Município do Rio não registra morte por covid-19 em 24h

O Mirante Dona Marta é um dos pontos turísticos mais interessantes do Rio

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro divulgou em nota neste domingo (21) que pela primeira vez, desde o início da pandemia, a cidade não registrou nenhuma morte por complicações decorrentes da covid-19 em 24h.

A nota ainda informa que, hoje a capital atingiu a marca de 12 milhões de pessoas vacinadas.

Ontem (20) a secretaria já havia divulgado que o município tinha apenas 30 pessoas internadas com covid-19 na rede pública (municipal, estadual, federal e outros leitos do Sistema Único de Saúde), índice o mais baixo desde a quarta semana de março de 2020, ou seja, a segunda semana de medidas de isolamento adotadas em relação à pandemia na cidade.

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro divulgou em nota neste domingo (21) que pela primeira vez, desde o início da pandemia, a cidade não registrou nenhuma morte por complicações decorrentes da covid-19 em 24h.

A nota ainda informa que, hoje a capital atingiu a marca de 12 milhões de pessoas vacinadas.

Ontem (20) a secretaria já havia divulgado que o município tinha apenas 30 pessoas internadas com covid-19 na rede pública (municipal, estadual, federal e outros leitos do Sistema Único de Saúde), índice o mais baixo desde a quarta semana de março de 2020, ou seja, a segunda semana de medidas de isolamento adotadas em relação à pandemia na cidade.

Covid-19: Brasil tem 5.126 casos e 27 mortes em 24h

Uso de máscaras é flexibilizado ao ar livre a partir desta quarta-feira (03) no Distrito Federal.

As secretarias municipais e estaduais de Saúde registraram, em 24 horas, 5.126 casos de covid-19 e 72 mortes resultantes de complicações associadas à doença. Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada neste domingo (21).

Com isso, o número de vidas perdidas para a pandemia chegou a 612.659. Ainda há 2.857 mortes em investigação, situação ocorre pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação sobre a causa demanda exames e procedimentos posteriores.

Com os novos casos registrados, o número de pessoas que contraíram covid-19 até hoje chegou a 22.017.276. Estão em acompanhamento 182.585 casos de pessoas que tiveram o quadro de covid-19 confirmado. Até esta domingo, 21.222.032 pessoas já se recuperaram da covid-19.

Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras e nos dias seguintes aos feriados por causa da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral, há mais registros diários pela atualização do acúmulo de dados.

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, o estado com mais mortes por covid-19, até o momento, é São Paulo (153.472), seguido por Rio de Janeiro (68.837), Minas Gerais (56.042), Paraná (40.750) e Rio Grande do Sul (35.943).

Os estados com menos óbitos resultantes da doença são Acre (1.845), Amapá (1.996), Roraima (2.042), Tocantins (3.908) e Sergipe (6.040).

Boletim epidemiológico 21.11.2021
Boletim epidemiológico 21.11.2021 – Ministério da Saúde

Vacinação

Até o início da noite de hoje, o sistema do Ministério da Saúde marcava a aplicação de 297,96 milhões de doses no Brasil, sendo 157,3 milhões da primeira dose e 128,4 milhões da segunda e da dose única. Foram aplicados 11,5 milhões de doses de reforço.

Primeiro dia de provas do Enem 2021 tem 26% de abstenção

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, faz balanço do primeiro dia de provas do ENEM 2021

O primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 digital e impresso teve 26% de abstenção. Do total de 3,1 milhões de candidatos inscritos, cerca de 2,3 milhões compareceram às provas de hoje (21), em mais de 1,7 mil municípios. Os números foram divulgados nesta noite pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Considerando apenas o Enem impresso, que concentra a maior parte das inscrições, 3.040.907, as faltas chegaram a 25,5%. O estado com a maior porcentagem de faltas foi o Amazonas, com 40,6%. No Enem digital, 46,1% dos 68.893 inscritos não compareceram ao exame.

