Eleições 2016: índice de abstenção nos municípios com biometria foi de 11,85%

Nas Eleições Municipais deste ano, dos mais de 39 milhões de eleitores aptos a serem identificados pelas digitais na hora de votar em 1.541 municípios do país, aproximadamente 35 milhões compareceram às urnas, o que representa um índice de abstenção de 11,85%. Nos locais em que os eleitores ainda não são reconhecidos pela biometria ou contam com biometria híbrida, o índice de abstenção foi de 19,18%.

A biometria é uma tecnologia que confere ainda mais segurança à identificação do eleitor no momento da votação, tornando praticamente inviável a tentativa de fraudar a identificação do votante. O leitor biométrico confirma a identidade de cada cidadão por meio de impressões digitais únicas, armazenadas em um banco de dados da Justiça Eleitoral.

“A identificação biométrica é extremamente segura porque garante precisamente que a pessoa que está ali se identificando é aquela que fez o cadastro, evitando que uma pessoa se passe por outra, considerando que não existem duas digitais iguais no mundo. Importante destacar que já contamos com uma base de dados com mais de 50 milhões de eleitores cadastrados biometricamente em mais de 2,5 mil municípios [incluindo os municípios com identificação híbrida]. Isso já nos dá o título de maior base biométrica da América Latina”, esclarece o secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral, Giuseppe Janino.

A biometria está sendo implantada gradativamente desde as Eleições Municipais de 2008 e já foi concluída nos estados de Alagoas, Amapá e Sergipe e no Distrito Federal. Nas eleições deste ano, 39.397.651 de eleitores estavam aptos a votar pela identificação das digitais em 1.541 municípios.

Aprovação

O emprego da biometria nas Eleições Gerais 2014 recebeu média 9 pela maioria dos eleitores brasileiros, de acordo com pesquisa encomendada pelo Tribunal Superior Eleitoral para avaliar o pleito. O uso da tecnologia causou impressão positiva em vários lugares onde foi colocada em prática, sendo relacionada a uma ampliação da segurança do sistema de votação

Laura Gomes será deputada a partir de 2017

O término das Eleições Municipais em Pernambuco trouxe uma novidade para a política em Caruaru. Laura Gomes (PSB) assumirá de vez uma vaga na Assembleia Legislativa, uma vez que seis dos atuais deputados foram eleitos prefeitos nas suas cidades ou vão disputar o segundo turno, como é o caso de Tony Gel e Raquel Lyra em Caruaru. “Terei dois anos para atuar como deputada e trabalhar diretamente pelo povo”, disse.

Laura Mota Gomes é formada em Direito. Nascida no Recife, no dia 31 de agosto de 1953, adotou Caruaru como cidade do coração. Já ocupou o cargo de vice-presidente da Cruzada de Ação Social no terceiro mandato do ex-governador Miguel Arraes, foi diretora de Assistência Social na primeira gestão da ex-prefeita de Olinda, Luciana Santos, e diretora do Instituto de Assistência Social e Cidadania do Recife, no primeiro mandato do ex-prefeito João Paulo.

Há mais de 20 anos faz parte do Partido Socialista Brasileiro (PSB). É secretaria da Organização Geral do PSB Pernambuco e representa o Estado no Conselho Nacional de Mulheres do Partido. Seu primeiro mandato eletivo foi como vereadora de Caruaru, a partir de 2005.

Laura Gomes foi reeleita quatro anos depois, tornando-se a primeira vereadora a renovar o mandato de forma consecutiva na Câmara Municipal. Foi eleita nas eleições 2010 para deputada estadual e, em 2011, convocada pelo então governador Eduardo Campos para assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco, com projetos de destaque na área de acessibilidade, combate às drogas e proteção dos direitos das minorias. Em janeiro de 2014, retornou à Alepe para reassumir seu mandato.

Eleições 2016: PT perdeu seis de cada dez votos em relação a 2012

Enquanto isso, PSDB – que ficou em terceiro lugar na lista de mais votados em 2012 – foi o que mais conquistou

Desde que os resultados do primeiro turno das eleições municipais de 2016 se confirmaram, no último domingo (2), os números obtidos pelo Partido dos Trabalhadores chamaram atenção. Entre derrotas em berços eleitorais já consagrados e quedas significativas nos candidatos eleitos para as prefeituras e câmaras municipais, o PT encolheu 60,9% em relação a 2012, maior índice de retração nos números de votos (veja tabela).

