internação provisória. Hoje, a fundação tem 23 unidades e atende 819 adolescentes e jovens em espaços sem superlotação, uma conquista histórica alcançada em 2019.

Parques urbanos de Caruaru reabrem para o público

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Serviços Públicos e Sustentabilidade, informa que os parques urbanos (Severino Montenegro, Baraúnas, São Francisco e Rendeiras) e o Parque Natural Municipal Professor João Vasconcelos Sobrinho, em Serra dos Cavalos, voltaram a ficar abertos para visitação pública nesta segunda-feira (14). Segue o cartaz com horários e regras de funcionamento.

Caixa lança programa de preservação ambiental

Brasília: Prédio da Caixa Econômica Federal. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Caixa lançou, neste sábado (12), o programa Caixa Florestas. De acordo com o presidente da empresa, Pedro Guimarães, esse será o maior programa de preservação à natureza do Brasil, com o investimento de R$ 150 milhões todos os anos. “A Caixa que é o banco da inclusão, o banco da matemática, o banco da habitação e o banco de todos os brasileiros passa ser agora, claramente, o banco da preservação da natureza que é fundamental para o Brasil”, disse.

O banco vai destinar parte do lucro para implementar projetos que apoiem as comunidades que vivem dentro das reservas florestais e no entorno, promovendo inserção social e econômica, além de educação ambiental para o manejo sustentável.

O programa também tem como objetivo o plantio de 10 milhões de árvores nos próximos 5 anos, em especial para recuperação de espécies nativas ameaçadas de extinção e de árvores frutíferas em todas as regiões do Brasil.

Caixa Mais Brasil
O lançamento do Caixa Florestas coincide com a 100ª edição do programa Caixa Mais Brasil. Criado em 2019, o programa percorreu 153 municípios do interior do Brasil. “O programa Caixa Mais Brasil significa os executivos saindo da matriz, aqui do ar-condicionado e visitando o interior do país, em especial as regiões Norte e Nordeste, em locais, onde normalmente, não existia esse contato direto e é muito importante, porque com esta conversa, clientes, os empregados, empresários, nós conseguimos entender em primeira mão, os problemas que existem e resolvê-los mais rapidamente”, disse o presidente da Caixa.

Segundo ele foi a partir da percepção adquirida graças ao contato direto com o público que questões chaves foram tratadas. “Foi assim que aceleramos as questões do auxílio emergencial, de todos os pagamentos sociais, percebemos a necessidade da redução das taxas de juros, batemos o recorde de crédito em especial aqueles mais sensíveis, como os créditos para as micro e pequenas empresas, para as pessoas carentes, ou seja, é ouvir a população e responder a isto de uma maneira rápida e eficaz”, disse.

Agência Brasil

Covid-19: projeto oferece apoio psicológico online para superar o luto

Covid-19: projeto oferece apoio psicológico online para superar o luto

Um projeto da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), em parceria com a Universidade Brasília (UnB), vai oferecer apoio psicológico para pessoas que perderam parentes pela covid-19.

Desenvolvido no âmbito das diretorias de Serviço de Saúde Mental da SES e de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária da UnB, o projeto vai oferecer intervenção psicossocial com atendimento online e em grupos de 15 pessoas.

A procura foi tão grande que, menos de 24 horas após o anúncio do serviço, as 285 vagas disponibilizadas se esgotaram. Aos interessados, ainda é possível se cadastrar para uma lista de espera, para atendimento futuro.

Ao todo, está prevista a formação de 19 grupos de apoio, cada grupo com 15 pessoas, coordenados por uma dupla de psicólogos. Serão seis encontros virtuais, com duas horas de duração, a partir da segunda quinzena de junho.

Pandemia e luto
A pandemia de covid-19 trouxe uma relação inédita com a morte, já que há mais de um ano são registradas mortes diárias.

Embora o número de óbitos pela doença esteja caindo gradualmente, desde o início da pandemia quase meio milhão de brasileiros e brasileiras experimentaram a dor de perder um parente ou um amigo.

A diretora de Serviços de Saúde Mental da SES, psicóloga Vanessa Soublin, explica que com o isolamento imposto pela pandemia, muitas famílias não puderam viver os rituais tradicionais do luto, como funeral e enterro – que auxiliam a processar essa perda.

“As pessoas não puderam se despedir, não puderam vivenciar os últimos momentos do ente que perderam. Isso tudo acaba agravando o luto. Então, é muito importante ter esse momento para poder refletir, para poder refazer vínculos e pra poder realmente superar esse momento”, destacou.

A brasiliense aposentada Arimá Gois de Pinho, de 60 anos, perdeu dois irmãos para a covid-19, em menos de 10 dias, em março deste ano. Ela conta que ainda não superou a dor de perder a irmã, Maria Auxiliadora de 62 anos, e o irmão José, que tinha 61 anos. “Estamos ainda aprendendo a lidar com essa dor. Somos 11 irmãs e cinco homens e nós, as mulheres, éramos muito unidas”, conta.

