Eduardo Cunha diz no Twitter que não fará pauta vingativa contra Dilma

Da Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a se manifestar hoje (18) sobre a sua decisão de romper com o governo da presidente Dilma Rousseff. Em sua conta no Twitter, o presidente da Câmara desmentiu notas que saíram em revistas semanais e disse que não tratou com o vice-presidente da República e articulador político do governo, Michel Temer, sobre os depoimentos da Operação Lava Jato.

“Em primeiro lugar quero desmentir as notas que estão em colunas de revistas sobre suposta conversa minha com Michel Temer”, disse. “Não tratei com ele em nenhum momento de futura citação dele por delatores. Isso não faz parte dos nossos diálogos”, continuou.

Em seguida, Eduardo Cunha reafirmou que a decisão de romper com o governo foi pessoal e que defenderá que o PMDB faça o mesmo somente no próximo congresso do partido. “Não busquei nem vou buscar apoio para isso, a não ser o debate na instância partidária competente”, disse na rede social. Ele também afirmou que não pretende buscar apoio fora do PMDB e disse que “cada partido tem e terá a sua postura dentro da sua lógica”.

Seguindo uma linha de argumentação, Cunha disse que não está buscando “ganhar número” para derrotar o governo e que, como presidente da Câmara, manterá a sua atuação de conduzir com “independência e harmonia com os demais poderes”.

“Não existe pauta de vingança e nem pauta provocada pela minha opção pessoal de mudança de alinhamento político”, escreveu. “O que existe é eu, como político e deputado, exercer a minha militância, defendendo a posição diferente do que defendia antes”.

O presidente da Câmara também disse que não tem histórico de tentar causar caos na economia pautando matéria que coloquem as contas públicas em risco e voltou a negar a versão do delator da Lava Jato, Júlio Camargo, que afirmou ter entregue R$ 5 milhões a ele em propina.

“Quando alguém cita um fato mentiroso, inventado, após várias versões diferentes, só existe uma resposta que desmentir com indignação. Não posso comentar detalhes de fatos inexistentes dos quais não participei”, disse.

Sobre a acusação recente, de Alberto Yousseff, de que sua família teria sofrido intimidações por um deputado membro da CPI da Petrobras a mando de Cunha, o presidente da Câmara disse que a comissão é independente e que a respeita.

Ele também voltou a falar do juiz Sérgio Moro, a quem acusou de ter errado por tomar um depoimento que o citava, quebrando a sua prerrogativa de deputado de ter foro privilegiado. “Quanto ao juiz do Paraná, eu não fiz reparo a ele, só que realmente ele não poderia dar curso a participação minha, como detentor de foro”, disse. “Por várias vezes em oitivas ele interrompia as testemunhas e dizia que não podia tratar de quem tinha foro de STF. Ao que parece ele mudou. E quanto a isso meus advogados ingressarão com reclamação no STF”, pontuou.

Eduardo Cunha concluiu a sequência de postagens com uma foto dos últimos presidentes da República ainda vivos e o link para uma postagem sua no Facebook, na qual afirma que irá colocar em votação as contas pedentes dos governos em ordem cronológica de modo a “abrir caminho para a análise das contas de 2014 de Dilma”.

Para Raul Henry, PMDB pode fazer alianças em 2016

Do Blog da Folha

A pouco mais de um ano para as eleições municipais, o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), assumiu a presidência estadual da legenda, neste sábado (18). A ideia, de acordo com o dirigente, é esperar até o final de setembro para se ter uma noção do tamanho do partido no próximo pleito municipal. E, a partir daí, dar início às articulações para as eleições de 2016.

“Não estamos começando articulações para eleições. Estamos num processo de fortalecimento do partido. De fazer o partido crescer com qualidade. É claro que essas pessoas que se filiam têm projetos eleitorais. Mas a formação desses projetos só se dará no próximo ano quando a gente de fato for discutir eleição municipal e vai discutir o arco de alianças em cada município do Estado”, garantiu.

Questionado sobre a relação do PSB, do governador Paulo Câmara, com o PMDB, Raul Henry afirmou que acredita em alianças em diversos municípios de Pernambuco. O peemedebista também disse que conversa com o gestor socialista com frequência sobre o assunto.

