Municípios pernambucanos decidem manter aulas remotas

Apesar da liberação das aulas presenciais pelo Governo de Pernambuco, municípios de todas as regiões do Estado optaram por não retomar as aulas presenciais e, por enquanto, continuar apenas com as atividades remotas. Medida visa uma melhor avaliação do cenário da pandemia em cada município e preparar as escolas para receber os estudantes.

Entre as cidades que já confirmaram esta decisão estão Recife, Olinda e Jaboatão, na Região Metropolitana, além de Caruaru e Petrolina, no Agreste e Sertão, respectivamente. De acordo com o cronograma divulgado pela Secretaria Estadual de Educação e Esportes (SEE), os municípios estão autorizados a receber novamente os estudantes nas unidades de ensino na próxima segunda-feira (26).

Na Capital, ainda não há definição da data de retomada das atividades presenciais nas escolas. As aulas estão suspensas desde o dia 18 de março e seguem sendo realizadas remotamente. Assim como no Estado, Recife conta com um comitê de monitoramento da pandemia que avalia constantemente o cenário epidemiológico do município. Atualmente, a rede conta com 320 unidades, cerca de 5,4 mil professores e 92 mil estudantes.

As escolas do Recife iniciaram o ano letivo de 2021 no dia 4 de março com atividades não presenciais, que envolvem diversas ações como exibição de aulas pela internet, TV aberta, a exemplo da TV Alepe, e na Rádio Frei Caneca. As atividades incluem ainda materiais didáticos e planos de estudos disponibilizados no site Escola do Futuro; entrega de materiais impressos; e atendimento socioemocional.

O município de Jaboatão informou que será realizada uma série de reuniões durante os primeiros dez dias do próximo mês para definir algo e até lá, as aulas seguem suspensas. Já Olinda afirmou que também não tem previsão de retorno e o foco continua sendo as aulas on-line. A Secretaria de Educação de Caruaru disse que segue trabalhando para o retorno seguro das atividades presenciais, com a retomada prevista para o início de maio. Por enquanto estão sendo realizadas aula remotas. A cidade de Goiana, na Zona da Mata, planeja retomar as aulas presenciais no dia 6 de maio e até lá segue com aulas on-line.

A Prefeitura de Petrolina afirma que segue dialogando com os órgãos de saúde com foco no retorno seguro e parcial das aulas presenciais para os mais de 56 mil alunos matriculados na rede municipal. “As equipes estão mobilizadas a criar condições para avançar para o ensino híbrido, mas, infelizmente, a taxa de ocupação dos leitos de UTI do município sertanejo passa de 87% atualmente. O que inviabiliza a volta às salas de aula para estudantes e professores”, disse em nota. A Secretaria Municipal de Educação segue dando total suporte a comunidade escolar das 211unidades que compõem a Rede pública de ensino de Petrolina. Hoje, o município conta com um quadro de cerca de 2.500 professores.

Ipojuca faz pesquisa
Por outro lado, o município de Ipojuca planeja a volta às aulas presenciais a partir do dia 31 de maio. Acontecerá por fases, em rodízio, iniciando pelos anos finais. A rede municipal de ensino é composta por 70 escolas, 22.000 alunos, cerca de 1.250 professores. Atualmente, está sendo feita uma pesquisa com os pais dos alunos sobre esse retorno para saber o que eles acham.

“Antes da volta presencial, no entanto, teremos o acolhimento nas escolas dos diretores, funcionários, professores e pais, com várias reuniões. Em maio, entregaremos todos os EPIs para os funcionários e alunos nas escolas e concluindo os preparos de infraestrutura para esse retorno de acordo com o protocolo sanitário estabelecido. Todo esse planejamento, porém, depende da evolução ou não da pandemia”, disse a Prefeitura em nota.

Protocolos
Em nota, a Secretaria de Educação e Esportes do Estado ressaltou que os municípios têm autonomia para decidir quando iniciarão as aulas presenciais. “Lembrando que todas as escolas devem estar adaptadas e seguindo os protocolos de biossegurança que prevê, por exemplo, o distanciamento de 1,5 metro de distância, uso de máscara e a instalação de lavatórios nas unidades de ensino. A SEE está em constante diálogo com a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e com a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) buscando dar o apoio que os municípios necessitam”, diz a nota.

As escolas do Recife iniciaram o ano letivo de 2021 no dia 4 de março com atividades não presenciais, que envolvem diversas ações como exibição de aulas pela internet, TV aberta, a exemplo da TV Alepe, e na Rádio Frei Caneca. As atividades incluem ainda materiais didáticos e planos de estudos disponibilizados no site Escola do Futuro; entrega de materiais impressos; e atendimento socioemocional.

O município de Jaboatão informou que será realizada uma série de reuniões durante os primeiros dez dias do próximo mês para definir algo e até lá, as aulas seguem suspensas. Já Olinda afirmou que também não tem previsão de retorno e o foco continua sendo as aulas on-line. A Secretaria de Educação de Caruaru disse que segue trabalhando para o retorno seguro das atividades presenciais, com a retomada prevista para o início de maio. Por enquanto estão sendo realizadas aula remotas. A cidade de Goiana, na Zona da Mata, planeja retomar as aulas presenciais no dia 6 de maio e até lá segue com aulas on-line.

A Prefeitura de Petrolina afirma que segue dialogando com os órgãos de saúde com foco no retorno seguro e parcial das aulas presenciais para os mais de 56 mil alunos matriculados na rede municipal. “As equipes estão mobilizadas a criar condições para avançar para o ensino híbrido, mas, infelizmente, a taxa de ocupação dos leitos de UTI do município sertanejo passa de 87% atualmente. O que inviabiliza a volta às salas de aula para estudantes e professores”, disse em nota. A Secretaria Municipal de Educação segue dando total suporte a comunidade escolar das 211unidades que compõem a Rede pública de ensino de Petrolina. Hoje, o município conta com um quadro de cerca de 2.500 professores.

Ipojuca faz pesquisa
Por outro lado, o município de Ipojuca planeja a volta às aulas presenciais a partir do dia 31 de maio. Acontecerá por fases, em rodízio, iniciando pelos anos finais. A rede municipal de ensino é composta por 70 escolas, 22.000 alunos, cerca de 1.250 professores. Atualmente, está sendo feita uma pesquisa com os pais dos alunos sobre esse retorno para saber o que eles acham.

“Antes da volta presencial, no entanto, teremos o acolhimento nas escolas dos diretores, funcionários, professores e pais, com várias reuniões. Em maio, entregaremos todos os EPIs para os funcionários e alunos nas escolas e concluindo os preparos de infraestrutura para esse retorno de acordo com o protocolo sanitário estabelecido. Todo esse planejamento, porém, depende da evolução ou não da pandemia”, disse a Prefeitura em nota.

Protocolos
Em nota, a Secretaria de Educação e Esportes do Estado ressaltou que os municípios têm autonomia para decidir quando iniciarão as aulas presenciais. “Lembrando que todas as escolas devem estar adaptadas e seguindo os protocolos de biossegurança que prevê, por exemplo, o distanciamento de 1,5 metro de distância, uso de máscara e a instalação de lavatórios nas unidades de ensino. A SEE está em constante diálogo com a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e com a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) buscando dar o apoio que os municípios necessitam”, diz a nota.

Prefeitura de Caruaru abre processo seletivo para Secretaria de Educação

A Prefeitura de Caruaru abriu, na quarta-feira (20), processo seletivo para preencher cerca de 150 vagas na Secretaria de Educação e Esportes. O período de inscrição ocorrerá desta quinta-feira (22) até o próximo dia 28. Os candidatos aprovados atuarão na execução de atividades e projetos no âmbito das escolas regulares e em tempo integral do município. Eles serão selecionados através de análise curricular.

As vagas ofertadas são para professores habilitados nas seguintes graduações: Pedagogia, Letras, História, Geografia, Matemática, Ciências, Educação Física e Artes. Das vagas abertas, 5% delas são destinadas para pessoas com deficiência. Também estão disponíveis vagas para auxiliar administrativo educacional.

Os interessados podem fazer as inscrições acessando o portal: https://www.selecoes.caruaru.pe.gov.br. De acordo com o edital da seleção, cada candidato só pode concorrer a apenas uma vaga. Já o resultado preliminar do processo será divulgado no mesmo site e no Diário Oficial do município.

