MDR assina parceria com governo dos EUA para projetos de infraestrutura

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos assinaram, nesta segunda-feira (10), um memorando de entendimento que possibilitará assistência técnica bilateral nas áreas de segurança hídrica, irrigação, recuperação e reabilitação de bacias hidrográficas, saneamento, habitação e iluminação pública. O objetivo é identificar as melhores práticas internacionais em modelagem de projetos de infraestrutura nessas áreas, com vistas a potencializar a atração de investimentos estrangeiros para projetos coordenados pela Pasta.

De acordo com o memorando de entendimento, o governo norte-americano disponibilizará, sem custos para o lado brasileiro, um consultor especializado, que trabalhará diretamente com a área técnica do MDR para identificar as principais demandas e gargalos no que diz respeito à atração de recursos privados para as obras do ministério. O plano de trabalho deve ser apresentado em até 60 dias.

Durante a assinatura, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, ressaltou a importância da parceria com o governo dos Estados Unidos. “Queremos aproveitar a expertise que o Tesouro Americano tem em todos os projetos de colaboração”, afirmou.

O embaixador dos EUA no Brasil, Todd Chapman, por sua vez, ressaltou que o compromisso do seu país com a relação bilateral se expressa ao trazer, ao Brasil, um assessor com a missão de identificar instrumentos para dinamizar a atração de investimentos privados. “É um prazer aumentar a parceria com o ministério. Infraestrutura e recursos hídricos são uma questão muito importante para a população brasileira”, destacou.

Por videoconferência, também participaram do evento o secretário interino do Departamento de Tesouro dos Estados Unidos, Larry Mcdonald; o consultor sênior do Departamento de Tesouro americano, Marshall Crawford, e a assessora do Departamento de Tesouro, Cara Bidwell. Pelo MDR, esteve presente a chefe da assessoria internacional, Carla Barroso.

MDR lança primeiro módulo de capacitação a distância em proteção e defesa civil

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) acaba de lançar o primeiro módulo do curso de capacitação a distância em proteção e defesa civil. Nesta etapa, com duração de 30 horas, será feito um panorama geral da política de proteção e defesa civil no País, com foco nos principais conceitos ligados ao tema.

Os cursos fazem parte do Plano Nacional de Capacitação Continuada da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) do MDR para os anos 2019 a 2023 e têm como público-alvo agentes de proteção e defesa civil dos estados e municípios brasileiros e pessoas com interesse em aprender sobre gestão de risco e desastres. As aulas foram desenvolvidas em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas em Engenharia e Defesa Civil da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Além desse curso introdutório, outros três módulos serão disponibilizados no decorrer do ano. O próximo terá como foco a atuação dos servidores em âmbito municipal. Serão abordados o funcionamento de um órgão de Proteção e Defesa Civil, os requisitos para formulação e implementação, incluindo legislação, monitoramento e alertas e a importância dos planos de contingência para cada localidade. Os outros dois terão como tema gestão de riscos e gestão de desastres, com foco na realidade das cinco regiões do País, respeitando as características de cada município.

Em todos os módulos, as aulas utilizarão animações e partirão da história de um município fictício, chamado Brasilis. Todas as etapas trazem debates sobre os conceitos abordados em cada curso. Além disso, os alunos poderão interagir com a plataforma de ensino, que é totalmente moderna e intuitiva. Os cursos trarão, ainda, vídeos de especialistas sobre temas variados.

O secretário executivo de Defesa Civil de Pernambuco, coronel Lamartine Barbosa, destaca a importância desse tipo de capacitação. “Elas promovem, de forma interativa, o repensar do conhecimento adquirido e habilidades já desenvolvidas pelos técnicos da defesa civil. Além disso, facilitam a interlocução entre estados e municípios, unificando o discurso de todos os envolvidos”, afirma. “As reciclagens e a comunicação intermunicipal favorecem a atuação na hora do desastre. Elas permitem que as equipes atuem rapidamente e tragam boas soluções de apoio às famílias que ocupam as áreas afetadas”, completa.

Outras capacitações

A coordenadora de Fortalecimento e Capacitação da Sedec, Lidiane Souza, ressalta que o MDR tem disponíveis outros cursos na área de proteção e defesa civil. “Também estamos com capacitação em ensino a distância para o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), que é a ferramenta oficial para solicitar o reconhecimento federal de situação de emergência ou estado de calamidade pública e recursos para as ações de resposta, restabelecimento de serviços essenciais e obras de reconstrução”, informa. Essa capacitação é voltada para todos os usuários do S2iD nos âmbitos federal, estadual e municipal.

