Bruno Ribeiro assume a presidência do PT-PE

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Por Mariana Araújo do Jornal do Commercio

A presidência do PT em Pernambuco mudará de mãos a partir desta sexya-feira (18), quando Teresa Leitão, deputada estadual, passará o comando para o advogado Bruno Ribeiro. O acordo de dividir o mandado de quatro anos em duas partes foi firmado no Processo de Eleições Diretas (PED) de outubro de 2013, feito entre as duas chapas e aceito pelos filiados. A solenidade será às 18h, no Centro de Convenções.

Para Bruno Ribeiro, não haverá uma mudança na gestão do partido, mas sim a continuidade de trabalho iniciado por Teresa Leitão. “Vamos manter a unidade dos últimos dois anos. O PT de Pernambuco está mais fortalecido para enfrentar dificuldades. Não são dois mandatos, é um só que combinamos de exercer juntos”, disse Bruno.

O advogado terá nas mãos um partido com uma imagem desgastada, que pode enfrentar um processo de impeachment e que saiu reduzido no Estado nas eleições de 2014. “Vamos resistir e denunciar tudo que tem um caráter golpista. O impeachment está na Constituição sim, mas só deve ser usado como medida extrema. Pagar programa social não é crime. Vamos fazer a defesa da democracia”, rebateu Bruno sobre as acusações de pedaladas fiscais que o governo federal cometeu, segundo avaliou o Tribunal de Contas da União (TCU).

Para Bruno, a diminuição do PT no Estado é fruto da aliança que o partido manteve por anos com o PSB. “Foi uma aliança que útil para Pernambuco, com efeitos importantes para os pernambucanos nos governos de Lula e Eduardo Campos, mas que foi ruim para o PT estadual. Participamos, mas não tínhamos apoio. Agora, estamos pagando o preço dessa aliança”, disse Bruno. Segundo o advogado, muitas vezes o PT foi “atropelado” pelo PSB, principalmente quando fazia indicações de nomes para prefeituras. “O governo sempre tinha um nome”, explicou.

Além disso, aponta Bruno, há a já conhecida disputa por paternidade de obras. “Estamos reivindicando muitos investimentos que ficaram escondidos, que eram o governo federal mas não apareciam como tal”, pontuou.

Para 2016, Bruno enxerga que não será apenas um ano eleitoral no Estado e no País. “Iniciamos o ano com uma tentativa de golpe e de uma discussão política importante. Com a proibição das doações privadas, a política deixará de ser um produto e retorna a sua essência, com a discussão com a sociedade”, explicou.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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