Prefeitura de Caruaru publica mais uma edição do Contexto Econômico

A Prefeitura de Caruaru, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa (Sedetec), publicou a segunda edição de 2021 do Contexto Econômico. Desenvolvido e mantido pela Sedetec, o serviço reúne no portal http://contextoeconomico.caruaru.pe.gov.br/ os principais fatores da conjuntura financeira do Brasil, de Pernambuco e de Caruaru.

Nesta nova edição, os leitores poderão conferir a números, índices e estatísticas das três áreas territoriais em termos de empregos, abertura de empresas, impostos, além dos resultados dos programas realizados pela Sedetec, referentes ao último mês de fevereiro.

Especificamente em relação a esse mês, Caruaru obteve destaque quanto ao volume de empregos formais registrado nos seus mais variados setores econômicos. De acordo com os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em fevereiro, a Capital do Agreste acumulou um saldo de +637 postos de trabalho no comparativo entre admitidos e demitidos.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Economia Criativa de Caruaru, André Teixeira Filho, acessar o Contexto possibilita uma boa atualização no que se referem aos cenários econômicos nacional, estadual e local. “Nele, os leitores têm a oportunidade de avaliar as três conjunturas, observando os potenciais a serem absorvidos em termos de empreendimentos e demais investimentos. Convidamos a todos a conhecer o Contexto Econômico”, destacou.

João Lyra sai em defesa de Raquel Lyra: ‘Ela pode galgar qualquer cargo’

28/05/2013. Credito: Nando Chiappetta/DP/D.A Press.- Blog JA – Entrega da 7 edicao do Premio Algo Mais.na foto – Joao Lyra Neto

O ex-governador de Pernambuco João Lyra Neto desmentiu, ontem, a informação repassada por aliados sob condição de anonimato de que ele teria aconselhado sua filha, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, a abrir mão de uma candidatura ao governo do estado no próximo ano. “Não tem nenhuma veracidade. Não houve nenhum comentário, não houve nenhuma conversa sobre isso. (A informação) não é verdadeira”, afirmou.

O próprio João Lyra procurou o Diario para dar a sua versão. “Ela é cotada (como possível candidata ao governo) porque é prefeita de uma cidade importante, foi reeleita com um índice muito alto, tem aprovação muito alta e tem um histórico político importante. Foi secretária de estado, deputada estadual e desponta como uma das lideranças a nível estadual que possa galgar qualquer cargo”, disse. Raquel foi reeleita prefeita de Caruaru no ano passado com 66.86% dos votos válidos.

O posicionamento de João Lyra foi no sentido de negar a desistência da pré-candidatura de Raquel Lyra ao governo do estado. Ele não confirmou, entretanto, que ela será candidata. “A nossa posição no estado depende muito do cenário nacional. Estamos em uma crise institucional, estamos em uma pandemia que tem trazido resultados muitos negativos na humanidade inteira, mas o Brasil, pela ineficiência da gestão do governo federal, tem agravado muito a situação no país. As articulações nacionais vão repercutir muito no estado”, explicou.

Cotada como um dos nomes capazes de liderar uma frente de oposição ao PSB no estado no próximo ano, Raquel Lyra assumiu, em março, a presidência do PSDB em Pernambuco, em um movimento considerado estratégico. Paralelamente, foi confirmado o retorno do ex-senador Armando Monteiro ao partido.

Apoio

Esta semana, em entrevista à Rádio Clube AM, o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, ao ser questionado sobre qual dos nomes oposicionistas ventilados até o momento mais o agradava, declarou apoio a Raquel Lyra. “Venho acompanhando a sua excelente gestão em Caruaru”, justificou. O Cidadania, que em 2020 disputou a Prefeitura do Recife com Léo Salazar sendo candidato a vice na chapa da Delegada Patrícia (Podemos), deve estar no palanque da oposição em 2022.

Diario de Pernambuco

Sismuc cobra resposta sobre vacinação de agentes

O Presidente do SISMUC – Regional, Eduardo Mendonça recebeu na sede do Sindicato, o Agente da Guarda Municipal de Caruaru, Marcio Bezerra, para tratar sobre a vacinação da Covid-19 nos servidores da Guarda que até o momento não começou. Para se ter ideia, desde o dia 31 de março existe uma Nota Técnica do Ministério da Saúde que determina que agentes da segurança sejam vacinados. Procurada a Secretaria de Ordem Pública e de Saúde ainda não explicaram aos agentes como será a dinâmica de vacinação neste grupo.

