Campanha de multivacinação: adolescentes merecem atenção

A Campanha Nacional de Multivacinação 2016, que teve início na última segunda-feira (19/09), é a primeira a incluir adolescentes de 10 a menores de 15 anos, público que costuma ter mais resistência de ir aos postos de saúde, apesar de existirem vacinas que devem ser aplicadas nessa faixa etária. Por isso, pais ou responsáveis precisam ficar atentos para o calendário de imunização desse público, também considerado prioritário pelo Programa Nacional de Imunização (PNI).

Entre as vacinas, a mais recente é para a prevenção do papilomavirus humano ou HPV, indicada apenas para as meninas, entre 9 e 14 anos de idade. A dose previne a aquisição do câncer do colo do útero e protege contra quatro tipos de HPV (quadrivalente). “As recomendações dos esquemas vacinais são elaboradas a partir de estudos de eficácia e proteção. Por isso, para cada vacina é estabelecido o número de doses, a idade mínima e máxima e os intervalos ideais. No caso da HPV, as doses devem ser administradas preferencialmente antes do início da vida sexual e, por isso, a importância de estar atento”, explica a coordenadora estadual do PNI, Ana Catarina Melo. O HPV é um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual, mas também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto.

Já em relação à hepatite B, as doses, que ficam disponíveis nos postos de saúde dos municípios, são indicadas para todos os adolescentes, de ambos os sexos. Os comprovadamente não vacinados devem receber três doses com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) só deve ser administrada se o adolescente não estiver vacinado ou com esquema incompleto.

“É importante que os jovens levem a caderneta de vacinação para que os profissionais de saúde verifiquem e avaliem se é necessário a aplicação de outras doses”, comenta Ana Catarina. Segundo ela, o público adolescente também deve verificar a situação vacinal para reforço da vacina contra o tétano.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *