Aécio é reeleito para presidir PSDB

Do G1

Oito meses após ser derrotado na corrida pelo Palácio do Planalto, o senador Aécio Neves (MG) foi reeleito, hoje, por integrantes do PSDB para mais um mandato no comando do principal partido de oposição do país. Candidato único na eleição interna, o parlamentar tucano foi aclamado pelos colegas de sigla durante convenção nacional realizada em um hotel de Brasília.

Expoentes do PSDB, como o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e os senadores José Serra (SP) e Aloysio Nunes (SP), prestigiaram o evento partidário. Além deles, centenas de militantes, parlamentares e dirigentes tucanos de todo o país lotaram o centro de convenções do hotel Royal Tulip, localizado a cerca de 500 metros de distância do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.

Aécio ingressou no auditório do centro de convenções, por volta das 11h30, acompanhado por FHC. No percurso até o palco, o presidente reeleito do PSDB foi assediado por militantes tucanos, que tentavam se aproximar dele para tirar selfies. Em coro, integrantes da ala jovem do PSDB saudaram o senador mineiro com palavras de ordem, como “A juventude já decidiu, Aécio Neves presidente do Brasil”.

Mesmo depois da derrota nas urnas para a presidente Dilma Rousseff em 2014, Aécio se fortaleceu internamente no PSDB nos últimos meses diante da crise política e econômica enfrentada pelo governo da petista. Ele é um dos potenciais candidatos do partido oposicionista para disputar a sucessão de Dilma em 2018. Outros nomes lembrados pelos tucanos para a próxima disputa presidencial são os de Geraldo Alckmin e José Serra, que também já concorreram à Presidência.

Aécio assumiu o comando do PSDB em maio de 2013, antes de ele oficializar sua candidatura à Presidência da República nas eleições do ano passado. Na ocasião, o tucano foi eleito para a presidência da legenda com 97,3% dos votos dos integrantes do PSDB.

CRÍTICAS AO GOVERNO DILMA

Ao longo da convenção, os oradores do PSDB centraram seus discursos em críticas e acusações à presidente da República e ao PT.

Candidato derrotado à Presidência em 2002 e 2010, José Serra declarou, durante discurso de cerca de 20 minutos, que o Brasil está enfrentando, neste momento, a pior crise que ele já viu desde que se conhece por gente. Conforme o senador tucano, o país registra desemprego elevado, além de queda do consumo e da renda.

Serra disse que o Brasil só voltará a apresentar crescimento consistente do emprego e da renda se ocorrer uma “reindustrialização”. “Será uma missão muito dificil [sair da crise], por conta do estrago feito pela era petista, que foi e é gigantesco. […] Se Deus quiser, o Brasil terá melhores governos”, opinou.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), convocou os integrantes da sigla a irem às ruas para “salvar o país”. Em tom irônico, ele disse que o partido não defende golpe.

“Golpe foi o que eles praticaram contra o povo brasileiro”, ressaltou o senador tucano, em referência ao governo petista.

Cunha Lima declarou ainda que, durante anos, o PT tentou dividir o Brasil. “O Brasil hoje está dividido. Do lado de lá, governo corrupto do PT, do lado de cá, o povo brasileiro que vai às ruas.”

O líder do partido na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), atribuiu ao governo do PT a responsabilidade por problemas registrados na saúde pública.

OPOSIÇÃO

Dirigentes e parlamentares de outros partidos, incluindo um senador de uma legenda que integra a base aliada da presidente Dilma Rousseff, também discursaram na convenção nacional do PSDB. Diante da militância tucana, eles teceram duras críticas à gestão petista.

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), defendeu uma “intervenção das forças democráticas” do país para fazer frente à gestão de Dilma. Para ele, o clímax da crise econômica ainda não foi atingido no Brasil. “[A crise econômica] vai se aprofundar, piores consequências teremos”, enfatizou.

Presidente do DEM, o senador Agripino Maia (RN) chegou a falar em “antecipar eleições”, em razão de suspeitas de abuso de poder econômico por parte do PT na eleição de 2014. Na visão de Agripino, Dilma “terceirizou o país” e não controla todas as áreas do governo. “O Brasil quer um presidente que manda”, observou o presidente do DEM.

Já o senador do PR Magno Malta (ES) disse que, apesar de o partido dele fazer parte da base governista, ele se considera “da base do povo”. O parlamentar do PR arrancou aplausos da militância tucana ao afirmar que os parlamentares não devem “dar refresco” aos pacotes que são enviados pelo Palácio do Planalto ao Congresso Nacional.

Em meio ao evento, o locutor leu uma carta enviada pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que não compareceu à convenção. No texto, o dirigente do PSB, partido que apoiou Aécio no segundo turno da eleição presidencial do ano passado, falou em superar a situação atual do país.

“Expresso minha esperança de que forças políticas e democráticas possam criar condições necessárias para superar as dificuldades vividas pelos brasileiros”, disse Siqueira no comunicado.

EXECUTIVA NACIONAL

Em meio ao evento, além de elegerem Aécio para presidência da legenda, os 528 delegados do PSDB também definiram os novos integrantes da Executiva Nacional e do Diretório Nacional. Na votação, Fernando Henrique foi mantido como presidente de honra da sigla.

Foram escolhidos ainda para a Executiva Nacional sete vice-presidentes, um vice-presidente jurídico, secretários e tesoureiros (veja a lista completa ao final desta reportagem).

Na convenção, também foram definidos os membros dos conselhos de ética, fiscal e político, além do presidente do Instituto Teotônio Vilela.

Veja a composição da nova executiva nacional do PSDB:

Presidente de honra

Fernando Henrique Cardoso (SP), ex-presidente da República

Presidente

Aécio Neves (MG), senador

Vice-presidentes

Aloysio Nunes Ferreira (SP), senador
Flexa Ribeiro (PA), senador
Tasso Jereissati (CE), senador
Bruno Araújo (PE), deputado federal
Giuseppe Vecci (GO), deputado federal
Mariana Carvalho (RO), deputada federal
Alberto Goldman, ex-vice-governador de São Paulo

Vice-presidente jurídico

Carlos Sampaio (SP), deputado federal

Secretário-geral

Silvio Torres (SP), deputado federal

1º Secretário

Antonio Imbassahy (BA), deputado federal

2º Secretário

Nilson Leitão (MT), deputado federal

Tesoureiro

Rodrigo de Castro (MG), deputado federal

Tesoureira-adjunta

Thelma de Oliveira

Vogais

Paulo Bauer (SC), senador
Jutahy Junior (BA), deputado federal
Eduardo Cury (SP), deputado federal
Daniel Coelho (PE), deputado federal
Arthur Bisneto (AM), deputado federal
Rita Camata (ES), ex-deputada federal
Yeda  Crusius, ex-governadora do Rio Grande do Sul
Firmino Filho, prefeito de Teresina (PI)
Andrea Matarazzo, vereador de São Paulo
Eduardo Jorge, ex-ministro da Secretaria-Geral

Suplentes

Alfredo Kaefer, deputado federal
Geovania de Sá, deputada federal
Moema São Thiago
Terezinha Nunes
Nancy Thame
Marcos Antonio
Fernandes
Luislinda Valois

*Post atualizado às 15h40

Hospital Regional Dom Moura tem mais de 12 mil atendimentos em junho

O Hospital Regional Dom Moura, em Garanhuns, registrou, no mês de junho, 12.272 atendimentos nos vários setores da unidade de saúde. Somente na emergência geral, foram 6.009 pessoas atendidas. Na emergência traumatológica, 1.817; emergência pediátrica, 1.270; emergência cirúrgica, 661; emergência obstetrícia, 570; e emergência odontológica, 396.

