Líderes europeus visitam a Ucrânia e prometem apoio contra a Rússia

Macron, Draghi, Scholz visitam a Ucrânia

O presidente francês Emmanuel Macron, o chanceler alemão Olaf Scholz e o primeiro-ministro da Itália Mario Draghi visitaram hoje (16) a capital ucraniana Kiev. Os líderes europeus organizaram essa visita conjunta para conversar pessoalmente com o presidente Volodymyr Zelenskyi e discutir o futuro do país, que está sob ataque desde 24 de fevereiro.

Durante a chegada, Macron afirmou que a visita representa “um momento importante”, e que manda uma “mensagem de união” para o povo ucraniano. O líder francês afirmou ainda que crimes de guerra foram cometidos na cidade de Irpin, na entrada de Kiev. “É uma cidade heróica, marcada pelo estigma da barbárie”, disse.

Assim como a cidade de Bucha, Irpin foi alvo de bombardeios intensos durante a ocupação do exército russo, em março. Os russos “destruíram jardins de infância, parques infantis. Vamos reconstruir tudo”, adiantou Mario Draghi.

Já Olaf Scholz afirmou que a Alemanha ajudará a Ucrânia a resistir à ofensiva alemã “pelo tempo que for preciso”. “Queremos assegurar que estamos organizando ajuda financeira, humanitária, mas também na questão de armamento”, disse para a agência pública de notícias de Portugal RTP.

Algumas horas após o início da visita dos líderes europeus, a Rússia anunciou a reabertura do corredor humanitário de Severodonetsk, em especial para os civis presos na fábrica de Azot. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), cerca de 500 pessoas estão detidas no local em condições precárias.

Sete senadores do PT são contra redução do ICMS sobre combustíveis

Na noite da última segunda, o Senado aprovou o texto base do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022. O projeto classifica os combustíveis como bens essenciais, consequentemente impondo um teto de 17% na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo cobrado pelos governos estaduais. Foram 65 votos a favor e 12 contrários. As informações são do Terra Brasil Notícias.

De acordo com os registros do Senado, do total dos 81 parlamentares da Casa, 78 estiveram presentes. Cid Gomes (PDT-CE) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) não compareceram à votação, bem como Chico Rodrigues (União-RO).

Dos 12 senadores que votaram contra, 7 são petistas.

Com alta rejeição, Paulo Câmara não aparece na campanha de Danilo Cabral

Pré-candidato do PSB ao Governo de Pernambuco, o deputado federal Danilo Cabral não deve ser visto com frequência ao lado do atual governador Paulo Câmara (PSB). Com uma alta rejeição no Estado, Câmara foi “escondido” nas primeiras inserções do horário eleitoral na TV da legenda, que optou por associar o deputado federal ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ex-governador Eduardo Campos, que morreu em 2014. As informações são do portal Estadão.

De acordo com o levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado no dia 16 do mês passado, a gestão do atual governador era desaprovada por 67,3% dos entrevistados – 27,7% aprovavam a gestão e outros 5% informaram que não sabiam.

Com números pouco favoráveis, a presença de Câmara na campanha de Danilo deve ser discreta, conforme Sileno Guedes, presidente do PSB em Pernambuco. “Temos um legado para defender e apresentar, cuja consolidação Paulo Câmara deu uma colaboração enorme. O governador vai estar presente como coordenador da campanha, mas cada um tem um papel”, disse o dirigente no lançamento oficial da pré-candidatura de Teresa Leitão (PT) ao Senado.

Um outro aliado, ouvido sob a condição de anonimato, diz que Câmara estará ao lado de Danilo, mas afirma que “o governador não vai parar de governar para fazer campanha”. O aliado diz que Câmara aparecerá, “mas sem destaque”. “O protagonista é Danilo, pois ele é o candidato”, diz.

Ele diz que Paulo Câmara estará nos vídeos da campanha, da mesma forma que outros gestores e ex-administradores aliados. Ele cita exemplos dos ex-governadores Jarbas Vasconcelos e Miguel Arraes, além de Pelópidas Silveira, primeiro prefeito de capital eleito pelo PSB.

A mesma pesquisa do instituto Paraná aponta que Danilo terá uma campanha dura. Segundo o levantamento, a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) está à frente na disputa, com 28,8% das intenções de voto, seguida da ex-prefeita de Caruaru Raquel Lyra (PSDB), que tem 16%. Na sequência, está o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União Brasil), com 13,6%, e o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira (PL), com 12,1%. Danilo Cabral (PSB) aparece com 7,1%.