Há quatro anos, 17.4 milhões de vagas foram ocupadas por membros do partido. Em 2016, os números do PT somaram apenas 6.8 milhões de votos no primeiro turno, uma perda de mais da metade dos eleitores que apoiaram a sigla no pleito anterior.

Já o PSDB – que ficou em terceiro lugar na lista de mais votados em 2012, atrás do PMDB e do PT – foi o partido que conquistou mais espaço no primeiro turno deste ano. O resultado da corrida eleitoral da legenda em 2016 é 25,1% maior do que em 2012.

O segundo partido mais votado no primeiro turno das eleições 2016 foi o PMDB. Apesar de apresentar queda de 12,5% na contabilidade dos votos recebidos, o partido do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e presidente da República, Michel Temer, conseguiu o apoio de 14,8 milhões de eleitores no primeiro turno da disputa eleitoral deste ano.

Por outro lado, siglas pequenas apresentaram um crescimento significativo nas urnas. O PHS conquistou um acréscimo de 196% no número de votos; o PTN, segundo colocado nesse aspecto, contabilizou 97,1% a mais de apoiadores enquanto o PRB cresceu 48,4% no primeiro turno de 2016.

Apenas um acusado na Ponto Final se reelegeu

Wagner Gil Jornal VANGUARDA

A Operação Ponto Final fez uma grande devassa nas eleições deste ano, deixando nove dos dez acusados de fora. Apenas Cecílio Pedro conseguiu sua reeleição, com 1.859, quase dois mil votos a menos que no pleito anterior.

Cecílio foi acusado de cobrar propina para aprovar o projeto do BRT (Bus Rapid Transit), que estava orçado em R$ 250 milhões. Ele chegou a ser condenado em primeira instância, mas nega que tenha cometido esse crime, e sua defesa recorreu.

Dos envolvidos na Ponto Final I, deixaram de renovar seus mandatos Val de Cachoeira Seca (PMDB), Louro do Juá (PMDB), Neto (PMDB), Eduardo Cantarelli (PMDB), Pastor Jadiel (PSDC), Jajá (PSDC), Evandro Silva (PMDB), Sivaldo Oliveira (PP) e Val das Rendeiras (PSDC). Desses, cinco foram acusados também na Operação Ponto Final II, que condenou os edis pelos crimes de corrupção passiva e ativa para aprovar a CPI da CGU. São eles: Neto, Val de Cachoeira Seca , Evandro Silva, Pastor Jadiel e Val das Rendeiras.

Alguns desses vereadores vinham acumulando três, quatro mandatos seguidos ou intercalados. “As operações Ponto Final I e II pesaram muito nessa legislatura. Mas a Câmara sempre teve sua imagem arranhada com a população desde a aprovação dos PCC dos professores, em janeiro de 2013, logo na primeira reunião. A Operação Lava Jato também trouxe esse sentimento de mudança na política”, analisou Arnaldo Dantas.

Renovação na Câmara de Vereadores foi grande

Alguns nomes tradicionais da política não permaneceram no Legislativo. Já Leonardo vai para o seu 11º mandato

Wagner Gil do Jornal VANGUARDA

Como já era esperado, houve uma grande renovação na Câmara de Vereadores de Caruaru, com alguns nomes tradicionais da política ficando de fora e novas lideranças surgindo no Legislativo municipal, a exemplo de Sérgio Siqueira (diretor da Penitenciária Juiz Plácido de Souza), que nunca havia disputado um cargo para a Casa Jornalista José Carlos Florêncio.

Já outros, como José Aílton (PDT), o médico Demóstenes Veras (PDT) e Heleno do Inocoop (PRTB), não conseguiram renovar o mandato e terão agora que remar bastante nos próximos quatro anos para tentar voltar à vereança.