Também foram contabilizados 610 internamentos. No geral, a média de atendimentos diários ultrapassa os 400 pacientes, sem contar a movimentação com acompanhantes, geralmente familiares, e visitantes.

Do total de atendimentos, os números da maternidade ganharam destaque pela crescente procura das gestantes pelos serviços do hospital. Em junho, foram 182 partos, além de 41 curetagens.

Governo cria ‘pedalada público-privada’

Da Agência Estado

Sem dinheiro para manter em dia os pagamentos de programas que antes eram vitrine, como o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo acumula faturas em atraso e trabalha para empurrar os pagamentos para a frente. Na semana passada, foi proposto um acordo pelo qual as construtoras que trabalham no programa habitacional receberiam, até meados de agosto, R$ 1,6 bilhão devido pelo governo. Desses, R$ 600 milhões foram depositados na quinta-feira. Em troca, elas concordariam em receber os pagamentos, de agora em diante, até 60 dias após o serviço ser realizado.

O setor argumenta que, desde o início do programa, em 2009, a prática eram pagamentos imediatos. O Ministério do Planejamento informa, por outro lado, que os atuais contratos do programa preveem pagamentos em 30 dias.

De qualquer maneira, o resultado prático é que o governo vai empurrar para 2016 pagamentos que ocorreriam em 2015, caso o cronograma original tivesse sido mantido.

É, nesse sentido, uma manobra cujo resultado é semelhante ao das célebres “pedaladas” que tanto ajudaram a melhorar o resultado das contas públicas entre o final de 2013 e meados de 2014. Nelas, o governo retardou pagamentos de diversos programas para engordar o saldo do Tesouro Nacional ao fim de cada mês. Os novos prazos de quitação das faturas do Minha Casa Minha Vida também produzirão esse efeito sobre o caixa.

A diferença é que, no passado, essa manobra era feita sem transparência e de forma ilegal, segundo indicam pareceres do Tribunal de Contas da União (TCU). Por causa disso, o governo corre o risco de ter suas contas rejeitadas.

Agora, os adiamentos são explícitos e acordados com quem tem a receber. Com isso, a área técnica procura dar respaldo legal aos novos prazos de pagamento. Além disso, o perigo de haver contestação das medidas é muito menor, pois há um acordo envolvido. Nisso, o governo é ajudado pela própria constatação de penúria do caixa federal.

A dilatação do cronograma de desembolsos do governo não ficará restrita ao Minha Casa Minha Vida. Em reunião com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), que congrega as construtoras, exceto as gigantes do setor, representantes do Ministério do Planejamento disseram que a postergação do pagamento servirá de parâmetro para outros investimentos do governo, como o PAC.

Assim, deverá seguir os mesmos moldes a negociação prevista para ocorrer esta semana, agora com as empreiteiras que trabalham nas rodovias do PAC, em obras a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Elas alegam ter perto de R$ 2 bilhões a receber e se queixam de atrasos médios de 120 dias.

Situação parecida enfrentam as construtoras contratadas para obras de saneamento e mobilidade do PAC. A demora nos pagamentos chega à casa dos 100 dias, segundo executivos do setor. Nesse caso, os empreendimentos estão a cargo de prefeituras, em parceria com o governo federal. Elas dizem que não têm recebido os repasses da União.

Abono. As negociações para empurrar para a frente os pagamentos devidos pelo governo tampouco ficarão restritas aos investimentos. Na semana passada, o governo conseguiu aprovar, no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), proposta que adiará o pagamento dos abonos salariais. Com isso, jogará pagamentos de cerca de R$ 9 bilhões para 2016.

Enquanto as construtoras de médio porte enfrentam dificuldades até para pagar salários por causa dos atrasos do governo, as gigantes do setor, que não integram a base da Cbic, não se queixam de dificuldades tão agudas. Elas possuem caixa para suportar alguma demora, de forma que não têm pressionado o governo. A cargo delas estão obras como a transposição do Rio São Francisco.