De acordo com a Nota Técnica N° 297 de 31 de março de 2021, o Ministério da Saúde direcionou para os estados e municípios exclusivamente doses da vacina contra a COVID-19 para as forças de segurança pública que estão envolvidas diretamente nas ações de vacinação como também nas ações de vigilância das medidas de distanciamento social. A identificação do público-alvo deverá ocorrer em articulação com as representatividades locais, dos municípios, estados e Distrito Federal com as entidades representativas. A vacinação foi recomendada a partir da data de publicação desta nota.

Porém, os servidores da Guarda Municipal de Caruaru que desde o início da pandemia atuaram nas barreiras sanitárias, nas fiscalizações das medidas de distanciamento social e, mais recentemente, também na vacinação, ainda não foram incluídos no plano municipal de  vacinação, como também não há uma previsão para a destinação da vacina para estes profissionais. Os Agentes de Segurança Pública do Estado, como Policiais e Bombeiros Militares e Policiais Civis já estão recebendo essas doses. De modo semelhante à atuação do Estado de Pernambuco, vários municípios iniciaram a vacinação de suas Guardas Municipais, a exemplo de Água Preta, Paulista e Ipojuca.

Os agentes solicitam a inclusão dos servidores da Guarda Municipal de Caruaru no calendário de vacinação para que estes profissionais continuem prestando um excelente serviço com segurança.

Para defesa de Lula, decisão do STF restabelece credibilidade do Judiciário

A defesa do ex-presidente Lula comemorou a decisão do Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), que formou maioria nesta quinta-feira (22) para considerar o ex-juiz federal Sergio Moro como suspeito nos julgamentos contra o petista na operação Lava Jato.

“É uma vitória do Direito sobre o arbítrio”, escreveram os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, que comandam a defesa do ex-presidente. “É o restabelecimento do devido processo legal e da credibilidade do Judiciário no Brasil.”

Segundo os advogados, o pedido feito à corte pela suspeição é encampado desde 2016 pela defesa. “Sergio Moro usou o cargo de juiz para praticar lawfare e promover uma verdadeira cruzada contra o ex-presidente Lula — para acusa-lo e condená-lo sem prova de culpa com o objetivo de retirá-lo das eleições presidenciais de 2018 e da vida política”, escreveram.

O caso, apesar de não concluído, já conta com maioria formada na corte: sete dos onze ministros (Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lwewandowski e Gilmar Mendes) votaram para manter a decisão de considerar Moro suspeito nos julgamentos. Outros dois ministros (o relator do caso, Edson Fachin, e Luís Roberto Barroso) consideraram que, uma vez que a corte já havia declarado a incompetência da Vara Federal de Curitiba no julgamento, não faria sentido discutir eventual suspeição.

O julgamento deve retornar na quarta-feira (28), com os votos do decano Marco Aurélio Mello e do presidente, Luiz Fux.

Congresso em Foco

ARTIGO – Tributar superricos garante auxílio emergencial sem condicionantes

Pressionados pela continuidade do pagamento do auxílio emergencial, o Governo Federal e o Congresso Nacional encaminharam proposta para a renovação. Mas, enganam-se os que pensam que seria uma ação “do bem”. A condição para aprovar um novo auxílio de R$ 250,00 mensais por quatro meses, é a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retira a obrigatoriedade de gastar um percentual mínimo em saúde e educação nas três esferas de governo.

Mais do que uma manobra, uma verdadeira chantagem, é uma grande maldade condicionar o auxílio ao encaminhamento da PEC Emergencial (186/2019).

Imaginem: o Brasil, com enorme desigualdade e concentração de renda, com o SUS universal atendendo 75% da população, cortar neste tipo de gasto! Imaginem: 88% das crianças estão em escolas públicas, que por pouco não perderam os recursos do Fundeb, limitar ainda mais os gastos com educação!

Não bastasse mais de 60 milhões na pobreza, 14 milhões de desempregados, mais de 250 mil mortes por Covid e ainda sem calendário de imunização, retirar recursos públicos das áreas e das populações mais vulneráveis!

Governo e Congresso sabem que há recursos para pagar renda emergencial e investir em políticas públicas tributando os super-ricos que, historicamente, não pagam nada ou são subtributados, deixando mais de 50% da arrecadação vir de impostos sobre o consumo, justamente pagos pelos que menos têm. O sistema tributário perverso precisa ser corrigido de forma urgente e solidária para salvar vidas!

