Audiência tratará sobre Adutora Serro Azul

O governador Paulo Câmara deu o primeiro passo para concretizar a estratégia de levar água da Mata Sul para o Agreste pernambucano. Em despacho com o presidente da Compesa, Roberto Tavares, na última quarta-feira (19), Câmara autorizou a convocação da audiência pública para a apresentação à sociedade do projeto da Adutora de Serro Azul, uma obra estruturadora que irá garantir mais água para dez cidades do Agreste.

O convite para a audiência já foi publicado no Diário Oficial do Estado, na última quinta-feira (20). O evento será uma oportunidade para a Compesa explicar e tirar dúvidas da população e construtoras interessadas sobre a obra. A reunião pública será no 4 quatro de agosto, às 10h, na Escola Técnica Maria José Vasconcelos, Loteamento Santo Amaro II, em Bezerros, no Agreste.

A realização da audiência pública está prevista na Lei de Licitação como etapa inicial do processo licitatório para obras com valores superiores a R$ 150 milhões. A Adutora de Serro Azul será construída a partir da Barragem de Serro Azul, em Palmares, e terá 68 quilômetros de extensão, garantindo uma vazão de 500 litros de água, por segundo. O empreendimento receberá investimentos de R$ 200 milhões, recursos do Governo do Estado e Compesa, com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Com a obra já autorizada, a Barragem de Serro Azul, além de proteger as pessoas das enchentes, cumprirá uma segunda função, que é de garantir água para 800 mil pessoas. Serão beneficiadas as cidades de Caruaru, Bezerros, Gravatá, São Caetano, Belo Jardim, Sanharó, Tacaimbó, São Bento do Una, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. As obras devem ser concluídas até março de 2019. Além dos 68 quilômetros da adutora, o projeto prevê quatro estações de bombeamento e um reservatório com capacidade de armazenar 4,5 mil metros cúbicos de água.

“Estamos cumprindo mais uma etapa dessa importante obra que o nosso governo concluiu e fazemos isso de maneira democrática, ouvindo e debatendo com a população. Serro Azul, além de proteger a população da Zona da Mata nos períodos chuvosos, vai abastecer a população do Agreste. É uma obra que vai mudar para melhor a vida das pessoas. E esse é o nosso compromisso”, explicou o governador Paulo Câmara.

 

Ministério da Saúde lança estratégia para reduzir mortalidade neonatal

O Ministério da Saúde acaba de lançar a QualiNEO, uma estratégia que visa diminuir a mortalidade neonatal e qualificar o atendimento ao recém-nascido nas maternidades das regiões Norte e Nordeste. Inicialmente, a estratégia contemplará nove estados que concentram as maiores taxas de mortalidade neonatal no país: Amapá, Amazonas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Roraima e Sergipe.

O Ceará também fará parte do grupo, mas foi escolhido por ser um centro de referência da Rede Cegonha, estratégia do Ministério da Saúde que proporciona às mulheres saúde, qualidade de vida e bem estar durante a gestação, parto, pós-parto e o desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida.

O QualiNEO visa qualificar as práticas de atenção ao recém-nascido de risco, que integra as diversas ações do Ministério da Saúde voltadas à saúde da criança. A iniciativa será desenvolvida durante dois anos (junho de 2017 a julho de 2019) nas maternidades selecionadas. Ao final desse período, a pasta entregará um selo de qualidade às instituições que, além de integrar a estratégia, também conquistaram melhoras nos indicadores de assistência. Entre estas melhorias, destacam-se a redução da mortalidade neonatal (primeiros 28 dias de vida), casos de asfixia no nascimento e de infecções da corrente sanguínea associada a cateter, além do aumento na taxa de aleitamento materno. As maternidades também estarão aptas a compartilhar esta estratégia com outras unidades de saúde em seu estado.

A proposta é reunir as principais ações desenvolvidas pela pasta voltadas à saúde da criança, como Hospital Amigo da Criança, Método Canguru (atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso), Bancos de Leite Humano, qualificação e habilitação de leitos neonatais, Reanimação e Transporte Neonatal. Por meio de apoio técnico e capacitação de profissionais, será garantindo ao recém-nascido o melhor início de vida. A nova estratégia pretende dar continuidade à qualificação perinatal iniciada com a Rede Cegonha.

ACOMPANHAMENTO – Em cada estado foram selecionadas três maternidades para receber a estratégia neste primeiro momento. A seleção das instituições levou em conta critérios como ser referência no Método Canguru, ser hospital de ensino ou ser a unidade que concentra o maior número de óbitos neonatais no estado. Depois de elaborada, a estratégia foi pactuada com os estados envolvidos. Até agosto, equipes do Ministério da Saúde irão aos estados para assinatura dos termos de compromissos, realização de oficinas de qualificação da atenção neonatal e elaboração dos planos de ação. As oficinas devem acontecer semestralmente.

O acompanhamento e monitoramento cotidiano das práticas de atenção neonatal e indicadores de assistência será realizado, tanto presencialmente quanto via plataforma eletrônica. Serão realizadas videoconferências bimestrais com os estados e utilização da plataforma da estratégia com fóruns de discussão, chats, estudos de caso, compartilhamento de experiências e materiais de apoio.

A Estratégia QualiNEO baseia-se nos princípios e diretrizes da Política Nacional de Humanização (PNH, 2003) e da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNASIC, 2015). Esta estratégia possui os seguintes pilares estruturais: Foco nos processos de trabalho em saúde e nas práticas baseadas em direitos e evidências científicas; Articulação de saberes, fazeres e interesses de gestores, profissionais e usuários, como sujeitos diretamente envolvidos no cuidado ao processo de parturição e nascimento; Práticas educativas que funcionem como dispositivos para análise coletiva, compartilhamento, fomento e ampliação de experiências.

PJPS: Um ano depois da tragédia, a reconstrução

Hoje, ainda existem marcas, principalmente nos familiares das vítimas, mas o foco é fazer um futuro diferente para todos, em especial para os detentos

Wagner Gil

Quase um ano após de penar bastante com a sua maior rebelião, que ocorreu justamente no dia 23 de julho de 2016, a Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, ainda tem marcas da tragédia. Dos três pavilhões que foram totalmente destruídos, dois já foram reconstruídos e outro deve ter as obras iniciadas nos próximos dias. Mais que prejuízo material, as perdas humanas foram ainda maior: seis assassinatos, sendo que quatro vítimas tiveram suas cabeças decepadas. Hoje, ainda existem marcas, principalmente nos familiares das vítimas, mas o foco é fazer um futuro diferente para todos, especialmente para os reeducandos.

A atual diretoria priorizou o diálogo e a ocupação dos detentos com trabalho, educação e qualificação profissional, além de mudanças significativas na estrutura da penitenciária. Hoje, o local possui uma média de 1.240 detentos, quando teria condições de abrigar cerca de 500. Agora, todo pavilhão tem sua área de sol e isso evita que rivais se encontrem ou possam causar algum tipo de tumulto ou violência, como na última rebelião. Outro ponto importante foi à construção de camas verticais triplas, o que eliminou madeiras.

Fatores como atendimento psicossocial com o diálogo e respeito para com quem está ali pagando sua pena também tem feito a diferença. O medo e a incerteza acabaram sendo trocados pela esperança. “Estou cumprindo uma pena aqui por homicídio. Já faz quase dez anos que estou aqui e prestes a ir para o regime semi-aberto. Meu sonho é montar um restaurante”, sonha H.R.S. Ele poderia cumprir pena no regime semi-aberto de Canhotinho, mas preferiu permanecer na PJPS. “Daqui, sairei para realizar o sonho do meu trabalho, o do meu restaurante”, acrescentou.

Outro detalhe interessante é que na unidade prisional, todos, sem exceção, querem tirar exemplo de tudo que ocorreu de ruim, para construir um futuro promissor. “Aqui todos são tratados com dignidade. Isso ajudou bastante na reconstrução do espaço”, disse o agente penitenciário e atual vereador Sérgio Paulo Siqueira. “Aqui o foco é projetar um futuro diferente com muito trabalho e oportunidade para quem errou e quer se reintegrar à sociedade”, destacou o diretor da unidade, Paulo Paes.

O primeiro motim computado na história da unidade prisional ficou caracterizado, entre outros motivos, pela superlotação e rivalidade entre os presos. De acordo com informações repassadas na época, dos seis mortos, cinco tinham acusações de estupro contra eles. “Geralmente em motins, quem tem acusação desse tipo de crime acaba sendo vítima. Mas vale lembrar que muitos detentos foram internados em estado grave tanto em Caruaru como em hospitais da capital pernambucana”, acrescentou Paulo Paes.

EXEMPLO

Em alguns locais da penitenciária, atualmente existem serviços de muita qualidade e excelência. Um deles é a cozinha e o outro o setor de padaria. Diariamente, são produzidas cerca de oito mil refeições de alto padrão de qualidade e higiene. Cada preso tem direito a três refeições (café, almoço e janta), que são produzidos pelos próprios presos, mas com a supervisão de nutricionistas.

Nossa reportagem acompanhou a produção do almoço desta semana. “Aqui utilizamos carne de primeira e fazemos uma refeição balanceada. Arroz, feijão, macarrão, galinha, verdura, ovos, tudo de bom”, disse um dos cozinheiros. “O detalhe também é que temos a orientação dos nutricionistas, o que acaba nos qualificando. Eu também penso em abrir um restaurante quando sair”, disse J.L.S. Na padaria são cerca de oito homens trabalhando produzindo pão de alta qualidade.

Na PJPS, toda a reconstrução foi realizada e continua sendo feita pelos detentos. Diariamente, caminhões materiais de construção chegam à unidade. “As reformas melhoraram e humanizaram um pouco mais o ambiente. Isso também ajuda a nos deixar mais tranqüilos. Além disso, tem muita gente trabalhando por aqui”, disse o reeducando G. H. D, que está prestes a deixar a unidade após cinco anos.

Atualmente, pelo menos 500 presos estão fazendo algum tipo de atividade, dentre eles, o voluntário. “Nós temos avançado bastante nesse sentido”, disse o diretor da unidade. “Estamos concluindo também a volta da fábrica de vassouras com materiais descartáveis e também detergentes”, finalizou Paulo.

 

Raquel Lyra assina ordem de serviço da estrada e escola do Juá

A Prefeita Raquel Lyra assinou na tarde desta sexta (21), a Ordem de Serviço para as obras de pavimentação da Estrada do Juá (2º Distrito) e para revitalização da Escola Municipal Maria Félix de Lima. A solenidade aconteceu na Igreja Católica da comunidade e contou com a presença de secretários, vereadores, representantes das empresas responsáveis pela execução da obra, líderes comunitários e toda população local.

No novo projeto elaborado para a escola, o espaço contará com quadra poliesportiva, horta comunitária, laboratório de informática, salas para crianças especiais, e toda estrutura física adequada para receber os mais de 600 alunos matriculados na unidade. “Não sabemos nem explicar o que estamos sentindo neste momento, é muito gratificante saber que nossa comunidade está sendo contemplada com duas obras desse porte. O asfalto sem dúvidas, trará muitos benefícios para nosso povo, e a escola, eu enquanto colaboradora só tenho a comemorar”, afirmou Josélia Ferreira, professora municipal.

Para a prefeita, a entrega destas obras significa, ver a alegria de uma comunidade por inteiro. “Ficamos imensamente felizes em poder concretizar o sonho de todos vocês, tenho certeza que tanto a escola, que está sendo preparada para atender as crianças da melhor forma possível, quanto a estrada, trarão inúmeros benefícios para esta comunidade”, frisou Raquel.

As obras terão duração de seis meses, com prazo de conclusão para dezembro deste ano. “Eu como Secretária de Urbanismo e Obras fico imensamente satisfeita em ver nossos projetos sendo executados. Entregar a uma comunidade duas obras desta importância, é saber que estamos no caminho certo, caminho este, pensado para o bem estar de toda cidade. Não tenho como mensurar a felicidade e alegria deste momento”, disse Nyadja Menezes.

A obra de pavimentação tem convênio firmado com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Representado pela Caixa Econômica Federal), e terá início a partir do entroncamento da BR 104, com extensão de aproximadamente 9,14 km. “Temos um compromisso firmado pela prefeita durante toda a campanha, e essas ações estão sendo realizadas. Estamos resgatando não só a cidadania das pessoas da zona rural , mas acima de tudo, se comprometendo com o desenvolvimento de cada localidade, de cada lugar da zona rural”, afirmou Diogo Cantarelli, Secretário de Sustentabilidade e Desenvolvimento Rural.

Armando encerra giro pelo Sertão visitando mais três municípios

Concluindo o giro de três dias pelo Sertão pernambucano, o senador Armando Monteiro (PTB-PE) visitou, nesta sexta-feira (21), mais três municípios – totalizando oito durante toda passagem – e esteve em contato com importantes lideranças políticas da região. No roteiro, o petebista esteve em Salgueiro, São José do Belmonte e Serra Talhada. Nas visitas, Armando foi recebido pelos prefeitos, secretários e vereadores e dialogaram sobre projetos estruturadores para as localidades. Em todos os encontros, o parlamentar colocou o seu mandato à disposição para ajudar as cidades.

Em Salgueiro, Armando participou de uma reunião com o prefeito Clebel Cordeiro (PMDB), o vice-prefeito, Dr. Chico Sampaio (DEM), e secretários municipais. Na sede da Prefeitura, o petebista e o peemedebista discutiram a retomada das obras da Transnordestina, a necessidade do projeto da Transposição do Rio São Francisco atender às necessidades do município, entre outras ações. De lá, o senador foi ao encontro à Câmara Municipal, onde dialogou com os vereadores outras demandas da cidade.

Em São José do Belmonte, Armando reuniu-se com o prefeito Romonilson Mariano (PHS), o vice Antônio de Alberto (PHS) e secretários municipais e trataram de projetos de interesse do município.

Finalizando o roteiro no Sertão, Armando teve um encontro com o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT). Na ocasião, o gestor municipal apresentou um balanço das ações de seu governo e o senador prontificou-se em colaborar com a gestão, através de emendas parlamentares e articulando projetos e ações em benefício da cidade.

Os deputados Silvio Costa (Avante), José Humberto Cavalcanti (PTB), Augusto César (PTB) e Socorro Pimentel (PSL) acompanharam a comitiva liderada pelo senador Armando Monteiro no Sertão.

Penitenciária Juiz Plácido de Souza: um ano depois da tragédia, a reconstrução

Hoje, ainda existem marcas, principalmente nos familiares das vítimas, mas o foco é fazer um futuro diferente para todos, em especial para os detentos

Wagner Gil

Exatos um ano após de penar bastante com a sua maior rebelião, que ocorreu justamente no dia 23 de julho de 2016, a Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, ainda tem marcas da tragédia. Dos três pavilhões que foram totalmente destruídos, dois já foram reconstruídos e outro deve ter as obras iniciadas nos próximos dias. Mais que prejuízo material, as perdas humanas foram ainda maior: seis assassinatos, sendo que quatro vítimas tiveram suas cabeças decepadas. Hoje, ainda existem marcas, principalmente nos familiares das vítimas, mas o foco é fazer um futuro diferente para todos, especialmente para os reeducandos.

A atual diretoria priorizou o diálogo e a ocupação dos detentos com trabalho, educação e qualificação profissional, além de mudanças significativas na estrutura da penitenciária. Hoje, o local possui uma média de 1.240 detentos, quando teria condições de abrigar cerca de 500. Agora, todo pavilhão tem sua área de sol e isso evita que rivais se encontrem ou possam causar algum tipo de tumulto ou violência, como na última rebelião. Outro ponto importante foi à construção de camas verticais triplas, o que eliminou madeiras.

Fatores como atendimento psicossocial com o diálogo e respeito para com quem está ali pagando sua pena também tem feito a diferença. O medo e a incerteza acabaram sendo trocados pela esperança. “Estou cumprindo uma pena aqui por homicídio. Já faz quase dez anos que estou aqui e prestes a ir para o regime semi-aberto. Meu sonho é montar um restaurante”, sonha H.R.S. Ele poderia cumprir pena no regime semi-aberto de Canhotinho, mas preferiu permanecer na PJPS. “Daqui, sairei para realizar o sonho do meu trabalho, o do meu restaurante”, acrescentou.

Outro detalhe interessante é que na unidade prisional, todos, sem exceção, querem tirar exemplo de tudo que ocorreu de ruim, para construir um futuro promissor. “Aqui todos são tratados com dignidade. Isso ajudou bastante na reconstrução do espaço”, disse o agente penitenciário e atual vereador Sérgio Paulo Siqueira. “Aqui o foco é projetar um futuro diferente com muito trabalho e oportunidade para quem errou e quer se reintegrar à sociedade”, destacou o diretor da unidade, Paulo Paes.

O primeiro motim computado na história da unidade prisional ficou caracterizado, entre outros motivos, pela superlotação e rivalidade entre os presos. De acordo com informações repassadas na época, dos seis mortos, cinco tinham acusações de estupro contra eles. “Geralmente em motins, quem tem acusação desse tipo de crime acaba sendo vítima. Mas vale lembrar que muitos detentos foram internados em estado grave tanto em Caruaru como em hospitais da capital pernambucana”, acrescentou Paulo Paes.
EXEMPLO

Em alguns locais da penitenciária, atualmente existem serviços de muita qualidade e excelência. Um deles é a cozinha e o outro o setor de padaria. Diariamente, são produzidas cerca de oito mil refeições de alto padrão de qualidade e higiene. Cada preso tem direito a três refeições (café, almoço e janta), que são produzidos pelos próprios presos, mas com a supervisão de nutricionistas.

Nossa reportagem acompanhou a produção do almoço desta semana. “Aqui utilizamos carne de primeira e fazemos uma refeição balanceada. Arroz, feijão, macarrão, galinha, verdura, ovos, tudo de bom”, disse um dos cozinheiros. “O detalhe também é que temos a orientação dos nutricionistas, o que acaba nos qualificando. Eu também penso em abrir um restaurante quando sair”, disse J.L.S. Na padaria são cerca de oito homens trabalhando produzindo pão de alta qualidade.

Na PJPS, toda a reconstrução foi realizada e continua sendo feita pelos detentos. Diariamente, caminhões materiais de construção chegam à unidade. “As reformas melhoraram e humanizaram um pouco mais o ambiente. Isso também ajuda a nos deixar mais tranqüilos. Além disso, tem muita gente trabalhando por aqui”, disse o reeducando G. H. D, que está prestes a deixar a unidade após cinco anos.

Atualmente, pelo menos 500 presos estão fazendo algum tipo de atividade, dentre eles, o voluntário. “Nós temos avançado bastante nesse sentido”, disse o diretor da unidade. “Estamos concluindo também a volta da fábrica de vassouras com materiais descartáveis e também detergentes”, finalizou Paulo.

 

Exclusivo: Raquel Lyra fala dos 180 dias de Governo

“Podemos mudar à Política pelas cidades. Eu estou fazendo a minha parte”, afirma Raquel Lyra

Wagner Gil

O Blog do Wagner Gil repercute uma entrevista especial que foi feita com a prefeita Raquel Lyra (PSDB). Ela fez um balanço dos seus seis primeiros meses à frente do Poder Executivo. A tucana reconheceu algumas dificuldades que vêm travando a máquina administrativa, falou dos avanços da gestão e ainda ressaltou a sua preocupação com alguns temas especiais como a Saúde, a Educação e a Infraestrutura de Caruaru, que teve mais de duas mil ruas afetadas com as chuvas, que vêm caindo desde maio. A estimativa de gastos passa dos R$ 2,4 milhões.

Raquel também não fugiu de pontos polêmicos como a Operação Lava Jato, a sua relação com o governador Paulo Câmara e com a Câmara de Vereadores de Caruaru. Ex-delegada da Polícia Federal e procuradora do Estado licenciada, ela defendeu a Força-Tarefa da Operação Lava Jato dizendo que acredita nas instituições, embora entenda que algumas mudanças devem ser feitas claramente no Código Penal Brasileiro para definir questões polêmicas.

Wagner Gil– A senhora chegou a 180 dias de governo, num momento em que o país está passando por uma profunda crise ética, moral, política e econômica. O que comemorar neste momento?

Raquel Lyra — Temos colocado a nossa força de trabalho para estarmos juntos das pessoas de Caruaru. Ao longo deste período, colocamos em prática o programa Cidade Limpa, abrimos mais de 2,5 mil vagas nas escolas bem como fizemos uma Semana Santa muito interessante com o Festival de Gastronomia e oferecimento de muitas atrações musicais na cidade. Depois, veio o São João democrático e participativo. Contamos neste ano com edital para contratar e uma forte participação de artistas locais numa festa descentralizada. Fizemos o evento em vários polos com atrações e shows perto das casas das pessoas, em várias comunidades e na zona rural. Estamos trabalhando para garantir mais saúde de qualidade e a inauguração da AME, na Vila Kennedy, é um exemplo disso. Não teve inauguração formal por causa da morte de José Aílton, nosso companheiro, mas as pessoas já estão sendo muito bem atendidas. A avaliação é muito boa, pois a equipe está empenhada. Tem muita coisa ainda para ser feita, mas temos certeza que estamos no caminho certo.

WG- Quais são os principais desafios da sua gestão?

RL- Temos desafios como toda cidade grande. Estamos atacando cirurgicamente alguns pontos. Na saúde, nossa meta é reduzir as filas de espera e já conseguimos avançar em algumas questões como nas realizações de ultrassonografias e exames. Na educação, temos o desafio de capacitar professores, recuperar dezenas de escolas que foram atingidas pelas chuvas. Na próxima segunda-feira, o ministro da Educação Mendonça Filho, estará em Caruaru anunciando recursos para essas recuperações. Temos ainda que garantir uma melhor infraestrutura para os nossos professores. Garantir nossa segurança, não é um papel de um só. Criamos o programa “Juntos pela Segurança” e avançamos na criação de conselhos comunitários de segurança no Bairro Santa Rosa e em Serrote dos Bois, na zona rural. Fizemos um grande esforço depois das enxurradas para devolver a normalidade à vida das pessoas. Foram mais de 300 ruas afetadas. Estamos avançando com um calendário de recuperação. O maior desafio é chegar até a vida das pessoas organizando orçamento e a própria Prefeitura. Ruas que constavam como calçadas e não eram, nós detectamos todas. Fomos a campo e temos esse diagnóstico que será informatizado para solucionar esses problemas.

WG – Então, a senhora acredita que o melhor caminho para tudo isso aí é a educação?

RL- Sim. Logo após o anúncio do ministro Mendonça Filho das verbas para recuperar a educação, iremos lançar o programa “Juntos pela Educação”. Nosso foco é que a criança saia do ensino fundamental sabendo ler, escrever e em condições de enfrentar uma faculdade ou o exigente mercado de trabalho. Hoje, infelizmente, não temos isso. Pelo contrário, um índice preocupante. No terceiro ano do Ensino Fundamental, temos alunos analfabetos. Vamos superar todas essas deficiências que foram diagnosticadas.

WG – Durante a campanha para a Prefeitura, a senhora fez uma promessa de enxugar a máquina e fazer concursos. O vereador Alberes Lopes (PRP), líder da Oposição, disse na tribuna da Câmara, que a folha de pagamento encontra-se maior em pelo menos 1,5%. Como a senhora explica isso?

RL- Assim que iniciamos o nosso governo, reduzimos a quantidade de cargos comissionados e o número de secretarias em cinco. A única criada foi a de Ordem Pública. Criamos uma escala de salário, melhoramos os salários comissionados para trazer profissionais competentes e que atendam as demandas que a cidade precisa. Fizemos isso em vários setores como os da Educação, da Infraestrutura e da Controladoria. Como você tem uma máquina pública e não tem profissionais de qualidade? Tivemos aumento, mas uma atualização.

WG – Em relação aos concursos, quando a Prefeitura anunciará a entrada de efetivos?

RL – Estamos no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Temos dificuldade de fazer concurso público. Vamos fazer pontualmente algumas ações em relação à seleção simplificada e concursos. Mas este ano, de maneira muito limitada. Faremos esforço na redução de gastos para incorporar novos profissionais. Este ano será muito pontual.

WG- O que a PMC tem feito para gerar mais emprego e renda para a Capital do Agreste?

RL- Criamos a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e de Economia Criativa justamente para explorar todo o nosso potencial. Estamos buscando ampliar as oportunidades de emprego a partir do fortalecimento do Polo de Confecções e do Polo Tecnológico. Estamos organizando o Distrito Industrial bem como incentivando conexões com o Armazém da Criatividade. Teremos em breve por aqui, a chegada de uma empresa baiana que irá gerar 200 empregos. Também estamos nos mobilizando para trazer o Aeroporto Oscar Laranjeiras de volta às atividades comerciais, já no segundo semestre deste ano. Isso mesmo. Queremos dar apoio ao Polo Logístico, com o emprego do aeroporto para voos comerciais. Estamos investindo também para potencializar ainda mais o nosso turismo.

WG – Como a senhora avalia a situação do governo Temer, que está mergulhado em denúncias de delações do Grupo JBS? Como sobrinha do ex-ministro Fernando Lyra, que tinha voz em momentos difíceis do país, a senhora acredita que essas denúncias são perseguição política ou que as instituições envolvidas, como a PF, o MPF e a Procuradoria Geral da República, estão corretas?

RL- Uma pessoa como Fernando Lyra faz muito falta, principalmente pelo o que estamos vivenciando em todos os aspectos que envolvem o cenário nacional. Temos que ter clareza que podemos transformar a política através das cidades. É isso que estou fazendo no meu município. Um diálogo diferente de participação política com os vereadores e a população. Trazendo a população para discutir tudo. Acredito nas instituições, ou seja, na Polícia Federal, no Ministério Público e na Procuradoria. É muito fácil para quem não tem responsabilidade com as pessoas. Meu foco é o que precisa ser feito em nosso município. As instituições precisam ser fortalecidas e respeitadas.

WG – Como a senhora avalia a condenação de Lula (PT)?

RL- Lamentável! Infelizmente, lamento. Com ele, irá embora sonhos e muitas expectativas. Esse momento todo que está acontecendo é uma nova página na política do nosso país.

WG – Como se encontra a relação da senhora com o governador? Ele não veio no São João e desde antes da eleição, quando o partido dele, o PSB, foi retirado de forma brusca de sua direção, houve um esfriamento na relação.

RL- Estou cumprindo tudo que é institucional. O Estado é responsável pela segurança e o município tem dado apoio, feito ações para ajudar. Quanto a decisão dele de vir ou não para o São João, aí é com ele.

WG – Como anda a sua relação com a Câmara de Vereadores?

RL- Olha, tudo que temos enviado à Câmara tem sido aprovado por ampla maioria ou unanimidade. Se existem críticas pontuais, iremos analisar e procurar resolver. Agora, quando alguém faz uma crítica à gestão ou a um assessor direto está me criticando também.

 

Instalação de Unidade Móvel para tratamento de esgoto antecipa benefícios de obra em Gravatá

Uma inovação adotada pela Compesa na implantação do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) de Gravatá, no Agreste, está permitindo iniciar os serviços de coleta e tratamento de esgoto antes mesmo da conclusão do empreendimento. Isso está sendo possível graças à nova forma de gerenciamento das obras que reduz, quase pela metade, o tempo de execução das intervenções. Para antecipar os benefícios à população, a companhia instalou, no bairro Alto da Boa Vista, uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE ) Móvel, assim chamada pela capacidade de mobilidade da unidade de um bairro para outro, que permite dar funcionalidade às tubulações (redes, ramais e instalações prediais) já assentadas na localidade.

Trata-se de um modelo simplificado para tratamento de esgoto, composto por tanques (reatores UASB), emissário e outros equipamentos. A unidade tem capacidade de tratar 2,5 litros de esgoto, por segundo, com uma eficiência de 60% no tratamento. No bairro Alto da Boa Vista, a ETE Móvel já está realizando o tratamento do esgoto gerado pelas primeiras 260 ligações prediais instaladas, desde o mês de junho, antes do efluente ser lançado no rio. A previsão é que a unidade – licenciada pela CPRH para operar até dois anos em cada localidade – atenda o total 3,4 mil ligações que serão implantadas no Alto da Boa Vista, oferecendo cobertura para 12 mil pessoas.

Esse modelo exitoso, lançado pela Compesa, já está sendo adotado para os projetos financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), assim como a metodologia condominial, que vem despertando o interesse do Banco alemão KFW – que está viabilizando obras de saneamento rural no estado do Ceará, no valor de 60 milhões de euros. “Uma obra convencional leva de quatro a cinco anos para ser finalizada, com a implantação da rede, emissários, estações de bombeamento e de tratamento. Com o uso da ETE móvel, reduzimos esse prazo para até 18 meses, pois as etapas são realizadas de forma simultânea”, explica Sérgio Murilo, gerente de Programas Especiais da Compesa.

Essa nova de gestão das obras de esgoto também conta com outras inovações significativas, que são a metodologia condominial e a arborização de ruas onde são abertas valas. Até fevereiro de 2018, está previsto que a Compesa conclua a primeira etapa da obra do SES Gravatá, que vai contemplar 30% da área urbana da cidade e beneficiar 35 mil pessoas. A obra recebe o investimento de R$ 35 milhões só nessa fase, recursos do BID e do Governo de Pernambuco. O projeto para atender o restante da cidade ainda está em fase de elaboração. A primeira experiência da companhia em antecipar os benefícios dos investimentos em saneamento para a população foi realizada na implantação do SES Tacaimbó, que também recebeu ações de arborização com o plantio de 250 novas árvores nas ruas da cidade – que antes só contava com 146 árvores.

 

Virtuosi na Serra leva concertos e recitais ao FIG

Nos dias 24, 27 e 28 de julho, o Festival de Inverno de Garanhuns abriga mais uma edição do Virtuosi na Serra, com apresentações na Igreja de Santo Antônio, no centro da cidade. A programação é gratuita e apresenta a cada dia recitais e concertos especiais com músicos de renome internacional.

Consagrado pela imprensa e pelo público como um dos momentos mais emocionantes e significativos do FIG, o Virtuosi na Serra está em sua 13ª edição levando anualmente para a Cidade das Flores belíssimas apresentações e performances apaixonadas, com toda a beleza que a música clássica pode oferecer.

Recitais – A programação do Virtuosi na Serra se inicia na segunda (24), às 16h, com o recital da pianista russa Kristina Miller. Detentora do Prêmio de Piano Steinway, em Munique, Kristina é Mestre em Música e estuda no Conservatório de Viena com o Prof. Dr. Johannes Kropfitsch. Às 21h do mesmo dia, o pianista Victor Asuncion realiza seu recital. Natural das Filipinas, Victor tem se apresentado em grandes salas de concerto no Canadá, Japão e México e é uma presença constante na programação do Virtuosi.

No dia 27, às 16h, será a vez do Quinteto Radegundis Feitosa (PB) e, às 21h, o recital do duo Paula Bujes & Pedro Huff, com o CD “Afluências”. Há mais de dez anos trabalhando com um repertório tradicional para violino e violoncelo, o casal Paula Bujes e Pedro Huff está produzindo o disco “Afluências”, que reúne obras da dupla e de compositores novos e tradicionais como Villa-Lobos, Liduino Pitombeira, Dierson Torres e Adriano Coelho.

O Virtuosi na Serra se despede da Cidade das Flores no dia 28, às 16h, com a apresentação da Orquestra Jovem de Pernambuco junto do contratenor Edson Cordeiro, considerado como um dos cantores mais versáteis da atualidade, com a sua impressionante amplitude vocal e a sua enorme variedade tímbrica.

Prefeitura de Riacho das Almas realiza Audiência Pública para discutir orçamento

A Prefeitura de Riacho das Almas por meio da Secretaria de Finanças realiza nesta segunda-feira (24) às 9h da manhã no auditório da Escola Mário da Mota Limeira a 1ª Audiência Pública para discutir o planejamento da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2018, a revisão do Plano Plurianual para os anos de 2018 a 2021 e a Lei Orçamentária Anual. A audiência será conduzida pelo contador do município Carlos Bezerra de Oliveira, e toda a sociedade civil é convidada a participar do encontro.

O objetivo da audiência é trazer a população para discutir a aplicação do orçamento municipal em ações que venham trazer benefícios à comunidade. Depois do encontro, será confeccionada uma ata que vai ser acrescida ao orçamento anual do município, e a partir dela serão elencadas as prioridades colocadas pela população para o local onde vivem.

A audiência deve ser feita por todos os municípios brasileiros, com base na lei complementar 101/2000, que se trata da Lei de Responsabilidade Fiscal, com o objetivo de impor controle de gastos aos municípios, condicionado à capacidade de arrecadação deles.