O impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), localizada na região central da capital paulista, esta semana a marca de R$ 1 trilhão, valor que abrange o total de impostos, taxas e contribuições pagas pela população brasileira nos três níveis de governo (municipal, estadual e federal) desde 1º de janeiro de 2016.
Segundo a ACSP, no ano passado esse valor foi alcançado no dia 29 de junho e o atraso deste ano está associado à queda na arrecadação, decorrente da crise que atinge o país e enfraquece a atividade econômica. “Mesmo com esse enfraquecimento, o painel chega a R$ 1 trilhão em função do avanço da inflação. Com preços mais altos, o consumidor desembolsa, também, maiores valores em impostos, já que esses são calculados sobre o preço final das mercadorias e serviços”, diz a ACSP.
PIB estagnado
Para o presidente da ACSP, Alencar Burti, o atual governo precisa focar nos gastos de médio prazo e deixar a economia se recuperar, já que, embora o Produto Interno Bruto (a soma de todas as riquezas produzidas no país) não tenha previsão de crescimento para este ano, há indícios de melhoria para todos os setores da economia no segundo semestre.
“Defendemos que não deve haver aumento de impostos, porque isso só pioraria a situação. Apesar dos aumentos realizados pela administração anterior, vimos que a arrecadação não melhorou em nada. Ou seja, não surtiu nenhum efeito nos cofres do governo. E a carga tributária já está no limite”, finalizou Burti.