O Ministério Público realizou, na última quinta-feira (30), uma audiência pública para debater questões alusivas à transferência da Feira da Sulanca, do Parque 18 de Maio para um área nas proximidades da BR-104, no sentido Caruaru-Toritama. A AP foi composta pelos promotores da 2ª e 3ª Promotorias de Justiça da Defesa da Cidadania, que teve como presidente Bianca Stella Azevedo Barroso. O evento teve início às 9h30, com cadastro dos expositores, abertura que teria a exposição de técnico responsável pelo projeto da Feira da Sulanca, mas o Poder Executivo ignorou a convocação e não mandou representantes.
Um técnico do Ministério Público, encarregado de observar as condições socioeconômicas do empreendimento, também fez uma explanação. No segundo momento, foi a vez da participação de integrantes da sociedade civil e abertura para os debates. “Nosso objetivo é coletar dados e ajudar nesse processo. Democratizar a transferência”, disse Bianca Stella. Muitas questões estavam em jogo na AP, entre elas o fato de todo sulanqueiro ter que pagar para que a feira deixe o Parque 18 de Maio. No primeiro projeto apresentado pela prefeitura e pelo Conselho Deliberativo e Consultivo – que foi criado para tocar a mudança e gerir o equipamento no seu novo espaço -, o valor de um box com 2m x 2m (quatro metros quadrados) custava R$ 27 mil à vista, podendo chegar a R$ 44 mil, caso fosse dividido em 60 parcelas. Entre a categoria, a reclamação foi grande, já que o terreno que vai receber a Sulanca foi doado pelo Estado, que pagou R$ 10 milhões pela área com 60 hectares.