A oposição, porém, se prepara para anular a nacionalização do debate. Aliados de Raquel Lyra (PSDB) falam em trazer Paulo Câmara “para a roda do debate político”.

Anderson Ferreira adotou um tom mais agressivo, visando diminuir o efeito da associação de Danilo ao ex-presidente petista. “Não se esconda atrás de Lula. Você, Danilo, é candidato de Paulo Câmara, o pior governador da história de Pernambuco. Vocês estão aí há oito anos e não aprenderam a retomada que houve em Pernambuco nos governos de Eduardo”, disse o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes.

Marília Arraes lidera e Raquel Lyra vem em segundo, diz pesquisa

Pesquisa do Instituto Opinião, em parceria com este blog, sobre a sucessão em Pernambuco, aponta a pré-candidata do Solidariedade, Marília Arraes, na liderança com 28,1%, seguida pela pré-candidata do PSDB, Raquel Lyra, mas bem distante. A tucana tem apenas 12,6%. Já os pré-candidatos do PL, Anderson Ferreira, e Miguel Coelho, do União Brasil, se situam em um empate, com 8,8% e 8,7%, respectivamente. O pré-candidato do PSB, Danilo Cabral, tem apenas 4,5%.

Entre os nanicos, Esteves Jacinto (PRTB) e João Arnaldo (PSol) foram citados por 0,6% dos entrevistados, enquanto Jadilson Bombeiro (PMB) aparece com 0,5% e Jones Manoel (PCdoB) tem 0,3%. Brancos e nulos somam 13,3% e indecisos chegam a 22%. Na espontânea, modelo pelo qual o entrevistado é obrigado a citar o nome do seu candidato sem o auxílio da cartela, Marília também lidera com 10,8%, Raquel tem 5,7%, Miguel 4,8%, Anderson 4%, e Danilo 2,3%.

Em relação ao levantamento anterior, todos caíram. Na pesquisa de maio, Marília apareceu com 31,9%, Raquel com 13,3%, Anderson 10,3%, Miguel 9,1% e Danilo 5%. A pesquisa foi a campo entre os dias 11 a 14 de junho, sendo aplicados dois mil questionários em 80 municípios das mais diversas regiões do Estado.

O intervalo de confiança estimado é de 95,0% e a margem de erro máxima estimada é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. A modalidade de pesquisa adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo de investigação. A pesquisa está registrada sob os protocolos BR-02808/2022 e PE-02007/2022.

Quanto à rejeição, a candidata do Solidariedade também lidera. Entre os entrevistados, 10,4% disseram que não votariam nela de jeito nenhum, seguida de Danilo, com 8,3% dos entrevistados que não votariam nele de jeito nenhum. Anderson vem em seguida com 5,6%, Raquel Lyra com 5% e Miguel Coelho com 4,8%.

ESTRATIFICAÇÃO

Marília tem suas maiores taxas de intenção de voto entre os eleitores na faixa etária de 25 a 34 anos (29,5%), entre os eleitores acima de 60 anos (33,2%), entre os eleitores com grau de instrução até a nona série (29,3%) e entre os eleitores com renda familiar até dois salários mínimos (29,2%). Por sexo, 29% dos seus eleitores são homens e 27,3% são mulheres.

Raquel, por sua vez, tem melhores indicações de voto entre os eleitores jovens, na faixa de 16 a 24 anos (16,5%), entre os eleitores com renda superior a cinco salários (16%), entre os eleitores com grau de instrução superior (12,9%). Por sexo, 13,2% dos seus eleitores são homens e 12% dos seus eleitores são mulheres.

POR REGIÃO

Não é na Região Metropolitana do Recife que Marília tem sua maior taxa de intenção, mas sim na Zona da Mata, onde pontua 35,6%. Em seguida, vem o Sertão, com 32,2%, a RMR, com 30,1%, o Agreste, com 23% e o São Francisco, com 10,7%.

Raquel tem os seguintes percentuais: Agreste (28,2%), Zona da Mata (11,4%), Região Metropolitana (6,4%), Sertão (6,2%) e São Francisco (5,3%). Anderson, por sua vez, tem 14,8% na Região Metropolitana, 9,7% na Zona da Mata, 3,5% no Sertão, 2,4% no Agreste e 1,5% no São Francisco.

Miguel, por sua vez, tem 64,9% dos seus votos no São Francisco, 14,5% no Sertão, 4,8% no Agreste, 2,7% na Zona da Mata e 2,9% na Região Metropolitana. Danilo, por fim, tem 10,1% no Sertão, 5,8% no Agreste, 3,7% na Zona da Mata, 3,2% na Metropolitana e 0% no São Francisco.