É absurdo e imoral que os privilegiados de sempre, protegidos pela esfera política, fiquem isentos num país à deriva sanitária, econômica e humanitária, e considerar normal que os super-ricos fiquem ainda mais ricos, como provado pelos dados da Oxfam ano passado, em que 42 bilionários aumentaram suas fortunas em mais de R$ 170 bilhões, em apenas cinco meses de pandemia.

Já vivemos o terror da Emenda Constitucional 95, que congela investimentos em áreas sociais por 20 anos – a chamada PEC da Morte, mostrando seu desolador efeito. Agora, outras duas PECs assombram ainda mais o cenário obscuro da redução do Estado para os mais pobres. Não só a PEC Emergencial, mas também a PEC 188, chamada PEC do Pacto Federativo. Não é por menos que a PEC 188 é também chamada a PEC do fim do mundo.

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lyra, disse no twitter na última semana que as duas PECs devem ser votadas em março e serão um marco histórico nas finanças públicas do país. Tem razão! Salvar as finanças e matar as pessoas. É um marco sem precedentes humanitários: na hora que o Estado precisa salvar, vem asfixiar. E tendo como fazer justiça fiscal, mover a economia e promover igualdade, como provado pelo estudo da Made/USP divulgado no mês de fevereiro.

O governo e o Congresso insistem em não propor o fim do Teto de Gastos, que impede aumento de recursos em saúde e educação. Cortar recursos nas áreas sociais é a cantilena da salvação nacional!

Na verdade, atrasam ainda mais a recuperação da economia, quando deveriam estar focados em programas para garantir emprego e renda, dar recursos para quem efetivamente movimenta a economia, caso de quem foi beneficiado pelo auxílio emergencial.

No primeiro pagamento do auxílio, que foi de R$ 600,00, a contragosto do próprio governo, que queria o valor de R$ 200,00, foram beneficiadas mais de 60 milhões de pessoas. Isso ajudou a reduzir a extrema pobreza e aumentou o PIB, sendo, portanto, muito bom do ponto de vista econômico também.

Quais os verdadeiros motivos dessa perseguição ao Estado democrático, aos princípios constitucionais? Talvez não encontremos todas as respostas, mas sempre é bom reler o que disse, ainda em 2019, a procuradora de Contas do Estado de São Paulo, a professora Élida Graziane¨: “Sem corrigir as distorções da regressiva matriz tributária e do elevado estoque de renúncias fiscais, tampouco sem cumprir os ditames constitucionais sobre os limites da dívida consolidada e mobiliada federal, a proposta de desvincular, desindexar e desobrigar o orçamento público traz consigo, a bem da verdade, outra tríade ‘DDD’: desigualdade, desonestidade e destruição constitucional”.

Precisamos todos dizer chega às PECs da morte, do fim do mundo, ao teto de gastos, à vergonha de ser um país tão desigual. Precisamos mais do que nunca tributar os super-ricos e salva vidar.

Maria Regina Paiva Duarte

Presidenta do Instituto Justiça Fiscal

STF forma maioria pela suspeição de Moro nos julgamentos de Lula

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta quinta-feira (22), para considerar o ex-juiz Sergio Moro suspeito nos julgamentos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em uma discussão que ficou acalorada e contou com discursos dos ministros a favor e contra os métodos da Operação Lava Jato, sete dos 11 integrantes da corte decidiram a favor de Lula. Até o momento, apenas o relator do caso, Edson Fachin, e o ministro Luís Roberto Barroso consideraram prejudicada a questão.

Uma corrente divergente, apresentada pelo ministro Gilmar Mendes, considerou que a decisão de que a 13ª Vara Federal de Curitiba era incompetente para julgar os casos de Lula não impediria a manutenção da suspeição. Os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Cármen Lúcia , Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Nunes Marques o acompanharam.

O debate também teve, como pano de fundo, as ações e os efeitos da Operação Lava Jato. Ministros como Barroso, favoráveis aos efeitos da operação, indicaram que há um ataque à luta contra a corrupção. “Há um projeto de vingança na destruição dos avanços que conseguimos”, disse Barroso, em seu voto. “Que ninguém se iluda : não há como o Brasil se tornar verdadeiramente desenvolvido com os padrões de ética pública e ética privada que praticamos por aqui: precisamos de um pacto de integridade para mudar o Brasil.”

