Aécio liga para Dilma e a cumprimenta pela vitória

Do Blog do Magno

Candidato derrotado na disputa presidencial mais acirrada desde 1989, o tucano Aécio Neves ligou para a presidente reeleita Dilma Rousseff (PT). Ele estava na casa da irmã, Andrea Neves, em Belo Horizonte, de onde está saindo para fazer um pronunciamento após a divulgação do resultado.

Dilma, que estava no Palácio do Alvorada, saiu de uma sala em que estava acompanhada de ministros para atender o telefonema. Aécio ligou para reconhecer a vitória da presidente e para cumprimentá-la pelo resultado.

Depois de oito anos de aliança com o PT, Pernambuco volta a governar sem apoio do governo federal

Do Blog do Jamildopaulo-camara1

De aliados durante anos, PT e PSB ficarão em lados opostos no próximo mandato, divergência iniciada com a caminhada nacional do socialista Eduardo Campos, iniciada ano passado. Seja por motivos eleitorais ou não, os repasses federais para Pernambuco diminuíram em mais de R$ 1 bilhão de 2013 para 2014, fato que é considerado pelos socialistas uma retaliação à “traição” do partido. Com obras a serem finalizadas, sem incluir na conta os investimentos futuros, fica a dúvida sobre os recursos que chegarão ao Estado em quatro anos de divisão política.

O assunto começou a ser discutido mais amplamente em Pernambuco após o primeiro turno, dia 5, quando foi confirmada a vitória de Paulo Câmara (PSB) sobre Armando Monteiro Neto (PTB), candidato apoiado por Dilma, com 68,08% a 31,07%. Em meados de outubro, o secretário de Planejamento, Décio Padilha, insinuou em discurso na Assembleia Legislativa de Pernambuco que a diminuição dos recursos se deve a uma retaliação pela saída dos socialistas da base aliada. Porém, a teoria foi combatida pelo atual governador, João Lyra (PSB), que, ao assumir o mandato, em abril, já havia comentado que o diálogo seria útil na manutenção dos investimentos federais. Lyra afirmou que o problema é na arrecadação.

O fato é que as obras da Adutora do Agreste quase pararam em agosto e a administração estadual, executora da construção e na oposição ao governo federal, alegou que o motivo seria a falta de repasses. Este ano, foram liberados quase R$ 99,4 milhões para o empreendimento, uma obra para levar água para cidades da região e com previsão de custos de R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o restante contrapartida do Estado.

Uma construção futura que traz dúvidas é o Arco Metropolitano, uma megaobra viária que irá de Goiana ao Porto de Suape planejada em 2008 pelo governo estadual e assumida no ano passado pelo governo federal. Com orçamento previsto de R$ 1,34 bilhão, a obra ainda nem saiu da fase de projeto. Na sua última visita a Pernambuco, no dia 23, Dilma disse que são aguardadas licenças ambientais do Estado. Tudo continua sem prazos oficiais.

No âmbito menos prático e mais político, socialistas e aliados, apoiando Aécio Neves (PSDB), passaram a adotar na campanha a diminuição de mais de R$ 1 bilhão dos repasses, segundo dados do Portal da Transparência. O tucano também usou o dado na tentativa de angariar mais eleitores no estado onde teve a votação mais inexpressiva no primeiro turno, 5,92%.

Do outro lado, a presidente afirmou, na sua última visita a Pernambuco, a cinco dias do segundo turno, que não fará retaliação à gestão de Paulo Câmara e disse respeitar o futuro governador “porque ele foi escolhido pelo povo”. O senador Humberto Costa, coordenador da campanha de Dilma no Estado, previu: “Acredito que passada as eleições, se nós ganharmos, essas pessoas (os adversários) vão tentar esfriar a cabeça e olhar para o povo e não tentar reproduzir uma disputa.”

Com a vitória de Dilma, os discursos devem ser amenizados, a diplomacia deve ser adotada e a busca pelo diálogo, embora não como aliados, deve começar – o que pregou João Lyra há seis meses, no início do seu “mandato-tampão”.

Esta será a segunda vez que esse racha político entre as esferas estadual e federal acontece desde 1999, quando assumiu o Palácio do Campo das Princesas Jarbas Vasconcelos (PMDB), antigo oposicionista de Miguel Arraes e Eduardo e agora aliado do PSB pernambucano. Na época, Fernando Henrique Cardoso estava em seu segundo mandato, com o pernambucano Marco Maciel (à época, DEM) como vice. Quando reeleito, em 2002, Jarbas governou mais quatro anos com Lula no poder.

Já naquele período existia a polêmica em torno dos repasses federais, com correligionários pernambucanos discutindo para saber quem havia destinado orçamento maior para o Estado.

“Estimo que o governo Lula venha a colocar mais recursos no Estado como também espero que seja possível recuperar o tempo perdido. Em 2004, a média dos repasses atinge apenas 55% do que FHC repassou em média no governo dele, e Lula está devendo mais de 100 milhões ao Estado”, afirmou Mendonça Filho (DEM) há dez anos, na época vice-governador. O democrata chegou a ter embates com o próprio Eduardo Campos, quando esse era ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula.

“Verifica-se que Pernambuco recebeu de 1999 a 2002, no último quadriênio de FHC, R$ 10,4 bilhões para investimentos, enquanto, no período de 2003 a 2006, primeiro quadriênio de Lula, o Estado teve apenas R$ 9,8 bilhões”, comparou a deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB), em 2008. Assim, dá para se ter um tom do que eram os confrontos. Ainda durante o governo Jarbas, Lula era acusado, por exemplo, de atrasar os repasses para a duplicação da BR-232.

Nos últimos anos eleitorais, os repasses haviam aumentado. Em 2006, quando Jarbas ainda estava no poder e Eduardo disputou o governo pela primeira vez, vencendo, os recursos passaram de R$ 2,75 bilhões para R$ 3,46 bilhões. Naquele ano, o socialista derrotou o petista Humberto, que se tornou um dos seus principais aliados no segundo turno.

O crescimento nos números de recursos federais que chegam ao Estado foi expressivo também há quatro anos, período em que o PT compunha a Frente Popular de Pernambuco, chapa encabeçada por Campos que elegeu para o Senado o próprio Humberto e Armando Monteiro (PTB), aliados de Lula: foi de R$ 4,98 bilhões, em 2009, para R$ 5,77 bilhões, em 2010. A bandeira de que a aliança com o governo federal traria mais investimentos já era usada nas duas campanhas.

Simão Jatene PSDB é eleito governador do Pará

Com 98,04% dos votos apurados no Pará, o candidato a governador Simão Jatene (PSDB) aparece na liderança da apuração, com 51,96% dos votos válidos. O candidato Helder Barbalho (PMDB) tem 48,04% dos votos até o momento.

Considerando todos os votos – e não apenas os válidos -, o porcentual de brancos é de 1,49% e os nulos somam 6,18%.

RR: Suely Campos tem 55,12%; Chico Rodrigues, 44,88%

Com 77,18% dos votos apurados em Roraima, a candidata a governadora Suely Campos (PP) aparece na liderança da apuração, com 55,12% dos votos apurados. O candidato Chico Rodrigues (PSB) tem 44,88% dos votos até o momento. Considerando todos os votos – e não apenas os válidos -, o porcentual de brancos é de 1,29% e os nulos somam 5,96%.

Agora é oficial: Dilma é reeleita presidente da República

Do Blog da Folha

Às 20h27, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou que a presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita para mais quatro anos à frente do comando do País. Ele atingiu 51,45%, contra 48,55% do tucano Aécio Neves. Como restavam apenas 2.677.545 votos, matematicamente não haveria mais possibilidade de uma reviravolta.

Militantes que se concentram em um hotel em Brasília começaram a se abraçar e a gritar: “Tucano, aceita, é Dilma reeleita”.

O clima de euforia e apreensão marcou a reta final da apuração dos votos. Militantes convidados para o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff comemoraram a cada aumento da margem de diferença de votos em relação ao tucano Aécio Neves.