“Acredito que o Enem foi um sucesso”, avaliou o ministro da Educação, Milton Ribeiro, em coletiva de imprensa. Segundo ele, mesmo com número reduzido de inscritos, menor que edições anteriores, a porcentagem de faltas, ainda em período de pandemia, foi baixa e se equipara aos índices de abstenção observados antes da pandemia. “Isso demonstra que, mesmo em pandemia, tivemos uma boa assiduidade”, complementou o presidente do Inep, Danilo Dupas.

Na edição de 2020, aplicada em janeiro deste ano, o primeiro dia do Enem impresso registrou a abstenção recorde de 51,5%. Já no primeiro dia do Enem digital 2020, 68,1% dos 93 mil candidatos inscritos faltaram às provas.

No primeiro dia do Enem 2021, os estudantes fizeram as provas de redação, linguagens e ciências humanas. O exame segue no próximo domingo (28), quando serão aplicadas as provas de matemática e ciências da natureza.

Segundo o Inep, os dados apresentados são preliminares. Ainda não há um balanço de quantos estudantes tiveram intercorrências de aplicação, como falta de luz. Esses estudantes terão direito a reaplicação da prova, que será nos dias 9 e 16 de janeiro de 2022. O período para pedir a reaplicação é de 29 de novembro a 3 de dezembro.

Os dados da segurança também foram apresentados na pandemia. Segundo a Polícia Federal, foram cumpridos 27 mandados de prisão. Todos de pessoas que já eram procuradas pela polícia por crimes como tráfico de drogas e estupro de vulnerável, e que fizeram inscrição no exame. Não houve intercorrências nas provas.

Interferência
Na coletiva, Ribeiro voltou a afirmar que não houve interferência no Enem por parte da atual gestão. “Acho que os senhores que tiveram acesso a perguntas que foram feitas, puderam notar que eventualmente segue o mesmo padrão”, disse. E acrescentou: “Se tivesse interferência, poderia ser que algumas perguntas nem estivessem ali”.

O Enem ocorre em meio a uma série de polêmicas envolvendo a atual gestão do Inep. Na última sexta-feira (19), às vésperas do exame, a Associação dos Servidores do Inep (Assinep) coletou, organizou e compilou as principais situações enfrentadas pelos funcionários da autarquia, que segundo a organização indicam assédio institucional. Neste mês, 37 servidores pediram exoneração de seus cargos, entre eles estão pessoas ligadas ao Enem. O documento foi entregue a uma série de órgãos e instituições, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União. O TCU negou o afastamento do presidente da instituição, Danilo Dupas.

Enem 2021
O Enem seleciona estudantes para vagas do ensino superior públicas, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), e serve de parâmetro para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Inep.

A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) exibe a correção ao vivo das provas no programa Caiu no Enem, que vai ao ar nos dois dias de Enem, das 19h30 às 21h. No programa especial da TV Brasil, que também é transmitido pela Agência Brasil e Rádio Nacional. Mais informações sobre a cobertura do Enem estão disponíveis aqui.

Para testar os conhecimentos, os estudantes podem acessar gratuitamente o Questões Enem, um banco que reúne todas as questões do Enem de 2009 a 2020. No sistema, é possível escolher quais áreas do conhecimento se quer estudar. O banco seleciona as questões de maneira aleatória.

Ensino remoto dificultou preparação, diz estudante ao chegar para Enem

Exame Nacional do Ensino Médio,Enem

As amigas e colegas de turma, Geovanna Rodrigues, 18 anos, e Fernanda de Paula, com a mesma idade, chegaram cedo à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), um dos locais do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mais movimentados da capital fluminense.

“Chegamos cedo para prevenir, com medo de atrasar. É melhor esperar aqui do que em casa” disse Fernanda, que considera estar fazendo a prova como um teste, mas pretende cursar psicologia se conseguir uma vaga no ano que vem.

Geovanna conta que a pandemia dificultou sua preparação para o Enem, porque diz acreditar que o ensino remoto teve muitos trabalhos e pouco aprendizado.

“Tentei fazer cursinho, e não consegui equilibrar com a escola”, lamenta ela, que está em dúvida entre os cursos de medicina veterinária e letras.

Estudante de um colégio particular tradicional do Rio de Janeiro, José Carlos Pereira Junior, 16 anos, também acha que o ensino remoto atrapalhou sua formação e fez com que aprendesse menos. Por outro lado, ele lembra que a escola contava com conteúdo específico para o Enem. “Na minha escola, a gente já tem preparações para a prova, como aula de redação e como manusear o tempo, então essa questão vai ser mais tranquila. Mas em relação ao conteúdo, que é bem abrangente, vai ser mais complicado”, diz ele, que quer entrar no nível superior na área de tecnologia.

Nathan Habib, de 17 anos, chegou à prova sem se decidir entre cursar turismo ou jornalismo. Ele conta que chegou a fazer o Enem anteriormente para se preparar, e afirma que a prova requer também um preparo psicológico. “É uma prova longa, com muita conta e texto. Eu fiz e terminei antes do horário previsto, mas cansa. É uma maratona”, afirma ele, que também relata problemas com o ensino remoto.

“Todo mundo achou que seria bom estudar de casa, mas não foi bem assim. Muitas vezes, as aulas travavam, a internet ficava ruim”.

Quem estava na terceira tentativa era a pensionista Maria do Socorro de Carvalho, que nasceu no Ceará, se mudou para o Rio e quer cursar administração para realizar um sonho antigo.

“Não é tanto para procurar um emprego”, diz ela, que costuma ouvir questionamentos do porquê quer estudar. “Graças a Deus que não preciso mais trabalhar. Mas eu vou realizar um sonho de ter conhecimento, e quando uma pessoa me pedir uma ajuda eu vou poder ajudar”.

Bem humorada, a única resposta que dona Maria do Socorro não quis revelar foi sua idade. “Não é tão interessante a idade. O importante é a força de vontade”.

Um grupo de jovens também foi à porta da Uerj com um cartaz em protesto em defesa do Enem e da educação. “Pelo direito de estudar. Contra a censura e o desmonte do Enem”, dizia o texto, assinado pelo coletivo Juntos.

Militares do Sudão reintegram primeiro-ministro após acordo

Abdalla Hamdok, primeiro-ministro do Sudão

Os militares do Sudão reintegraram o primeiro-ministro Abdalla Hamdok neste domingo (21) e anunciaram a libertação de todos os presos políticos após semanas de protestos mortais desencadeados por um golpe.

Sob um acordo assinado com o líder militar General Abdel Fattah al-Burhan, Hamdok vai liderar um governo civil de tecnocratas por um período de transição.

As forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes que se aproximavam do palácio presidencial antes do anúncio do acordo.

Pouco depois de o pacto ser assinado, alguns começaram a gritar que “Hamdok vendeu a revolução”.

Hamdok disse que concordou com o acordo para impedir o derramamento de sangue.

“O sangue sudanês é precioso, vamos parar o derramamento de sangue e direcionar a energia da juventude para a construção e o desenvolvimento”, disse ele.

Mas a coalizão civil que dividia o poder com os militares disse anteriormente que se opunha a qualquer negociação com os “golpistas” e pediu que os protestos continuassem neste domingo.

Vários dos comitês de resistência que vêm organizando protestos também emitiram declarações rejeitando qualquer acordo com os militares.

Hamdok foi colocado em prisão domiciliar quando os militares tomaram o poder, em 25 de outubro, atrapalhando uma transição para a democracia acordada após a derrubada de Omar al-Bashir em 2019, que encerrou suas três décadas de governo autocrático.

Os militares dissolveram o gabinete de Hamdok e detiveram vários civis que ocupavam cargos importantes no acordo de divisão de poder definido com os militares depois que Bashir foi deposto.

O golpe desencadeou manifestações em massa contra militares, e médicos alinhados com o movimento de protesto dizem que as forças de segurança já mataram 40 civis em repressões cada vez mais violentas.

Dia de clássico: Corinthians e Santos duelam por vaga na Libertadores

Santos empata em 0 a 0 com Corinthians pelo Brasileiro em 08/08/2021 - Vila Belmiro

O clássico entre os dois principais clubes alvinegros do futebol paulista movimenta a 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. Neste domingo (21), Corinthians e Santos se enfrentam às 16h (horário de Brasília), na Neo Química Arena, em São Paulo, com transmissão ao vivo da Rádio Nacional. A jornada esportiva terá início às 15h30, com narração de André Marques, comentários de Waldir Luiz, reportagem de Rafael Monteiro e plantão de notícias com Wagner Gomes.