Este ano foram mais de 400 candidatos disputando as 23 vagas da Casa Jornalista José Carlos Florêncio. Dos atuais, apenas nove renovaram seu mandato e 14 ficaram de fora. Os reeleitos foram: Edmilson do Salgado (PCdoB), Leonardo Chaves (PDT), Lula Tôrres (PDT), Ranilson Enfermeiro (PDT), Ricardo Liberato (PDT), Edjailson da CaruForró (PRTB), Cecílio Pedro (PMDB), Duda do Vassoural (PRTB) e Marcelo Gomes (PSB).

Os novatos são: Bruno Lambreta (PDT), que retorna depois de ter ficado de fora nos últimos quatro anos; Tafarel (PRP), Andrey Gouveia (PRP), Daniel Finizola (PT), Alberes Lopes (PRP), Galego de Lajes (PSD), Italo Henrique (PSD), Pierson Leite (PSD), Rozael do Divinópolis (PRTB), Fagner Fernandes (PTdoB), Sérgio Siqueira (PTdoB), Allysson da Farmácia (PPS), Heleno Oscar (PEN) e Zezé Parteira (PV).
RENOVAÇÃO ESPERADA

A renovação na Câmara já era esperada por uma série de fatores, entre eles as operações Ponto Final I e II, a votação do projeto da Feira da Sulanca e o Plano de Cargos e Carreiras (PCC) dos professores.

Uma votação que colocou a Câmara em cheque foi a ampliação do salário de R$ 9 mil nesta legislatura para R$ 15 mil a partir de janeiro de 2017. “Foram fatores e fatos que contribuíram bastante para a renovação na Casa. Essa legislatura foi muito conturbada e não estava em sintonia com a população”, comentou o cientista político e professor, Arnaldo Dantas.
Veja lista com percentuais e votos dos vereadores eleitos em Caruaru:

Edmilson do Salgado (PCdoB) – 2,90% com 4.809 votos
Leonardo Chaves (PDT) – 2,47% com 4.097 votos
Lula Tôrres (PDT) – 2,03% com 3.367 votos
Bruno Lambreta (PDT) – 1,96% com 3.258 votos
Marcelo Gomes (PSB) – 1,88% com 3.129 votos
Ranilson Enfermeiro (PDT) – 1,82% com 3.024 votos
Ricardo Liberato (PDT) – 1,79% com 2.979 votos
Tafarel (PRP) – 1,60% com 2.655 votos
PB Andrey Gouveia (PRP) – 1,57% com 2.613 votos
Daniel Finizola (PT) – 1,22% com 2.017 votos
Alberes Lopes (PRP) – 1,04% com 1.721 votos
Galego de Lajes (PSD) – 1,37% com 2.276 votos
Italo Henrique (PSD) – 1,07% com 1.782 votos
Pierson Leite (PSD) – 0,95% com 1.587 votos
Edjailson do Caru Forró (PRTB) – 1,49% com 2.478 votos
Duda do Vassoural (PRTB) – 1,19% com 1.979 votos
Rozael do Divinópolis (PRTB) – 0,95% com 1.585 votos
Fagner Fernandes (PTdoB) – 1,16% com 1.922 votos
Sérgio Siqueira (PTdoB) – 1,04% com 1.725 votos
Allysson da Farmácia (PPS) – 0,58% com 959 votos
Cecílio (PMDB) – 1,12% com 1.859 votos
Heleno Oscar (PEN) – 0,82% com 1.354 votos
Zezé Parteira (PV) – 0,57% com 945 votos.

No Recife, definidos apoios para o Segundo Turno

Cinco dias depois da votação que definiu o segundo turno para a Prefeitura do Recife (PE), no domingo (2), todas as alianças entre os oponentes de primeiro turno já estão desenhadas na capital pernambucana. Uma das últimas legendas que concorreram ao pleito a anunciar seu posicionamento nessa última etapa, o PSOL divulgou ontem (6) que é oposição ao atual prefeito e candidato à reeleição Geraldo Júlio (PSB), mas não apoiará o candidato do PT, o ex-prefeito João Paulo.