Todas as formações oferecidas pela Sedec para os agentes de proteção e defesa civil estão disponíveis na página de capacitações e boas práticas do MDR. Clique neste link para acessar.

Pernambuco recebe nova remessa da vacina da Pfizer contra a Covid-19

O segundo lote de vacinas da Pfizer/BioNTech foi recebido por Pernambuco às 20h45 desta segunda-feira (10.05). As 46.800 doses chegaram ao Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre em sete caixas térmicas, e foram levadas para acondicionamento no Programa Estadual de Imunização (PNI-PE), onde ficarão disponíveis para os municípios de Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Recife. A orientação é que o imunizante seja aplicado nas pessoas com comorbidades, incluindo grávidas e puérperas (até 45 dias após o parto).

“Recebemos, esta noite, o segundo lote de vacinas da Pfizer/BioNTech. O primeiro lote, com 17.550 doses, chegou na segunda-feira passada (03.05). Isso aumenta nossa esperança de atender cada vez mais pernambucanas e pernambucanos. Sabemos que ainda há um grande contingente de pessoas a serem vacinadas, e permanecemos empenhados em garantir que novas remessas cheguem o mais rápido possível ao Estado”, afirmou o governador Paulo Câmara.

O imunizante da Pfizer/BioNTech está sendo armazenado no Programa Estadual de Imunização em freezers específicos, que o mantém na temperatura correta, entre -25°C e -15°C, podendo permanecer assim por até duas semanas. Ao ser entregue às cidades, a vacina deve ser guardada em temperatura entre 2° C e 8° C, mas somente por, no máximo, cinco dias. Após aberto o frasco, o prazo para utilização de todo o conteúdo, com seis doses, é de seis horas. Lembrando que, por orientação do Ministério da Saúde, a segunda dose deve ser feita três meses após a primeira.

“Pelas especificações técnicas desse fabricante, vamos manter as doses entre as cidades de Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Recife, conforme pactuado anteriormente com o Governo Federal, Estado e municípios. O Programa Estadual de Imunização tem feito a guarda das vacinas e, sempre que solicitado, repassa ao ente municipal, além de reforçar a importância do planejamento para uso correto e dentro do prazo preconizado de todas as doses disponibilizadas”, explicou o secretário estadual de Saúde, André Longo. “Amanhã, no início da manhã, vamos começar a distribuição para que os municípios consigam utilizar as doses imediatamente”, detalhou a superintendente de Imunizações da Secretaria Estadual de Saúde, Ana Catarina.

Com mais essa remessa, Pernambuco soma 3.182.580 vacinas contra a Covid-19, sendo 1.830.160 da Coronavac/Butantan, 1.288.070 da Astrazeneca/Fiocruz e 64.350 da Pfizer/BioNTech. Já estão sendo imunizados nesta campanha todos os idosos a partir dos 60 anos, idosos e pessoas com deficiência abrigados em instituições, população indígena aldeada, povos e comunidades quilombolas tradicionais, trabalhadores de saúde, trabalhadores de forças de segurança e salvamento, pessoas com comorbidades, incluindo gestantes e puérperas, e pessoas com deficiência permanente cadastradas no BPC.a

Covid-29: Robô Aurora inicia testes de usabilidade em hospital de PE

O robô Aurora, desenvolvido por pesquisadores brasileiros para desinfetar ambientes e eliminar micro organismos, como o novo coronavírus, tem uma unidade em testes avançados no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde já foi comprovada sua eficácia contra micro-organismos, matando vírus, fungos e bactérias. O espectro do robô é bem amplo e não se limita ao novo coronavírus. Ele utiliza radiação para desinfetar os ambientes e inteligência artificial para locomoção. Agora, ele precisa passar pelo teste de usabilidade, isto é, ser incluído na rotina do hospital, disse à Agência Brasil o pesquisador Leandro Almeida, do Centro de Informática (CI), da UFPE.

No teste de usabilidade, previsto para realização até o final deste mês, os pesquisadores querem saber o uso do Aurora, qual a sensação que ele desperta nas pessoas, se ele se desloca bem no ambiente hospitalar, em que horários ele pode ser utilizado dentro da dinâmica do hospital. “Isso tudo se refere ao uso do dispositivo”.

Dez unidades do robô serão entregues este mês à universidade. “A ideia é que sejam usados pela própria UFPE, a princípio no Hospital das Clínicas, mas em outras instalações, como odontologia, laboratórios de análise. Vai ficar a cargo da universidade esse planejamento de alocação das unidades”, informou Almeida. A ferramenta poderá ser usada também em outros locais que necessitem de desinfecção periódica.

Industrialização

O pesquisador do CI/UFPE afirmou que os criadores do Aurora buscam agora parcerias para a produção industrial de mais unidades do robô, porque a universidade não tem planta industrial para fabricar o dispositivo. “A gente quer tirar essa solução de dentro da universidade e levar para a sociedade. Para isso, a gente precisa de parcerias para poder investir, construir planta para a fabricação, ou encontrar alguém que já tenha esse know-how (experiência) para a gente conversar e alinhar o desenvolvimento de mais unidades e levar isso para fora, para a sociedade em geral”.

Também este mês está sendo depositado o pedido de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Essa etapa é fundamental para dar seguimento ao projeto. Leandro Almeida informou que os pesquisadores já têm conversado com algumas indústrias e “a receptividade é boa. Tem empresas interessadas em desenvolver e a gente está avançando nessas negociações. Não existe nada garantido que vai dar certo, mas a gente tem que conversar. Estamos abertos para mais parcerias também”.

Radiação ultravioleta

Robô Aurora
Pesquisador diz que protocolo de utilização tem que ser rigorosamente seguido. O robô usa radiação ultravioleta na Banda C

O projeto do robô Aurora é desenvolvido por três instituições públicas: Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), campus Recife; a UFPE; e o Centro Regional de Ciências Nucleares do Nordeste. Almeida explicou que o robô usa radiação ultravioleta na Banda C, que tem poder germicida, mas pode ser prejudicial às pessoas.

“O que a gente está propondo com essa unidade é popularizar essa tecnologia, que já era utilizada em hospitais e centros de pesquisa. A gente quer popularizar a tecnologia, de tal modo que ela seja acessível e com segurança em outros ambientes. A gente desenvolve um dispositivo para o robô, mas também cria um protocolo de utilização desse robô, que precisa ser rigorosamente seguido. Com produtos químicos, a gente tem que tomar cuidado com todo mundo”. Cuidado ainda maior tem que ser tomado em relação ao Aurora, para que ele não seja agressivo às pessoas.

Quando o robô estiver em atividade, não pode ter ninguém no ambiente. O operador evacua o ambiente para que ele possa ser utilizado e se protege atrás de alguma barreira, que pode ser uma parede, um vidro simples. “Ele vai estar protegido. Mas é preciso seguir esse protocolo”, advertiu Leandro Almeida.

O funcionamento do robô Aurora é realizado por intermédio de um operador que utiliza uma Interface Homem Máquina para definir o caminho a ser percorrido pelo robô durante a desinfecção. Ao finalizar esse procedimento, o trajeto fica gravado na memória do robô para que o operador possa se retirar do ambiente e dar início ao processo de varredura. O equipamento possui segurança para os usuários, uma vez que seu funcionamento é realizado sem a presença das pessoas no ambiente, reiterou a UFPE, por meio de sua assessoria de imprensa.

Governo cria programa para fabricação de satélites brasileiros

lançamento do satélite 100% projetado no Brasil, Amazonia-1

O Diário Oficial da União traz hoje (10) portaria que cria o Programa Constelação Catarina e o Consórcio Catarina, que prevê a criação e fabricação de 13 satélites. Desenvolvido pela Agência Espacial Brasileira (AEB), o programa prevê uma “constelação de satélites” que ajudarão o Brasil a monitorar clima, a fim de prevenir desastres naturais e aprimorar o processo de agricultura de precisão.

“O Programa Constelação Catarina compreende um conjunto de iniciativas consorciais voltadas para o desenvolvimento de sistemas espaciais baseados no uso de nano satélites, que se complementam por meio do compartilhamento colaborativo de infraestruturas espaciais, de conhecimento, de dados, de serviços e de aplicações espaciais”, informa a portaria que estabelece diretrizes e instrumentos a serem adotados como referência para o programa.

A portaria prevê a criação do chamado Consórcio Catarina, que é o conjunto de entidades partícipes que vão atuar coordenadamente nas cooperações e nas atividades do Programa Constelação Catarina, que atenderá prioritariamente os setores agropecuário e de defesa civil nacionais.

Além de apresentar instâncias e organização do Consórcio Catarina, a portaria prevê a criação – e dá as diretrizes de implementação – de um regimento interno ainda a ser lançado.

O consórcio terá como membro permanente a Agência Espacial Brasileira. O papel, as atribuições, o perfil de participantes e de clientes do Conselho Catarina e do grupo executivo das instâncias do Consórcio Catarina estão descritos na portaria

Premiê do Japão diz que nunca colocou a Olimpíada em primeiro lugar

Primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, durante entrevista coletiva em Tóquio

O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, disse nesta segunda-feira (10) que “nunca coloca a Olimpíada em primeiro lugar”, e uma pesquisa de opinião mostrou que quase 60% do povo quer que os Jogos sejam cancelados menos de onze semanas antes de seu início programado.

O Japão prorrogou um estado de emergência em Tóquio e três outras áreas até o final de maio e está tendo dificuldade de conter uma disparada de casos de covid-19, o que provoca mais dúvidas sobre a realização dos Jogos – e sua taxa de vacinação está entre as mais baixas das nações ricas.

Autoridades olímpicas internacionais, organizadores de Tóquio e o próprio Suga insistem que a Olimpíada acontecerá de forma “segura e protegida”. Espectadores estrangeiros não serão permitidos, e os organizadores emitiram um conjunto elaborado de regras no mês passado visando evitar as infecções de coronavírus.

Mas tais arranjos não diminuíram os receios públicos com os Jogos, que foram adiados no ano passado, já que o coronavírus está se disseminando por todo o mundo.

Uma sondagem realizada entre 7 e 9 de maio pelo diário Yomiuri Shimbun mostrou que 59% dos entrevistados querem o evento cancelado, contra 39% que disseram que ele deveria acontecer. “Adiamento” não foi oferecido como opção.

Outra pesquisa realizada no final de semana pela TBS News revelou que 65% querem os Jogos cancelados ou adiados novamente. Mais de 300 mil pessoas já assinaram uma petição pedindo o cancelamento desde que ela foi lançada cerca de cinco dias atrás.

Parlamentares opositores questionaram Suga durante horas a respeito da realização da Olimpíada nestas circunstâncias.

Num aparente reconhecimento das preocupações da população sobre realizar a Olimpíada em qualquer cenário, Suga respondeu, quando indagado se iria adiante com os Jogos mesmo se as infecções registrassem um salto: “Eu nunca coloquei a Olimpíada em primeiro”.

“Minha prioridade é proteger as vidas e a saúde da população japonesa. Temos de primeiro evitar a disseminação do coronavírus”, declarou.

Governadores defendem aquisição de mais vacinas para covid-19

Vacina de Oxford/AstraZeneca

As dificuldades financeiras para o combate à pandemia de covid-19 nos estados e municípios foram um dos destaques trazidos pelos governadores do Maranhão, Piauí e Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira (10), em audiência pública na Comissão Temporária da Covid do Senado. Os gestores pediram ajuda para aquisição de vacinas já que, segundo eles, a imunização segue um ritmo ainda bem menor do que o país necessita.

Apesar do alívio na ocupação de leitos, de 90% para 46% no Maranhão, o governador do estado, Flávio Dino, destacou que a preocupação maior hoje é um “exaurimento dos recursos financeiros” de estados e municípios.

Dino defendeu que é preciso empenho na manutenção da operacionalidade hospitalar dos estados para a necessidade de enfrentar novos ciclos epidemiológicos. Antes da pandemia, ele lembrou que a rede de saúde custava R$ 170 milhões por mês, hoje, o custo mensal é de R$ 230 milhões. “[Isso]Porque nós ampliamos leitos, mais equipes, e isso tudo impacta muito fortemente o custeio”, afirmou.

Selo verde

Na mesma audiência, o governador do Piauí, Wellington Dias, que também coordena as demandas ligadas à imunização no Fórum Nacional de Governadores, disse que está preocupado com as possíveis restrições adotadas (código verde) pelos países que já alcançaram o que se chama de imunização em massa. Segundo Dias, já são 11 países, entre eles, Israel e Reino Unido, e partir de junho, o número de países com essa medida vai crescer com Canadá, Estados Unidos, México e países da Europa.

Wellington Dias ressaltou que outros países como China e até vizinhos do Brasil como Chile, Argentina e Bolívia, com quem o país tem uma intensa relação, estarão na lista verde de países com elevada imunização.

“E, do outro lado, o Brasil, com baixa imunização. Isso vai dar efeito na desigualdade, nas relações entre os países. Haverá seguramente um cuidado, uma exigência maior de se alcançar um patamar de imunização; não querem trazer para dentro novas variantes, e isso vai causar problemas”, adiantou.

O governador do Piauí também defendeu que o Congresso Nacional ajude a intermediar o diálogo com as farmacêuticas produtoras de vacinas, como a Sinovac, Aztrazeneca e Pfizer. A ideia é acelerar a chegada de doses ao país e avançar nas etapas do Plano Nacional de Imunização.

“Vamos chegar no mês de agosto com aproximadamente 70 a 80 milhões de pessoas vacinadas. O ideal é chegar com 130 milhões de pessoas vacinadas. Vamos precisar encontrar, mais ou menos, 100 milhões de doses do que aquelas que estão colocadas para que possamos chegar pelo menos próximo daqueles países do primeiro time de vacinação”, estimou.

Apoio diplomático

Os gestores que participam de audiência pública hoje também pediram apoio diplomático para liberação do IFA (ingrediente farmacêutico ativo) por países que detêm esse insumo. Essas dificuldades também foram destacadas pelo governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja. Para ele, é preciso gastar energia para diminuir a tensão com os fornecedores do IFA, como a China.

“É comprovado que, quanto mais a gente amplia as etapas de vacinações, primeiro começando com os mais idosos, aqueles com comorbidades, a gente vê drasticamente a diminuição das internações e, principalmente, a gente vê drasticamente caindo os óbitos nessas faixas que já estão com a vacina. Então, acho que a grande luta, a grande energia que a gente deveria despender neste momento é a ampliação das vacinas”, defendeu.

Único representante municipal na reunião, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), que preside o Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras, também reforçou a necessidade de avanço do Programa Nacional de Imunização (PNI), com a possibilidade de municípios adquirirem diretamente as vacinas com as farmacêuticas. Criado há pouco mais de um mês, o consórcio surgiu em razão das complicações diplomáticas enfrentadas pelo Brasil para aquisição de vacinas e insumos.

Fiocruz investiga transmissão da covid-19 entre crianças e adultos

Profissional da saúde realiza coleta para teste de Covid-19 em escola de São Paulo (SP)

Um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com outras instituições de pesquisa constatou uma transmissão mais frequente da covid-19 de adultos para crianças do que de crianças para adultos, em um grupo de voluntários de uma comunidade do Rio de Janeiro.

Parte das conclusões foram divulgadas hoje (10) pela Agência Fiocruz de Notícias, mas o trabalho será publicado no artigo “A dinâmica da infecção de Sars-CoV-2 em crianças e contatos domiciliares em uma comunidade pobre do Rio de Janeiro”, na revista científica Pediatrics, Official Journal of the American Academy of Pediatrics.

O estudo foi realizado entre maio e setembro do ano passado e contou com um grupo de 667 participantes que viviam em 259 domicílios de uma comunidade pobre do Rio de Janeiro. Entre as pessoas observadas pelos pesquisadores, havia 323 crianças, 54 adolescentes e 290 adultos. Os autores destacam que os resultados referem-se ao local e período específico que foram estudados e também não consideram as novas variantes do SARS-CoV-2 que circulam no país.

Testes PCR e de sorologia (IgG) realizados detectaram que 45 crianças com menos de 14 anos foram infectadas pelo novo coronavírus (covid-19), sendo que 26 delas tiveram contato com um adulto também positivo e 19 com adultos sintomáticos que não consentiram em fazer o teste. A pesquisa observou também uma proporção maior de crianças com menos de um ano infectadas, em comparação com grupos pediátricos de outras idades.

O estudo revela que cerca de um terço do grupo pesquisado havia tido contato com o coronavírus em agosto, enquanto o percentual geral da cidade no mesmo período era de 7,5%.

A hipótese dos pesquisadores era de que, se a transmissão ocorre principalmente de adultos e adolescentes para crianças, eles teriam um pico de prevalência de anticorpos IgG antes das crianças, o que foi confirmado na análise.

“A menos que essas crianças fossem portadoras do Sars-CoV-2 por um longo período, nossos resultados são compatíveis com a hipótese de que elas se infectam por contatos domiciliares, principalmente com seus pais”, diz um trecho do artigo publicado pela Agência Fiocruz de Notícias. “As crianças incluídas no estudo não parecem ser a fonte da infecção de Sars-CoV-2 e mais frequentemente adquiriram o vírus de adultos”.

Os pesquisadores ponderam, entretanto, que os testes foram realizados em um período em que as escolas estavam fechadas no Rio de Janeiro. Desse modo, os adultos podem ter tido um papel de propagador mais importante porque continuaram expostos ao vírus ao sair para trabalhar fora de casa.

