Cantoria Agreste reúne artistas em homenagem a Dominguinhos

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Um fio musical liga a vida e as carreiras do quarteto Gennaro, Marcelo Melo, Sérgio Andrade e João Neto. Vindos de bandas distintas, como o Quinteto Violado, Trio Nordestino e Banda de Pau e Corda, os músicos se encontraram na vontade de homenagear o instrumentista, cantor e mestre sanfoneiro Dominguinhos.

O grupo sobe, nesta quinta-feira (18), às 20h, ao palco do Teatro Luiz Mendonça, no 24º Janeiro de Grandes Espetáculos, apresentando, pela segunda vez no Recife, o show “Cantoria Agreste”. Mas nem tudo será igual: a principal novidade da segunda edição do projeto é que o grupo se lança, também, nas canções autorais.

“O Cantoria é, a princípio, uma celebração de uma grande amizade em comum que todos tiveram com Dominguinhos, todos tem uma história com ele na carreira. A musicalidade de Dominguinhos tem um elo com o projeto, com a ideia do Cantoria, que é mostrar o Agreste como uma zona de transição, entre o Sertão e o Litoral”, opina Sérgio Andrade, que fundou a Banda de Pau e Corda. “A musicalidade dele traduz de forma bacana esse enredo, ele sempre foi um músico muito plural que transitou por vários ritmos e estilos da música, do jazz ao baião, da bossa nova ao xaxado”, exalta o cantor.

Com passagens por cidades como São Paulo, Garanhuns, Fortaleza, João Pessoa e Campina Grande, a primeira turnê do projeto explorou a afinidade entre os integrantes, que aproveitaram o tempo juntos para compor novas músicas dentro do universo sonoro construído pelo Cantoria do Agreste. “Os próximos eventos já vão se direcionar para esse norte de estar sempre interagindo com os compositores do Estado. A cena nova que vem surgindo é muito boa, tem feito um trabalho muito bonito”, analisa o músico.

Esse pensamento é refletido na elaboração do show de hoje, que contará com participação de PC Silva, destaque da nova geração de compositores pernambucanos, e César Michilles, que inova no frevo com um trabalho de flauta.

“Essa oportunidade chegou em uma hora boa, porque esse show vai marcar uma transição do Cantoria que nós fizemos até o momento e o que temos planejado para um futuro muito próximo. A gente já cumpriu a missão com essa grande homenagem ao mestre Dominguinhos, já mostramos bem o que é a musicalidade do Cantoria”, completa Sérgio.

Na apresentação, o grupo pretende cantar não só as músicas de Dominguinhos mais conhecidas pelo grande público, como também as icônicas “Arrebol”, “Quem me levará sou eu”, “Lamento Sertanejo”, “Seja como Flor” e “Sanfona Sentida”.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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