OPINIÃO: Os refugiados ambientais e as mudanças climáticas

Por MARCELO RODRIGUES

Assistimos nas últimas décadas uma preocupação de governos e da sociedade mundial que vem cada vez mais repercutindo planetariamente. E o assunto não é outro: o meio ambiente e o planeta Terra. A confirmação de que os recursos naturais são findáveis colocou o mundo atual frente ao dilema de manter a sua maneira de viver ou mudar esse estilo de vida sem sustentabilidade.

Nesse diapasão, o ambiente tornou-se tema de encontros governamentais e científicos, pois não há como negar que a degradação em ritmo cada vez mais acelerado é a grande causadora do aquecimento global, das mudanças climáticas e dos cataclismos ambientais, levando a uma verdadeira catástrofe ambiental, que poderá tornar impraticável a vida em determinados locais do planeta. Tal situação demonstra, e afirma, a vulnerabilidade humana diante da natureza e as consequências desproporcionais que podem advir para as populações, principalmente aquelas mais desprovidas de recursos econômicos e de subsistência, quando diante de catástrofes naturais produzidas pelo homem em seu afã desenfreado de lucro pelo lucro, sem nenhuma preocupação com o presente e futuro.

Há necessidades prementes de medidas para evitar esse desastre ambiental com horas contadas, o que torna o tema em posição de relevante destaque e prioridade dos estados e municípios, embora a grande maioria dos gestores no Nordeste pouco faz para mudar o reverso da moeda. Ademais, como não bastassem os problemas com secas, enchentes, inundações, enxurradas e poluições de todas as naturezas, urge uma nova consequência extremamente alarmante para a humanidade: o fenômeno da expulsão e dos deslocamentos involuntários de pessoas e de populações, gerando uma massa denominada de refugiados ambientais.

Os refugiados ambientais surgiram com a Conferência da ONU, em Estocolmo (1972), que produziu a Declaração de Estocolmo sobre o Ambiente Humano e criou o Programa das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (Pnuma), com o objetivo de monitorar o avanço dos problemas ambientais do mundo. No documento que aprovou a criação do Pnuma, foi introduzida a expressão “environmental refugees” (refugiados ambientais), que se caracterizou como “pessoas que foram obrigadas a abandonar temporária ou definitivamente a zona onde tradicionalmente vivem, devido ao visível declínio do ambiente (por razões naturais ou humanas)”.

São vários os fatores que são reconhecidos como causas da migração por força de questões ambientais, entre os quais podemos destacar a desertificação, a destruição das florestas, o desaparecimento de rios e lagos, as mudanças de nível do mar, a degradação terrestre, das águas e do ar e o aquecimento global, como decorrência de pressões ambientais originadas por causas exclusivamente naturais ou antropológicas. Neste último caso, derivadas da atividade propriamente humana, baseada no crescimento desmesurado, que origina um grande impacto ambiental; e também da situação de pobreza que atinge grande contingente das populações como consequência do aumento demográfico e da escassez dos recursos naturais.

O último relatório da ONU sobre o meio ambiente expôs a dimensão dos problemas causados pelas modificações bruscas no meio ambiente. Segundo o relatório “Alterações Climáticas e Cenários de Migrações Forçadas”, elaborado pelo Instituto para o Desenvolvimento Sustentável, para a Comissão Europeia e apresentado durante a Conferência de Poznan (Polônia – dezembro/2008), o total de pessoas que foram forçadas a se deslocar do seu habitat natural em decorrência de problemas ambientais já ultrapassa o número de 25 milhões, podendo chegar a 50 milhões até 2015.

Os dados são relevantes. Não há mais como negar a realidade – aumento crescente a cada ano dos refugiados ambientais -, o que torna imperiosa a discussão em torno das políticas referentes aos refugiados mundiais.

Vários encontros e conferências foram realizados; tratados e acordos internacionais foram promovidos e assinados. Na agenda global, a palavra de ordem é identificar e combater os elementos que geram efeitos negativos ao meio ambiente. Surge a ideia de desenvolvimento, com seus três pilares inseparáveis: proteção do ambiente, desenvolvimento econômico responsável e equilibrado e sustentabilidade.

Além dessas preocupações, acrescente ao debate da questão ambiental a vinculação das questões ambientais aos problemas sociais típicos dos países subdesenvolvidos – desigualdades e injustiças sociais. Os refugiados ambientais constituem um problema que necessita de medidas urgentes. O debate está aberto e as soluções são possíveis e reais. Basta que o homem e as sociedades internacionais demonstrem interesse e responsabilidade.

O auxílio a populações inteiras que sofrem os efeitos catastróficos dos problemas ambientais não pode ser encarado apenas como um problema local e regional, mas, principalmente, como uma questão de ordem mundial da manutenção e existência da humanidade em nosso único habitat, o planeta Terra.

marcelo rodrigues


Marcelo Rodrigues foi secretário de Meio Ambiente da Cidade do Recife. É advogado e professor universitário. Escreve todas as sextas-feiras para o blog

Prefeito confere nova central de abastecimento de medicamentos

O prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), visitou na manhã desta quinta-feira (23) as instalações da nova central de abastecimento de medicamentos, que fica numa ampla área no prédio da Secretaria de Saúde. O local será inaugurado em breve.

Para o prefeito, a nova central proporcionará maior controle e melhor distribuição de medicamentos na rede municipal. “A central é a prova de que estamos trabalhando sempre no sentido de modernizar a administração, investindo na melhoria dos serviços para os usuários. Com a nova central de medicamentos, a gestão de controle e distribuição ficará muito mais eficaz”, afirmou.

Ainda pela manhã, José Queiroz conferiu a obra da Operação Calçamento na rua da Escola Margarida Miranda, no loteamento Parque Real.

Projeto do BRT é aprovado mais uma vez

Em sessão extraordinária realizada hoje, a Câmara de Vereadores de Caruaru aprovou, por 20 votos a 2, o projeto do BRT (Bus Rapid Transit).

Após a votação, o líder do governo na Casa, vereador Ricardo Liberato (PSC), comemorou o resultado. “O BRT trará inúmeros benefícios para a população trabalhadora que precisa de transporte público”, afirmou.

Apenas Joel da Gráfica e Rosimery da Apodec (ambos do DEM) votaram contra o projeto.

Procon divulga balanço geral de 2013

O Procon de Caruaru divulgou nesta quinta-feira (23) relatório com o balanço geral de 2013. No último ano, foram feitos 11.261 atendimentos presenciais. Além deles, foi expressiva a quantidade de prestação de informações por telefone.

Os setores campeões de reclamações continuaram sendo os serviços de telefonia, habitação, saúde e, em primeiro lugar, os produtos. Apesar das queixas contra empresas de diversos segmentos, os consumidores saíram satisfeitos com o atendimento do Procon, já que, em 2013, o órgão manteve um índice elevado de resolução dos casos – cerca de 95%.

“O caráter conciliatório do Procon evita que muitas demandas sigam para a Justiça. Os números de atendimento [registrados ou não] em comparação com o alto índice de acordos demonstram a eficácia que só traz benefícios ao cidadão”, pontuou a coordenadora jurídica do órgão, Cynthia Nunes.

OPINIÃO: As sílabas subtônicas

Por MENELAU JÚNIOR

Por que “táxi” tem acento gráfico e “taxista” e “mototaxista” não? Por que acentuamos “café”, mas não o fazemos em “cafezinho”? A resposta tem a ver com o que chamamos de sílaba subtônica.

Nas aulas de acentuação gráfica, aprendemos que os acentos são usados em algumas palavras – sempre na sílaba tônica, aquela que é mais forte. O que muitas vezes não sabemos é que as palavras derivadas possuem uma sílaba subtônica – que é, na verdade, a tônica da palavra primitiva. Por exemplo: em “pastel”, temos a sílaba tônica “tel”; em “pastelzinho”, “tel” é a sílaba subtônica – uma vez que a tônica passa a ser “zi”.

