Virtuosi na Serra leva concertos e recitais ao FIG

Nos dias 24, 27 e 28 de julho, o Festival de Inverno de Garanhuns abriga mais uma edição do Virtuosi na Serra, com apresentações na Igreja de Santo Antônio, no centro da cidade. A programação é gratuita e apresenta a cada dia recitais e concertos especiais com músicos de renome internacional.

Consagrado pela imprensa e pelo público como um dos momentos mais emocionantes e significativos do FIG, o Virtuosi na Serra está em sua 13ª edição levando anualmente para a Cidade das Flores belíssimas apresentações e performances apaixonadas, com toda a beleza que a música clássica pode oferecer.

Recitais – A programação do Virtuosi na Serra se inicia na segunda (24), às 16h, com o recital da pianista russa Kristina Miller. Detentora do Prêmio de Piano Steinway, em Munique, Kristina é Mestre em Música e estuda no Conservatório de Viena com o Prof. Dr. Johannes Kropfitsch. Às 21h do mesmo dia, o pianista Victor Asuncion realiza seu recital. Natural das Filipinas, Victor tem se apresentado em grandes salas de concerto no Canadá, Japão e México e é uma presença constante na programação do Virtuosi.

No dia 27, às 16h, será a vez do Quinteto Radegundis Feitosa (PB) e, às 21h, o recital do duo Paula Bujes & Pedro Huff, com o CD “Afluências”. Há mais de dez anos trabalhando com um repertório tradicional para violino e violoncelo, o casal Paula Bujes e Pedro Huff está produzindo o disco “Afluências”, que reúne obras da dupla e de compositores novos e tradicionais como Villa-Lobos, Liduino Pitombeira, Dierson Torres e Adriano Coelho.

O Virtuosi na Serra se despede da Cidade das Flores no dia 28, às 16h, com a apresentação da Orquestra Jovem de Pernambuco junto do contratenor Edson Cordeiro, considerado como um dos cantores mais versáteis da atualidade, com a sua impressionante amplitude vocal e a sua enorme variedade tímbrica.

Prefeitura de Riacho das Almas realiza Audiência Pública para discutir orçamento

A Prefeitura de Riacho das Almas por meio da Secretaria de Finanças realiza nesta segunda-feira (24) às 9h da manhã no auditório da Escola Mário da Mota Limeira a 1ª Audiência Pública para discutir o planejamento da Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2018, a revisão do Plano Plurianual para os anos de 2018 a 2021 e a Lei Orçamentária Anual. A audiência será conduzida pelo contador do município Carlos Bezerra de Oliveira, e toda a sociedade civil é convidada a participar do encontro.

O objetivo da audiência é trazer a população para discutir a aplicação do orçamento municipal em ações que venham trazer benefícios à comunidade. Depois do encontro, será confeccionada uma ata que vai ser acrescida ao orçamento anual do município, e a partir dela serão elencadas as prioridades colocadas pela população para o local onde vivem.

A audiência deve ser feita por todos os municípios brasileiros, com base na lei complementar 101/2000, que se trata da Lei de Responsabilidade Fiscal, com o objetivo de impor controle de gastos aos municípios, condicionado à capacidade de arrecadação deles.

 

SESI recebe plenária do Plano Plurianual

Neste sábado (22), a Secretaria de Planejamento dará continuidade ao ciclo de atividades do MOBILIZA CARUARU – Plano Plurianual. A oitava plenária será com moradores da zona oeste da cidade, das 13h às 17h, no SESI, localizado no bairro Boa Vista II.

O principal propósito é compartilhar e construir em conjunto com a população a nova agenda de desenvolvimento para os próximos anos, considerando nesta pauta todos os interesses da sociedade caruaruense.

Brasil é reconhecido pela OMS nas ações de combate e prevenção ao tabagismo

O Brasil é um dos oito países que atingiram quatro metas ou mais, recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para reduzir doenças e mortes relacionadas ao tabaco (MPOWER). A informação vem do relatório “Who report on the global tobacco epidemic, 2017” divulgado pela entidade, nesta quarta-feira (19). O texto destaca, também, as ações que o Ministerio da Saúde vem realizando no monitoramento do tabagismo no país, através de levantamentos como a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) e a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS).

Além do Brasil, o Irã, Irlanda, Madagascar, Malta, Panamá, Turquia e Reino Unido conseguiram cumprir algumas das medidas, como: o monitoramento de políticas de uso e de prevenção do tabaco, a proteção dos fumantes passivos, o oferecimento de tratamento para quem deseja parar de fumar, a divulgação dos perigos de se fumar; a proibição de publicidade, promoção e patrocínio do tabaco e o aumento de impostos sobre o produto.

No Brasil, a política de controle do tabaco, conseguiu reduzir em 35% a prevalência de fumantes nas capitais brasileiras nos últimos 10 anos, segundo a Vigitel. A pesquisa, que é realizada, pelo Ministério da Saúde, nas 26 capitais e no Distrito Federal apontou a queda no percentual de 15,7%, em 2006, para 10,2%, no ano passado. Entre aqueles que fumam 20 cigarros ou mais por dia a prevalência, também, foi decrescente. Caiu de 4,6% em 2006 para 2,8% em 2016. O Vigitel também verifica a questão do fumo passivo. No total de capitais, a prevalência de fumantes passivos no trabalho também caiu de 2009 (12,1%) a 2016 (7,0%).

A proibição da publicidade de cigarros nos meios de comunicação e pontos de venda e do consumo de tabaco em ambientes fechados, a obrigatoriedade das imagens de advertência sanitária nos maços e os projetos para a cessação de fumar no SUS, também, foram passos importantes para redução do consumo de tabaco no país. Por isso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu este ano uma consulta pública para atualização das imagens e advertências nas embalagens de tabaco.

A medida mais eficaz para reduzir o consumo, no entanto, foi o aumento de preços por meio da elevação dos impostos, recomendação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, tratado mundial ratificado pelo Brasil em 2005. Segundo dados da Vigitel, em 12 capitais houve tendência de estabilidade na prevalência de fumantes até 2010 e redução a partir 2011.

Como parte da política de combate ao tabagismo, o SUS oferece tratamento gratuito para fumantes nas Unidades Básicas de Saúde. São ofertados adesivos, pastilhas e gomas de mascar. Com esses tratamentos, o Ministério da Saúde gastou R$ 23,77 milhões.

CUSTOS DO TABAGISMO – Uma pesquisa do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostrou que o consumo de cigarros e outros derivados causa um prejuízo de R$ 56,9 bilhões ao país a cada ano. Deste total, R$ 39,4 bilhões são com custos médicos diretos e R$ 17,5 bilhões com custos indiretos, decorrentes da perda de produtividade, provocadas por morte prematura ou por incapacitação de trabalhadores.

O estudo verificou que a arrecadação total de impostos pela União e estados, com a venda de cigarros no país em 2015, foi de R$ 12,9 bilhões. Ou seja, o saldo negativo do tabagismo para o país foi de R$ 44 bilhões, quando se subtrai os gastos da saúde em relação aos impostos arrecadados.

Segundo o estudo, as doenças relacionadas ao tabaco que mais oneraram em 2015 o sistema público e privado de saúde no Brasil foram: doença pulmonar obstrutiva crônica-DPOC – principalmente enfisema e asma – (R$ 16 bilhões); doenças cardíacas (R$10,3 bilhões); tabagismo passivo e outras causas (R$4,5 bilhões); cânceres diversos de esôfago, estômago, pâncreas, rim, bexiga, laringe, colo do útero e leucemia (R$4 bilhões); câncer de pulmão (R$2,3 bilhões); acidente vascular cerebral (AVC)(R$2,2 bilhões); e pneumonia (R$146 milhões).

A pesquisa teve coordenação científica da Fundação Oswaldo Cruz e do Instituto de Efectividad Clínica y Sanitaria (IECS), da Universidade de Buenos Aires. O INCA financiou o estudo por meio de um acordo técnico com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e com subsídios do International Development Research Centre (IDRC), do Canadá.

Gastos de brasileiros com viagens ao exterior crescem 34,8% no primeiro semestre

A queda do dólar fez os gastos de brasileiros com viagens internacionais voltarem a subir em 2017, depois de terem caído no ano passado. Segundo números divulgados hoje (21) pelo Banco Central (BC), as despesas de turistas brasileiros no exterior encerraram o primeiro semestre em US$ 8,805 bilhões, alta de 34,8% em relação aos seis primeiros meses do ano passado (US$ 6,532 bilhões).

Apenas em junho, mês em que se inicia o verão no Hemisfério Norte, os brasileiros gastaram US$ 1,51 bilhão no exterior. O valor é 10,1% maior que o gasto de US$ 1,372 bilhão registrado em junho de 2016.

A retomada dos gastos com viagens internacionais ocorre depois de uma queda de 16,5% no ano passado. Em 2016, as despesas de turistas brasileiros em outros países tinha totalizado US$ 14,497 bilhões, no menor valor desde 2009.

Os gastos de turistas brasileiros no exterior e de turistas estrangeiros no Brasil entram na conta de serviços, que também mede ingressos e saídas do país com serviços de transportes, aluguéis, seguros, telecomunicações e propriedade intelectual. A conta de serviços é um dos itens que compõem as contas externas ou transações correntes, que fecharam o primeiro semestre com superávit de US$ 715 milhões, o melhor resultado para o período em 10 anos, beneficiada pelo superávit recorde de US$ 34,9 bilhões na balança comercial.

MEC libera em Petrolina R$ 13 milhões para creches, alojamentos e quadras

Em visita a Petrolina, na região do São Francisco pernambucano, o ministro Mendonça Filho anunciou, nesta sexta-feira, 21, investimentos de R$ 13,7 milhões para obras em creches, alojamentos estudantis e quadras poliesportivas em Pernambuco. Ao todo, serão mais de 4 mil beneficiados diretos, entre crianças da cidade e estudantes do Instituto Federal Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE).

Em parceria com a Prefeitura de Petrolina, foi lançado um edital para a construção de cinco novos centros municipais de educação infantil (CMEI) no município. O valor total do investimento será de R$ 6,5 milhões. Desde que assumiu o Ministério, em maio de 2016, o ministro sempre destacou a educação básica como prioridade do governo federal.

“A formação do indivíduo começa exatamente na educação infantil. Desde que assumimos, essa etapa tão importante da educação tem sido prioridade. O Brasil não pode deixar de lado a formação do indivíduo”, destacou o ministro Mendonça Filho. Ele lembrou que o MEC tem atuado para fortalecer as parcerias com os municípios, especialmente, na educação infantil, que traz reflexos em toda a trajetória escolar dos estudantes.

Das cinco novas creches, uma será do Tipo 1, com capacidade de atendimento de até 376 crianças em dois turnos ou 188 crianças em período integral, e quatro do Tipo 2, que tem capacidade de atendimento de até 188 crianças em dois turnos ou 94 crianças em período integral. Os bairros contemplados são: Nova Petrolina, Henrique Leite, Jardim Petrópolis, Terras do Sul e Vila Eulália.

Durante o evento, o ministro também anunciou a transferência de recursos financeiros para manutenção de novas matrículas em novas turmas de educação infantil, pleiteados pelos municípios brasileiros e pelo Distrito Federal, de acordo com a Resolução nº 16 de 16 de maio de 2013 do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Petrolina é uma das cidades contempladas, com R$ 1,6 milhão, suficiente para 685 novas matrículas em novas turmas de creches.

Presente ao evento, o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, também ressaltou a importância da parceria entre os governos federal, estadual e municipal. “A creche é importante porque possibilita os pais poderem trabalhar. Mas as creches que queremos são essas: com todos os equipamentos necessários para que a criança possa entrar no ensino infantil e médio muito mais preparada”, enfatizou.

Implantação do Centro de Diagnóstico por Imagem Digital da Asces-Unita tem recursos liberados pelo Governo Federal

Na próxima segunda-feira (24), será assinado o termo de colaboração para a estruturação do Centro de Diagnóstico por Imagem Digital da Asces-Unita. O ato contará com a presença do Ministro da Educação, Mendonça Filho, e será realizado na Escola Municipal Kermógenes Dias de Araújo, no Bairro do Vassoural, ao meio-dia. A instalação do Centro será uma expansão do Projeto Asa Branca de Combate e Prevenção ao Câncer de Boca, criado em 2001 pela Asces-Unita e adotado pelo Ministério da Saúde.

O programa, pioneiro no país, oferece, gratuitamente, exames de prevenção ao câncer de boca a milhares de cidadãos que não possuem acesso a tratamentos dentários e de prevenção a doenças. Durante o período de atuação, mais de 100 mil pessoas já foram atendidas, em uma área de cobertura que abrange todo o Agreste pernambucano. Os procedimentos são realizados na clínica odontológica da Asces-Unita.

A ampliação do Projeto Asa Branca possibilitará, além do suporte ao diagnóstico e tratamento do câncer bucal, a realização de ações educativas, buscas ativas e de popularização do auto-exame oral. Irá possibilitar, ainda, a oferta de cursos de qualificação para profissionais atuantes no Sistema Único de Saúde (SUS), servindo de fonte para conhecimentos científicos aos alunos de graduação e pós-graduação.

Para a coordenadora do projeto, Danielle Lago, a nova aquisição trará ainda mais benefícios para a comunidade local e científica, promovendo uma integralização. “Será o primeiro centro de referência em diagnóstico por imagem bucal da região, agregando tanto a rede de assistência, como ao ensino e à pesquisa. Além disso, terá um diferencial de ser totalmente sustentável, já que os diagnósticos serão emitidos de forma digital, sem o uso de produtos químicos, facilitando também o intercâmbio de informações clínicas sobre casos específicos”, explicou.

Recursos

A liberação dos recursos faz parte do PROEXT – Programa de Apoio à Extensão Universitária, instrumento promovido pelo Governo Federal que abrange programas e projetos de extensão universitária, com ênfase na formação dos alunos e na inclusão social nas suas mais diversas dimensões, visando aprofundar ações políticas que venham fortalecer a institucionalização da extensão no âmbito das Instituições Federais, Estaduais e Municipais e Comunitárias de Educação Superior.

JBS entregará 20 novos volumes de delação para detalhar o caminho da propina

A defesa dos irmãos Joesley e Wesley Batista e outros diretores do grupo J&F deve entregar, em setembro, cerca de 20 novos documentos à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que sejam incluídos no acordo de colaboração premiada dos executivos. A delação dos donos da JBS foi homologada em 11 de maio deste ano pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do jornal Folha de S.Paulo. A JBS está fazendo um pente-fino em seus departamentos para colher histórias e provas de pagamentos ilegais a funcionários.

Os anexos a serem juntados aos 44 anteriores são detalhamentos dos relatos de corrupção feitos pelos executivos das empresas separados em 14 temas. Em cada um deles, há vários investigados. Apenas Joesley Batista está responsável por metade dos documentos. Entre outras coisas, ele deve esmiuçar o caminho da propina que diz ter pago a cada um dos 1.829 políticos de 28 partidos, cujos nomes aparecem na lista da JBS recebendo mais de R$ 600 milhões de forma ilícita.

Pelo menos um novo nome deve ser incluído: um prefeito que teria recebido dinheiro ilegal. O empresário vai relatar o motivo das doações ilegais, como elas teriam sido pagas e as contrapartidas em relação a esses pagamentos. Já o irmão mais velho de Joesley, Wesley, pretende fazer um relato sobre o suposto suborno de pelo menos 200 funcionários do Ministério da Agricultura que fiscalizavam as empresas do grupo. De acordo com eles, a cúpula da pasta havia sido alertada sobre os esquemas, mas nada teria sido feito a respeito.

O diretor de relações institucionais da J&F, Ricardo Saud, e o diretor jurídico do grupo, Francisco de Assis preparam, cada um, quatro anexos. Casos envolvendo o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, o empresário Victor Sandri, que fazia a intermediação da empresa com o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, e sobre a empresa offshore Blessed, que fica na Suíça, devem ser incluídos, inclusive para se anteciparem às possíveis delações de Cunha e Funaro.

A delação

Os empresários Joesley Batista e Wesley Batista, irmãos donos da JBS e delatores da Operação Lava Jato, entregaram ao ministro Edson Fachin, do STF, gravação de diálogo no Palácio do Jaburu, no dia 7 de março, em que o presidente Michel Temer os incentiva a pagar mesada para comprar o silêncio do ex-deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na presença de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Em seguida, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados pelo empresário goiano.

A defesa de Temer defendia que a gravação havia sido adulterada “com objetivos nitidamente subterrâneos” e contratou um perito para fazer a análise do material. No dia 22 de maio, Ricardo Molina desqualificou a gravação, que chamou de “imprestável.” O laudo encomendado pela Polícia Federal (PF) ao Instituto Nacional de Criminalística (INC) concluiu que não houve edições no áudio entregue pelo empresário. A gravação veio à tona no dia 17 de maio. No relatório, a PF afirmou que as evidências indicavam “com vigor” que Temer e Rodrigo Rocha Loures cometeram crime de corrupção passiva. Loures atualmente está preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

O áudio foi entregue à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo. Desde então, Temer, que já havia sido citado por outros delatores em fatos anteriores ao mandato, passou à condição de formalmente investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva, associação criminosa e obstrução de Justiça. De acordo com a Constituição Federal, o Presidente da República só pode ser investigado por atos que sejam correlatos ao seu mandato.

O acordo de delação premiada do grupo J&F, feito pelos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista, e outros cinco delatores, prevê imunidade total aos irmãos. Eles não vão responder criminalmente pelo esquema de propinas que revelaram a procuradores da República e terão dez anos para pagar uma multa de R$ 225 milhões, termos que têm sido classificados como muito benéficos em comparação aos que foram acordados com outros delatores da Operação Lava Jato.

No caso dos donos da JBS, a delação de um esquema de propina que envolvia pagamentos a mais de 1,8 mil políticos em todo o país, incluindo ainda gravação de conversa com o presidente da República, Michel Temer, e o senador Aécio Neves (PSDB), foi considerada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, relevante o suficiente para conceder o perdão judicial aos irmãos, a promessa de não oferecimento de denúncias relativas aos crimes revelados e ainda proteção policial caso precisassem.

A holding criada pelos irmãos Batista teve uma receita líquida de R$ 174 bilhões em 2015, tem 265 mil funcionários e está presente em 30 países, além de exportar para mais de 150 países. O grupo se tornou a maior empresa de carnes do mundo, expandindo atuação para outras áreas, como energia, calçados, setor financeiro e celulose.

Encontro entre Armando e FBC foi mais que cortesia

Por Carlos Brito*

“Raposa” política e matreira, o ex-governador Magalhães Pinto dizia que política é como as nuvens: “uma vez a gente olha e está de um jeito, depois olha de novo e tudo muda”. Essa nuvem ficou parada na última quarta-feira, em Petrolina, à espera dos acontecimentos. Os ventos do Norte parecem teimar em não soprar para assistirem ao que vai acontecer.

O encontro dos senadores Armando Monteiro Neto (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PSB), no gabinete do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), é marcado por muito simbolismo. Num ambiente político em mutação, com cenários tão imprevisíveis como se mostram nesses tempos, essa reunião é tudo, menos para ser tratada como uma mera conversa normal. Os deputados Silvio Costa e José Humberto também estiveram presentes.

Os dois senadores sabem exatamente suas situações no tabuleiro do jogo eleitoral, que já começou a ser jogado. Armando sabe da insatisfação de Fernando no atual momento na legenda socialista.

Tem total conhecimento que FBC, forjado no cenário mais duro da política, cansou de ser tratado como inimigo íntimo no ambiente partidário e de receber apenas o chamado, quando sua presença era estritamente necessária ou decisiva para o time. Apenas nesse caso. E Fernando aceitava o jogo.

Mas aí o sangue passou a falar mais alto. Viu seu filho virar ministro contra tudo e contra todos no PSB de Pernambuco, e assistiu às pancadas em Fernando Filho dadas até pelo presidente do PSB, Carlos Siqueira, que chegou a ameaçar expulsá-los da legenda. Não teve qualquer apoio no seu Estado entre os socialistas. As vozes que poderiam se levantar, se mantiveram mudas. Essa dor pode ter doído mais forte.

Armando sabe que no Palácio do Campo das Princesas não se faz política. Avaliou esse cenário, e essa visita foi mais que cortesia: foi um aceno, o maior gesto das oposições ao grupo de Fernando, que agora é cortejado pelo Democratas e PMDB.

A nuvem, a qual se referiu Magalhães Pinto, foi em Petrolina, mas deve estar provocando trovoadas na capital do Estado.

*Jornalista

 

 

Nova Central recusa reunião com Temer para discutir mudanças na reforma trabalhista por meio de MP

A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) recusou se reunir com o presidente Michel Temer (PMDB) nessa quinta-feira (20) para discutir pontos de uma medida provisória (MP) que o governo prepara para ajustar a reforma trabalhista. De acordo com a sindical, a minuta apresentada pelo governo às centrais sindicais “não ataca os principais pontos da reforma Trabalhista” que Temer havia prometido alterar por meio da medida.

Um dos temas das centrais era discutir novas formas de financiamento aos sindicatos. O imposto sindical obrigatório foi extinto na aprovação da reforma trabalhista. No entanto, as sugestões do governo para alterar o texto sequer abordam a questão.

A reforma trabalhista foi sancionada no dia 13 de julho, dois dias após a aprovação da proposta pelo plenário do Senado. Na Casa, a reforma foi aprovada por 50 votos a 20. Dos 50 senadores que votaram favoravelmente, 37 declararam possuir ou ter participação societária em empresas ou fazendas.

Para garantir a aprovação da proposta sem alterações, Temer comprometeu-se com senadores a editar uma medida provisória para atender a eventuais mudanças defendidas pelos parlamentares contrários à reforma, bem como pontos defendidos pelas centrais. De acordo com a Nova Central, a reforma resulta na “aniquilação dos efeitos de todo o arcabouço de leis de proteção ao trabalho”.

“Tal circunstância referenda todo tipo de exploração do capital, prejudicando, irreversivelmente, milhões de trabalhadores do país”, defende a Nova Central, que também diz ter tentado negociar com o governo, apresentando propostas que defendiam os direitos e garantias para os trabalhadores brasileiros e o fortalecimento das entidades sindicais, mas não foram recebidos. “A Nova Central reafirma que não fará sala para nenhuma medida que traga prejuízo aos trabalhadores e à organização sindical”, ressalta.

Na manhã de ontem, Temer se reuniu com a Força Sindical, a CTB e a UGT. A reunião também contou a presença do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. No dia em que sancionou a reforma, Temer enviou aos senadores a minuta da medida provisória (MP) que pretende alterar pontos da reforma trabalhista. O texto ainda é uma prévia e está sendo negociado com parlamentares e também com as centrais sindicais.

A reforma altera cerca de cem pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O texto promove alterações na legislação trabalhista, principalmente na relação entre empregado e empregador. Na minuta apresentada pelo governo, há pelo menos nove mudança em pontos como indenização por dano moral, trabalho de gestantes e lactantes em ambientes insalubres, cláusula de exclusividade a trabalhadores autônomos e trabalho intermitente.