OPINIÃO: Os tempos são outros (Parte I)

Por DANIEL FINIZOLA

Você que tem por volta dos trinta e poucos anos deve lembrar daquele vinil da Xuxa. Um grande fenômeno do mercado fonográfico no Brasil e na América Latina. A criançada pirava. Queria o disco da Xuxa de todo jeito. Quando a adolescência chegava, lá vinham os vinis de rock nacional e internacional. No rolezinho pela rua, costumava carregar um walkman e uma fita com um adesivo – lado B internacionais. Isso era o garoto classe média dos anos 80.

Era uma geração sedenta por novas experiências sonoras, corporais, visuais, intelectuais… Era preciso ouvir e sentir algo que libertasse a alma e o corpo para além dos discursos saturados e maniqueístas de uma Guerra Fria delirante e vergonhosa que deixou como legado para o Brasil uma ditadura sanguinária. O mundo havia assistido uma exibição de poder que nem a lua escapou de ser simbolicamente conquistada.

É nesse contexto que o mercado fonográfico internacional e nacional respira ares de bonança. Os norte-americanos fincaram no mercado ícones como Madonna e Michael Jackson, “deuses” da cultura pop que vendiam milhões de discos e entravam em nossas casas com os filmes da Sessão da Tarde. Muitos até hoje lembram de temas de filmes como “Top Gun” e “De Volta para o Futuro”.

O nosso país, aos poucos, começava a respirar democracia. O rock nacional mostrava o tamanho da sua poesia, rebeldia e mercado, consagrando-se com a realização do Rock in Rio em 1985. Queen, Ozzy Osbourne, AC/DC no palco do maior festival do país, para o delírio de toda uma geração. Era um novo Brasil, cheio de esperança e inflação.

Tempos depois, o famoso “bolachão preto” foi substituído pela pequeno disco brilhante, denominado compact disc. A sensação de comprar um CD e retirar aquele – sempre difícil – invólucro era muito boa. Virou febre. Bastava uma promoção na extinta Comeg Center, da avenida Rio Branco, para todos se amontoarem em busca do CD da banda preferida. Lojas de CD se multiplicavam e a indústria fonográfica continuava lucrando. Hoje, encontrar uma loja de CD não é tarefa fácil.

Mas os tempos são outros. Com o advento da internet e o compartilhamento de arquivos de música na rede, a indústria fonográfica gradativamente entrou em crise. Muitos acreditam que o “boom” da indústria fonográfica tenha ocorrido entre 1984 e 2000. Steve Knopper, editor da revista Rolling Stone, afirma que as gravadoras tendem a sobreviver apenas dos antigos catálogos.

A comercialização da música via internet vem crescendo rapidamente nos mercados emergentes, criando novas culturas em torno do consumo de produtos fonográficos. Existem vários pontos positivos e negativos nesse novo jeito de consumir música. Há quem diga que CD é passado, o pen drive é presente e o vinil é futuro, será?

Semana que vem tem mais sobre esses novos tempos do mercado fonográfico.

daniel finizola

 

@DanielFinizola, formado em ciências sociais pela Fafica, é músico, compositor e educador. Escreve todas as quartas-feiras para o blog. Site: www.danielfinizola.com.br

Marcelo Gomes fala sobre greve dos professores da rede municipal

O vereador Marcelo Gomes (PSB) comentou ontem, durante sessão da Câmara Municipal de Caruaru, sobre a lei municipal nº 5.410/2013, que disciplina o acesso de pessoas às escolas municipais.

Ele explicou que o presidente do Sismuc (Sindicato dos Servidores Municipais de Caruaru), Eduardo Mendonça, que recentemente disse que a lei proíbe a entrada de pais nas escolas, está equivocado e que desconhece o texto da lei.

“Esse senhor tenta usar argumentos inverídicos para tentar denegrir esta Casa. A lei nº 5.410/2013 apenas regulamenta o acesso às escolas. Qualquer pessoa pode entrar numa escola municipal, desde que esteja identificada e acompanhada por um funcionário da unidade”, informou o parlamentar.

Marcelo falou ainda sobre a greve dos professores da rede municipal, lembrando que a Prefeitura de Caruaru não dispõe de recursos para arcar com as despesas de um aumento salarial com base na Lei de Responsabilidade Fiscal e que os docentes já recebem mais do que o piso.

“O município tem cumprido, dentro do limite legal, a remuneração do professor. Todo gestor gostaria de pagar o máximo ao professor, até porque o professor é essencial na vida de qualquer pessoa. O prefeito Zé Queiroz tem feito o possível para pagar acima do piso. Espero que essa situação seja resolvida, para que os alunos não sejam prejudicados”, finalizou o vereador.

Ação em comemoração ao mês das mulheres em Gravatá

Começam amanhã e seguem até o sábado (22), a partir das 8h, na Praça da Matriz, as ações de saúde em comemoração ao mês da mulher promovidas pela Prefeitura de Gravatá.

A programação é composta de serviços gratuitos e diversos, incluindo mamografia, exame preventivo do câncer do colo de útero, vacinação, aferição de pressão, avaliação nutricional, entre outros.

