A derrota de Geraldo Alckmin na corrida pela Presidência da República aliada à eleição de João Doria para o Governo de São Paulo pode acelerar mudanças internas no ninho tucano. Uma das hipóteses que já vem sendo ventilada nos bastidores é a realização de eleição para o comando nacional da sigla. Hoje, o PSDB é presidido por Alckmin e alguns já defendem que tirar o controle do partido de São Paulo seria uma alternativa para distensionar o clima internamente. Com o racha estabelecido naquele Estado, atender, via acordo pela presidência, todos os lados envolvidos seria um desafio. Há diversas correntes no tucanato paulista, o que levaria algumas a saírem arranhadas. Sair de São Paulo, então, seria uma das soluções internas visando a reduzir o calor da disputa. O nome de Bruno é visto como opção que circula em todas as correntes do PSDB nacional, em todos os estados. De outro lado, dado o cenário de terra arrasada que se instalou na sigla, após a corrida presidencial, a legenda precisará de dedicação “full time”. A pessoas próximas, Bruno já havia sinalizado não ter interesse em ocupar cargo no Governo Federal no curto prazo. Como a coluna registara, ele instalou escritório em Brasília para exercer a advocacia. Essa condição de manter-se fora de um governo Jair Bolsonaro contemplaria essa necessidade de dedicação integral para uma reorganização da legenda. Bruno tem trânsito tanto no grupo de Geraldo Alckmin e no de João Doria. Chegou a acompanhar a apuração ao lado do governador recém-eleito de São Paulo no último domingo. Em entrevista, Doria realçou a presença do pernambucano na ocasião. Após o primeiro turno, uma discussão, em reunião reservada, levou Alckmin a sugerir que Doria o havia traído. “Traidor eu não sou”, disparou o ex-governador de São Paulo. Após o segundo turno, Doria registrou não ter recebido telefonemas nem de Fernando Henrique Cardoso, nem de Alckmin. A temperatura interna anda elevada. E Pernambuco pode ser variável relevante nessa equação que envolve a redução de arestas internas.
Guerra também fez meio de campo
Pernambuco já teve um nome à frente da presidência nacional do PSDB, que foi Sérgio Guerra. O ex-deputado federal assumiu o comando da sigla num momento em que a polarização se dava entre São Paulo e Minas Gerais.
Resta um > Além da virada na Região Metropolitana, a Frente Popular credita na conta do governador Paulo Câmara ainda a vitória do petista Fernando Haddad em 183 municípios. Em Pernambuco, Haddad perdeu apenas em Santa Cruz do Capibaribe.
Bancada > Presidente nacional do PSL, Luciano Bivar se submete, hoje, a uma cirurgia de coluna e avalia que, na semana que vem, já deve estar reestabelecido para comandar reunião da bancada da sigla, a segunda maior da Câmara Federal.
Unidade > “Mais importante que ocupar ministério é ter bancada unida”, defende Luciano Bivar, ao ser indagado pela coluna sobre a chance de comandar pasta na Esplanada.
Tem café > Carlos Vilar comanda café da manhã com a imprensa em comemoração aos 40 anos da Empresa Suape. À frente do complexo, ele vai apresentar números do empreendimento e capitanear visita ao Porto. Será na próxima segunda, às 8h30.
Arranjos > Por orientação do PP, o vereador Chico Kiko será o candidato na chapa de Eduardo Marques na corrida pela Mesa da Câmara Municipal. Ele disputará a 2ª vice. Aline Mariano e Michelle Collins, que visavam à 1ª secretaria e à vice presidência não disputarão.
Folhape