Violência sexual e física são as principais preocupações das mulheres no Brasil e no mundo

A violência sexual é o problema mais importante enfrentado pelas mulheres e meninas no Brasil, aponta a pesquisa global “International Women’s Day 2019 – Global atitudes towards gender equality” da Ipsos. Para 39% dos brasileiros, a violência sexual é a questão mais significativa, seguida por violência física (34%) e assédio sexual (28%).

A preocupação com a violência física cresceu 6 pontos percentuais em comparação com 2018, quando marcou 28%. O índice de violência sexual, no entanto, diminuiu; foram 8 pontos percentuais em relação a 2018 (47%). Já o assédio sexual registrou 38% no ano passado (uma queda de 10 p.p).

“No ano passado, tivemos um aumento considerável no número de feminicídio e tentativas de assassinatos de mulheres no Brasil. O país é hoje o quinto que mais mata mulheres do mundo. Estes casos estão sendo amplamente noticiados pela imprensa que coloca a questão em maior evidência, se tornando o cerne da preocupação das questões de equidade de gênero no país”, afirma Maiani Machado, diretora da área de reputação corporativa na Ipsos.

No mundo, os maiores problemas listados são os mesmos do Brasil, mas a ordem é diferente. Assédio sexual lidera o ranking (30%), violência sexual está na segunda colocação (27%) e violência física e igualdade salarial ficaram em terceiro lugar, com 22%.

O quarto tema globalmente mais citado, também relacionado a violência, é o abuso doméstico, com 20%. O assunto também aparece em quarto lugar no Brasil, com 19%.

No Brasil, a igualdade salarial é o quinto assunto mais crítico para 17% dos entrevistados. Por outro lado, o tema lidera em outros países, como Chile (38%), Canadá (35%), Hungria (33%), Holanda (33%), Suécia (31%) e Grã-Bretanha (29%).

Igualdade de gênero

Para sete em cada dez entrevistados globalmente (69%), a equiparação salarial é a ação com impacto mais positivo para alcançar a igualdade entre homens e mulheres. A criação de leis mais duras para prevenir a violência e o assédio contra as mulheres é a segunda atitude (68%) que mais deve ajudar a promover a igualdade.

Dividir a responsabilidade da criação das crianças e do cuidado do lar (66%), educar meninos e meninas sobre a importância da igualdade de gênero na escola (66%) também estão entre as ações que podem ajudar a alcançar a igualdade de direitos entre homens e mulheres.

Globalmente, dois terços dos entrevistados (65%) concordam que as mulheres não vão atingir a igualdade sem que os homens também tomem ações para apoiar os direitos das mulheres. No Brasil, 60% concordam com essa afirmação. O Peru (76%), a Sérvia (76%) e a África do Sul (75%) são os países que mais concordam com essa visão. Por outro lado, Japão (47%), Polônia (51%) e Itália (53%) apresentam os menores índices.

Na média global, mais pessoas discordam (49%) do que concordam (42%) que dar direitos iguais a homens e mulheres foi longe demais. Para dois terços dos entrevistados (65%), alcançar a igualdade de gênero é pessoalmente importante para eles. Os índices mais altos são do Peru (80%) e Colômbia (78%) e os mais baixos aparecem no Japão (36%) e Rússia (45%). O Brasil aparece com 61%.

Homens e mulheres

O Brasil é o terceiro país que mais concorda com a afirmação “um homem que fica em casa para cuidar das crianças é menos homem”, com 26%. A Coreia do Sul é a nação que mais concorda com essa frase (76%), seguida pela Índia (39%). Globalmente, o índice é de 18%.

Uma em cada três pessoas (33%) se descreve como feminista, uma queda em relação ao ano passado (37%). O maior percentual foi encontrado na Índia (50%), seguido por África do Sul (44%), Espanha (44%) e Brasil (41%). Os mais baixos foram encontrados no Japão (18%), Hungria (20%) e Rússia (20%).

No mundo, cinco em cada dez entrevistados (52%) acreditam que existem mais vantagens em ser homem do que mulher atualmente. O Chile lidera nessa questão, com 72%, enquanto o Brasil aparece em 22º lugar, com 45%.

Metade dos entrevistados (50%) acredita que as mulheres de hoje em dia têm uma vida melhor do que as da geração dos seus pais. Chile (75%), Colômbia (69%) e Índia (66%) são os países que mais concordam com esse tema, enquanto o Japão é o que menos concorda (27%). No Brasil, o índice é de 50%.