O artigo sugere que, em um cenário semelhante ao estudado, “escolas e creches poderiam potencialmente reabrir se medidas de segurança contra a covid-19 fossem tomadas e os profissionais adequadamente imunizados”.

Os cientistas defendem que compreender o papel das crianças na dinâmica de transmissão é de importância fundamental para diversas estratégias de enfrentamento da pandemia, como a reabertura segura das escolas. Além disso, eles alertam que é necessário incluir as crianças nos estudos clínicos de vacinação.

“Se os adultos forem imunizados e as crianças não, elas podem continuar a perpetuar a epidemia. Se no mínimo 85% dos indivíduos suscetíveis precisam ser imunizados para conter a pandemia da covid-19 em países de alta incidência, esse nível de proteção só pode ser alcançado com a inclusão de crianças em programas de imunização, principalmente no Brasil, onde 25% da população têm menos de 18 anos”, diz o artigo.

O estudo foi coordenado pela chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Patrícia Brasil. Além de outros pesquisadores da Fiocruz, participaram do trabalho cientistas da Universidade da Califórnia (UCLA) e da London School of Hygiene and Tropical Medicine (LSHTM).

Faturamento da indústria volta a crescer em março, segundo CNI

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A atividade industrial voltou a crescer no mês de março, com uma alta de 2,2% no faturamento das indústrias, segundo a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada mensalmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O resultado do mês de março compensa em parte a queda de 3,6% no faturamento registrado em fevereiro, quando a atividade industrial sentiu os efeitos da segunda onda da pandemia de covid-19.

Na comparação com o mês do ano passado, a alta no faturamento de março foi de 12,7%. Contudo, é importante lembrar que em março de 2020 os resultados foram afetados pelos primeiros efeitos da pandemia de covid-19 sobre a atividade industrial.

A pesquisa também registrou alta de 0,9% no número de horas trabalhadas em março, revertendo queda de 0,5% em fevereiro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 10,7%, o que “reflete a recuperação da crise e a consolidação em um patamar superior ao verificado antes da pandemia”, disse a CNI no material de divulgação.

A massa salarial (soma dos salários pagos corrigida pela inflação) também teve alta em março deste ano, quando cresceu 2,2%, mas apresentou uma queda de 4,6% na comparação com março de 2020 e ainda se mantém em patamares abaixo do pré-pandemia.

“Parte da queda é explicada pelos desligamentos ocorridos naquele período e o consequente aumento no pagamento de verbas rescisórias, que conferiu a março de 2020 um pico descolado da tendência que se apresentava até então”, disse a CNI ao divulgar os dados.

A utilização da capacidade instalada chegou a 81,1% em março, alta de 0,4 ponto percentual em relação a fevereiro. Todos os indicadores estão com ajuste sazonal, desconsiderando oscilações típicas de determinadas épocas do ano, como número de feriados e datas comemorativas.

Emprego

O único indicador que mantém tendência de alta, sem quebras, ao longo dos últimos oito meses, é o do emprego industrial, que registrou alta de 0,3% em março em relação a fevereiro, e de 1,2% na comparação com março de 2020.

Brasileiro acusado de terrorismo na Ucrânia é preso no interior de SP

Brasileiro, Rafael Lusvarghi na Brigada Mecanizada PRIZRAK (fantasma) do comandante Mozgovoi,155º Batalhao Normandia de Forças Especiais Unite Continental. Foto: Forças Armadas da Novarrussia

Um homem de 36 anos, acusado de participar de terrorismo na Ucrânia, foi preso pela Polícia Militar em Presidente Prudente, no interior paulista, na noite do último sábado (8). O homem, que não teve o nome divulgado, foi preso em flagrante enquanto negociava a venda de entorpecentes.

Ele já tinha sido preso anteriormente em Kiev, na Ucrânia, sob acusação de terrorismo. Antes disso, ele também já ficou preso no Brasil após participar de protestos em 2014, durante a realização da Copa do Mundo.

Segundo a Polícia Militar, na casa desse homem foi encontrado 25 quilos de drogas e 350 munições de calibre 9 milímetros. Ele confessou à polícia que recebia R$ 300 por mês para armazenar esse material.

Na residência dele também foram apreendidos uma quantia em dinheiro, um notebook, vários passaportes, documentos pessoais, uma agenda com anotações, três celulares e uma moto que o suspeito não soube explicar a origem.

O homem foi acusado por tráfico de drogas e posse irregular de armas e teve sua prisão preventiva solicitada à Justiça.