Prefeitura decide cancelar camarote oficial no São João

O prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), anunciou, na manhã de hoje, que irá acabar com o camarote da prefeitura no São João. A decisão foi tomada com base em pesquisas de opinião.

“O assunto veio à tona após o anúncio do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife de cancelar o camarote oficial no Galo da Madrugada, iniciativa aprovada pela população. Passamos a analisar o tema e resolvemos seguir a mesma linha do governador e do prefeito neste São João”, explicou Queiroz.

Caruaru será contemplada com recursos de fundo de apoio aos municípios

O prefeito José Queiroz (PDT) participou ontem do Congresso Pernambucano de Municípios, em Olinda, onde o governador Eduardo Campos (PSB) anunciou a liberação de mais recursos para obras do FEM (Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal). Caruaru foi contemplada com mais R$ 4,6 milhões para calçar diversas ruas.

Um mapeamento será realizado e ruas dos bairros mais afastados e com maior demanda receberão as ações. Serão beneficiados os moradores do Luiz Gonzaga, José Carlos de Oliveira, Antônio Liberato e Maria Auxiliadora.

Na primeira etapa do FEM, Caruaru também recebeu R$ 4,6 milhões e está concluindo o calçamento de diversas ruas.

Demóstenes Veras declara apoio a Armando Monteiro

O vereador Demóstenes Veras (Pros) emitiu nota nesta terça-feira (18) declarando apoio à candidatura do senador Armando Monteiro (PTB) ao Governo do Estado. Segundo ele, “uma nova política não se faz com deflagração de processos políticos aos moldes de decisões palacianas ou da cozinha de grupos”.

“O novo não será novo apenas porque uma autoridade diz que é novo. O novo será novo quando o seu conteúdo e a sua prática atingirem, no campo das coisas concretas, o respeito à verdadeira política, o atendimento aos verdadeiros anseios do povo e o rompimento com o velho”, afirmou o vereador, em clara referência ao processo de escolha do secretário estadual da Fazenda, Paulo Câmara (PSB), candidato do governador Eduardo Campos (PSB).

Ex-líder do governo José Queiroz (PDT) na Câmara, o parlamentar ainda criticou o esquecimento de Caruaru na composição da chapa da Frente Popular, liderada por Eduardo. “A Frente Popular partiu na dianteira e apresentou a composição da sua chapa. Caruaru, nesse sentido, foi negligenciada, mesmo com a sua importância sociopolítica e econômica que tem no Estado. Pernambuco não é o Recife sozinho”, avisou Demóstenes Veras.

Leia a nota na íntegra:

“MEU VOTO EM ARMANDO MONTEIRO NETO:

Uma “nova política” não se faz com frases de efeitos, sem conteúdos, com deflagração de processos políticos aos moldes de decisões palacianas ou da cozinha de grupos. O novo não será novo apenas porque uma autoridade diz que é novo. O novo será novo quando o seu conteúdo e a sua prática atingirem, no campo das coisas concretas, o respeito à verdadeira política, o atendimento aos verdadeiros anseios do povo e o rompimento com o velho. Entendo que experiência política, visão do processo administrativo, respeito ao conhecimento técnico e articulação política com sentido de independência, são elementos que ainda não foram colocados em prática na vida das pessoas e por isso mesmo é o novo.

Os palanques estão em formação. A Frente Popular partiu na dianteira e apresentou a composição da sua chapa. Caruaru nesse sentido foi negligenciada, mesmo com a sua importância sócio-política e econômica que tem no Estado. Queremos Lembrar que nossa experiência política aponta para o entendimento de que teremos a maior disputa eleitoral pelo Governo do Estado de Pernambuco dos últimos anos. Por isso mesmo queremos lembrar que Pernambuco não é o Recife sozinho. O nosso Estado é guerreiro e independente, não se curvará aos interesses de grupos e na hora certa legitimará a proposta política democrática, não eleitoreira e não conservadora, como esta ideologizada sobre a ideia da “nova política”.

Na condição de caruaruense e vereador pela minha cidade não posso permanecer calado em um momento decisivo da História do meu País e do meu Estado. Vamos eleger mais uma vez a Presidente Dilma, por tudo que ela tem feito pelo Brasil e por tudo que o ex-Presidente Lula, também fez e em especial por Pernambuco. O Senador Armando Monteiro, candidato ao Governo de Pernambuco, é um político respeitado, formado em Administração de Empresas e em Direito, com passagens pela Federação das indústrias do Estado de Pernambuco, SESI, SENAI e Presidência da Confederação Nacional das Indústrias. Eleito Deputado Federal por três mandatos, foi no último deles o mais votado no Estado.

Em 2010 foi eleito o Senador mais votado de Pernambuco e considerado pela revista Veja o melhor Senador do Brasil. Tem trânsito fácil em todo o País. É um político articulado, com diálogo aberto no congresso nacional, liderança inconteste e terá, ao seu lado, Lula e Dilma na sua caminhada para o Governo de Pernambuco. Conhece o nosso Estado e a necessidade do nosso povo.

Aqui precisamos lembrar que o Suplente do Senador Armando Monteiro é o caruaruense Douglas Cintra, que assumirá a cadeira no Senado com a eleição de Armando para o Governo de Pernambuco. Votar em Armando é votar também em Caruaru.

Demóstenes Veras – Médico e vereador em Caruaru”

OPINIÃO: A mudança da feira e o mercado imobiliário

Por ALEXANDRE BARBOSA MACIEL

Após o anúncio da disponibilização de R$ 10 milhões por parte do Governo do Estado, que vai receber uma contrapartida da Prefeitura de Caruaru de mais R$ 1 milhão, para serem utilizados na desapropriação da área onde deverá funcionar a nova Feira da Sulanca, calçados e importados, se iniciou na cidade uma grande discussão sobre a repercussão disso em relação à economia e, em especial, ao mercado imobiliário local.

O temor de que isso provoque uma alta nos valores das propriedades que ficam às margens da BR-104, local apontado pela consultoria contratada pela prefeitura para identificar qual o melhor local para a instalação desse equipamento, foi logo levantado pela imprensa e pela população. O processo de desapropriação é feito de forma transparente e o valor disponibilizado não representa uma fábula de dinheiro se levarmos em consideração de que a área necessária para a instalação da feira é de mais de 60 hectares, o que representa em torno de R$ 180 mil por hectare, valor bastante inferior ao que foi pago, por exemplo, pelo Governo do Estado pela área onde está sendo construído o Hospital Mestre Vitalino.

Vale a pena lembrar que os processos de desapropriação geralmente têm o valor avaliado contestado na Justiça. Outra questão que não podemos esquecer é de que todo o processo deve ser realizado de maneira transparente, observado não só pela sociedade, mas também pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas.

Uma coisa ninguém pode negar: que a saída da Feira da Sulanca do centro da cidade atende a um clamor da grande maioria dos cidadãos, que, com isso, ganharão no Parque 18 de Maio um importante local para a convivência. A tradicional Feira de Caruaru ganhará também mais área para continuar representando a cultura da nossa terra e atraindo turistas. Os bairros do entorno ganharão um equipamento de lazer e turismo que, com certeza, os valorizará. Os comerciantes que possuem suas lojas ao lado do Parque 18 de Maio certamente não serão prejudicados, pois o comércio de Caruaru atrai milhares de pessoas daqui e de outras cidades e continuará assim por todo sempre.

alexandre barbosa


Alexandre Barbosa Maciel, advogado, é corretor de imóveis, conselheiro suplente do Creci-PE e diretor da Imobiliária ABM. Escreve todas as terças-feiras para o blog

Linha de ônibus do Alto do Moura terá percurso prolongado

Após estudos realizados pela Destra, a partir do dia 1º de abril, a linha que faz o percurso do Alto do Moura terá seu percurso prolongado até o Loteamento Alto do Moura Village, que será atendido nos horários de pico da manhã, tarde e noite. Inicialmente o ônibus funcionará de forma experimental, fazendo viagens com intervalo a cada uma hora nos horários das 06h, 07h, 08h, 11h, 12h, 13h, 14h, 17hs, 18h e às 19h.

O novo percurso passará pela “estrada velha” para São Caetano, entrada do Loteamento Sete Luas, retornando na quadra intermediária do Loteamento Alto do Moura Vilage, em seguida volta para estrada Velha de São Caetano, prosseguindo pela Av. Mestre Vitalino sentido Vila de Nossa Senhora das Graças, chegando lá o ônibus ao retornar fará o percurso inverso, passando novamente em ambos os loteamentos.

Humberto destaca benefícios da Copa para o Brasil

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), destacou ontem em discurso na tribuna do Parlamento a importância da realização da Copa do Mundo no Brasil, que começa no dia 12 de junho. Ele defendeu a escolha do País como sede e afirmou que os investimentos públicos em mobilidade urbana resultarão em significativa melhora na infraestrutura brasileira. Humberto detalhou o desembolso de recursos e os benefícios concretos que o evento traz.

“No total, o balanço oficial da nossa Copa do Mundo é de R$ 25,6 bilhões, entre investimentos públicos e privados. Segundo estudos de consultorias, o incremento econômico, em quatro anos, será de mais de 142 bilhões de reais, período em que nosso País deve arrecadar R$ 11 bilhões em impostos e a nossa população terá um acréscimo de renda da ordem de R$ 64 bilhões”, disse.

Ainda de acordo com o parlamentar, a Embratur estima que os turistas irão gastar cerca de 25 bilhões de reais no Brasil. “Além disso, a Copa deve gerar 3,6 milhões de empregos por aqui, o equivalente a toda a população do vizinho Uruguai”, afirmou.

O senador ressaltou que dos R$ 8 bilhões orçados para a construção dos 12 estádios, metade foi assumida integralmente pela iniciativa privada.

Humberto avalia que a Copa do Mundo não se contrapõe a outras ações importantes, “como alguns querem fazer parecer”. Segundo ele, os governos do PT investem pesado em áreas básicas para o desenvolvimento do país.