Discriminação por área

A educação é a área em que as pessoas acreditam que a igualdade será alcançada primeiro – cerca de metade dos entrevistados (47%) estão confiantes que a discriminação contra as mulheres na educação terá terminado em 20 anos. No Brasil, o índice é de 57%, 10 pontos percentuais acima da média global.

Entretanto, as pessoas estão menos confiantes de que isso vá acontecer no governo e na política (37%). No Brasil, 47% estão confiantes que a igualdade nesse tema será alcançada nos próximos 20 anos. Os mais pessimistas quanto a isso estão na Hungria (65%), Chile (54%) e Japão (53%).

A pesquisa foi feita em 27 países, incluindo o Brasil, com 18.800 entrevistados, sendo 1.000 brasileiros, entre os dias 21 de dezembro de 2018 e 4 de janeiro de 2019.

Caruaru inicia Mês da Mulher com programação no Marco Zero

Nesta sexta-feira (08), em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, a Prefeitura de Caruaru, através da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM), inicia uma programação especial que será realizada até o dia 31 deste mês nas zonas urbana e rural do município.

A primeira ação será amanhã (08) e no sábado (09) no Marco Zero, das 08h às 17h, onde acontecerá a 8ª Edição da Feira da Mulher Empreendedora e a oferta de diversos serviços em 12 estandes. Vai ter orientações e atendimentos do Bolsa Família, aconselhamento e orientação jurídica pelo Centro de Referência da Mulher Maria Bonita (CRMMB), aferição de pressão, testes rápidos de saúde como glicemia, exposição dos projetos e programas promovidos pela SPM.

Serão parceiras dessas atividades, junto com a SPM, as secretarias municipais de Saúde, de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SDSDH), a Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru, além de Biesp, Destra e Liga de ginecologia e obstetrícia de Medicina da UFPE.

No Marco Zero também terá a realização do 1º Festival de Violeiras, que contará, exclusivamente, com a participação de mulheres, das 18h às 22h. Organizado pelo repentista Rogério Menezes, a apresentação do evento ficará por conta da declamadora Mariana Teles. No domingo (10), dentro do projeto “Nossa Avenida”, serão promovidas aula de zumba, exames rápidos de saúde, resgate de brincadeiras antigas, entre outras ações. Um dos destaques da programação em alusão ao mês da mulher, será o 1º Encontro de Participação Política Para Mulheres, que acontecerá no próximo dia 15 deste mês, das 08h às 17h, na ACIC.

O evento contará com a participação de gestoras públicas do Estado de Pernambuco, além de representantes de movimentos sociais, instituições não governamentais e da sociedade civil, pesquisadoras. O público estimado é de aproximadamente 200 pessoas de Caruaru e cidades circunvizinhas.

Diversas outras intervenções serão promovidas durante o mês de março e algumas contarão também com o apoio do Caruaru Shopping (na exposição de artes femininas), da Associação dos Moradores do Bairro José Antônio e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. “A Secretaria de Políticas para Mulheres vem se destacando nas ações voltadas para as mulheres tanto da zona urbana como rural do município, desenvolvidas pela Prefeitura de Caruaru, e para o mês considerado o “Mês da Mulher”, não seria diferente. Estamos nos fazendo presentes em algumas frentes de atuação, como enfrentamento a violência, saúde da mulher, qualidade de vida, cultura e lazer, empreendedorismo feminino, realizando uma integração entre as demais secretarias do município”, destacou a secretária da SPM, Juliana Gouveia.

Dia Internacional da Mulher

O ano de 1975 foi designado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o “Ano Internacional da Mulher” e o dia oito de março, como o “Dia Internacional da Mulher”. Dois anos depois, em dezembro de 1977, a data foi adotada oficialmente, em assembleia geral entre os países membros. O objetivo era reconhecer o papel das mulheres nos esforços de paz e desenvolvimento e pedir o fim da discriminação e apoio para o aumento da participação plena e igualitária da mulher em diferentes áreas de atuação na sociedade.

O Dia Internacional da Mulher é celebrado em oito de março por diversos países ao redor do mundo para reconhecer conquistas de direitos e fortalecer reivindicações, independente de diferenças étnicas, linguísticas, culturais, econômicas ou políticas. É o momento de relembrar lutas e realizações, e inspirar futuras gerações de jovens meninas.

