Copa impulsiona faturamentos de lojas de eletro

Pedro Augusto

Tradicionalmente, no período junino, as vendas no comércio de Caruaru se concentram em maior volume nos setores de vestuário, calçados e perfumaria. E nem poderia ser diferente, haja vista que, para cair no forró durante o São João, os forrozeiros de plantão não dispensam a utilização daquela roupa, sapato ou colônia nova. Mas a cada quatro anos, outros segmentos do varejo local também acabam faturando alto nesta época específica devido à realização da Copa do Mundo. Estes são os casos das lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que vêm comercializando em larga escala, já há certo tempo, alguns produtos que costumam ser bastante demandados para a vivência do torneio mesmo que a milhares de quilômetros de seu país-sede.

VANGUARDA está se referindo aos aparelhos de TV, de som e de rádios portáteis, que possibilitam aos torcedores uma melhor conferida dos jogos. Na semana em que marcou o início da Copa do Mundo da Rússia – na última quinta-feira (14) –, o semanário esteve visitando algumas empresas do ramo que se mostraram satisfeitas com as vendas até agora computadas. De acordo com os lojistas entrevistados, mesmo com o turbilhão de dificuldades financeiras que ainda estão tendo de ser enfrentadas pelos consumidores locais devido à crise, a demanda por estes tipos de produto tem sido satisfatória para um ano de Copa.

Foi o que confirmou o gerente comercial da Laser Eletro, Niéliton Barbosa. Como já era esperado, os aparelhos de TV estão sendo os campeões de venda neste período. “O mês de junho costuma ser mais favorável em termos de comercializações para as lojas de vestuário e de calçados, porém, com a Copa, também acabamos lucrando bastante. Tanto é que a procura por TVs, principalmente de tela grande, já se encontra em alta na nossa unidade desde o último mês de abril. Como baixamos alguns preços devido a essa greve dos caminhoneiros e demais problemas, que acabaram afetando os bolsos dos consumidores, a tendência é de faturarmos bem até o término deste mês. Projetamos um aumento nas vendas de 15% em comparação com o mesmo período do ano passado”, disse.

Recém-inaugurada no centro da Capital do Agreste, a loja das Casas Bahia também já vem sentindo em suas caixas registradoras a lucratividade propiciada pelo maior torneio de futebol do planeta. “Estamos oferecendo modelos de 28 a 75 polegadas, ou seja, atendendo a todos os tipos de demanda. No intuito de atrairmos ainda mais os clientes neste intervalo de Copa, estamos facilitando a compra com o parcelamento no cartão de crédito em até dez vezes sem juros e no carnê em até 24 vezes, também sem juros. Até agora, as vendas se encontram dentro do esperado, ou seja, muito boas, mas a tendência é de comercializarmos ainda mais a partir deste fim de semana, quando as partidas do torneio passarão a ser diárias”, estimou o gerente Rafael Medson.

De acordo com o gerente comercial da Seletros, Marcílio Florêncio, não só os aparelhos de TV, mas também os de som estão tendo boas saídas neste momento atual do varejo. “É claro que essa crise econômica ainda vem atrapalhando de forma significativa o desempenho do nosso comércio, mas, dentro da nossa realidade atual, estamos contabilizando bastante vendas de aparelhos de TV. O interessante é que estes últimos ainda costumam impulsionar a comercialização de aparelhos de som, o que também vem ocorrendo em larga escala nestas últimas semanas. Como são acoplados às TVs, os sons que possuem bluetooth têm sido os mais procurados”, destacou.

Segundo o levantamento do VANGUARDA, nas lojas locais os preços das TVs estão variando na casa dos R$ 900 até aos R$ 2.800. Em algumas delas ainda vêm tendo uma saída muito grande por outros produtos. “Os freezers, por exemplo, que costumam ser utilizados para armazenar bebidas e alimentos a serem consumidos durante os jogos, também estão sendo bastante vendidos neste período atual. Realmente, a Copa costuma incrementar o nosso faturamento e não está sendo diferente neste ano”, acrescentou Marcílio.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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