TSE divulga Fundo Eleitoral destinado aos partidos para as Eleições 2022

Fundo Partidário x Fundo Eleitoral

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) disponibilizou nesta quarta-feira (15), por meio da Portaria nº 579/2022, o valor a que cada partido político terá direito na distribuição dos R$ 4,9 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o Fundo Eleitoral, destinado às legendas para as Eleições Gerais de 2022. O montante também será divulgado na edição extra do Diário de Justiça Eletrônico do TSE de sexta-feira (17).

O montante de R$ 4.961.519.777,00 representa a maior soma de recursos já destinada ao Fundo desde a criação, em 2017, e foi distribuído entre os 32 partidos políticos registrados no TSE com base em critérios específicos. Mais uma vez, o Partido Novo (Novo) renunciou ao repasse dos valores para financiar as campanhas políticas de candidatos e sua cota será revertida ao Tesouro Nacional.

O União Brasil (União), sigla resultante da fusão do Democratas (DEM) com o Partido Social Liberal (PSL), receberá o maior montante, com mais de R$ 782 milhões. Em seguida, estão o Partido dos Trabalhadores (PT), com pouco mais de R$ 503 milhões, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), com R$ 363 milhões, o Partido Social Democrático (PSD), com R$ 349 milhões e o Progressistas, com aproximadamente R$ 344 milhões. Juntas, essas cinco legendas respondem por 47,24% dos recursos distribuídos.

Os recursos do Fundo Eleitoral ficarão à disposição do partido político somente depois de a sigla definir critérios para a distribuição dos valores. Esses critérios devem ser aprovados pela maioria absoluta dos membros do órgão de direção executiva nacional e precisam ser divulgados publicamente.

Divisão dos recursos

Os cálculos da distribuição do FEFC consideraram os candidatos eleitos nas Eleições Gerais de 2018, incluindo as retotalizações ocorridas até 1º de junho de 2022.

Do total de recursos do Fundo Eleitoral, 2% são distribuídos igualitariamente entre os partidos. A partir daí, o restante é distribuído conforme a representação da legenda no Congresso Nacional: 35% são destinados às agremiações que elegeram pelo menos um deputado federal, na proporção dos votos obtidos na última eleição geral; 48% são distribuídos proporcionalmente à representação de cada legenda na Câmara dos Deputados; e os 15% restantes são divididos entre os partidos com base na proporção da representação no Senado Federal, conforme definidos na legislação eleitoral.

Federações

A norma atual determina que as federações partidárias sejam tratadas como um só partido também no que diz respeito ao repasse e à gestão dos recursos públicos destinados ao financiamento das campanhas eleitorais. Assim, a distribuição dos valores aos diretórios nacionais das legendas que compõem a federação deverá ocorrer proporcionalmente ao montante ao qual cada sigla tem direito.

Três federações partidárias estão aptas a participar das eleições gerais de outubro: Federação PSDB Cidadania, integrada pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e pelo Cidadania; Federação PSOL Rede, que reúne o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e a Rede Sustentabilidade (Rede); e Federação Brasil da Esperança (FE Brasil), integrada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Verde (PV).

Os recursos do Fundo Eleitoral não são uma doação do Tesouro Nacional aos partidos políticos ou aos candidatos. Eles devem ser empregados exclusivamente no financiamento das campanhas eleitorais, e as legendas devem prestar contas do uso desses valores à Justiça Eleitoral. No caso de haver recursos não utilizados, eles deverão ser devolvidos para a conta do Tesouro Nacional.

Dólar cai para R$ 5,02 após Fed aumentar juros nos Estados Unidos

dólar

Em um dia de melhoria no cenário externo, o dólar caiu para perto de R$ 5, e a bolsa interrompeu uma sequência de oito quedas. A decisão do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) de aumentar os juros básicos nos Estados Unidos em ritmo maior que o esperado foi bem recebida pelos investidores internacionais, provocando alívio em todo o planeta.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (15) vendido a R$ 5,026, com recuo de R$ 0,108 (-2,11%). A divisa operou próxima de R$ 5,10 durante quase todo o dia, mas desabou após o anúncio da decisão do Fed de elevar os juros básicos nos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual, para uma banda entre 1,5% e 1,75% ao ano.

Com o desempenho de hoje, a moeda norte-americana acumula alta de 5,74% em junho. Em 2022, a divisa cai 9,86%. Este foi o primeiro recuo do dólar após sete altas seguidas.