Com “táxi” ocorre o mesmo. A palavra é acentuada por ser uma paroxítona terminada em “i”. Mas quando escrevemos “taxista”, a sílaba tônica passa a ser “xis” – enquanto “ta”, que antes era acentuada, passa a ser a sílaba subtônica. O mesmo ocorre com “mototaxista”, que tem duas sílabas subtônicas, “mo” e “ta”, mas apenas uma tônica: “xis”.

Com “café” e “cafezinho”, o processo é o mesmo. Em “café”, acentuamos a última sílaba porque a palavra é uma oxítona terminada em “e”, a exemplo de “José”, “jacaré”, “ipê”, “Josué” e tantas outras. Mas, ao escrevermos as derivadas “cafezinho” e “cafezal”, a sílaba “fe” passa a ser a subtônica e, portanto, não deve ser acentuada. Em “cafezinho”, a sílaba tônica é “zi”, e em cafezal é “zal”.

Conhecer as regras de acentuação é importante, uma vez que nossa língua possui várias palavras acentuadas. Os acentos, na verdade, marcam apenas aquelas palavras que possuem pronúncia diferente da maioria. Por que acentuamos uma “oxítona terminada em ‘e’”? Porque quase todas as palavras que terminam em “e” são paroxítonas: “parte”, “fase”, “elefante”, “presidente”, “gerente” e milhares de outras. As oxítonas, portanto, são minoria – por isso passam a ser acentuadas. O mesmo ocorre com as palavras terminadas em “i” – mas nesse caso quase todas são oxítonas: “jabuti”, “aqui”, “ali”, “cariri”. Para marcar a diferença, as paroxítonas terminadas em “i” recebem o acento. “Táxi” é um exemplo disso.

Um abraço a todos.

menelau blog

 

Menelau Júnior é professor de língua portuguesa. Escreve para o blog todas as quintas-feiras. E-mail: menelaujr@uol.com.br

Encontro na Câmara define data de prévia carnavalesca

Em reunião nesta quarta-feira (22), na Câmara de Vereadores, representantes da Fundação de Cultura e de agremiações locais definiram a data da realização da prévia carnavalesca em Caruaru. Será no dia 23 de fevereiro, com concentração prevista para as 10h, no largo da Estação Ferroviária. Após a concentração das troças e dos blocos participantes, os foliões terão oportunidade de acompanhar animado desfile pelas ruas e avenidas da Capital do Agreste.

Segundo o vereador Rozael do Divinópolis (Pros), que apresentou recentemente requerimento solicitando o resgate da semana pré-carnavalesca, a intenção é valorizar as tradições culturais do município. “Sabemos que Caruaru já teve um dos maiores carnavais de Pernambuco, mas, com o passar dos anos, infelizmente essa história mudou. Nossa ideia é reunir todos os blocos em uma única data para darmos a oportunidade dos caruaruenses relembrarem e conhecerem um pouco das nossas tradições”, explicou.

Durante o encontro, o presidente da Fundação de Cultura, André Alexei, destacou que, logo após a realização do desfile, a festa ainda estará garantida na Estação Ferroviária. Um palco será montado no local para shows de orquestras de frevo e de artistas regionais.

Os últimos detalhes do evento serão definidos em nova reunião na próxima quarta-feira (29), às 9h, no mesmo local.

Marcelo Gomes prestigia inauguração de nova Vara da Fazenda Pública

O vereador Marcelo Gomes (PSB) participou hoje da inauguração da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Caruaru. A unidade funcionará no Fórum Elísio Florêncio, localizado na av. Portugal, 1234, no bairro Maurício de Nassau.

A inauguração aconteceu no Salão do Júri do Fórum Juiz Demóstenes Batista Veras e contou com a presença do presidente do TJPE, Jovaldo Nunes.

“Atualmente, a Vara da Fazenda de Caruaru está com mais processos do que pode movimentar. A divisão facilitará o trabalho. São mais de dez mil casos esperando uma resposta da Justiça. A partir de agora, a população terá ainda mais respaldo no Judiciário e confiança que seus casos serão devidamente atendidos”, afirmou o vereador Marcelo Gomes.

A Vara da Fazenda Pública é responsável por processar e julgar causas cíveis em que figurem como autor, réu, assistente ou oponente o Estado, os municípios, suas autarquias, as fundações de direito público, as sociedades de economia mista, as empresas públicas e, onde não houver vara da Justiça Federal, as decorrentes do § 3º do artigo 109 da Constituição, respeitada a competência de foro estabelecida na lei processual.

Ao lado de secretários, Bruno Martiniano acompanha ações em Gravatá

O prefeito afirmou que vai agilizar o que viu para entregar os equipamentos à população o quanto antes

O prefeito de Gravatá, Bruno Martiniano (PTB), reuniu nesta quarta-feira (22) todo o secretariado e saiu às ruas da cidade para vistoriar obras em andamento. A visita teve início no bairro Baviera, onde o petebista conferiu de perto como está o serviço de terraplanagem do terreno que receberá uma das três creches municipais.

Em seguida, Martiniano esteve no Prado, mais especificamente na rua Siqueira Campos, onde o calçamento estava danificado devido a um trabalho da Compesa. “Esse era um problema antigo que foi sanado com a reposição de calçamento. Os moradores exigiam esse trabalho e a prefeitura fez”, reforçou o secretário municipal de Infraestrutura, Marcus Túlius.

As escolas Edgar Nunes Batista e Amenayde Farias também foram visitadas. As duas unidades passam por grandes reformas. Pouco tempo depois, foi a vez da comitiva inspecionar as obras da UPA, que deve ser entregue até abril deste ano.

O prefeito Bruno Martiniano ainda aproveitou para ver os trabalhos executados pela Secretaria de Desenvolvimento Rural e Animal em algumas praças da cidade, como podação de árvores e manutenção dos espaços. “Foi importante inspecionarmos algumas das obras que estão sendo executadas na cidade. A partir do andamento que vimos, estaremos buscando agilizar os trabalhos para que possamos entregar esses equipamentos à população o quanto antes”, destacou.

Agenda do prefeito José Queiroz inclui visitas diárias a obras

Desde o início do ano, o prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), tem intensificado a agenda de visitas a obras que estão em andamento na cidade. Geralmente, esse é o primeiro compromisso do dia do pedetista.

Nesta quarta-feira (22), Queiroz foi até a rua Aspicueta Navarro, no bairro Maurício de Nassau, vistoriar a limpeza do canal que corta a via. O trabalho já foi concluído pela Secretaria de Serviços Urbanos.

Em seguida, o prefeito visitou a rua Eurico José Ribeiro de Souza, no Pinheirópolis, que está sendo calçada.”Estamos na quarta gestão e sempre estivemos nas ruas. É o nosso estilo de trabalho. Gosto de conferir de perto como está o andamento dos serviços. Estamos com mais de 20 frentes de trabalho em Caruaru. Só de serviços de calçamento, estamos em mais de dez bairros”, destacou Queiroz.

Segunda via do IPTU agora pode ser emitida via internet

Visando facilitar o acesso à 2ª via do boleto do IPTU 2014, a Secretaria da Fazenda de Caruaru está disponibilizando a emissão do carnê através da internet. Para isso, basta entrar no site www.seuiptu.com.br.

Os contribuintes que não tiverem acesso à internet e ainda não receberam o boleto do IPTU, ou que possuem alguma dúvida sobre valores, medição ou isenção, devem comparecer à sede da secretaria, que fica localizada na avenida Rio Branco, 315, centro da cidade.