Convênio possibilita entrega de 42 caminhões frigoríficos

Em um ato público no Palácio do Campo das Princesas, nesta segunda-feira (14/12), o governador Paulo Câmara e a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, realizam a entrega de caminhões frigoríficos a 42 prefeituras pernambucanas. Iniciativa que beneficia 20 mil agricultores, a partir de um convênio de R$ 6,8 milhões com a União.

Os caminhões serão responsáveis pelo transporte do alimento produzido pelos agricultores para as instituições beneficiárias, a exemplo de escolas, creches e hospitais, contribuindo para a redução de desperdícios. No mesmo convênio, está prevista ainda a aquisição de outros equipamentos, como caixas plásticas, balanças mecânicas e freezers, com um investimento de R$ 2,2 milhões. 

Serviço

Pauta: Entrega de caminhões frigoríficos a 42 prefeituras do Estado
Data: Segunda-feira, 14 de dezembro
Hora: 11h
Local: Palácio do Campo das Princesas. Praça da República, S/N, bairro de Santo Antônio, Recife

Pernambuco abre semana para doação de medula óssea 

 O governador Paulo Câmara comanda, nesta segunda-feira (14), a abertura da Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, projeto de autoria do ex-deputado Beto Albuquerque. 

A cerimônia será aberta ao público no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, e vai contar também com um local para cadastrar os voluntários, das 8h às 16h.

Para se cadastrar é preciso ter entre 18 e 55 anos, boa saúde e não apresentar doenças infecciosas ou hematológicas. A pessoa deve apresentar documento de identificação e preencher o formulário. No local, todas as informações e esclarecimentos serão dados ao doador, que ainda passará por um teste de laboratório para identificar características genéticas que possam influenciar no transplante.

Jornal O Globo assume defesa do impeachement em editorial 

O Jornal “Globo” assumiu a defesa do impeachment contra o governo Dilma Rousseff. A publicação dos irmãos Marinho afirma que “pode-se criticar, mas o não cumprimento da Lei de Orçamento está relacionado na Constituição como passível de ser punido com impeachment”. Lembra, no entanto, que o veredicto sobre as contas de Dilma Rousseff ainda não foi dado pelo Congresso.

Leia abaixo:

Há razões técnicas

Dilma é acusada de cometer crimes previstos na Carta, mas não há certeza da cassação

Aaceitação do pedido de impeachment da presidente Dilma, representante de um bloco político no poder há 13 anos, enraizado no movimento sindical, com apoio de “organizações sociais” cevadas com dinheiro público durante todo esse tempo, ela mesma criada pelo expresidente Lula, importante líder popular, teria de gerar muita discussão e tensões políticas. Com mais razão ainda porque o pedido de impeachment, encaminhado pelos juristas Hélio Bicudo — fundador dissidente do PT —, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, foi acolhido pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além de adversário do PT, investigado pela Operação Lava-Jato, e dono comprovado de contas na Suíça, com dinheiro de origem suspeita, não declarado tanto quanto as contas.

Com essa folha corrida e ainda sendo processado no Conselho de Ética da Casa, por quebrar o decoro ao ter garantido perante a CPI da Petrobras não possuir contas no exterior, Cunha aceitou o pedido de impeachment, ato de evidente revanche contra PT e Dilma. Afinal, não teve do governo e partido a ajuda que chegou a ser barganhada com ele.

Mas nada disso desqualifica a aceitação do pedido de abertura do processo de impedimento, como entendem ministros do STF. Importou naquele ato que o presidente da Câmara agiu dentro de suas prerrogativas. O fato de o posto estar sendo ocupado por Eduardo Cunha é desanimador, mas não torna ilegal a abertura do processo. Não é golpe.

Há, ainda, o debate sobre crimes de responsabilidade praticados por Dilma no primeiro mandato e também em 2015, no início do segundo governo, por atropelar preceitos da Lei de Responsabilidade Fiscal. Por exemplo, emitir decretos para liberar gastos não previstos no Orçamento aprovado pelo Congresso, assim como usar bancos federais para financiar despesas do Tesouro.

Os delitos foram mapeados pelo corpo técnico do Tribunal de Contas da União. Com base em relatório sobre as infrações, as contas de 2014 foram rejeitadas pelo TCU, veredicto ainda a ser deliberado pelo Congresso. As ilegalidades cometidas este ano foram incluídas no pedido de impeachment. A crônica das manipulações foi relatada em reportagem do “Valor”, edição de sextafeira, baseada em documento de técnicos da Secretaria do Tesouro, de alerta ao governo Dilma, ainda em 2013.

Pode-se criticar, mas o não cumprimento da Lei de Orçamento está relacionado na Constituição como passível de ser punido com impeachment. A Carta estabelece que o presidente só pode ser processado por atos cometidos durante o mandato. O dispositivo, porém, foi instituído antes de estabelecida a reeleição. Portanto, a depender do magistrado, pode-se entender que o segundo mandato é uma continuação do primeiro, parte de um mesmo governo de oito anos. Existe, portanto, base técnica para o pedido de impeachment. Isso não significa que esteja garantida a condenação da presidente Dilma. Sabe-se, desde a cassação de Collor, que o impedimento é muito condicionado pela conjuntura política

Seis vereadores, José Queiroz e Wolney acompanham entrevista de Douglas Cintra 

Senador, que pode ter o irmão Djalma Júnior como adversário no pleito de 2016, disse que as múltiplas candidaturas devem fortalecer o debate eleitoral

Wagner Gil/Jornal VANGUARDA

O programa Mesa Redonda, que vai ao ar pela rádio Cultura do Nordeste (AM 1130), trouxe, na última sexta-feira (11), o senador Douglas Cintra (PTB) como terceiro entrevistado de uma série que já contou com o deputado Tony Gel (PMDB) e o ex-governador João Lyra Neto (PSB). Ele fez uma prestação de contas do seu mandato, avaliou os governos Paulo Câmara e José Queiroz, além de falar das eleições 2016.
  
 
Douglas não afirmou que é candidato, mas um batalhão de assessores esteve presente nos estúdios da emissora. No grupo estavam seis vereadores: Edjaílson da Carú Forró (PT do B), Heleno do Inocoop (PRTB), Ranílson Enfermeiro (PTB), Rozael do Divinópolis (Pros), Demóstenes Veras (PP), além do líder do Governo, Jaélcio Tenório (PRTB). Dois secretários também acompanharam toda entrevista: Marco Casé (Ceaca) e Osório Chalegre (Careuaruprev).

O programa foi dividido em quatro blocos, com o comando do jornalista César Lucena e a participação de dois repórteres: Wagner Gil (Jornal VANGUARDA) e Ricardo Perrier (Extra). “Foi um debate muito importante e proveitoso para a cidade. O nível do programa ajudou a esclarecer o ouvinte sobre questões importantes”, disse Júnior Almeida, diretor-superintendente da emissora. Na próxima semana, o prefeito José Queiroz fecha a série de entrevistas.

No primeiro bloco, o senador caruaruense fez uma análise da atual situação do Congresso Nacional, teceu duras críticas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e ainda disse que acredita que ele deve ser preso, depois que for cassado. “Eu defendo a presunção da inocência, pois muitos políticos ainda estão sendo investigados e não vou citar nomes aqui. Mas no caso do Eduardo Cunha existem provas que ele mentiu. Os documentos são públicos. Acredito que ele está manobrando, mas deve ser cassado e depois deve vir sua prisão também”, avaliou o senador, que é contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT).  

Para Douglas Cintra, a situação no momento é bastante complicada, devido às denúncias de várias operações, entre elas a Lava Jato. “Realmente é lamentável, mas tenho certeza que as instituições, como Polícia Federal, Ministério Público etc, saem fortalecidas”, completou.

Surpreendido com a presença do prefeito José Queiroz e do seu filho, o deputado federal Wolney Queiroz (PDT), nos estúdios da rádio Cultura, o senador disse que a presença deles não era um sinal de apoio a sua possível candidatura a prefeito. 

“Somos amigos, temos um relacionamento excelente. Mas volto a dizer, a relação institucional deve prevalecer. Na condição de senador, recebi o prefeito e o deputado de minha cidade. Essa é minha forma de agir. Já estive com Paulo Câmara, recebi João Lyra Neto (PSB) e Raquel Lyra (PSB), no meu gabinete em Brasília. Temos que fazer política sem ódio e discutindo ideias. Não podemos pensar que adversários são inimigos”, pontuou.

Douglas também entrou em temas polêmicos e defendeu a saída da Feira da Sulanca. Na semana passada, o ex-governador João Lyra Neto disse que defendia a mudança de local, mas sem custos para o feirante. O senador desafiou: “Para você ter uma ideia, não se faz um projeto adequado com menos de R$ 300 milhões. Se alguém disse que transfere a Feira da Sulanca de graça, quero ver o projeto e saber de onde vem o dinheiro”, provocou. Segundo ele, a área adquirida para receber a feira custou R$ 10 milhões e, mesmo assim, o Governo do Estado teve dificuldades para pagar. “Vocês lembram como foi pago (duas vezes)”, argumentou.

Em relação a uma possível candidatura a prefeito, ele desconversou e falou do seu mandato na Câmara Alta. Douglas disse que estava focado no trabalho no Senado, apresentou quatro projetos de leis seus que foram aprovados, além de mais de 50 relatorias. 

Douglas também disse que tem acompanhado os mandatos dos demais políticos da cidade. “Dentro da minha condição, tenho acompanhado sim o trabalho da deputada Raquel Lyra e de Tony Gel”, disse o petebista. Na sua entrevista há três semanas, Tony Gel foi curto e grosso quando indagado sobre a atuação de Cintra. “Não sei de nada”, disparou Gel. “Tenho que me manter informado”, completou.

Semana decisiva do Congresso está nas mãos do STF

Num dos últimos lances de 2015, um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) vai atrair as atenções nesta semana. É no pleno da corte que será decidido, na próxima quarta-feira (16), o futuro da comissão especial que analisará o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que entrou em tramitação em 2 de dezembro sob patrocínio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

  
O que está em questão é a definição do grupo de deputados que votarão por continuidade ou arquivamento da denúncia-crime feita contra Dilma. A escolha da comissão foi suspensa pelo ministro do STF Edson Fachin depois desessão plenária em que parlamentares trocaram agressões físicas e quebraram as urnas usadas na votação.

Eminentemente oposicionista, a Comissão Especial do Impeachment foi eleita em votação secreta, por determinação de Cunha. O procedimento foi contestado por PCdoB e PT junto ao Supremo, na demanda que levou Fachin a suspender todo o processo de impeachment e levar o assunto para análise do pleno da corte. De um lado, governistas denunciam um “golpe parlamentar” do peemedebista em conluio com a oposição; de outro, oposicionistas acusam a base de tentar impedir o livre exercício do voto em plenário, em um cenário de urnas quebradas e tentativas de obstrução das cabines de votação. Naquela que foi a primeira batalha do impeachment, o Planalto foi derrotado por 272 votos a 199.

A decisão do Supremo causou mais uma reação de Cunha, que tem atuado para impedir o avanço do processo que pode resultar na cassação de seu mandato no Conselho de Ética da Câmara. Contrariado pelo ministro Fachin, o peemedebista anunciou que nenhuma votação de plenário será realizada antes que o STF decida sobre a legalidade da comissão especial oposicionista.

O caso Cunha continuará movimentando o Parlamento nos próximos dias. Na terça-feira (15), o Conselho de Ética volta a se reunir para analisar o parecer do novo relator da admissibilidade do processo que o peemedebista enfrenta no colegiado. Marcos Rogério (PDT-RO) substituiu Fausto Pinato (PRB-SP) e, a exemplo do antecessor, já avisou que vai votar pela continuidade do processo contra Eduardo Cunha por quebra de decoro parlamentar. Dizendo ter recebido ameaças e ofertas de pagamento de propina durante a elaboração de seu relatório, Pinato manteve seu posicionamento e, na última reunião do conselho, foi defenestrado pelo vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA) – aliado de Cunha e, como ele, investigado pela Operação Lava Jato.

Agenda aponta doações de Bumlai para Lula, Dilma, Temer e Eduardo Cunha 

Congresso em Foco

A Polícia Federal encontrou, há três semanas, em São Paulo, uma agenda de propriedade de Natalino Bertim, parceiro de negócios do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula preso pela Operação Lava Jato. O achado está sendo considerado um tesouro, já que os nomes de alguns dos mais importantes políticos da República aparecem associados a valores doados na eleição de 2010. As informações são da revista Veja.
  