Como Maria Auxiliadora (apelidada na família de Neguinha) tinha comorbidades, desde o início da pandemia, Arimá e as outras irmãs já estavam mantendo uma distância maior. “Neguinha era muito alegre. Estava sempre sorrindo. Desde que começou o isolamento já estava difícil ficar longe dela. O que ninguém esperava é que no fim, essa distância, essa separação, fosse durar pra sempre”, relata emocionada.

Católica, Arimá se apegou à fé. Ela elogiou a iniciativa da SES e encaminhou as informações para as duas sobrinhas que perderam a mãe. “Minhas sobrinhas estão sofrendo demais e esse apoio do governo é fundamental e necessário. É muita gente perdendo pessoas queridas todos os dias que precisam de ajuda pra seguir adiante”.

A psicóloga Vanessa explica que, embora o luto seja um processo natural da vida, algumas pessoas têm mais dificuldade em lidar com a dor e podem desenvolver transtornos mentais agravados, como depressão: “Tem uma porcentagem das pessoas que, normalmente, já tem um luto agravado, que desencadeia um sofrimento mental, um transtorno mental, algo maior do que o que é esperado normalmente”.

Capacitação
Para proporcionar esse acolhimento, Vanessa conta que psicólogos da Secretaria de Saúde estão realizando um curso de formação específico, em parceria com a UnB. A universidade também vai auxiliar na implementação dos grupos.

“A gente procurou a Universidade de Brasília, que já vinha desenvolvendo essa ação [de assistência a enlutados] desde o começo do ano passado e eles propuseram uma capacitação [dos psicólogos da SES] para a implementação conjunta [do projeto]”.

Serviço
Interessados em participar de grupo futuramente devem enviar um e-mail para o endereço gerenciadepsicologia.ses@gmail.com, com nome completo e telefone de contato.

O cadastro para a lista de espera de novos atendimentos também pode ser feito pela internet.

Mais de 50% dos municípios deram início à vacinação por faixa etária

Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que a imunização contra a covid-19 por faixa etária, de pessoas abaixo de 60 anos sem comorbidades, teve início em 53% dos municípios.

Desses, 71% estão vacinando pessoas acima de 55 anos, 19% entre 50 e 55; e 9% já começaram a vacinar abaixo dessa faixa etária. Os dados constam da pesquisa semanal realizada pela confederação entre os dias 7 e 10 de junho. A 12ª edição do levantamento ouviu 3.129 gestores municipais.

Grávidas
A pesquisa diz que 47% dos municípios iniciaram a vacinação de gestantes e puérperas sem comorbidades. A vacina mais utilizada pelos gestores para esse público é a CoronaVac, apontada por 50,5% dos respondentes.

A Pfizer foi apontada por 42,1% dos respondentes. Esse imunizante, segundo o levantamento, foi distribuído até o momento para 51% dos municípios. A vacina da Pfizer começou a ser distribuída após alterações na forma de armazenamento da vacina, que passou a poder ficar até 31 dias em refrigeração comum. Na edição passada da pesquisa, 30,6% dos respondentes afirmaram já ter recebido a vacina.

Aulas presenciais
Esta edição do levantamento também pesquisou as medidas que estão sendo adotadas pelos municípios para a retomada das aulas presenciais. O início da vacinação dos profissionais de educação foi apontado por cerca de 79% dos respondentes, seguida pela aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), com 69%; adaptação da estrutura da escola, com 62%; e aquisição de testes de covid-19, com 41%. Já 9% dos gestores apontaram que ainda não adotaram medidas para a retomada das aulas presenciais.

Terceira onda
De acordo com a pesquisa da CNM, gestores municipais estão preocupados com a possibilidade de uma terceira onda no país. Nesta semana, 51,4% apontaram crescimento de pessoas infectadas. Em 28,4% das cidades, o cenário se manteve estável. Já 15,3% apontaram queda.

Em relação ao número de óbitos pela doença, 26,6% apontaram aumento, 48% estabilidade e 20,2% queda nesta semana. As medidas de restrição de circulação ou atividades econômicas estão mantidas em 74,2% dos municípios pesquisados.

Kit intubação
Gestores municipais também indicaram preocupação com o risco de enfrentarem a falta do chamado “kit intubação”. Nesta semana, 743 municípios (23,7%) alertaram para esse risco. Nas edições anteriores, esses percentuais foram de 25,4%, 23,2% e 16,3%. Ao serem analisados os dados da pesquisa desta semana sobre a falta desses medicamentos por porte das cidades, pode-se identificar que esse risco atinge especialmente os médios municípios.

Vacinas
O levantamento também indicou que, nesta semana, 14,8% (462) dos municípios responderam que ficaram sem imunizante. Desse total, 304 relataram terem ficado sem vacinas para aplicar a primeira dose e 257, para a segunda. A CoronaVac ainda é a vacina com maior necessidade para completar o esquema vacinal da população, relatada por 75,7% dos gestores que apontaram a falta.

Agência Brasil