Durante a semana o prefeito Geraldo Júlio (PSB) já havia recebido o apoio do DEM, PSDB e PV, enquanto o ex-prefeito João Paulo (PT) contou com a adesão de Pantaleão, candidato do PCO que ficou em último lugar na disputa, conquistando a preferência de 0,05% do total de eleitores, exceto brancos, nulos e abstenções.
Parte da base do governo do PSB até o início do ano, o DEM e o PSDB foram os primeiros a anunciar quem apoiariam no segundo turno. A decisão foi tomada em reunião conjunta realizada na última segunda-feira (3). Segundo nota divulgada pelos partidos, o posicionamento é contrário à candidatura do PT, o que gera, “consequentemente”, apoio a Geraldo Júlio.O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), também manifestou preferência pelo PSB – que o apoiou em Pernambuco no segundo turno das eleições presidenciais de 2014.

O candidato a prefeito pela legenda PSDB, deputado federal Daniel Coelho, porém, divulgou nota informando que não apoiaria nenhum dos dois oponentes. “Tenho muito respeito à posição dos partidos. No entanto, me reservo ao direito de não declarar voto a nenhuma das candidaturas que estão no segundo turno das eleições no Recife por entender que o PT fez muito mal ao país e que o PSB não consegue se desvincular das práticas políticas às quais discordo e enxergo dentro do próprio PT”, critica.
O tucano ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 18,59% dos votos válidos. Já a candidata do DEM, deputada estadual Priscila Krause, obteve a quarta maior votação, com 5,43% do total.

PV, PSOL e PSTU
Na terça-feira (4) o candidato a prefeito do Partido Verde, Carlos Augusto, se encontrou com Geraldo Júlio e declarou sua adesão ao socialista no segundo turno. O PV já faz parte da base do PSB no governo, apesar de ter lançado candidatura própria. Carlos Augusto teve 0,62% dos votos válidos na votação do dia 02 de outubro.
Já a direção municipal do PSOL divulgou nota, por meio de rede social, em que critica ambas as candidaturas por atuar “em coalização com forças conservadoras e que atentam contra o necessário estádo laico e o atendimento das demandas do feminismo e das pessoas LGBTTI”, e avisa que será oposição a qualquer um dos dois projetos.
No entanto, a legenda argumenta que o atual prefeito é considerado a pior alternativa, porque “representa uma dinâmica de retrocesso às oligarquias” e “atrofiamento da democracia”. O candidato a prefeito pelo partido, deputado estadual Edilson Silva, não divulgou nota pessoal a respeito do segundo turno. Ele obteve o quinto lugar no primeiro turno, com 2,10% dos votos válidos.

A candidata do PSTU, Simone Fontana, que teve 0,12% dos votos e ficou em penúltimo lugar, não divulgou nota pública falando de seu posicionamento. Em resposta à Agência Brasil, o partido afirmou que defende o voto nulo para o segundo turno. “Nenhuma das duas candidaturas representa ou merece o voto dos trabalhadores. O PT já foi gestão durante 12 anos no Recife, e atacou os servidores públicos, em especial os professores. E Geraldo Júlio também tem atacado duramente o conjunto dos servidores, inclusive na última campanha salarial deu 0% de reajuste e não pagou o piso salarial dos professores”, cita.

Entidades atacam quebra de sigilo de jornalista

O Globo

Um habeas corpus da Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner) foi impetrado na última sexta-feira em favor do jornalista Murilo de Queiroz Ramos, da revista “Época”, cuja quebra de sigilo telefônico foi determinada em agosto pela juíza Pollyanna Kelly Alves, da 12ª Vara Federal do Distrito Federal, após a publicação, em fevereiro do ano passado, da reportagem “A lista das contas de brasileiros no HSBC na Suíça”. De acordo com a Aner, o ato da juíza é ilegal. O habeas corpus foi distribuído ao desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

A decisão judicial contra Murilo, um dos autores da reportagem, foi provocada por um inquérito do delegado da Polícia Federal João Quirino Florio, que investiga o vazamento de dados fiscais sigilosos de brasileiros no caso SwissLeaks. As informações obtidas pelo jornalista estão contidas nos relatórios de inteligência financeira do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf).

Em abril, João Quirino requisitou a quebra do sigilo telefônico de Murilo após afirmar que a Receita, a Coaf e o Banco Central não conseguiram identificar a origem do vazamento. O pedido do delegado à juíza foi realizado antes mesmo de que fosse tomado formalmente o depoimento do jornalista, segundo despacho obtido pela “Época”. João Quirino escreveu à juíza que “a única maneira de chegar ao autor do crime, que é grave, pois poderia comprometer todo um sistema de segurança de informações vitais para o funcionamento de toda uma economia, seria o cruzamento de chamadas de Murilo nos dias que antecederam a entrevista que (sic) cruzá-lo com os telefones das pessoas que poderiam ter acesso aos dados”.