Estão presentes nomes como o do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), com R$ 2 milhões; Eduardo Cunha, presidente da Câmara, R$ 1 milhão; do ministro da Comunicação, Edinho Silva (PT), R$ 650 mil; do senador Aloysio Nunes (PSDB), R$ 500.000,00; do senador Ronaldo Caiadol (DEM), R$ 500 mil; da senadora Ana Amélia (PP), R$ 100 mil. As informações são da revista Veja.

A lista contém mais de 30 nomes. As investigações prosseguem, para ver seos recursos de fato chegaram aos políticos. Em seguida, se as doações estão registradas na Justiça Eleitoral ou se houve o emprego de caixa dois. O empresário registra, na agenda, “valores combinados” com os beneficiários, as parcelas pagas e se os repasses foram “em reais”.

Códigos

Também foi encontrado pela PF uma carta escrita pelo filho de Bumlai, Maurício. O documento, escrito em tópicos e códigos, revela que os Bumlai tinham muita expectativa em relação à presidente Dilma. Após anotar o nome “Dilma”, o filho de Bumlai escreve “Petrobras”, cita a empresa Estre, do banqueiro André Esteves, e duas cifras: R$ 1 bilhão seguido de 25 milhões.

Visto com olhos de 2015, o trecho mostra que Maurício Bumlai, que atuava como representante da Estre, tinha motivos para ser otimista. Envolvida no petrolão, a “Estre” faturou em “2010″ e ao longo de todo o primeiro governo “Dilma” quase 1 bilhão de reais em contratos com a “Petrobras”.

Milhares vão às ruas mas público é menor do que em outros protestos 

Congresso em Foco

O Distrito Federal e mais 87 cidades, de todos os estados brasileiros, fizeram neste domingo (13) manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, informou o G1. Os próprios organizadores reconhecem que os protestos, desta vez, reuniram menos gente do que os outros três realizados neste ano (em 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto).

O movimento foi mais forte na cidade de São Paulo, onde o Datafolha estimou em 40,3 mil o número de manifestantes presentes na Avenida Paulista, principal ponto de concentração dos protestos. Políticos da oposição – como os senadores José Serra (PSDB-SP) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), em São Paulo, e o deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE), no Recife – participaram dos atos.

Em Brasília, segundo a Polícia Militar, 6 mil pessoas participaram de manifestação que percorreu a Esplanada dos Ministérios, acompanhada de carros de som. O movimento Vem Pra Rua rejeita o número e sustenta que cerca de 20 mil pessoas passaram neste domingo (13) pela Esplanada para protestar contra o governo.

Além dos bonecos infláveis do ex-presidente Lula (mais conhecidos como pixulecos), a manifestação em Brasília incluiu uma performance, na qual as imagens de Dilma e do PT foram incineradas em um caixão.

Também houve apelos pelo fim da corrupção e pela cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo a polícia, as manifestações na capital federal transcorreram sem incidentes.

Ainda em Brasília, alguns ativistas contra o impeachment – reunidos no movimento denominado Frente Brasil Popular – fez panfletagem na Torre de TV contra a saída de Dilma, mas também contra o ajuste fiscal proposto pelo governo e pela cassação de Eduardo Cunha. O grupo promete fazer uma festa simbólica em frente ao Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (14), em homenagem a Dilma, que vai comemorar 68 anos de idade.

Os líderes dos movimentos pró-impeachment também prometem novas manifestações, e maiores que as de hoje. Segundo eles, os atos deste domingo foram preparados às pressas, em razão da recente decisão de Cunha de dar início ao processo de impeachment, e são o embrião de demonstrações que tendem a ter maior adesão, tanto em número de manifestantes quanto de cidades participantes.

Recadastramento do LEVA começa amanhã 

A Associação das Empresas de Transportes de Passageiros de Caruaru – AETPC informa, que a partir desta terça-feira (15) tem início o período de recadastramento para os usuários do cartão Leva ESPECIAL. Atualmente, 2.711 usuários possuem o benefício no município.
  

O recadastramento ocorre no 3º piso do Shopping Difusora, das 8h às 18h. Os documentos necessários para o recadastramento são: RG, CPF, Comprovante de Residência e o Laudo Médico atualizado (até 90 dias) e/ou informando se necessita de acompanhante.

O recadastramento ocorre até o dia 15 de janeiro de 2016, e após esse prazo, o usuário que não realizar o procedimento poderá perder o benefício.

Petista divulga texto defendendo partido e destacando avanços 

513 em 13 do 13 (por Renato Carvalho) 

O número 13 é cabalístico. Neste dia 13 de dezembro, neste ano de 2015, completa-se 13 anos de um ciclo histórico que trouxe o Partido dos Trabalhadores (13) à presidência da República Federativa do Brasil.

Em 513 anos de história de nosso país, do descobrimento e da colonização até o presente momento, absolutamente, foi a primeira vez que uma organização política vinculada às causas dos setores populares e médios consegue obter tal magnitude de poder. Daí a maior responsabilidade histórica pelos erros e acertos.

Em nosso país as mudanças promovidas sempre ocorreram mediante pacto das elites sob a lógica de “mudar para manter como está”, ou seja, o privilégio histórico adquirido por uma elite dominante que desde sempre foi beneficária das estruturas estatais implantadas no Brasil.

Neste mesmo período histórico, os setores populares sempre foram alijados do benefício que o estado brasileiro proporcionou à elite. Este alijamento gerou favelas, fomes, migrações e causou grande desconforto para milhões de famílias num vexame de divisão social flagrante no país. Divisão esta que sempre foi notória ao longo de toda nossa história pátria.

A chegada do PT no aparelho executivo do estado brasileiro desarrumou o pacto das elites nos moldes que sempre foi praticado no país. Verdadeiro “vírus no sistema”, ou seja, embaralha arranjos consolidados e exige realinhamentos políticos de parte-a-parte.

A inescapável necessidade de garantir sua governabilidade e governança fez com que os sucessivos últimos 4 governos do PT promovesse alianças políticas e empresariais visíveis.

Também, promoveu o incentivo e apoio à participação popular de modo inaudito a ponto de como nunca antes os trabalhadores e trabalhadoras de todos os segmentos terem tido a capacidade de influenciar os rumos do governo federal, no caso os petistas, como agora se faz presente. Mas, há limites estruturais (não observados, diga-se de passagem).

As meras ações institucionais, mesmo as que apelam para os chamados “marcos regulatórios”, até pelo curto tempo da experiência, não conseguem alterar estruturas enrijecidas que operam o ESTADO BRASILEIRO, este sim o real detentor de poder.

Não fora tudo isto, a longeva condição de detentor do estado brasileiro (a elite dominante e seus associados e servidores) já se encontram de tal modo arraigados nas entranhas do ESTADO que a net work instalada é tão mais eficiente em favor do que se considera o inquilino natural (os mandatários das elites) que são capazes de modo “natural” desmontarem em favor dos de sempre, mudanças que se queira promover nas estruturais de comando do país.

Um exemplo maior disto foi o fato de que os governos petistas atraíram (corretamente) setores empresariais para uma relação mais estreita com seus governos, sobretudo e principalmente àquelas empresas que sempre operaram mediante as políticas públicas de investimento estatal (as empreiteiras, o agronegócio, por exemplo).

Este realinhamento de setores empresarias com os governos petistas (para surpresa de todos, inclusive os próprios petistas e movimenos sociais “mais puros”) desencadeou o processo de busca dos outros segmentos não alinhados ao PT, mas não menos beneficiários das políticas econômicas (setor financeiro, sobretudo), a encontrarem o elo frágil e partir esta nova corrente político-empresarial-social engendrada.

Encontraram este erro no próprio sistema que criaram e sempre os beneficiou infinitamente, até enquanto não chegou o governo petista: a relação governo-parlamento.