Questionado, o Ministério da Integração Nacional informou que não há atrasos nos pagamentos das obras da transposição. “Os pagamentos são feitos de acordo com a execução das obras”, afirmou a pasta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Humberto Costa cobra da Aneel ações contra a Celpe

Diante de mais um caso de morte ocorrida devido à descarga elétrica de um fio solto em via pública, o líder do PT no Senado, Humberto Costa, decidiu cobrar da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) que investigue a prestação de serviços oferecidos pela Celpe.

Além disso, o parlamentar solicitou estudo à Consultoria Legislativa do Senado para indicar medidas efetivas, tanto na área cível quanto na criminal, para agir nos casos registrados no Estado.

Em ofício encaminhado na última quinta-feira (2) ao diretor-geral da Aneel, Donizete Rufino, o líder do PT ressaltou que, apenas entre 2008 e 2013, um número assustador de 125 pessoas foi eletrocutado em vias públicas pernambucanas. “A cada inverno, a história de descaso da concessionária e da fiscalização repete-se no mesmo enredo”, afirmou Humberto.

Um jovem de 22 anos foi a vítima mais recente da falta de zelo com os serviços de energia elétrica oferecidos. No último domingo (28), por volta das 21h, ele morreu após receber descarga elétrica de um fio de poste rompido na calçada da avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro.

“É desalentador que uma concessionária de um serviço público primaz como é a energia elétrica não se exaspere em um programa de qualidade de prestação que se paute pela conservação dessas fiações públicas que transpassam avenidas, ruas e vielas da cidade”, avalia o líder do PT.

“Estou pedindo à Aneel que nos informe sobre os procedimentos adotados contra a Celpe nos últimos cinco anos e também solicitando que façam uma investigação para apurar o que aconteceu com o jovem Anderson José da Silva, falecido no último domingo”, declarou Humberto.

O senador avalia que, diante da gravidade da situação, a agência reguladora tem de dar uma resposta satisfatória à sociedade pernambucana, com iniciativas eficazes e urgentes para solucionar o problema.

Dilma diz que confia em Obama e no compromisso de que espionagem acabou

Da Agência Brasil

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República divulgou nota afirmando que a presidente Dilma Rousseff confia no presidente americano, Barack Obama, e em seu compromisso de que não haverá mais espionagem contra o Brasil e empresas brasileiras.

Segundo informações do site WikiLeaks divulgadas hoje (4), teriam sido interceptadas ligações de 29 números de telefone do governo brasileiro, incluindo a Presidência da República, o Ministério da Fazenda, o Banco Central e o Ministério das Relações Exteriores.

Segundo a nota, a presidente Dilma considera o assunto superado. “Em várias circunstâncias, a presidenta Dilma Rousseff ouviu do presidente Barack Obama o compromisso de que não haveria mais escutas sobre o governo e empresas brasileiras, uma vez que os EUA respeitam os ‘países amigos'”.

Na nota divulgada pela secretaria, a Presidência da República afirma ainda que a parceria estratégica entre o Brasil e os Estados Unidos se tornará cada vez mais forte e que a relação é baseada em respeito mútuo e no desenvolvimento de ambos os povos.

O ministro da Secom, Edinho Silva, já havia dito que o governo considera o episódio superado e que as escutas telefônicas reveladas são de 2011. “A presidenta acabou de chegar de uma viagem produtiva aos Estados Unidos e vários acordos foram fechados. O foco agora é a manutenção das boas relações com os Estados Unidos e os futuros investimentos”, disse o ministro.

Segundo o WikiLeaks, a lista inclui o atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que, na época das interceptações telefônicas, era secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Também foi monitorado o ex-chefe da Casa Civil de Dilma, Antonio Palocci, que foi ministro da Fazenda no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Luiz Awazu Pereira da Silva, ex-diretor do Banco Central, também aparece na lista, assim como o ex-ministro das Relações Exteriores Luiz Alberto Figueiredo, que ocupou o cargo entre 2013 e o início de 2015.

Espionagem é episódio superado e foco é boa relação com os EUA, diz ministro

Da Agência Brasil

O governo brasileiro considera que as interceptações telefônicas por parte dos Estados Unidos são um “episódio superado”, disse hoje (4) o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Edinho Silva. O site WikiLeaks divulgou neste sábado uma lista com 29 números de telefones do governo brasileiro que teriam sido alvo de espionagem. A relação inclui telefones de integrantes da equipe econômica e da diplomacia, além da presidente Dilma Rousseff.

“O governo brasileiro considera o episódio superado. Esses fatos são de 2011, e o governo norte-americano já havia reconhecido o erro em relação a isso. A presidenta acabou de chegar de uma viagem produtiva dos Estados Unidos e vários acordos foram fechados. O foco agora é a manutenção das boas relações com os Estados Unidos e os futuros investimentos”, disse Edinho Silva, segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa da Secretaria de Comunicação Social.

Mais tarde, a Secom informou em nota que a presidente Dilma ouviu do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o compromisso de que não haveria mais escutas sobre o governo e empresas brasileiras. “A presidenta Dilma reitera que confia no presidente Obama e no compromisso por ele assumido. Os EUA e o Brasil tornarão cada vez mais forte a sua parceria estratégica, que está baseada no respeito mútuo e no desenvolvimento de seus povos”, diz o comunicado.

Segundo o WikiLeaks, a lista inclui o atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que, na época das interceptações telefônicas, era secretário executivo do Ministério da Fazenda. Também foi monitorado o ex-chefe da Casa Civil de Dilma, Antonio Palocci, que foi ministro da Fazenda no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Luiz Awazu Pereira da Silva, ex-diretor do Banco Central, também aparece na lista, assim como o ex-ministro das Relações Exteriores Luiz Alberto Figueiredo, que ocupou o cargo entre 2013 e o início de 2015.

WikiLeaks divulga lista com 29 telefones espionados no Brasil pelos EUA

Da Agência Brasil

O site WikiLeaks divulgou hoje (4) uma lista com 29 números de telefone de autoridades e assessores do governo brasileiro que teriam sido alvo de espionagem da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês). A relação, classificada como ultrassecreta, inclui, além de números da sala da presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto e do avião dela, contatos de integrantes do alto escalão do governo. Também foram espionadas pessoas próximas a Dilma, como secretários e assessores.

Segundo o WikiLeaks, a lista inclui o atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, que, na época das interceptações telefônicas, era secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Também foi monitorado o ex-chefe da Casa Civil de Dilma, Antonio Palocci, que foi ministro da Fazenda no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Luiz Awazu Pereira da Silva, ex-diretor do Banco Central, também aparece na lista.

O ex-ministro das Relações Exteriores do Brasil Luiz Alberto Figueiredo, que ocupou o cargo entre 2013 e o início de 2015, também teve o número de celular grampeado. Figueiredo é hoje o embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Também foram espionadas as embaixadas brasileiras na França, na Alemanha, na União Europeia, na Suíça e nos Estados Unidos e o general José Elito Carvalho Siqueira, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional.

Para o editor-chefe do site, Julian Assange, “a divulgação mostra que os Estados Unidos terão que percorrer um longo caminho para provar que sua vigilância contra governos aliados acabou”.

Em 2013, Edward Snowden, ex-consultor de informática da agência, já havia feito denúncias de que a NSA espionou autoridades brasileiras, além de empresas estatais. A questão gerou desconforto entre os países e fez com que Dilma adiasse visita aos Estados Unidos. A divulgação da nova lista foi feita logo após a viagem da presidente ao país. Em entrevista à imprensa, ela avaliou que a ida aos Estados Unidos foi extremamente produtiva e que a relação do país com o Brasil está agora em um novo patamar de possibilidades.

Procurado pela Agência Brasil, o Palácio da Planalto, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não vai comentar o caso. O Ministério das Relações Exteriores está analisando as informações. A Embaixada dos Estados Unidos ainda não se pronunciou.

Raul Henry assume o comando do PMDB

Por CAROL BRITO
Da Folha de Pernambuco

Após conversas com as principais lideranças do PMDB, o vice-governador Raul Henry (PMDB) confirmou o consenso em torno do seu nome para assumir a presidência da sigla. A oficialização da nova executiva estadual será no próximo dia 8 de julho.

A convenção será realizada de forma discreta, sem festividades, em respeito ao estado de saúde do atual dirigente da agremiação, Dorany Sampaio, que não deverá comparecer o ato.

Nessa sexta, Henry se reuniu com Dorany e o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB). As lideranças concordaram com a indicação do vice-governador ao posto. “Tive duas conversas, com cada um deles. Combinamos data da convenção formal e eles sugeriram meu nome”, confirmou.

Raul Henry fez questão de fazer um gesto para Dorany Sampaio, que se despede da direção estadual após mais de duas décadas no comando da legenda. “É importante destacar que o partido foi a vida dele, por mais de 25 anos. Ele abandonou seu escritório de advocacia para se dedicar à legenda. Ele enfrentou momentos bons e duros, mantendo a coerência política. A história dele é a história do PMDB”, destacou.

Além de Raul Henry na presidência do PMDB, o ex-secretário de Finanças da Prefeitura do Recife Roberto Pandolfi deverá assumir a secretaria-geral da sigla. Já os deputados estaduais da legenda, Ricardo Costa, Tony Gel e André Ferreira, assumem as três vagas de vogais. Apesar de ser a liderança maior do partido, o deputado federal Jarbas Vasconcelos será o quarto vogal.

O Secretário da Juventude da Prefeitura do Recife, Jayme Asfora (PMDB), ficará com a terceira-vice-presidência da legenda.

Dorany Sampaio está há mais de 25 anos à frente do PMDB. Na última eleição interna da legenda, Raul Henry chegou a colocar seu nome para a disputa, mas teve que recuar devido à resistência de Sampaio.

Na época, o desejo de renovação já era majoritário no partido, mas Sampaio se afasta da legenda por decisão pessoal. Recentemente, ele comunicou a decisão ao deputado Jarbas Vasconcelos. Na última quinta-feira, o dirigente confirmou sua escolha de deixar a direção da sigla em entrevista à Folha de Pernambuco.

“Não sei quem assumirá, mas não pretendo disputar a reeleição. Já conversei com Jarbas e comuniquei a decisão. Estou com problemas de saúde e não é justo fazer isso com partido pelo qual dediquei toda a minha trajetória política. Ele tem que ser tocado para frente. Disse para Jarbas cuidar disso”, afirmou Dorany Sampaio. O PMDB passou por momentos de altos e baixos, sob o comando de Sampaio. A legenda alcançou um expressivo crescimento no período da União por Pernambuco e nos governos de Jarbas Vasconcelos. Contudo, a agremiação encolheu, progressivamente, quando Eduardo Campos assumiu o Palácio do Campo das Princesas, em 2007.

De olho em 2016, irmão de Campos faz vídeo com ’mensagem a olindenses’

Da Folhapress

Com o título “Antônio Campos – Coragem, Fé e Esperança”, o vídeo de quase oito minutos traz um depoimento de Eduardo Campos com elogios ao irmão e uma “mensagem aos olindenses”, em que Antônio afirma que a cidade “precisa ter dias melhores”.

“Olinda precisa ter dias melhores, ter uma gestão que cuide da cidade, um olhar para a cidade, mas um olhar que inclua os cidadãos de Olinda, fazendo com que eles possam viver melhor. Levar mais emprego, mais saúde, turismo, economia criativa, cuidar da infraestrutura da cidade. Que Olinda volte a sonhar com dias melhores”, diz Antônio no filme.

Segundo a assessoria de imprensa do escritor, a gravação foi uma homenagem feita por ocasião do seu aniversário de 47 anos, completados no dia 25 de junho, para ser exibida em sua festa no último domingo.

O produtor do vídeo, Ivan Júnior, que assina direção e roteiro, disse à Folha que a ideia partiu de amigos em comum entre ele e Antônio Campos. “O que foi mais complicado foi convencê-lo a gravar, porque ele é muito recatado, mas pegamos um dia bom lá e ficou legal”, disse.

O vídeo traz narração em primeira pessoa feita pelo escritor e faz referências aos ex-governadores Miguel Arraes, seu avô, e Eduardo Campos, seu irmão. “Com minha mãe, Ana Arraes, e meu avô, Miguel Arraes, aprendi a resistir e a lutar pelos mais pobres”, diz Antônio na gravação.

Conta ainda que Antônio nasceu “nos anos de chumbo da ditadura militar” e fala sobre a atuação política da família na resistência ao regime. Traz ainda trechos sobre a relação de Antônio com Eduardo Campos, sua carreira literária e a atuação na cidade de Olinda.

O nome de Antônio Campos se tornou conhecido pelo país após a morte de seu irmão em acidente aéreo em agosto de 2014, em plena campanha presidencial. A tragédia gerou comoção entre o eleitorado pernambucano, e o então candidato a governador apoiado por Eduardo, Paulo Câmara, que era desconhecido da maior parte do eleitorado, se tornou o governador com maior votação no ano passado, obtendo 68% no primeiro turno.

PROPAGANDA ANTECIPADA

Desde o início do ano, Antônio Campos vem demonstrando publicamente interesse por disputar em 2016 a Prefeitura de Olinda, para onde transferiu seu título eleitoral e onde se tornou vice-presidente municipal do PSB.

A mais de um ano das eleições, o escritor já teve que dar explicações à Justiça Eleitoral por suspeita de propaganda eleitoral antecipada.

Em abril, ele foi condenado a pagar multa de R$ 25 mil por ter enviado mensagens sonoras por telefone a eleitores de Olinda no período da Páscoa. Ele recorreu e foi absolvido pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

Na gravação, ele se apresentava como irmão de Eduardo Campos, neto de Miguel Arraes e dizia ter “disposição para trabalhar por uma Olinda melhor”. “Vamos juntos construir um caminho de esperança e crescimento. Não vamos desistir de Olinda”, dizia trecho da mensagem, parafraseando o bordão criado por Eduardo Campos na véspera de sua morte.

Segundo a assessoria de imprensa do escritor, o vídeo divulgado nesta semana não pode ser considerado propaganda eleitoral antecipada, pois nele Antônio “não se apresenta como candidato”.

Paulo Câmara reúne secretariado para monitoramento do Pacto pela Vida

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Governador tratou dos resultados do programa e das próximas metas traçadas (Foto: Roberto Pereira/SEI)

O governador Paulo Câmara convocou o secretariado, na manhã deste sábado (4), no Palácio do Campo das Princesas, para uma reunião de monitoramento do Comitê Gestor do Pacto pela Vida.

O chefe do Executivo pernambucano tratou dos resultados do Pacto, que voltou a apresentar queda na taxa de homicídios, e das próximas metas traçadas para o programa.

Entre os que participaram da reunião, no Salão das Bandeiras, estavam os secretários Alessandro Carvalho (Defesa Social); Antônio Carlos Figueira (Casa Civil); Danilo Cabral (Planejamento e Gestão); Pedro Eurico (Justiça e Direitos Humanos); Silvia Cordeiro (Mulher); Isaltino Nascimento (Desenvolvimento Social); além do Chefe de Polícia Civil, delegado Antônio Barros; do comandante-geral da Polícia Militar, coronel Pereira Neto; do comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Manoel Cunha; e da chefe da Polícia Científica, Sandra Santos.