O dia também foi positivo no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 102.807 pontos, com alta de 0,73%. O indicador operou com ganhos durante todo o dia, mas consolidou a tendência de alta após o anúncio dos juros básicos norte-americanos. Apesar da alta de hoje, a bolsa brasileira acumula queda de 7,67% no mês, após dias de tensão em torno dos juros norte-americanos.

A alta de 0,75 ponto nos juros norte-americanos representou o maior aumento em uma única vez desde 1994. Segundo o presidente do Fed, Jerome Powell, a inflação nos Estados Unidos, que está no maior nível em 41 anos, surpreendeu e justificou a elevação da taxa.

Normalmente, juros mais altos em economias avançadas estimulam a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil. No entanto, o mercado entendeu que o aumento de hoje estava “precificado” (incorporado nos preços dos ativos financeiros), o que levou a um movimento de alta nas bolsas e uma queda do dólar em todo o planeta.

No Brasil, também foi dia de reunião do Banco Central. O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic – juros básicos da economia – em 0,5 ponto, para 13,25% ao ano, conforme projetado pelas instituições financeiras. A alta nos juros brasileiros ajuda a conter a fuga de capitais e a segurar o valor do dólar perante o real.

Alta da Selic encarece crédito e prestações, diz Anefac

Dinheiro, Real Moeda brasileira

A elevação da taxa Selic (juros básicos da economia), decidida hoje (15) pelo Banco Central,  continuará a encarecer o crédito e as prestações, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Apesar de o impacto na ponta final ser diluído, por causa da diferença muito grande entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo, o tomador de novos empréstimos sentirá os efeitos do aperto monetário.

Segundo a Anefac, o juro médio para as pessoas físicas passará de 117,23% para 118,21% ao ano. Para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 56,57% para 57,29% ao ano. A Selic passou de 12,75% para 13,25% ao ano.

No financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, o comprador desembolsará R$ 0,38 a mais por prestação e R$ 4,62 a mais no valor final com a nova taxa Selic. O cliente que entra no cheque especial em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,27 a mais.

Na utilização de R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente gastará R$ 1,20 a mais. Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 1,24 a mais por prestação e R$ 14,82 a mais após o pagamento da última parcela.

Um empréstimo de R$ 3 mil em 12 meses numa financeira sairá R$ 0,81 mais caro por prestação e R$ 9,70 mais caro no total. No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 11,16 a mais por parcela e R$ 669,47 a mais no total da operação.

Em relação às pessoas jurídicas, as empresas pagarão R$ 62,18 a mais por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias, R$ 24,93 pelo desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias e R$ 2,67 a mais pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias.

Poupança

A Anefac também produziu uma simulação sobre o impacto da nova taxa Selic sobre os rendimentos da poupança. Com a taxa de 13,25% ao ano, a caderneta só rende mais que os fundos de investimento quando o prazo da aplicação é curto e a taxa de administração cobrada pelos fundos é alta.

Segundo as simulações, a poupança rende mais que os fundos em dois cenários. O primeiro é para aplicações de até seis meses em relação a fundos com taxa de 2,5% ao ano. O segundo é para aplicações de até dois anos em relação a fundos com taxa de administração de 3% ao ano.

A vantagem dos fundos ocorre mesmo com a cobrança de Imposto de Renda e de taxa de administração. Isso porque a poupança, apesar de ser isenta de tributos, rende apenas 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais a Taxa Referencial (TR), que aumenta quando a Selic sobe. Esse rendimento da poupança é aplicado quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, o que ocorre desde dezembro de 2021.

PF confirma localização de “remanescentes humanos” em buscas

Operação Javari

O superintendente da Polícia Federal (PF) no Amazonas, Eduardo Alexandre Fontes, confirmou nesta quarta-feira (15) que foram encontrados “remanescentes humanos” durante as buscas pelo indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, que estão desaparecidos desde 5 de junho, na região do Vale do Javari, no oeste do estado. 

Durante entrevista coletiva, Fontes afirmou que, em depoimento realizado ontem (14), o pescador Amarildo da Costa Pereira, conhecido como “Pelado”,  um dos suspeitos pelo desaparecimento, confessou a participação no desaparecimento e indicou o local onde os corpos foram enterrados.

Diante da confissão, PF foi até o local do crime, onde foi realizada a reconstituição da cena do crime. Durante as escavações, as equipe encontraram “remanescentes humanos” em uma área de mata fechada.