Barroso também se desentendeu com o ministro Ricardo Lewandowski sobre mensagens obtidas por um hacker nos celulares de procuradores da Operação Lava Jato e depois veiculadas pela imprensa.

Casos vão para o DF

Antes, o Plenário decidiu, por votos seis votos a dois, que os casos de Lula deverão ser julgados pela Justiça Federal do Distrito Federal. O recurso, o terceiro envolvendo o julgamento do ex-presidente na corte julgado em oito dias, conclui a discussão sobre a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para avaliar o caso.

Como o julgamento pela incompetência da Vara de Curitiba se deu por oito votos a três, apenas a corrente vencedora indicou quem deveria receber os casos. O relator do caso, Edson Fachin, indicou a JFDF, sendo acompanhado pelos ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.

O ministro Alexandre de Moraes indicou que o caso deveria seguir para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), com sede em São Paulo. O ministro foi acompanhado pelo ministro Ricardo Lewandowski. Não votaram nesta questão os ministros Nunes Marques, Marco Aurélio e Luiz Fux, que originalmente mantinham em Curitiba os casos.

Bate-boca

Os debates entre os ministros se avolumaram ao final da sessão, quando a maioria já estava formada. A ministra Rosa Weber ignorou uma sinalização do presidente Luiz Fux que encerraria a sessão sem ler seu voto – e o leu mesmo assim, dando o sétimo voto ao pedido da defesa.

Ao fim dos debates, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso – dois ministros cujo desafeto público desponta de muitos anos –voltaram a discutir. Desta vez, nem a intervenção do presidente, efetivamente encerrando a sessão, foi capaz de acalmar os ânimos da corte.

Congresso em Foco

Consultoria técnica de qualidade e baixo custo atrai empresários na contratação de empresas juniores

O empreendedorismo universitário tem crescido cada vez mais, com as chamadas “Empresas Juniores” (EJs). E, embora o cenário econômico atual seja delicado em razão da pandemia, esse setor tem se reinventado com a continuação dos trabalhos de forma remota, sem parar de produzir e conquistar novos clientes. Exemplo disso é a AQUA Jr. – Assessoria Química e Ambiental, empresa júnior do Centro Universitário UniFavip.

Recentemente, a empresa conseguiu emitir o CNPJ, dando um grande passo em sua consolidação no mercado, tornando-se a primeira empresa júnior do UniFavip. A AQUA Jr. é formada por estudantes de engenharias química, bem como ambiental e sanitária. Seu objetivo é trazer inovação para o mercado de forma acessível, ressaltando a importância dos profissionais da área, como explica a estudante e diretora presidente da empresa, Leandra da Silva.

“Somos uma empresa de consultoria júnior, atuante no mercado desde 2018, que tem como objetivo trazer ao mercado um serviço diferenciado, atendendo às necessidades do cliente e do meio ambiente, de forma inovadora. Desenvolvendo técnicas e soluções com excelência a um bom custo benefício, prezando sempre pela satisfação do cliente e pelo respeito ao meio ambiente. Dessa forma, nos tornamos referência em soluções de Engenharia júnior, apresentando como destaques nosso compromisso, multidisciplinaridade e inovação, apresentando novas perspectivas para domínio científico”, disse.

Regulamentada no Brasil através da Lei 13.267/2016, as empresas juniores são associações civis sem fins lucrativos e com fins educacionais, formadas exclusivamente por alunos do ensino superior ou técnico. Com uma qualidade de uma empresa sênior na prestação de serviços e baixo custo de investimento (custo-benefício) na contratação, as EJs são uma excelente opção para empresários de diversas áreas de atuação do mercado em geral.

A empresária Girlan Siqueira, dona de uma produtora de licor caseiro, contratou os serviços de consultoria da AQUA Jr. e ressaltou o relacionamento, bem como a importância do trabalho da EJ para o crescimento do seu negócio. “Minha experiência em contratar os serviços da empresa foi maravilhosa, a equipe é super atenciosa e todos muito dedicados em fazer minha empresa crescer. Sem contar o atendimento ao cliente que é diferenciado. Mesmo online, me passaram segurança e credibilidade. Estou muito satisfeita e foi por todos esses motivos que fechei o contrato”, destaca.