“Eu acho que nós faremos aliança em grande parte dos municípios de Pernambuco. Em outros municípios, onde a realidade política não permitir, cada um vai seguir seu caminho. O exemplo de Petrolina é claro, nós temos um prefeito do PMDB que disputou eleição com um candidato do PSB. E lá a política é muito radicalizada. Dificilmente nós faríamos uma aliança em Petrolina. Há municípios como Caruaru, também; o que se fala hoje nas colunas políticas é que Caruaru pode ter três candidaturas, uma do PSB, uma do PDT e a nossa do PMDB. Isso tudo é muito natural para a gente. A gente tem conversado sobre isso com a direção do PSB. Eu, pessoalmente, tenho conversado quase que diariamente com o governador Paulo Câmara, ele tem acompanhado tudo isso. Nós compreendemos isso como um processo absolutamente natural”, disse.

Ele citou, ainda, a eleição de 2014 que, em alguns municípios, o PMDB teve o apoio de forças antagônicas. “Caruaru é um exemplo, Vitória de Santo Antão é outro exemplo. Então há um conjunto de exemplos em que nós tivemos o apoio de duas forças que vão querer disputar eleição municipal. Uma pelo PSB, outra pelo PMDB, pelo PR, pelo PCdoB, pelo PSD, pelos partidos que compõem essa aliança”, explicou.

Henry disse também não ter, ainda, uma meta de candidatos ou prefeitos para o próximo pleito. Segundo ele, o partido vai trabalhar com intensidade até o final de setembro e a partir de setembro poder ter, pelo menos, uma noção do tamanho que o partido terá na próxima eleição municipal.

“É claro que será uma expectativa que a gente vai ter, mas muitas alianças vão se dar no próximo ano. Lugares onde potencialmente o partido pode ter um candidato a gente pode chegar à conclusão que é melhor fazer uma aliança e não ter o candidato. Em outros lugares, onde a gente não tenha potencialmente o candidato, pode resultar de ter um candidato que seja ponto de convergência de um conjunto de partidos da aliança. Então, esse processo tem uma dinâmica muito grande. Nós teremos, naturalmente, um primeiro balanço no final de setembro e outro em maio do próximo ano, às vésperas das convenções municipais”, revelou.

Mais de 6 mil postos de trabalho foram fechados no Estado em junho

Do JC Online

Foram cortadas 6.339 vagas de trabalho em Pernambuco em junho último, o que provocou uma retração de 0,48% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada em maio, segundo as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No Estado, foi o menor saldo de empregos para um mês de junho desde 2003.

Ainda em junho, as empresas brasileiras fecharam 111.199 empregos formais em junho último, a pior performance para o mês desde 1992. No Brasil, os setores que mais fecharam postos de trabalho foram a indústria de transformação com um saldo de -64.228 postos de trabalho e os serviços com um estoque negativo de 39.130 vagas.

Os serviços provocaram o maior impacto no fechamento de postos de trabalho formais em Pernambuco que se concentrou nas cidades maiores, como mostra o ranking feito pelo MTE com o comportamento do emprego nas 64 maiores cidades do Estado com mais de 30 mil habitantes (ver quadro acima). A campeã foi a cidade do Recife, com um saldo negativo de 4.405 postos de trabalho e um decréscimo de 7.693 empregos formais, o que representou -0,85% do total de empregados com carteira assinada na cidade. Além da capital, as cidades que tiveram pior performance no emprego com carteira assinada foram: Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Olinda.

Os setores que mais fecharam postos de trabalho em Pernambuco no mês passado foram: serviços (-4.468) e a construção civil, com 1.766 vagas a menos. “Os serviços representaram 71% dos postos de trabalho fechados e a construção civil ficou com 28%. O fechamento desses postos está ligado à desmobilização das grandes obras. A fábrica da Jeep, destaque em contratação, só entrou em operação em abril último. Em contrapartida, a Refinaria Abreu e Lima vem diminuindo a quantidade de trabalhadores desde o ano passado”, explica o economista da Ceplan Consultoria Ademilson Saraiva.

Ele argumenta que o maior número de postos foram fechados no Recife porque a capital concentra as empresas que prestam serviços à construção civil e à indústria. “A construção civil teve uma queda de 14% nos postos de trabalho formais de janeiro a junho, quando se compara com o saldo de empregos de dezembro de 2014”, diz Ademilson, acrescentando que o setor possui um peso importante no emprego do Estado.

Os outros setores que fecharam postos de trabalho foram a indústria de transformação (-485) e o comércio (-962). No Estado, o maior saldo de emprego ficou com a agropecuária, que conseguiu apresentar uma performance positiva, com um saldo de 1.320 vagas a mais do que maio último.