O Timão iniciou a rodada na quinta posição, com 50 pontos, podendo entrar no G4 em caso de vitória no clássico. O Peixe começou o fim de semana em 11º lugar, com 42 pontos, seis a mais que o Bahia, 17º e primeiro time no Z4. Um triunfo praticamente zera as chances de rebaixamento do Alvinegro Praiano e o coloca de vez na briga por um lugar na próxima Libertadores.

A Neo Química Arena é um trunfo para o Corinthians, que tem 100% de aproveitamento em casa desde o retorno do público aos estádios. São cinco vitórias em cinco jogos. A campanha irregular na competição nacional, porém, passa pelo desempenho longe de São Paulo. O Timão não ganha como visitante há sete rodadas. Na última quarta-feira (17), a equipe foi derrotada pelos reservas do Flamengo, no Maracanã, por 1 a 0.

“É um time que vai se moldando durante um campeonato difícil, complicado. Temos uma posição na tabela muito boa, haja vista as dificuldades e os resultados que temos visto nos últimos jogos. Creio que faz bastante tempo que não estávamos em uma posição como essa, em condições de buscar nossa vaga direta na Libertadores dependendo somente dos nossos esforços”, afirmou o técnico Sylvinho, em entrevista coletiva após a partida no Rio de Janeiro.

 

O meia Giuliano, que sentiu um incômodo muscular no posterior da coxa direita no jogo da última quarta, é dúvida. O volante colombiano Victor Cantillo, que voltou dos duelos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo com a mesma lesão do companheiro, também tem presença incerta. Há a expectativa, porém, de que o atacante William, recuperado de uma contusão na coxa esquerda e que não atua há sete rodadas, esteja à disposição.

A provável escalação do Corinthians terá: Cássio, Fagner, João Victor, Gil e Fábio Santos; Gabriel (Victor Cantillo), Giuliano (Du Queiroz) e Renato Augusto; Gabriel Pereira (Gustavo Mosquito), Roger Guedes e Jô.

O Santos, por sua vez, está em ascensão no Brasileiro, com quatro vitórias nos últimos seis jogos. Foram 13 pontos somados em 18 possíveis, um aproveitamento acima de 72%. Resultados que distanciaram a equipe do Z4 e a colocaram em condições de sonhar com Libertadores. A fraca atuação diante da lanterna Chapecoense, apesar do triunfo por 2 a 0, na Vila Belmiro, também na quarta passada, manteve os pés do técnico Fábio Carille no chão.

“[42 pontos] É um número importante, mas ainda não definitivo. Estamos dando uma arrancada em um momento importante. [Temos] Uma porcentagem [de aproveitamento] muito boa para o momento decisivo da competição. Mas sei que falta mais. Fomos contratados para essa situação [livrar o Santos do rebaixamento], estávamos cientes, encaramos e estamos felizes com o que está acontecendo, mas sabemos que precisamos de mais”, alertou o treinador, também em entrevista coletiva, após o jogo no litoral paulista.

O atacante Marinho, substituído na vitória sobre a Chapecoense por conta de uma lesão na coxa esquerda, está fora da partida. Ele deve ser substituído por Lucas Braga, que se recuperou de uma contusão no mesmo local. O zagueiro Kaiky, por sua vez, cumpriu suspensão diante dos catarinenses e retorna à equipe.

O Peixe deve atuar neste domingo com: João Paulo, Kaiky, Luiz Felipe e Danilo Boza; Madson, Camacho, Vinicius Zanocelo, Felipe Jonatan e Marcos Guilherme; Lucas Braga e Diego Tardelli.

Chilenos vão às urnas após impeachment de Piñera ser rejeitado

Polling station ahead of the upcoming presidential election in Santiago

O Chile vive um capítulo turbulento de sua história política. A população se prepara para ir às urnas neste domingo (21) para escolher um sucessor, entre sete candidatos, do atual presidente Sebastián Piñera, que escapou de um impeachment, na semana passada. Os dois mais votados irão ao segundo turno, marcado para 19 de dezembro.

Com base em informações reveladas pelo Panama Papers, Piñera era acusado de irregularidades na venda de um projeto de mineração em um negócio concretizado nas Ilhas Virgens Britânicas. Embora os deputados tenham aprovado o impeachment, o processo foi freado no Senado na última terça-feira (16). A rejeição se deu apesar dos 24 votos favoráveis da oposição: eram necessários 29, ou seja, dois terços dos 43 senadores.

Paralelamente à discussão do impeachment, o Chile se prepara para a sucessão de Piñera, já que seu mandato chegará ao fim em março de 2022. As últimas pesquisas de intenção de voto apontam o ultraconservador José Antonio Kast e o jovem progressista Gabriel Boric como possíveis adversários no segundo turno.

“São candidatos que vêm por fora do sistema tradicional. São novos partidos e novos movimentos que vêm desafiar o sistema tradicional”, ponderou Juan Pablo Luna, cientista político da Pontifícia Universidade Católica do Chile, durante debate online organizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) na última quarta-feira (17).

Ele antecipa um debate polarizado, mas avalia que ainda é cedo para dizer se a sociedade está polarizada. “Não sabemos quanto dessa polarização realmente mobiliza a sociedade ou quanto aliena a sociedade”.

Os levantamentos mais recentes foram divulgados há cerca de duas semanas pelos institutos Pulso Ciudadano, Plaza Pública, Panel Ciudadano e Criteria. Kast variava entre 21% e 25% das intenções de voto e Boric ficou entre 17% e 25% de preferência do eleitorado. Nenhum dos demais candidatos superava 11% nas diferentes pesquisas.

Se houve alguma mudança de cenário nas últimas duas semanas, elas não serão captadas: a lei chilena proíbe divulgar levantamentos de intenção de voto nos 15 dias que antecedem o pleito.

Para o cientista político Mauricio Santoro, professor do curso de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), trata-se de um processo eleitoral muito volátil que já apresentou algumas reviravoltas. Apesar disso, ele avalia que dificilmente haverá surpresas sobre quem irá ao segundo turno. “Os dois candidatos representam, cada um deles à sua maneira, uma rejeição muito forte do eleitorado à política tradicional. O eleitor está buscando uma alternativa, seja na direita radical, seja em uma nova esquerda”, afirma.

Os últimos levantamentos também indicavam mais de 20% de eleitores indecisos. O voto no Chile não é obrigatório. Santoro avalia que uma baixa participação eleitoral pode beneficiar Kast. “Quando há uma abstenção grande, a tendência é que aquele eleitor mais comprometido, que às vezes é o mais radicalizado, exerça mais influência. Ele pode causar um efeito desproporcional no resultado”.

Em qualquer cenário, os chilenos terão um novo nome no comando do país após mais de uma década e meia. Nos últimos 16 anos, houve apenas dois presidentes diante da alternância entre o governo de centro-esquerda de Michele Bachelet e de centro-direita de Sebastián Piñera. Para Santoro, foi um período sem nenhum grau de radicalização política. Mas ele considera que esse Chile, onde o governo transitava da esquerda moderada para a direita moderada e as preferências partidárias eram mais estáveis, ficou no passado.

Kast, um advogado de 55 anos que não esconde a simpatia pelo regime autoritário conduzido entre 1973 e 1990 pelo general Augusto Pinochet, é o nome do Partido Republicano. Sua campanha também tem sido comparada às realizadas por Donald Trump e por Jair Bolsonaro: ele já fez elogios públicos a ambos. Em alguns aspectos, Santoro o vê mais próximo do ex-presidente dos Estados Unidos. “Ele está incorporando alguns temas que foram secundários no Brasil como a questão da imigração”.

Por sua vez, a candidatura do atual deputado Gabriel Boric é apresentada pela Apruebo Dignidad, uma aliança entre a Frente Ampla e o Partido Comunista do Chile. Aos 35 anos, idade mínima para ser presidente do país, ele projetou sua carreira política a partir do movimento estudantil que ganhou força nas últimas duas décadas levantando a bandeira do acesso à educação.

A articulação de sua candidatura se desenhou como continuidade das mobilizações para a implantação da Convenção Constituinte, que está se dedicando a elaborar uma nova Constituição para substituir a anterior de 1980, criada em meio ao governo ditatorial de Pinochet. A redação da nova carta magna do Chile deverá ser concluída até outubro de 2022, quando será submetida a uma consulta popular.

Plebiscito

A Convenção Constituinte foi instaurada por decisão de um plebiscito convocado por Piñera diante da pressão popular em meio a protestos em 2019: as pautas presentes nos atos incluíam pleitos variados associados a direitos sociais, liberdades individuais e questões de gênero. As profundas diferenças entre os dois candidatos que se projetam para o segundo turno já era evidente nessa época: enquanto Boric se somou às manifestações, Kast era uma das vozes contrárias ao plebiscito.

Mauricio Santoro falou sobre a importância das eleições chilenas e da Convenção Constituinte para a América Latina. “O Chile foi considerado, durante muitos anos, um exemplo de estabilidade para a região. E essa percepção não mais existe, pelo menos desde os grandes protestos que ocorreram em 2019 e toda essa mobilização que está resultando na Convenção Constituinte”, avalia.

Nos últimos meses, foram registrados alguns conflitos entre a população ligados à tensão eleitoral, em decorrência de posicionamentos radicais em torno de alguns temas, como a imigração. Kast chegou a propor a criação de valas na fronteira para evitar a entrada de estrangeiros. No final de setembro, cenas de chilenos queimando pertences de venezuelanos durante um protesto anti-imigração na cidade de Iquiqui tiveram ampla repercussão no noticiário.

Demais candidatos

Além de Boric e Kast, disputam a presidência outros cinco candidatos. Com apoio de Piñera, o governista Sebastián Sichel tenta se mostrar como representante de uma direita disposta ao diálogo. No campo da esquerda e da centro-esquerda, também participam do pleito o progressista Marco Enríquez Ominami e a democrata-cristã Yasna Provoste, além de Eduardo Artés, dirigente do Partido Comunista Chileno Ação Proletária, uma dissidência do Partido Comunista do Chile.

O sétimo candidato é Franco Parisi, que realizou toda a sua campanha pela internet a partir dos Estados Unidos, o que tem gerado críticas dos demais concorrentes. Sua ausência do país coincide com uma ação judicial pelo não pagamento de pensão alimentar a dois filhos. Existe uma ordem para que seja impedido de sair do país, o que lhe traria problemas caso decidisse viajar ao Chile. Na semana passada, o candidato anunciou que está com covid-19 e, devido à quarentena, ficará nos Estados Unidos no dia das eleições.

Também devido à doença, a reta final das campanhas contou com uma trégua imprevista no início desse mês. O teste positivo de Boric para covid-19 colocou os demais candidatos, à exceção de Parisi, em um confinamento de sete dias. Eles haviam participado de um debate presencial um dia antes do aparecimento dos sintomas.

Mega-Sena: prêmio de R$ 39,6 milhões saiu para a cidade de Uberlândia

Bilhetes de aposta da mega-sena.

Uma aposta realizada na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, acertou as seis dezenas do concurso 2.430 da Mega-Sena e vai pagar ao ganhador o prêmio de R$ 39.690.444,50.

As seis dezenas foram sorteadas na noite desse sábado (20), no espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

As dezenas sorteadas são as seguintes: 19 – 26 – 39 – 45 – 46 – 56

A quina registrou 37 apostas ganhadoras; cada uma vai pagar R$ 96.493,78. A quadra teve 4.109 apostas vencedoras e pagará a cada um dos ganhadores um prêmio de R$ 1.241,27.

O concurso 2.431 será realizado na próxima quarta-feira (24). O prêmio estimado pela Caixa é R$ 3 milhões.

Covid-19: vacina doada pelos Estados Unidos chegou hoje ao Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou hoje (21) a chegada de 2,1 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Os imunizantes da AstraZeneca foram doados pelo Estados Unidos e entregues nesta manhã no Aeroporto de Viracopos, em Campinas.