Então, cientes do sistema que criaram e dos quais eram fieis mantenedores, posto que beneficiavam de fastio a alta burguesia e associados, este setores dominantes-beneficiários, mas não alinhados ao PT operaram numa tática de 4 eficientes tempos (todas já arquitetadas e com engenheiros construindo-as):

1ª. Desmoralizar dirigentes maiores do PT para bloquear seus poderes e influências desde o aparelho governamental federal do estado brasileiro;

2ª. Desacreditar a agremiação política portentosa que se tornou o PT, promovendo o afastamento da opinião pública em relação ao partido que sempre foi portador da esperança-crítica na perspectiva de uma nova sociedade. Uma da mais eficientes táticas de guerra, antes mesmo de um só disparo ser efetuado, é desacreditar o inimigo para torná-lo “matável” no jargão do filósofo italiano Giorgio Agamben;

3ª. Tirar a fonte de suprimento e poder reprodutor de política que o PT construiu estando no governo federal. Assim, tirar Dilma hoje, Lula amanhã, não é uma questão conjuntural como crêem alguns tolos. É uma posição de classe; dizem assim a alta burguesia: “não foi dos nossos, não interessa sua honestidade e que até continuem a nos beneficiar. Tirem-no, a todo modo e custo”;

4º. Esta última tática é/foi um golpe mortal na classe e/ou segmentos de classe que sempre foi a base de massa do PT. Neste caso se aplicou a medida da PL 4330 e não por acaso serviu o Cunha para encaixar esta cunha na classe trabalhadora que ante esta medida desagrega enfraquecedoramente sua representação que antes, mesmo problemática, era relativamente unitária.

Então, resta provado que a alta burguesia e associados (incluída a direita) sabe que sua esperança-cínica lhes permite jogar sobre os ombros do PT e seus associados (movimentos sociais os mais diversos) todas as mazelas que foram resultante de 513 anos de sua infame e nefasta dominação que a um só tempo lhes benefíciou e em sentido diametralmente oposto, deliberadamente, promoveu e manteve uma brutal exclusão social e econômica de amplíssimas parcelas da sociedade, tentado com relativo êxito, mudar tudo isto pelo PT.

Por fim, a alta burguesia tenta ser até ironicamente bíblica: quer jogar todos os pecados no PT como se ele fora o diabo-criador deles, ou seja, “tratar o PT como a manada de porcos citados na bíblia, em cujas costas foram jogados todos os pecados de todos para estes serem purificados”. Renê Girard explica esta situação em seu livro A Violência e o Sagrado.

Definitivamente, é completamente inaceitável esta situação. Foram 513 anos de dominação do capital no Brasil e não são os 13 anos do PT(13) que geraram as distorções no sistema político e relações de poder no país.

Quem pariu Mateus que o balance. Temos que trazer o feito à responsabilidade histórica.

 
Recife, Domingo, 13 de Dezembro de 2015.

Renato Carvalho

Coordenação Nacional da Via Trabalho.

Hospital Mestre Vitalino implanta equipe de CIHDOTT

O Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, através da Secretaria de Saúde do Estado e da Central de Transplantes de Pernambuco, vem capacitando sua equipe para que seja implantada na unidade uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). Essa comissão é responsável por identificar e captar potenciais doadores, além de explicar aos familiares o que é a morte encefálica, e sensibiliza-lo para doação 

“Nosso objetivo é desenvolver um olhar diferenciado e reconhecer um possível doador. Com a chegada da CIHDOTT reforçaremos a conscientização, não apenas para a família, mas também para toda equipe. É preciso entender que não estamos apenas lidando com a morte, mas com a chance de salvar vidas”, explica Mayara, Enfermeira do HMV, que fará parte da comissão ao lado de mais uma enfermeira e um médico.

Após a total implantação da comissão, as captações poderão ocorrer no próprio Hospital, que, então, passará a ser referência de captação de órgãos da região. As CIHDOTT são classificada em três níveis e, por se tratar de um hospital de alta complexidade, o Mestre Vitalino vai contar com a CIHDOTT tipo III.

HMV reconhece primeiro caso de possível doador de múltiplos órgãos – Após ser diagnosticada a morte encefálica de uma paciente que se encontrava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, integrantes da CIHDOTT da unidade entraram em contato com os familiares para explicar a importância da doação de órgãos após o diagnóstico. Com o cuidado de mostrar que não se tratava apenas de uma morte, mas da chance de oferecer uma vida nova a outras pessoas, a Comissão agiu para tentar realizar a primeira captação, após uma semana do treinamento junto a SES e à Central de Transplantes.

 “Infelizmente a cultura de algumas pessoas causam um bloqueio de conhecimento quanto à importância da doação. O papel da nossa equipe será justamente trabalhar com essas famílias e ajuda-las a entender a importância do processo”, conclui Mayara.