Capital do Agreste tem racionamento de água reduzido

Pedro Augusto

O retrospecto favorável de chuvas caídas neste primeiro semestre na região Agreste do Estado motivou a diminuição do racionamento de água em Caruaru. No início desta semana, a Compesa confirmou a redução do rodízio que vinha sendo empregado já há meses no tocante à distribuição do produto. De acordo com as informações repassadas pela companhia, o novo calendário, que entrou em vigor desde a segunda-feira (11), compreende a cinco dias com água e outros 10 dias sem. Até a modificação, a população local vinha sendo abastecida com a adoção do calendário referente a cinco dias com água e outros 15 dias sem. A retomada da utilização do sistema Jucazinho teria sido determinante para a maior oferta nas torneiras da Capital do Agreste.

Pelo menos foi o que justificou o gerente regional da Compesa, Mario Heitor. “Na medida em que reativamos Jucazinho, isso logo após o registro das chuvas constantes que ocorreram na nossa região, aqueles 11 municípios que até então vinham sendo abastecidos por outros sistemas passaram a contar novamente com a distribuição deste primeiro. Estes foram os casos de Passira, Cumaru, Riacho das Almas, Surubim, Casinhas, Vertentes, Toritama, Santa Cruz do Capibaribe, dentre outros. Além de voltar a abastecer as cidades citadas, a retomada de Jucazinho também possibilitou melhorias no que se refere à distribuição de água para outros municípios como Caruaru, que é atendido pelo sistema do Prata, assim como, Agrestina, Altinho, Ibirajuba e Cachoerinha”.

Para quem não recorda mais, o manancial de Jucazinho, que fica localizado em Surubim, chegou a secar por completo devido à longa estiagem, que castigou todo o Agreste, nos últimos anos. De acordo com o cálculo da Compesa, atualmente, ele se encontra operando com quase 7% de sua capacidade total. Em números reais, vem acumulando pouco mais de 22,3 milhões de metros cúbicos de água. Por outro lado, a barragem do Prata, que fica localizada em Bonito, também no Agreste, está funcionando com 100% de sua capacidade.

Volumes estes que, segundo a Compesa, inibe qualquer risco de desabastecimento às populações beneficiadas por pelo menos um ano.
“Sempre trabalhamos com os mananciais para que eles cheguem com água até o próximo período chuvoso. O Prata está vertendo e não corre qualquer risco de deixar de distribuir, por outro lado, no que diz respeito à Jucazinho, com a disponibilidade de retirada que estamos contando hoje, também conseguiremos utilizar esse manancial no tocante a sua distribuição. Embora tenhamos computado uma diminuição muito grande no que diz respeito ao volume de precipitações ocorridas nas últimas semanas, nos encontramos na quadra chuvosa do Agreste e a esperança é de que chova ainda mais para que toda a população não só de Caruaru, mas também de toda a região saia beneficiada”, acrescentou Mário.

De acordo ainda com a companhia, ao todo, foram investidos R$ 800 mil para retomar a operação do sistema Jucazinho. “O volume acumulado de 22,3 milhões de metro cúbicos de água nos enche de esperança para que as chuvas sejam intensas até o final do inverno e, assim, o reservatório consiga armazenar mais água. Vamos garantir o abastecimento das cidades do Agreste que integram este sistema pelo período de um ano e daremos continuidade aos investimentos que estão sendo feitos no tocante à nossa distribuição na região. Estamos trabalhando para melhorar ainda mais os nossos serviços em todo o Agreste”, ressaltou o presidente da Compesa, Roberto Tavares.

Bairros

Os primeiros bairros de Caruaru a serem abastecidos seguindo o novo calendário da companhia foram o Maria Auxiliadora, o Boa Vista 1 e 2, o Vila Padre Inácio, o Adalgisa Nunes e o Wirton Lira. Os loteamentos São José e José Liberato, que também fazem parte da área oeste da cidade, também acabaram sendo beneficiados.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *