BNDES anuncia linha de crédito diferenciada para empresas do setor têxtil i

Os primeiros projetos para a implantação da Indústria 4.0 no setor têxtil e de confecção brasileiro já estão em planejamento. CEOs e executivos de grandes, pequenas e médias empresas; representantes do BNDES, da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), de unidades do SENAI, da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção e do Sindicato do Vestuário estiveram reunidos no Rio de Janeiro para o primeiro encontro do MBI em Indústria Avançada: Confecção 4.0, oferecido pelo SENAI CETIQT. A especialização vai prosseguir pelos próximos seis meses, com encontros presenciais e à distância.

Durante o evento, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou que dará tratamento diferenciado e prioritário aos projetos do setor nesta área. O Banco dará condições de financiamento mais vantajosas em relação a custo, prazo e uma composição de garantias mais adequadas às características, ao porte e aos projetos.

As taxas de juros deve variar entre 11% a 12%, com três características diferenciadas: prazos de financiamentos mais longos; níveis de participação mais altos, chegando a 100% do valor do projeto; e a possibilidade de a empresa, dadas as características, ter um tratamento mais adequado do ponto de vista das garantias.

“Haverá prazos de financiamentos mais longos, pouco comuns no mercado, uma vez que um projeto de inovação precisa de mais tempo para se mostrar viável e, portanto, de mais tempo para ser amortizado. Para micros, pequenas e médias empresas, é possível o banco financiar até 100% do projeto. E falando claramente, há possibilidade de haver dispensa de garantias reais, sob condições”, explicou o Superintendente do BNDES, Cláudio Figueiredo Coelho Leal.

Já no primeiro encontro se percebeu a pujança da iniciativa, com as diversas mesas redondas que se formaram com os representantes das 30 empresas de todo o país: Vicunha, Cataguases, Demillus, Karsten, Malwee, Coteminas, Guararapes, Renner, Grupo Soma, JGB, Altenburg, Lucitex, Sol da Terra e DellRio, entre outras; além de representantes das instituições. Todos foram instigados a falar das dificuldades e desafios que enfrentam e a trocar ideias entre si, já pensando na elaboração de projetos baseados nos parâmetros da Indústria 4.0.

“Este MBI está organizado para definir estratégias para fortalecer o setor e torná-lo protagonista na implantação do modelo 4.0 no Brasil. Da mesma forma que a indústria têxtil foi protagonista da 1ª Revolução Industrial, queremos ser também desta 4ª. Para fazer isso temos que nos organizar, reunir as grandes empresas e os grandes financiadores do país a fim de que possamos definir os próximos passos. Este é o pontapé inicial da 4ª Revolução Industrial no setor têxtil e de confecção”, concluiu Robson Wanka, gerente de educação do SENAI CETIQT.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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