Uma das grandes vantagens, que difere a AQUA Jr. de uma empresa sênior, segundo Leandra, é o oferecimento de serviços com a mesma qualidade e com um custo bem menor. Ela sinaliza que isso tem sido um atrativo para diversos empresários, que tem buscado cada vez mais os serviços da empresa, permitindo um crescimento da mesma em meio à pandemia. “Inclusive, acabamos de fechar um contrato novo na última semana”, revela Leandra.

A diretora e presidente da AQUA Jr. ainda conta como está fluindo a dinâmica do trabalho diante do cenário atual. “Estamos trabalhando ativamente, adaptamos o atendimento para home office, mas continuamos trabalhando normalmente. Quando precisamos fazer uma visita técnica, por exemplo, vamos até o cliente, respeitando todos os protocolos de segurança referentes à Covid”, conclui.

A área de atuação de uma empresa júnior pode ser abrangente, sendo pertinente aos mais diversos negócios e segmentos. A AQUA Jr., por exemplo, atua com consultoria nos seguintes temas: padronização de processo, licenciamento ambiental, aprimoramento de produtos, tratamento de água e efluentes, gestão de produtos químicos e mapa de risco.
A AQUA Jr. passou, recentemente, pela janela de federação com a Confederação de Empresas Juniores de Pernambuco – FEJEPE, sendo aprovada e se tornando a terceira empresa júnior de Caruaru a alcançar essa conquista.

Políticos e analistas veem discurso vazio de Bolsonaro

As reações ao discurso do presidente Jair Bolsonaro na Cúpula de Líderes sobre o Clima foram quase imediatas. Especialistas e políticos apontaram inverdades nas declarações do mandatário e questionaram os compromissos firmados por ele, que destoam de postura tradicionalmente negacionista, desde que assumiu o governo, sobre preservação ambiental.

Para o diretor-executivo do WWF Brasil, Mauricio Voivodic, o país “sofre um processo contínuo de desmantelamento de políticas públicas direcionadas à preservação do meio ambiente” desde que o presidente iniciou o mandato. “A equipe do governo Bolsonaro parece agir em direção contrária aos interesses nacionais e de conservação do meio ambiente”, avaliou.

Voivodic também ressaltou que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, trabalha para diminuir a fiscalização e para desmantelar órgãos ambientais que combatem a ilegalidade. Nesse contexto, ele disse que Bolsonaro age como se a Amazônia fosse um refém, ao exigir pagamento de líderes para manter a floresta de pé.

Na opinião de Fabiana Alves, coordenadora de Clima e Justiça do Greenpeace, dar recursos ao governo brasileiro, que atua contra a preservação ambiental, seria um equívoco. “É impossível proteger a floresta dando fundos a alguém responsável por níveis recordes de desmatamento na Amazônia e violações dos direitos humanos”, destacou.

Já o deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP), coordenador da Frente Ambientalista da Câmara, comentou que o governo está sentindo a pressão internacional, o que justifica o tom mais moderado do discurso de Bolsonaro. “O governo está acuado no ponto de vista da questão ambiental. Nós estamos, há dois anos e quatro meses, num processo de desmonte de todas as políticas ambientais brasileiras. (…) Nosso desmatamento já é superior a um milhão de hectares/ano. Então, esse discurso moderado vem por conta das pressões internacionais que o Brasil sofre”, argumentou.

O senador Jaques Wagner (PT-BA), presidente da Comissão de Meio Ambiente da Casa, também criticou a fala de Bolsonaro. “Enquanto o mundo se compromete com avanços na área ambiental, a fala do presidente na Cúpula do Clima foi vazia e carregada de mentiras. Além de não demonstrar qualquer compromisso com o meio ambiente, apresentou ações que não são do seu governo e mentiu sobre as taxas de desmatamento na Amazônia”, afirmou.

A deputada Carla Zambelli (PSL-SP) elogiou a participação do mandatário. “Em excelente discurso para a Cúpula de Líderes sobre o Clima nos EUA, o presidente Jair Bolsonaro reafirma o papel de liderança do Brasil na conservação de seu bioma e o compromisso em eliminar o desmatamento ilegal até 2030. O Brasil está aberto à cooperação internacional”, ressaltou.

Correio Braziliense