Bom para a criançada, bom para o comércio

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Pedro Augusto

Uma das datas mais lucrativas para o varejo no segundo semestre já se encontra bastante próxima de ser comemorada – na próxima sexta-feira (12) -, o que promete mais uma vez impulsionar alguns setores do mercado local. Especificamente em relação ao comércio, a expectativa é de que, em 2018, o Dia das Crianças incremente as vendas nas empresas de brinquedos, calçados, vestuários e demais segmentos demandados, em pelo menos 5%, em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o presidente do Sindicato dos Lojistas de Caruaru (Sindloja), Manoel Santos, a estimativa só não é mais animadora por parte dos comerciantes devido ao momento atual em que o país vem atravessando, ou seja, com todas as suas atenções voltadas para as eleições.

Em entrevista ao Jornal VANGUARDA, na manhã da última terça-feira (2), o sindicalista confirmou a desaceleração recente de consumo. “Ao longo deste ano, temos observado algumas oscilações no que diz respeito ao desempenho do nosso varejo, ora reagindo com faturamentos animadores, ora nem tanto, deixando os lojistas preocupados. Com a proximidade das eleições e essa indefinição ainda no que tange ao nome do novo presidente e demais representantes, verificamos, no último mês, certa desaceleração nas vendas, haja vista que grande parte dos caruaruenses está receosa com qual rumo o Brasil deverá tomar e vem freando o seu consumo. Desta forma, projetamos um crescimento nas vendas de, no máximo, 5% em relação ao último Dia das Crianças”, disse.

Especializada na venda de brinquedos, tanto no atacado quanto no varejo, a Casa Cabral é uma das empresas que já vêm sentindo incremento nas vendas. De acordo com o gerente Adriano Lima, a estimativa é superar o faturamento obtido em 2017. “Nossa meta é de superarmos em até 10% as vendas de brinquedos registradas no Dia das Crianças do ano passado. Para isso, reforçamos o nosso estoque com produtos que atendem a todos os gostos e os bolsos e já estamos contabilizando aumento nas comercializações no atacado como também no varejo. A expectativa é de movimento redobrado já partir deste fim de semana”, avaliou.

Na Agremil, outra empresa especializada na oferta de brinquedos, a demanda de produtos voltados para a data comemorativa também se encontra em ordem crescente. “A tendência é de que, a partir de agora, as vendas aumentem de forma significativa, até porque brinquedo continua sendo o preferido na lista de presentes da criançada e os pais nunca deixam de presenteá-los. Em paralelo, também sempre há aqueles consumidores que costumam comprar este tipo de produto para doá-lo a instituições de caridade e, neste ano, não está sendo diferente. Na Agremil, a procura já se encontra satisfatória e deverá aumentar ainda mais nos próximos dias. Deveremos superar o faturamento do ano passado”, analisou o gerente Leandro Leite.

Assim como o de brinquedos, o setor de calçados costuma faturar alto no Dia das Crianças. De acordo com o gerente Demétrius Souza, a rede de sapataria Muniz costuma ser bastante demandada neste período e em 2018 a tendência também é de incremento nas vendas. “Esta data costuma ser o pontapé inicial para as grandes vendas de fim de ano e nos encontramos otimistas quanto ao faturamento que deverá ser obtido em 2018. Como não poderia ser diferente, nesta época a maior procura está correspondendo a calçados infantis, mas também há demanda por linhas adultas, já que muitos pais costumam pegar o embalo do presente do filhão e acabam comprando também calçados para si. Sempre projetamos superar as vendas do ano anterior e, mesmo ainda com a crise, nos encontramos animados”, comentou.

Clientes

Quem não perdeu tempo e já garantiu o presente do Dia das Crianças foi a estudante Morgana Nascimento. Ela recebeu a “missão” de procurar e adquirir as melhores opções em termos de presente para os afilhados da sua mãe e não decepcionou. “Pesquisei bastante e acabei encontrado o que procurava: bons brinquedos com preços acessíveis. A minha mãe não vai ter do que reclamar!”, disse ela, aos risos.

Na mesma loja, a reportagem VANGUARDA entrevistou a dona de casa Maria Lúcia que, apesar de não ter criança na família, não vai deixar a data passar em branco. “Comprei uma boneca com um precinho bom para a filha da minha vizinha. Vim logo até a loja para não ter que enfrentar a correria e a concorrência das compras de última hora”, afirmou.

Informais

No mercado informal também há comerciantes que se encontram otimistas quanto às vendas do Dia das Crianças 2018. A ambulante Talita Estefani, por exemplo, aguarda ao menos igualar com o faturamento que foi obtido no último ano. “Não só eu que trabalho na informalidade, mas o comércio num todo, está precisando bastante do movimento que é impulsionado pela data. Tenho esperança de que conseguirei vender quase todo o meu estoque de brinquedos até esta sexta-feira”, projetou.

O informal Gilson Silva, que vende vestuários infantis, aguarda movimento redobrado a partir deste fim de semana. “Mesmo com a política, muitas pessoas não vão deixar de vir até o Centro para comprar o presente da criança. Acredito em boas vendas neste sábado (6)”, opinou.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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