Campanha nacional de vacinação contra a gripe começa neste sábado

campanha nacional de vacinação contra a gripe começa neste sábado (30). O governo federal trabalha com a meta de imunizar 49,8 milhões de pessoas, conforme projeções anunciadas pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (27). O público-alvo da campanha envolve idosos, crianças e gestantes, entre outros.

A mobilização tem o objetivo de conter o avanço da doença no inverno, quando as baixas temperaturas ampliam a circulação dos vírus causadores de doenças respiratórias. Após a vacinação, o organismo leva 15 dias para gerar os anticorpos contra a enfermidade.

No sábado, 240 mil profissionais estarão em 65 mil postos de saúde para começar a aplicar a vacina aos grupos com maiores riscos de contrair a doença. São integrantes deste grupo pessoas a partir de 60 anos, crianças entre seis meses até menos de 5 anos, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas – e os funcionários do sistema prisional.

As pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis (grupo que inclui pessoas com deficiências específicas), também deverão se vacinar. Para esse grupo não há meta específica de imunização. A escolha dos grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A vacinação será realizada até o dia 20 de maio. O lançamento da mobilização, esta semana, contou com a participação da atriz Arlete Salles, que é a protagonista da campanha publicitária sobre a importância da vacinação.

Ao falar sobre os riscos da doença e a importância da campanha, as autoridades da saúde disseram que não há risco faltar vacina. “Não há necessidade de pânico e correria aos postos. O governo adquiriu 54 milhões de doses da vacina e não vai faltar vacina [para os grupos prioritários]”, disse o secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Carlos Nardi.

Segundo o Ministério da Saúde, neste ano, contando até o dia 16 de abril, foram registrados 1.635 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Desse total, 83% (1.365) por influenza A (H1N1), sendo 230 óbitos, com registro de um caso importado (o vírus foi contraído em outro país). A Região Sudeste concentra o maior número de casos (976) de H1N1, sendo 883 no Estado de São Paulo.

As vacinas que serão aplicadas protegerão as pessoas dos grupos de riscos contra três subtipos do vírus da gripe, incluindo o vírus tipo A, causador da gripe H1N1. Com a campanha, o governo busca diminuição as internações em até 45% e conter as mortes por influenza a um nível entre 39% e 75%.

Tratamento

Também para conter a circulação dos vírus e incidência da doença, o Ministério da Saúde alerta que as pessoas que contraírem gripe devem buscar tratamento nos postos de saúde. Uma opção a ser avaliada pelos médicos é a indicação do antiviral fosfato de oseltamivir.

Ao fazer essa recomendação, o ministério alerta para o fato de que, para ter efeito, o antiviral deve ser tomado até 48 horas após o início da doença. Por isso, é importante não demorar para ir à rede de atendimento de saúde.

Ao apresentar a campanha de vacinação contra a gripe, o secretário de Vigilância em Saúde enfatizou que é muito importante reforçar os cuidados para evitar o contágio. Entre as principais medidas recomendadas estão lavar frequentemente as mãos, evitar locais com aglomeração de pessoas que facilitem a transmissão de doenças respiratórias, não compartilhar objetos de uso pessoal, manter os ambientes ventilados e evitar contato com pessoas com sintomas da gripe.

Distribuição

Desde 1º de abril deste ano, o Ministério da Saúde está enviando aos Estados doses da vacina contra a influenza de 2016. Até o momento, 22 Estados optaram por antecipar a vacinação para alguns grupos do público-alvo. A partir do recebimento das vacinas, os gestores locais têm autonomia para definir estratégias de vacinação da população-alvo, observando a reserva adequada do produto para a campanha nacional.

Nas quatro primeiras remessas (1º a 22 de abril), os Estados receberam 30,7 milhões de doses, o que corresponde a 57% do total a ser enviado para a campanha deste ano. Estão previstas mais duas remessas com o restante do quantitativo para as próximas semanas. O cronograma de distribuição aos Estados é elaborado de acordo com a entrega da vacina pelo laboratório produtor, o Instituto Butantan. A entrega das vacinas aos municípios é de responsabilidade dos Estados.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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