A vantagem apertada gerou apreensão entre os petistas, que chegavam ao hotel em um clima de euforia. O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, disse ao chegar que esperava uma vantagem maior de Dilma. “Torci para que fosse uma diferença maior. Não foi possível, então é com essa (diferença) mesmo que vamos”, disse. Ao ser questionado sobre como seria um segundo governo Dilma diante de uma divisão acirrada do País entre petistas e tucanos, o ministro afirmou que o desafio será unir o País. “Se fosse quatro ou cinco pontos de diferença (para Dilma), a necessidade de unir não seria diferente.”

Questionado se essa pequena margem não traria dificuldades também na relação com o Congresso, Aldo respondeu: “A dificuldade no Congresso é a mesma, que não é pequena e nunca foi.”

O ministro também minimizou a tensão na reta final das eleições, que foi marcada por acusações entre Dilma e Aécio. “Não teve clima de guerra nenhum. O que teve foi uma disputa dura.”

A presidente ainda está no Palácio do Alvorada, onde se reúne com membros da campanha e dirigentes do PT. Alguns ministros já estão no Hotel Royal Tulip aguardando a chegada da petista.Dilma-e-Lula-Goiana

Camilo Santana é eleito governador do Ceará

Com 96,64% dos votos apurados no Ceará, o candidato Camilo Santana (PT) somou 53,24% dos votos válidos e está eleito governador do Estado. Eunício Oliveira (PMDB) tem 46,76%. Os números são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Considerando todos os votos – e não apenas os válidos -, o porcentual de brancos é de 2,08%, os nulos somam 5,58%.

TRE-PE registrou 689 ocorrências em Pernambuco

Do Blog da Folha

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) divulgou, às 17h, o último boletim antes da divulgação dos dados referentes à corrida presidencial pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em Pernambuco, até as 16h30, foram registradas 689 ocorrências entre as 18.797 urnas espalhadas pelo território, sendo 244 relativas à substituição do equipamento. Até esse mesmo horário, no primeiro turno, tinham sido registradas 643 casos, dos quais 259 tinham relação com a troca de urnas.

O Recife foi o local onde os aparelhos que computam os votos dos eleitores mais apresentaram defeitos: 71. Os municípios de Jaboatão dos Guararapes e Olinda, na Região Metropolitana (RMR), vêm em seguida, com 10 urnas trocadas, cada um. O caso mais drástico foi registrado em João Alfredo, no Agreste, onde foi necessário recorrer à votação por cédulas porque o cartão de memória das urnas apresentou defeito. “As eleições foram tranquilas no Estado. Avalio de forma muito positiva”, disse o presidente do TRE-PE, Fausto Campos.

Ainda conforme o Tribunal, os problemas mais comuns que justificaram a troca de urnas foram a necessidade de ajustar data e hora (369 casos), a reinicialização do sistema dos aparelhos (44), o ajuste de papel (12) e ocorrências classificadas como outros problemas (23). As cidades que apresentaram o maior número de casos foram o Recife (84), Olinda (58), o Cabo de Santo Agostinho (42), Paulista (40) e Jaboatão dos Guararapes (32), todos na RMR, além de Vitória de Santo Antão (28), na Mata Sul do Estado.

Já em relação ao número de prisões, o TRE-PE informou que foram contabilizadas 22 ocorrências, que geraram oito prisões nos cartórios eleitorais, além de uma detenção em Ibimirim, no Sertão do Estado, que até as 16h30 tinha sido registrada somente pela Secretaria de Defesa Social.

Brasil
Subiu para 2.823 o número de urnas substituídas nestas eleições. De acordo com o quinto boletim divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), isso corresponde a 0,65% do total de 428.894 urnas usadas no pleito de 2014. Apenas duas seções tiveram de abandonar o equipamento e operar com votação manual.

Ainda segundo o boletim das 17h, foram registradas até o momento 796 ocorrências de infrações eleitorais. Deste total, 281 resultaram em prisões, sendo 152 por boca de urna, 39 por divulgação de propaganda e 20 por transporte ilegal de eleitores.