Pelas redes sociais, o ministro agradeceu o governo norte-americano pela parceria, resultado de acordo bilateral para o combate ao coronavírus.

“Chegaram agora pela manhã mais de 2 milhões de doses de vacina covid-19 doadas pelos Estados Unidos. Agradeço pela parceria. Juntos, vamos vencer esta pandemia!”, publicou Queiroga.

Em nota, a Embaixada dos Estados Unidos declarou que a doação representa mais um exemplo da vitalidade das relações entre os dois países.

“Os EUA têm estado ao lado do Brasil desde o início da pandemia. Para além das vacinas e outros medicamentos, o governo norte-americano já contribuiu com R$ 110 milhões em assistência direta, o setor privado dos EUA com mais de R$ 412 milhões. Os EUA também doaram mil ventiladores pulmonares, equipamentos de proteção, ofereceram cooperação técnica e muitos outros tipos de assistência ao Brasil”, diz a nota.

Prova amadora do Tour de France chega ao Rio de Janeiro pela 1ª vez

L'Etape, ciclismo

A cidade do Rio de Janeiro recebe neste domingo (21), pela primeira vez, uma prova do L’Etape Brasil, disputa amadora de ciclismo de estrada chancelada pelo Tour de France, maior evento da modalidade no mundo. A largada será às 5h (horário de Brasília), da Marina da Glória, no Aterro do Flamengo, zona sul da capital.

A prova, denominada L’Etape Rio, seria inicialmente em junho deste ano, mas foi adiada em abril devido ao elevado número de casos do novo coronavírus (covid-19) no estado do Rio de Janeiro e no país. A outra edição brasileira do L’Etape, realizada desde 2015 no interior paulista (inicialmente na cidade de Cunha) e que a partir de 2018 passou a ser em Campos do Jordão (SP), ocorreu no último dia 26 de setembro. No masculino, a vitória foi de Pipo Garneiro. No feminino, Adriele Mendes foi a campeã.

Cerca de 1,8 mil ciclistas se inscreveram, entre brasileiros e estrangeiros. O trajeto tem 102 quilômetros de extensão e pouco mais de mil metros de altimetria acumulada. Segundo o organizador do evento, o velejador e medalhista olímpico Bruno Prada, a prova carioca é diferente da realizada no interior paulista, onde o percurso tem 107 quilômetros e a altimetria é de 2,33 mil metros.

“A primeira parte é plana, depois há um estímulo de montanha, subida da Vista Chinesa e da Mesa [do Imperador], a descida até [o Mirante de] Canoas, a volta… Estrategicamente, a prova muda muito, não dá para um atleta escapar sozinho, porque com certeza o grupo perseguidor vai alcançá-lo, então teriam que ser quatro ou cinco atletas escapando. É uma prova mais de velocidade, menos cadência de montanha, mas não deixa de ser atrativa”, afirmou Prada à Agência Brasil.

Depois da largada, os competidores seguem pelo Parque do Aterro e pegam a Avenida Atlântica, passando pela orla das praias de Copacabana, Ipanema e Leblon. Após quase 16 quilômetros sem elevação até o Jardim Botânico, têm início os trechos de subida, a partir da estrada Dona Castorina. Paralelo à prova dos 106 quilômetros, há a disputa do percurso curto, onde os ciclistas encaram 46 quilômetros de estrada e 450 metros de altimetria.

“O percurso foi pensado levando em conta os principais cartões-postais da cidade, como o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, que estão [visíveis] logo na largada, o Aterro do Flamengo, depois passando por praias icônicas e subindo a Floresta da Tijuca. A ideia foi trazer praia, plano, montanha e floresta e mostrar o que o Rio de Janeiro tem de melhor”, explicou o organizador.

Considerado o mascote do Tour de France, o alemão Dietmar Senft, o Didi, estará presente na prova carioca. Fantasiado como diabo, com direito a um tridente, o ex-atleta amador de 67 anos acompanha as disputas profissionais do Tour desde 1993 e se tornou um ícone do evento, aparecendo para incentivar os ciclistas. Em 2019 ele compareceu à edição de Campos do Jordão.