Ainda no ranking do Caged, as cidades campeãs do emprego no Estado em junho foram: Petrolina, Goiana, Araripina, Arcoverde e Sirinhaém. A última apresentou um crescimento de 10% no emprego formal, com um saldo de 429 vagas de trabalho em junho último.

Polícia Federal conclui hoje inquérito sobre mais uma fase da Lava Jato

Da Agência Brasil

A Polícia Federal vai concluir neste sábado (18) o inquérito referente à 14ª fase da Operação Lava Jato. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, este é o prazo final para a conclusão do inquérito, que será agora encaminhado ao Ministério Público.

Essa fase da operação foi deflagrada há 30 dias e focou nas empresas Andrade Gutierrez e Odebrecht, com a prisão de executivos e funcionários das duas empreiteiras, inclusive os presidentes Otávio Marques de Azevedo e Marcelo Odebrecht, respectivamente.

O inquérito da PF, no entanto, será concluído sem os depoimentos dos presos ligados à Odebrecht. Segundo a assessoria do órgão, a opção da defesa deles é de que eles não prestassem depoimento, o que é um direito legal dos presos.

Ainda não é possível saber o que constará no inquérito, quem serão os acusados, nem quais crimes serão apontados.

A operação foi deflagrada porque havia indícios concretos de que as duas empresas usavam um esquema “mais sofisticado” de pagamento de propina a agentes públicos e políticos por meio de contas no exterior, o que exigiu maior aprofundamento das investigações, antes do pedido de prisão dos diretores.

De acordo com o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, três colaboradores – entre eles, os ex-diretores da Petrobras, presos em fases anteriores da Lava Jato, Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco – disseram que receberam propina da Odebrecht no exterior, por meio de empresas offshore. Esses pagamentos, segundo Lima, foram identificados pela PF e pelo MPF após colaboração com autoridades estrangeiras.

Raul Henry assume presidência do PMDB em Pernambuco

Do Blog da Folha

O vice-governador de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), assumiu, neste sábado (18), a presidência estadual da legenda, em convenção realizada na sede da legenda, no bairro do Parnamirim. A eleição, que ocorreu sem tanto alarde, em atenção a Dorany Sampaio que deixa o cargo depois de mais de 25 anos à frente do partido por motivos de saúde e que não esteve presente, foi prestigiada, no entanto, por peemedebistas de diversas regiões do Estado.

Além de Henry para a presidência da sigla, toda a executiva estadual foi eleita em chapa única. O evento, que não contou com discurso ou festa, foi iniciado por volta das 9h e se estendeu até o início da tarde.

Estiveram presentes nomes de peso do partido, a exemplo do deputado federal Jarbas Vasconcelos, os deputados estaduais Ricardo Costa e André Ferreira, o secretário da Juventude da Prefeitura do Recife, Jayme Asfora, o secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti, a ex-deputada Jacilda Urquiza e sua filha Izabel Urquiza, além do secretário de Habitação do Estado, Marcos Baptista.

“O PMDB vive um novo momento em Pernambuco. Nós participamos de uma aliança muito ampla que governa o Estado e a tendência é que o partido cresça e se fortaleça nesse momento. Nós estamos sendo muito procurados por lideranças do Estado inteiro. Estamos também à busca de lideranças que tenham conosco uma identificação política, tenham admiração pela história que o partido tem aqui no Estado. E a tendência é que a gente se fortaleça daqui até o final de setembro, quando se encerra o prazo de filiações. Agora, queremos que o partido cresça com consistência política, queremos que o partido cresça de maneira criteriosa. Não apenas que cresça de maneira inorgânica, de maneira desorganizada”, afirmou Henry.

FILIADOS

Na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consta que o PMDB, em Pernambuco, tem 51.572 filiados. Esse número pode ser diferente, no entanto, pois a legenda obteve mais filiações. Raul Henry informou, ainda, que vai fazer o levantamento de como está o partido, os diretórios municipais e a questão dos filiados.

Paulo destaca união de esforços durante ação voluntária no Hospital do Câncer

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Acompanhado do prefeito Geraldo Julio, socialista conheceu cada um dos espaços reformados (Foto: SEI)

O governador Paulo Câmara se somou a centenas de voluntários, neste sábado (18), para dar um “abraço” no Hospital do Câncer de Pernambuco. Alvo de uma ação promovida pelo Movimento Novo Jeito, a unidade de saúde teve ambientes revitalizados por 18 arquitetos pernambucanos, entre eles a esposa do vice-governador Raul Henry, Luíza Nogueira.

O clima foi de emoção na entrega dos ambientes. O chefe do Executivo estadual esteve acompanhado do prefeito do Recife, Geraldo Julio; da primeira-dama da capital, Cristina Mello; e do secretário estadual de Saúde, Iran Costa.

No ano em que completa 70 anos de existência, o hospital ganhou de presente a recuperação de 19 ambientes: banheiros, salas de triagem, recepções, jardins e consultórios. “É um movimento que temos que apoiar cada vez mais e fazer com que ele chegue a todo Pernambuco. Pessoas dedicando seu tempo livre, seus momentos de lazer em favor do povo, em favor daqueles que mais precisam”, afirmou Paulo, ao parabenizar o grupo pelo trabalho realizado.

Ao lado de integrantes do Movimento Novo Jeito, Paulo Câmara conferiu cada um dos espaços reformados pelos arquitetos voluntários. Na área de triagem, último espaço visitado, ele participou de um momento de oração e foi homenageado com uma canção entoada por um grupo de voluntárias do hospital. Sob o olhar atento dos funcionários da unidade, o governador destacou o valor da união de esforços em favor daqueles que mais precisam.

“Não tenho dúvida que a forma que se faz aqui é a forma que temos que levar para Pernambuco por inteiro. A cada região, município e distrito. Vou sair daqui com essa frase na minha cabeça: ‘Juntos somos fortes’. E quero repetir o que tenho dito por onde passo: ‘Juntos podemos fazer muito mais’”, cravou.

Fundo de desenvolvimento dependerá de boa gestão, dizem especialistas

Da Agência Brasil

Um dos principais instrumentos para pôr fim à guerra fiscal entre os estados, o Fundo de Desenvolvimento Regional e Infraestrutrura, criado pela Medida Provisória 683, precisará de boa gestão para funcionar efetivamente. Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, somente a fiscalização e a administração cuidadosa dos projetos a serem financiados permitirão que o fundo cumpra com a finalidade de reduzir as desigualdades regionais.

Para impulsionar a votação, no Senado, da resolução que unifica a alíquota do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) interestadual (cobrado quando a mercadoria passa de um estado para outro), o governo editou, no último dia 21, uma medida provisória criando dois fundos. Um compensará a perda de arrecadação dos estados com a unificação do ICMS. Outro financiará projetos de infraestrutura nas regiões menos desenvolvidas. Os recursos virão da multa de 17,5% a ser aplicada sobre a repatriação de recursos de origem lícita do exterior, proposta em discussão no Senado.

A unificação do ICMS interestadual em 4% num prazo de oito anos reduzirá os recursos que os governos estaduais usam para fazer a guerra fiscal. Para o economista Luciano D’Agostini, doutor em Desenvolvimento Econômico da Universidade Federal do Paraná, os investimentos em infraestrutura são essenciais para que estados menos desenvolvidos consigam atrair empresas sem recorrer a incentivos fiscais. Ele, no entanto, alerta que é necessário critério na escolha dos projetos a serem financiados.

EFICIÊNCIA

“O Fundo de Desenvolvimento Regional não depende somente da transferência de recursos. O dinheiro tem de ser aplicado com eficiência e qualidade. É preciso fiscalização e gestão dos empreendimentos, principalmente nos estados mais pobres, que carecem de estrutura administrativa”, adverte D’Agostini.

Professor de Direito Tributário da Universidade de São Paulo (USP), Alexandre Nishioka diz que o texto da medida provisória não deixa claro como funcionarão os dois fundos. Segundo ele, ao transferir para o Ministério da Fazenda a regulamentação de procedimentos e a montagem de um comitê gestor para administrar os recursos, a MP tem muitos pontos ainda em aberto.

“Tudo vai depender da regulamentação. Além disso, o governo impôs diversas condições para o funcionamento dos fundos, como a unificação do ICMS, a aprovação da regularização cambial [repatriamento de recursos do exterior] e a convalidação dos incentivos fiscais existentes pelo Confaz [Conselho Nacional de Política Fazendária, que reúne os secretários de Fazenda dos 26 estados e do Distrito Federal]”, pondera.

NEGOCIAÇÕES POLÍTICAS

Para Nishioka, outro fator que determinará a capacidade de o Fundo de Desenvolvimento Regional funcionar plenamente serão as negociações políticas da medida provisória no Congresso. Ele tem receio de que os parlamentares desvirtuem o fundo e acabem criando um novo instrumento de guerra fiscal. “O ideal seria que o fundo leve à neutralidade tributária concorrencial [sem deixar que um estado tenha vantagem sobre outro]. A ideia é boa, mas o problema é o que será aprovado. A questão é mais política do que qualquer outra coisa”, adverte.

Os dois especialistas, no entanto, concordam que os instrumentos para compensar os estados são essenciais para pôr fim à guerra fiscal, que cria uma concorrência desleal entre as unidades da Federação. “Dar um incentivo financeiro é muito melhor do que perdurar uma guerra fiscal fratricida. Esse é um problema que se arrasta há décadas e impede avanços no país”, avalia D’Agostini. “A guerra fiscal beneficia poucos em detrimento de muitos. O ponto central no fundo é resolver não apenas o passado, mas o futuro e definir como compensar quem perder arrecadação”, diz Nishioka.

Tony Gel participa de convenção do PMDB neste sábado

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O deputado caruaruense chegou acompanhado do ex-governador Jarbas Vasconcelos (Foto: Divulgação)

O deputado estadual Tony Gel participa, neste sábado (18), da Convenção Estadual do PMDB que vai eleger o vice-governador Raul Henry presidente do partido em Pernambuco.

Tony Gel chegou acompanhado do deputado federal Jarbas Vasconcelos. O caruaruense é um dos principais líderes da legenda no Estado.

“Não estamos preocupados com nomes, mas com projeto”

Por WAGNER GIL
Do Jornal VANGUARDA

VANGUARDA traz uma entrevista com Djalma Cintra Júnior, um dos nomes mais cotados do PSDB para disputar a Prefeitura de Caruaru em 2016. Com 51 anos, o empresário faz uma análise da atual conjunta política, dos governos Dilma Rousseff (PT), Paulo Câmara (PSB) e José Queiroz (PDT) e ainda comenta sobre a saída da Sulanca do Parque 18 de Maio. Esta semana, inclusive, os tucanos apresentaram um modelo que poderia ser adotado para transferir os feirantes. Irmão do senador Douglas Cintra (PTB), principal aliado da presidente Dilma na Capital do Agreste, ele diz que as posições políticas não interferem no relacionamento familiar. “Nos damos bem”, conta. Leia abaixo:

Jornal VANGUARDA – Como analisa a sucessão de 2016? O senhor é o nome do PSDB?
Djalma Cintra Júnior – Nossa preocupação não é fazer uma análise da conjuntura da eleição, e sim construir uma proposta para Caruaru. Com essa proposta, será apresentado um candidato que não foi escolhido ainda. Nós queremos discutir o que precisa ser feito pela cidade com a sociedade.

JV – Mas há um comentário sobre seu nome dentro dos quadros do PSDB. Isso já saiu várias vezes na mídia.
DCJ – Eu realmente tenho escutado e vejo comentários de pessoas próximas e na mídia. No partido não existe discussão sobre nomes. Quando esse projeto for executado, discutiremos nomes e essa pessoa caberá ou não aceitar a indicação.

JV- Quem é o PSDB hoje? O partido passou muito tempo no ostracismo e, mesmo com grande força nacional, não tem representação destacada na cidade.
DCJ – Recentemente, o partido ganhou uma grande quantidade de filiados. Eu, Manoel Santos (ex-presidente do Sindloja), Jackson Carvalho (publicitário), capitão Evandro. Nosso objetivo é fortalecer o partido com uma representação forte na eleição proporcional, já que o PSDB não tem hoje nenhum vereador na Câmara. Estamos fazendo um trabalho de conscientização desses possíveis candidatos. Eles, quando forem eleitos, devem estar comprometidos com o projeto do partido, não com projetos pessoais. Não vão poder votar projetos em troca de cargos.

JV – Recentemente, o PSDB entregou uma proposta para a transferência da Feira da Sulanca. Isso já seria uma oposição ao governo José Queiroz?
DCJ – Não diria oposição, mas uma proposta na qual entendemos que contempla de forma mais coerente as necessidades dos diversos tipos de sulanqueiros. A proposta do PSDB dá oportunidade a quem não tem nada de poder começar um negócio na cidade. Criaríamos também uma área coberta para abrigar lojas e outra para o feirante que não pode comprar um boxe. O modelo de negócio que estamos propondo é diferente. A forma do projeto atual está errada. No nosso modelo, o controle da feira fica com a prefeitura. Teríamos a criação de uma autarquia e aí, nesse caso, poderia haver uma eleição para presidente desse órgão. O custo ficaria muito mais barato e o processo, mais transparente. No nosso projeto, as coisas ficam muito mais claras.

JV – Quais as principais dificuldades de Caruaru na área de infraestrutura e as prioridades num eventual governo tucano?
DCJ – O que o PSDB entende como mais importante para Caruaru e o país é a gestão. As pessoas não têm a real dimensão de que dinheiro público é dinheiro nosso. A gestão precisa ser mais eficiente. Você não pode sobrecarregar a máquina com cargos em troca de favores eleitorais. A quantidade de cargos comissionados precisa diminuir. Em Caruaru, por exemplo, são 19 secretários. A pergunta é: precisa de tudo isso? Na nossa opinião, não.

JV – Como o PSDB pretende se comportar em relação à gestão de José Queiroz? O prefeito está na Frente Popular de Pernambuco, assim como os tucanos.
DCJ – O PSDB não está nascendo em Caruaru dentro da atual gestão. Nossa intenção não é bater no prefeito nem nos outros candidatos. Nosso objetivo é apresentar propostas e construir uma agenda de discussões em bairros. Coletar necessidade e elaborar programa de governo junto à comunidade.

JV- E em relação ao seu irmão, o senador Douglas Cintra (PTB)? Ele está na base do governo Dilma e o senhor, no principal partido de oposição. Existe ‘briga’ em casa?
DCJ – Faz tempo que estamos em lados opostos, mas não existe briga. Não pesa nada. Estou trabalhando como voluntário em um projeto. Um projeto a favor da cidade.

JV – Existe a possibilidade de Douglas Cintra ser um dos candidatos a prefeito. O senhor bateria chapa com ele?
DCJ – Nesse aspecto, não vou falar nada. Nós vamos manter a ideia original. Construir uma proposta para Caruaru e lá na frente, se o meu nome for escolhido, terei a prerrogativa de aceitar ou não. Mas repito: não existe essa ideia dentro do partido (escolher nomes). Também não temos a preocupação de quem serão os adversários.

JV – Como o senhor enxerga a relação prefeitura-Câmara e como seria num eventual governo do PSDB?
DJC – Essa relação tem que mudar e não é uma crítica ao prefeito (José Queiroz). Falo em relação ao Brasil. Os gestores precisam ter coragem de fazer essa relação de forma diferente.

JV- Como o senhor avalia o governo Dilma?
DCJ – Uma tragédia. Não é um acidente de percurso. Todo problema que estamos atravessando é fruto do governo anterior. A diferença é que Lula conseguiu manter o rumo da economia.

JV- E a administração de Paulo Câmara?
DCJ – Nossa avaliação é positiva, dentro do que pode ser feito até agora. Paulo Câmara tem a vantagem da humildade, sabe ouvir e reconhece o momento de dificuldade. Está aí para trabalhar e acredito que vai fazer um bom governo.

JV- Que nota o senhor daria ao governo José Queiroz?
DCJ – Não vou dar nota. Vamos trabalhar em um projeto e em alguns pontos, como o da Feira da Sulanca. É claro que vão acontecer diferenças. Uma delas está no número de secretarias. No governo do PSDB, isso vai ser resumido.

José Queiroz conhece instalações do Unicompra Supermercado

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Prefeito conferiu de perto os últimos ajustes antes da inauguração, prevista para agosto (Foto: Divulgação)

Em agosto, Caruaru passa a contar com a primeira loja do grupo alagoano Unicompra Supermercados. O prefeito José Queiroz (PDT) foi conferir de perto os últimos ajustes antes da inauguração, agendada para o dia 1º.

Ao lado do vice-prefeito Jorge Gomes (PSB), do deputado federal Wolney Queiroz (PDT) e do secretário de Infraestrutura, Bruno Lagos, Queiroz foi recepcionado, na tarde de ontem, pelo diretor-executivo do grupo, Edivaldo Barbosa, que apresentou a grande estrutura para equipe. “Em meio à crise, a chegada de uma empresa como esta, gerando mais de 300 empregos diretos, impulsionará a economia da cidade”, comemorou o prefeito.

A área do entorno da loja, localizada no final da avenida Agamenon Magalhães, recebeu melhorias de infraestrutura nas ruas, reforço na iluminação e sinalização.