A corporação informou que os remanescentes estão sendo coletados e serão enviados para perícia para identificação dos corpos. “Sendo comprovados que esses remanescentes são relacionados ao Dom Philips e ao Bruno Pereira, nós vamos restituir mais breve possível às famílias”, afirmou.

O indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, correspondente do jornal The Guardian no Brasil, estão desaparecidos desde 5 de junho, na região do Vale do Javari, no oeste do Amazonas.

De acordo com a coordenação da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Bruno Pereira e Dom Phillips chegaram na sexta-feira (3) no Lago do Jaburu, nas proximidades do rio Ituí, para que o jornalista visitasse o local e fizesse entrevistas com indígenas.

Segundo a Unijava, no domingo (5), os dois deveriam retornar para a cidade de Atalaia do Norte, após parada na comunidade São Rafael, para que o indigenista fizesse uma reunião com uma pessoa da comunidade apelidado de Churrasco. No mesmo dia, uma equipe de busca da Unijava saiu de Atalaia do Norte em busca de Bruno e Dom, mas não os encontrou e eles foram dados como desaparecidos.

Deputado Alberto Feitosa repercute o impacto do PLP que reduz ICMS sobre combustível , energia e telecomunicações

Em entrevista ao Jornal Vanguarda desta quarta feira, 15/06, o vice líder da oposição, Coronel Alberto Feitosa (PL) explicou a importância e alcance da redução do ICMS. Na última segunda feira, o Senado aprovou a redação do PLP 18/2022 que estabelece teto máximo de 17% do ICMS sobre combustíveis, telecomunicações e transporte coletivo.

Dos 65 senadores que votaram , apenas 12 foram contra e desses, 7 petistas. O PT votou fechado contra o Projeto de redução e o deputado Alberto Feitosa não poupou críticas ao partido dos trabalhadores por essa atitude. Feitosa também disparou contra os governadores que estão sendo contra a redução.

” As pessoas estão sem ter o que comer na mesa e os governadores não querem fazer nenhum esforço quando o presidente Bolsonaro abre mão dos impostos e ainda diz que vai custear o que os governadores perderem de arrecadação ?! O PLP 18/2022 está deixando de ser uma pauta de importância social para se tornar ferramenta política , isso é um absurdo!”, disparou o deputado.

Durante a entrevista,Feitosa também falou sobre a vinda do presidente para Caruaru no dia 23, para prestigiar o São João de Caruaru. Ele destacou a atenção do presidente com o Estado. “

Essa é a quinta visita oficial de Bolsonaro a Pernambuco”, destacou Feitosa. a Pernambuco.

Na Caruru Fm, Feitosa comemorou o Projeto de Lei de sua autoria que foi aprovado ontem na Assembleia Legislativa. A lei determina a obrigatoriedade dos aprovados em concursos públicos de realizarem exame toxicológico antes de tomar posse do cargo.

Portugal: arrecadação elevada do Estado pressiona poder de compra para baixo

Ganhou repercussão no mês de maio a notícia de que a Comissão Europeia recomendou que Portugal simplifique o seu sistema fiscal, aumentando a eficiência da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e reduzindo o fardo administrativo que incide sobre os contribuintes.

A projeção atual aponta que um cidadão português que ganha na faixa de 1.500 €, gasta cerca de 20% do total acumulado em doze meses somente com tributos.

De acordo com o contador e consultor português Joaquim Moreira, “o estado tem arrecadado muito. E a principal consequência disso é a diminuição do poder de compra dos portugueses. Os efeitos negativos disso são facilmente constatados”.

Para ele, esse deve ter sido também o principal motivo que fez a Comissão recomendar que o país melhore a eficácia do sistema fiscal e do sistema de proteção social, em particular através da simplificação das duas estruturais, fortalecendo a eficiência das repetitivas administrações e reduzindo o fardo administrativo associado.

Ainda conforme Joaquim, o pior de tudo é que a tendência é que isso tudo perdure por um bom tempo. “É simples, tudo isso acarreta um problema só: menor nível de qualidade de vida, causado pelo menor rendimento do dinheiro de cada um”, prognosticou.

Ainda dentro do assunto poder de compra baixo, o consultor comentou recentemente que além da crise gerada pela pandemia, a guerra na Ucrânia vem influenciando a baixa rentabilidade dos europeus.

“É uma cadeia que afeta não somente os consumidores. Repito, as pessoas tendem a perder o poder de compra. Com isso, quem cobrar caro, seja que produto for, corre um risco também: o de ficar sem vender”, relembrou.

Sobre Joaquim Moreira

Joaquim Moreira é um contador e consultor português com atuação em Portugal.