Ciro: Lula se queimou, FHC é traidor e Temer golpista

O ex-ministro Ciro Gomes, possível candidato a presidente em 2018 pelo PDT, afirmou que o PT não está morto, mas “quem está em final de ciclo é o Lula”. Disse que o ex-presidente “brincou de Deus e se queimou”.

Foi após pergunta que citava a possibilidade de Ciro ser apoiado pelo PT em 2018, segundo lideranças do partido, que apontaram porém problemas como sua troca constante de legenda –sete, até o moment o – e o risco de não ter o apoio do próprio PDT.

Durante entrevista pública no Festival Piaui GloboNews de Jornalismo, ele comentou ainda, sobre o presidente do PDT, Carlos Luppi, que “é um amigo”.

Além de Lula, Ciro criticou outros eventuais presidenciáveis como o senador Aécio Neves, o governador Geraldo Alckmin, o ministro José Serra e a ex-ministra Marina Silva.

Chamou o presidente Michel Temer de “golpista salafrário” e voltou a criticar Lula, porque “botou um canalha de vice da Dilma, um picareta”, referências a Temer.

Questionou também o candidato a prefeito do Rio e principal liderança do PSOL, Marcelo Freixo, pelo que chamou de “estreiteza moralista”.

Por fim, chamou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de, entre outras qualificações, “um traidor do Brasil”. (Folha de S.Paulo)

Arquivada investigação sobre Tião Viana; outras virão

Há um ano, a situação do governador do Acre, Tião Viana (PT), era considerada desesperadora. Ele era acusado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa de ter recebido R$ 300 mil na sua campanha eleitoral, doados por uma fornecedora atraída pelo magnetismo de propinas da estatal.

A doação, encaminhada pela direção do PT, respeitou as exigências da lei e foi declarada à Justiça Eleitoral. A defesa de Viana argumentou que ele nada teve a ver com a história.

Os argumentos da defesa foram aceitos pela procuradora Ela Wiecko, que recomendou o arquivamento do caso. Seu sucessor confirmou a decisão. Na semana passada, o caso foi julgado pelos quinze ministros do pleno da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça e, por unanimidade, mandado ao arquivo.

Outros casos virão.

PMDB e PSDB já medem forças para 2018

O Globo 

Embora o Brasil esteja ainda a dois anos de escolher um novo presidente, as forças políticas deram início, desde o último domingo, a um processo de reorganização de suas estratégias de olho na disputa pelo Palácio do Planalto em 2018. Fiel do governo de Michel Temer, o PSDB expandiu seu domínio sobre o eleitorado aproveitando o declínio da esquerda, em especial do PT. Na visão de analistas políticos consultados pelo GLOBO, o avanço tucano sobre os municípios dá força a uma eventual candidatura do partido à Presidência. Mas é preciso combinar com os peemedebistas.

A partir de janeiro, PMDB e PSDB vão comandar um terço dos municípios do país, o que corresponde a um quarto do eleitorado governado. Para analistas, o domínio rompe a polarização entre PT e PSDB, que marca a política brasileira nas duas últimas décadas. E pode ser ampliado, já que ambos têm candidatos no segundo turno em 33 cidades — em quatro delas, disputam a prefeitura entre si. Juntos, tucanos e peemedebistas podem administrar um orçamento de cerca de R$ 100 bilhões só nas capitais.

Um tem base, outro tem lideranças conhecidas. A lógica de uma aliança desses dois partidos pode gerar uma força muito grande — afirma Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia da Unicamp. — O PSDB não tem representação nacional de base que o PMDB tem. Em vez de aproveitar os oito anos do governo Fernando Henrique para ampliar suas bases, o partido passou a depender cada vez mais desse anabolizante que é formar a base aliada no Congresso. Isso tem reflexos até hoje. Nesta eleição, dado o enfraquecimento fantástico do PT, o PSDB recebe um impulso para se expandir. Agora, o problema: terá tempo de fazer bases municipais condizentes para uma concorrência com o PMDB?