Educação de Caruaru tem programação especial para celebrar o Dia Internacional da Mulher

A Secretaria de Educação de Caruaru (SEDUC) organizou uma programação especial para celebrar o Dia Internacional da Mulher, vivenciado nesta sexta-feira (08). A partir das 8h, as servidoras da SEDUC serão acolhidas com música e ganharão brindes. As comemorações também se estendem às escolas e creches, entre os dias 11 e 14, com oficinas, palestras, muita música, teatro e sussurros poéticos destacando a importância da mulher na sociedade.

A ideia de instituir o Dia da Mulher surgiu no final do século XIX e início do século XX nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho, e pelo direito de voto. Os anos se passaram e as mulheres, com muita luta, conseguiram inserir a data no calendário mundial.

Atualmente, além do caráter festivo e comemorativo, o Dia Internacional da Mulher ainda continua servindo como conscientização para evitar as desigualdades de gênero em todas as sociedades.

Igualdade de gênero

Historicamente, a mulher esteve submissa ao poder masculino, sendo vista apenas com a função de procriação, de manutenção do lar e de educação dos filhos, numa época em que o valor era a força física.

No século XX, depois das grandes guerras mundiais, dos avanços científicos e tecnológicos surge, irrevogavelmente, a possibilidade de outros espaços para a mulher, como a escola que tem realizado debates sobre gênero, pois é dentro das salas de aula que se formam diversas relações sociais.

Embora muitas conquistas tenham sido alcançadas, a exemplo da Lei Maria da Penha e da Lei do Feminicídio, ainda assim, em países como o Brasil, são cada vez mais comuns os casos de estupro, violência contra mulher e desigualdades.

Paulo Câmara lança voo entre Recife e Santiago do Chile

A partir de julho, os pernambucanos passam a contar com mais uma frequência internacional: o voo Recife-Santiago do Chile. O governador Paulo Câmara fará o lançamento do voo nesta sexta-feira (08), no Palácio do Campo das Princesas, com a presença do diretor de Relações Internacionais da Gol, Cláudio Borges.

Operada pela Gol Linhas Aéreas, a nova rota ligará, semanalmente, aos sábados, a capital do Estado à capital chilena, funcionando como uma importante porta de entrada de visitantes para Pernambuco.

Sivaldo Albino luta para levar UTI Neonatal para Garanhuns

No último dia 26 foi publicado no Diário Oficial do Estado, Indicação de autoria do Deputado Sivaldo Albino (PSB) em que o mesmo solicita ao Governador do Estado e ao Secretário Estadual de Saúde a implantação de uma UTI Neonatal no Hospital Regional D. Moura, sediado em Garanhuns.

A solicitação atende uma antiga reivindicação da comunidade médica que atende no HRDM e da população em geral, tendo em vista que este hospital ainda não tem o espaço adequado para a realização de partos de prematuros. Vale ressaltar que atualmente mais de 300 partos são realizados na maternidade do hospital, mensalmente.

Por não possuir tal equipamento, muitas vezes as parturientes chegam em situação de urgência no Hospital e precisam ser encaminhadas para unidades de saúde da rede particular e até para outras cidades, causando mal estar e apreensão às parturientes e familiares.

Para Sivaldo Albino, a implantação de uma UTI Neonatal no Dom Moura, além de contribuir para reduzir ainda mais a taxa de mortalidade infantil no estado, já que a prematuridade é sua principal causa, vem trazer conforto, segurança e dignidade, tanto para as mães quanto para os recém-nascidos.

Para Humberto, falas de Bolsonaro geram clima de instabilidade no país

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), rebateu a declaração do presidente Jair Bolsonaro que disse, nesta quinta-feira (07), que a “democracia só existe se as Forças Armadas quiserem”. Segundo Humberto, a fala do presidente desmerece a luta do povo brasileiro durante o regime militar.

“No Brasil, a democracia foi conquistada com muita luta pela população, que enfrentou uma ditadura para garantir o direito da população ao voto. O próprio vice, que é um militar de alta patente, teve que vir a público amenizar essa declaração”, afirmou.

Nos últimos dias, várias falas polêmicas do presidente geraram repercussão negativa em escala mundial. Durante o Carnaval, Bolsonaro chegou a publicar um vídeo com conteúdo pornográfico em suas redes sociais para tentar rebater as críticas que sofreu nas ruas de todo o país durante a folia.

Para Humberto, declarações inconsequentes e irresponsáveis, que desrespeitam o próprio cargo de presidente, geram um clima de instabilidade e afetam as relações políticas e econômicas do Brasil com outros países. “Nos dias de hoje, com as redes sociais, ninguém pode falar qualquer bobagem, principalmente quem tem a responsabilidade de ser presidente da República“.

Segundo o líder do PT, o governo Bolsonaro promete ainda “dias piores”. Ele acredita ser difícil o presidente completar os seus quatro anos no cargo. “Bolsonaro é desprovido de qualquer competência e bom senso. Ele é despreparado. Não sabe o que está acontecendo. Infelizmente, temos que nos preparar para o pior porque não sei se o país aguenta tanta ebulição”, afirmou o senador, que completou: “o governo não tem nenhum projeto de construção. É tudo para destruir, derrubar, acabar”.

AETPC apoia Campanha “Silêncio não protege, denuncie”

A partir desta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, quem entrar nos ônibus urbanos da cidade vai encontrar cartazes da Campanha “Silêncio não protege, denuncie”. Pelo segundo ano consecutivo, as empresas de transporte público de Caruaru vem apoiando essa causa, que visa garantir a integridade da mulher.

A campanha foi idealizada pela Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, do Tribunal de Justiça de Pernambuco.

Em Caruaru o juiz Hildemar de Morais, da Vara da Mulher, falou da importância dessa parceria. “Esse precioso apoio da iniciativa privada na divulgação da campanha visa divulgar uma mensagem educativa de combate à violência contra a mulher na esperança de um futuro mais igualitário para todas”, disse.

Desde junho de 2017, as mulheres caruaruenses contam com uma lei municipal (nº 5.914, de 28 de junho de 2017), de autoria do vereador Daniel Finizola, que assegura as mulheres o direito de embarque e desembarque fora das paradas obrigatórias no período noturno, e que vem sendo cumprida pelas empresas de ônibus.

Para o diretor institucional da AETPC, Ricardo Henrique, usar o transporte público para fomentar a campanha de enfrentamento contra a violência é de extrema importância por conseguir alcançar possíveis vítimas que utilizam o sistema e que poderão se sentir acolhidas pela campanha. “As empresas devem ser pontes para sociedade e não muros. Hoje transportamos, em média, 1 milhão e 800 mil passageiros por mês e enxergamos isso como um canal para a divulgação dessa campanha tão importante, que busca colaborar com o enfrentamento ao combate da violência contra a mulher. A AETPC está unida com a Vara da Mulher de Caruaru para combater a violência, incentivando a denúncia através do 180”.

A psicóloga da Vara da Mulher, Luciana Lira, explica como um cartaz no ônibus pode influenciar psicologicamente na decisão de denunciar. “ O ônibus é um espaço de troca. Muita vezes é ali naquele espaço, em 15 ou 20 minutos de trajeto, que a mulher pode refletir sobre sua vida. É muito bom que nesses ambientes tenham essas parcerias porque muitas vezes a mulher não tem a coragem de denunciar e pode se sentir encorajada ao ver esse tipo de conteúdo”.

Planalto defende divulgação de vídeo obsceno por Bolsonaro e nega crítica dele ao Carnaval

Após um dia de repercussão negativa sobre uma postagem de teor obsceno publicada pelo presidente Jair Bolsonaro no Twitter na noite de terça-feira (05), o Palácio do Planalto divulgou nota à imprensa (veja a íntegra mais abaixo), no início da noite desta quarta-feira (06), em que minimiza as críticas recebidas, alegando que as cenas constantes no vídeo divulgado “escandalizaram” não apenas o capitão, mas a sociedade.

A assessoria da Presidência da República afirma ainda que não houve, por parte do presidente, a “intenção de criticar o carnaval de forma genérica”. Segundo a nota, Bolsonaro quis “caracterizar uma distorção clara do espírito momesco” e denunciar um crime que atenta contra os valores familiares.

A gravação publicada na conta oficial de Bolsonaro no Twitter mostra um homem dançando sobre um ponto de táxi. Ele introduz, aparentemente, o dedo no ânus enquanto dança. Na sequência, outro jovem urina na cabeça dele. Embora o presidente não tenha identificado o local onde foi registrada a cena, o episódio ocorreu na segunda-feira (4) em um bloco chamado Blocu, no centro de São Paulo.

Líderes da oposição classificaram a divulgação do vídeo como conduta incompatível com o cargo e avaliam a possibilidade de tomar alguma providência em relação ao episódio. O PT anunciou que pretende pedir à Procuradoria-Geral da República que investigue o presidente por divulgação de pornografia na internet.

Críticos e apoiadores do presidente duelaram no Twitter ao longo de todo o dia com as hashtags #ImpeachmentBolsonaro e BolsonaroTemRazão.

Veja a nota na íntegra:

Nota à imprensa

A respeito de publicação realizada na conta pessoal do Presidente da República, em 5 de março, convém esclarecer que:

– No vídeo, postado pelo Sr Presidente da República em sua conta pessoal de uma rede social, há cenas que escandalizaram, não só o próprio Presidente, bem como grande parte da sociedade.

– É um crime, tipificado na legislação brasileira, que violenta os valores familiares e as tradições culturais do carnaval.

– Não houve intenção de criticar o carnaval de forma genérica, mas sim caracterizar uma distorção clara do espírito momesco, que simboliza a descontração, a ironia, a crítica saudável e a criatividade da nossa maior e mais democrática festa popular.

Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República

Campanha da Fraternidade aborda políticas públicas

Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse nesta quarta-feira (06), no lançamento da Campanha da Fraternidade, que o papel do Ministério Público é zelar para que as políticas públicas incluam todos os cidadãos, alertando que as medidas adotadas pelo Estado não podem discriminar e devem contribuir para o combate da corrupção, criminalidade, violência e pobreza.

“São os mais pobres, sempre, as maiores vítimas do egoísmo humano. E a solidariedade é o seu maior antídoto”, disse a procuradora ao participar do lançamento da Campanha da Fraternidade, organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cujo tema este ano é Fraternidade e Políticas Públicas.
Ao comentar a proposta de reforma da Previdência, Dodge adotou um tom prudente, e disse que todo e qualquer governo deve prezar pela Constituição, que, segundo ela, estabelece critérios para um Estado fraterno.
“A campanha [da CNBB] lembra que fraternidade e política pública são temas vinculados, e lembra que cada cidadão tem o direito e o dever cívico de participar da elaboração das políticas públicas. [A discussão sobre a reforma da Previdência] é um debate cidadão”, disse.
A procuradora-geral, Raquel Dodge, destacou, mais de uma vez, a necessidade do combate à corrupção que, segundo ela, é uma ameaça ao financiamento de políticas públicas voltadas para a população brasileira.
CNBB
O cardeal Sergio da Rocha, presidente da CNBB, disse que o objetivo da campanha deste ano é estimular a participação dos cristãos na construção e acompanhamento das políticas públicas, esclarecendo que a Igreja não adota uma postura politico-partidária.
Sobre a reforma da Previdência, o cardeal disse que a CNBB ainda avaliará o texto enviado pelo governo. Segundo ele, o importante é assegurar os direitos dos menos privilegiados e evitar retrocessos de conquistas dos trabalhadores.
“É muito importante o diálogo. Não apenas entre o governo e o Congresso, mas um diálogo que escute todos os segmentos da sociedade”, disse. Segundo o cardeal, a Igreja já manifestou essa preocupação em governos anteriores que tentaram aprovar mudanças na Previdência.

Bolsa cai e dólar fecha no maior valor do ano

Em um dia de poucos negócios no mercado financeiro, a moeda norte-americana fechou no maior valor do ano, e a bolsa de valores caiu para o menor nível em dois meses. O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (6) vendido a R$ 3,836, com alta de 2.47%.

Esse é o valor mais alto desde o último dia de negociações em 2018. Em 28 de dezembro, a divisa tinha encerrado o ano vendida a R$ 3,876.

Essa foi a terceira sessão seguida de alta do dólar. O dia também foi de perdas na bolsa de valores, o índice Ibovespa, da B3, antiga Bolsa de Valores de São Paulo, fechou a Quarta-Feira de Cinzas com baixa de 0,41%, aos 94.217 pontos. Apesar de a queda ter sido leve, essa foi a quarta sessão consecutiva de recuo. O índice encerrou no nível mais baixo desde 15 de janeiro.